11.4.10

A Origem do Continente Negro

Continente Negro
Dir-se-ia que Deus, depois se sua grandiosa criação do mundo e da distribuição das diversas raças e dos seus elementos pelos continentes, reservou para a África a borra que restou no fundo de sua retorta divina e de envolta com ela todas as manifestações e tristeza e de fealdade, de angustia e de desespero, manifestações estas destinadas a transformar o homem no físico e no espirito e torna-lo inferior através de milênios no desdobrar paciente de todas as eras!

Assim, não somente as raças autóctones como as que invadiram a terra africana foram envolvidas pelo fluido da ira divina, mas também raças nascentes pelos séculos afora. A água lustral da purificação caída nos céus africanos fora absorvida pelo sol ardente e não tocou as raças da terra triste e infeliz, que permaneceram pagãs!.. Foi uma sentença inexorável indeterminada no tempo, dos deuses africanos, admitem os teístas em suas lucubrações românticas. Não se sabe ao certo, porém, quer sob o ponto de vista cientifico, rigorosamente sem hipóteses, quer religioso, liberado de dogmas e da infalibilidade dos cânones, em que época a vontade divina lavrou essa sentença e se foi de Deus, ou dos deuses totênicos, sentenças que se cumpriu no caminhar do tempo e que acompanhou a raça negra como a sua própria sombra em todos os recantos da terra ingrata. O que e certo é que a configuração geográfica do continente negro não a nega e nem o destino de seu povo a desmente: ao contrario, os fatos e a historia da terra a confirmam com abundância de detalhes e a arqueologia a ilustra no desdobramento das pesquisas do passado do homem e dos animais que o cercam no albor de aparecimento sobre a terra. As primeiras raças amedrontadas pelos fenômenos geofisicos tornaram-se nômades, sedentos de vinganças, de saques e de sangue, uma contra as outras, como se despertassem da selvajaria para a barbaridade! Tudo perseguia a raça negra se achava condenada, sem direito à vida sedentária, à organização de suas cidades, à pluralidade da espécie, à contemplação mística de seus deuses, à criação de suas artes, ao desenvolvimento do espirito, aoraciocínio em busca da compreensão dos fenômenos naturais do meio grandioso e bárbaro! O nomadismo forçado pelo meio e pelos elementos criou assim a ignorância e o negro não passou da idade alvar de sua espécie...

Séculos se passaram e só mais tarde, na orla do litoral, foram se aglomerando e formando os primeiros núcleos miscigenados, assim mesmo como meio de defesa, forçado pelas guerras mutua de destruição de tribos contra tribos, e não mais de tribo contra feras como em idades anteriores e longínquas, começou ai propriamente o ciclo histórico do negro como escravo, mais triste e mais horroso que o do nomadismo, ciclo este que teve a sua alvorada no contato da civilização com o homem embrutecido, quando da penetração dos descobridores das costas da África.


Os negros não são autóctones do continente africano, mas de povos invasores das diversas tribos dos Acas, Bacassequeres, Boximanes, Hotentotes, Cacuisses, Mucancalas que se encontravam espalhados pelas regiões lacustres ou desérticas, as quais se supõe que tenham vindas da Ásia ou teriam formado a raça negra, devido a emigração para Etiópia onde estabeleceram duas correntes, quando umas das correntes utilizando o Istmo de Suez e Vale do Nilo deram origem aos povos nigricianos e a outra o Estreito de Bab-Al-Mandab onde penetraram em direção das regiões montanhosas ao sul e oriente da região dos lagos onde formaram os povos do tipo Bantu que conquistaram todo o sul da África. Das migrações negras que se fixaram ao norte da África em cruzamento com a raça branca formaram-se as populações hamitas que invadiram as regiões dos lagos onde estavam constituídos os Bantu e as obrigaram a novos movimentos migratórios, desta época por diante se inicia as invasões do sul da África pelos povos Bantu e descendentes dos cruzamentos Bantus-Hamitas, os Aborigines Nigrilos manifestamente inferiores que foram arrasados e exterminados e escravizados, salvando-se raras tribos, nas indesejáveis regiões lacustre e desérticas e pelos cruzamentos realizados entre os invasores e população aborigines derivaram as atuais distinções etnográficas do sul da África, e a invasão Bantu deu origem a formação dos Império do Congo ao sul e oriente do rio Zaire, Império dos Vatuas a oriente do rio Zambege e do Império Maluas na região dos lagos até Katanga que foram vastos e autenticas realidades política. Podemos afirmar que o negro africano e um produto do meio, que independente a sua vontade foi vencido moralmente e fisicamente, quando foi condenado ao isolamento, tendo regredido socialmente até atingir a degradação de uma índole a principio guerreira, por excelência, móbil, nômade apesar da degenerescência a que atingira a raça, não desapareceram de todos as virtudes do espirito dos negros, virtude essas cristalizadas pelo sofrimento, pela submissão e pela degradação, pois nenhum outro povo teve tão ingrato destino: Ser escravo de escravos e escravo de todas as raças e em todas as terras.


Fonte:
http://www.geocities.com/zumbi2000/continente_negro.htm