Alegando reação a uma rebelião no seio da SA, então com dois milhões e meio de soldados, Hitler livrou-se de maneira brutal dos seus traidores. Durante a madrugada, elementos da sua guarda pessoal, a SS - Schutzstaffel, invadiram o hotel em que Röhm se encontrava na companhia de outros líderes da SA. Surpreendidos, todos foram detidos e rapidamente fuzilados. A inquietação pública na capital foi evidente e deu margens aos mais aterradores boatos. Para conter a agitação, o governo reforçou a segurança nas ruas com a SS, e deu ordens extremas à imprensa que não noticiasse os fatos, sob risco de severa punição aos desobedientes.
O triunfo e a hegemonia de Hitler
Oficialmente, o governo alegou que a SA preparara um golpe contra o Reich. Na realidade, porém, Hitler concretizava mais uma de suas estratégias de poder. Como um ano antes ele tinha liquidado a esquerda alemã, o massacre significou a eliminação dos seus últimos rivais. Sem contestação, era o líder supremo. A SS, força de elite ideológica e racial, passou a ter grande relevância na estrutura do poder, encarregada da segurança interna da Alemanha e, na guerra, dos países ocupados. O banho de sangue custou dezenas de vidas, muitas sem qualquer ligação com Röhm.
7.7.11
30 de junho de 1934 - A implacável noite dos Longos Punhais
Fonte:Jblog