Floriano Vieira Peixoto (Maceió, 30 de abril de 1839 — Barra Mansa, 29 de junho de 1895) foi um militar e político brasileiro. Primeiro vice-presidente e segundo presidente do Brasil, presidiu o Brasil de 23 de novembro de 1891 a 15 de novembro de 1894, no período daRepública Velha. Nascido em Ipioca, distrito da cidade de Maceió (Alagoas) numa família pobre, foi criado pelo padrinho e tio, coronel José Vieira de Araújo Peixoto. Floriano Vieira Peixoto foi matriculado numa escola primária em Maceió (Alagoas) e aos dezesseis anos foi para o Rio de Janeiro, matriculado no Colégio São Pedro de Alcântara. Assentado praça em 1857, ingressou na Escola Militar em 1861. Em 1863 recebeu a patente de primeiro-tenente, seguindo sua carreira militar. Floriano era formado em Ciências Físicas e Matemáticas. Floriano ocupava posições inferiores no exército até a Guerra do Paraguai, quando chegou ao posto de tenente-coronel. Ingressou na política, como presidente da província de Mato Grosso, passando alguns anos como ajudante-geral do exército. Em 1889 assumiu a vice-presidência de Deodoro da Fonseca, e dois anos depois viria a assumir a presidência com a renúncia do marechal Deodoro. Seu governo teve grande oposição de setores conservadores, como a publicação do Manifesto dos 13 generais. O apelido ou alcunha, de"marechal de ferro" era devido à sua atuação enérgica e ditatorial, pois agiu com determinação ao debelar as sucessivas rebeliões que marcaram os primeiros anos da república do Brasil. Recebeu também o título de Consolidador da República. Entre estas, a Revolta da Armada no Rio de Janeiro, chefiada pelo almiranteSaldanha da Gama, e a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, ambas com apoio estrangeiro. A vitória de Floriano sobre essa segunda revolta gerou a ainda controversa mudança de nome da cidade de Nossa Senhora de Desterro, paraFlorianópolis ("Cidade Floriana") em Santa Catarina. Apesar da constituição versar no art. 4 novas eleições quando o presidente renunciasse antes de dois anos, Floriano permaneceu em seu cargo, alegando que a própria constituição abria uma exceção, ao determinar que a exigência só se aplicava a presidentes eleitos diretamente pelo povo, assumindo assim o papel de consolidador da República. Entre o final de 1891 e 15 de novembro de 1894, o governo de Floriano Peixoto foi inconstitucional, pois estava a presidência da Repúblicasendo exercida pelo vice-presidente sem que tivessem acontecido novas eleições presidenciais, como exigia a constituição. Consta que Floriano Peixoto lançou uma ditadura de salvação nacional. Seu governo era de orientação nacionalista e centralizadora. Demitiu todos os governadores que apoiaram Deodoro da Fonseca. Na chamada Segunda Revolta da Armada agiu de forma positiva e contundente vencendo-a de maneira implacável, ao contrário de Deodoro. O período em que Floriano Peixoto governou não foi considerado exatamente uma ditadura, pelo fato de existirem partidos políticos mineiros e paulistas, por ocorrerem votações e por não ser um governo isolado. Aconteceu em 1893, desta vez contra o presidente, marechal Floriano Peixoto. Esta também foi chefiada pelo almirante Custódio de Melo, depois substituído pelo almirante Saldanha da Gama. Floriano não cedeu às ameaças; assim, o almirante ordena o bombardeio da capital brasileira. O movimento desencadeado pela marinha de guerra no Rio de Janeiro terminou em 1894, com a fuga dos revoltosos para Buenos Aires. Floriano Peixoto, o Marechal de Ferro, em seus três anos de governo como vice-presidente, enfrentou aRevolução Federalista no Rio Grande do Sul, iniciada em fevereiro de 1893. Ao enfrentá-la, apoiou Júlio Prates de Castilhos. Floriano Peixoto entregou o poder em 15 de novembro de 1894 a Prudente de Morais, falecendo um ano depois, em sua fazenda. Em seu governo determinou a reabertura do congresso e o controle sobre o preço dos gêneros alimentícios de 1ª necessidade e os aluguéis. O culto à personalidade de Floriano – o florianismo – foi o precursor dos demais "ismos" da política do Brasil: o getulismo, o ademarismo, o janismo, o brizolismo e omalufismo, segundo a tradição política brasileira de reunir correntes políticas mais em torno de homens do que de idéias. Fonte: Almanaque Abril 87, pgs.118/119 O Marechal Floriano já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Cláudio Cavalcanti na minissérie "República" (1989) e Othon Bastos no filme "Policarpo Quaresma, Herói do Brasil" (1998). Também teve sua efígie impressa nas notas de Cr$ 100 (cem cruzeiros) em circulação no Brasil entre 1970 e 1986.2° Presidente do Brasil Mandato
23 de novembro de 1891 até
15 de novembro de 1894Vice-presidente Não tinha Precedido por Deodoro da Fonseca Sucedido por Prudente de Morais Nascido em 30 de abril de 1839
Vila de Ipioca, ALMorreu em 29 de Junho de 1895(56 anos)
Barra Mansa, RJEsposa Josina Peixoto Profissão Militar Serviço militar Serviço/ramo Exército Anos de serviço 1861-1889 Graduação Marechal Batalhas/guerras Guerra do Paraguai
Início da ditadura
A segunda Revolta da Armada
Marechal de Ferro
MinistrosCargo Ministro Ministro da Justiça e
Negócios InterioresMinistro da Marinha Ministro da Guerra Ministro dos Negócios
EstrangeirosMinistro da Fazenda Ministro da Agricultura,
Comércio e Obras PúblicasMinistro da Indústria,
Viação e Obras Públicas
Representações na cultura
Bibliografia
Ver também
Ligações externasPrecedido por
Manuel de Almeida Lobo d'EçaPresidente da província de Mato Grosso
1884 — 1885Sucedido por
José Joaquim Ramos FerreiraPrecedido por
Eduardo WandenkolkMinistro da Guerra do Brasil
1890 — 1891Sucedido por
Antônio Nicolau Falcão da FrotaPrecedido por
—Vice-presidente do Brasil
26 de fevereiro de 1891 — 23 de novembro de 1891Sucedido por
Manuel VitorinoPrecedido por
Deodoro da Fonseca Presidente do Brasil
1891 — 1894Sucedido por
Prudente de Morais
29.6.09
Floriano Peixoto
Floriano Vieira Peixoto
Presidência da República