17.5.11

Os Europeus

Na batalha naval de Salamina, em outubro de 480 a.C., a frota grega venceu a armada persa. A vitória sobre os persas criou as bases para o florescimento da Grécia e da Europa.

Quando os plebeus se retiraram da cidade de Roma, em 287 a.C., escreveu-se um capítulo da história constitucional europeia: a introdução do plebis scitum deu origem ao atual referendo popular.

O decreto do imperador bizantino Teodósio 1º teve consequências abrangentes ao unir à Antiguidade clássica as raízes judaico-cristãs do continente europeu. Com bons e maus desdobramentos.

Todas as leis válidas no Império Romano foram compiladas em 529 d.C. e comentadas pelo mais importante jurista da época. A partir do século 14, o "Codex Justinianus" ditaria o moderno direito europeu.

Na noite de 25 de dezembro de 800, Carlos Magno, rei dos francos, foi coroado pelo papa Leão 3° imperador romano na Catedral de São Pedro, tornando-se assim um dos mais poderosos soberanos de seu tempo.

No século 9º, os irmãos Luís, o Germânico, e Carlos, o Calvo, soberanos do Reino Franco Oriental (correspondente à atual Alemanha) e do Reino Franco Ocidental (atual França) selaram os Juramentos de Estrasburgo.

No século 11, quando a influência muçulmana sobre o Oriente Médio e Jerusalém começou a aumentar, o papa Urbano 2º reagiu com fúria.

Assinatura da Carta Magna garantiu amplos direitos, a princípio à nobreza, mais tarde aos cidadãos da Inglaterra. Em 15 de junho de 1215, o rei João 1º teve que ceder à pressão dos barões.

O que Martinho Lutero pretendia com suas 95 teses era promover uma reforma da Igreja Romana, mas isso o tornou fundador de uma nova confissão cristã.

Em 24 de outubro de 1648 foi assinada a Paz da Vestfália, selando o fim da Guerra dos 30 Anos. Desde 1618 as potências europeias guerreavam entre si, num conflito que fez milhões de vítimas.

Luta de décadas entre Coroa britânica e seus opositores chegava ao fim. Declaração de Direitos levou Guilherme 3° de Orange ao trono inglês, fortalecendo os direitos do Parlamento.

Coordenada por D'Alembert e Diderot, "Encyclopédie" foi elaborada entre 1751 e 1780. Com base nos ideais iluministas, filósofos pretendiam, através do saber, criar o "cidadão esclarecido".

"Liberdade, igualdade, fraternidade": a partir da França esse slogan revolucionário inspirou a Europa do final do século 18. E transformou irreversivelmente a história do continente.

Uma discreta carta de um general prussiano ao rei Frederico Guilherme 3° marcou o início da libertação da Europa da hegemonia francesa. Uma vitória da coragem pessoal sobre a hierarquia.

Após as guerras de libertação contra a hegemonia francesa, o Congresso de Viena, iniciado em 1814, restaurou a situação geopolítica na Europa anterior à Revolução Francesa de 1789.

A Assembleia Nacional reunida na Igreja de São Paulo, em Frankfurt, fracassou em sua tentativa de estabelecer um Estado nacional alemão no centro da Europa.

O atentado de extremistas sérvios contra o casal herdeiro da coroa austríaca desencadeou a chamada "Crise de Julho" na Europa. Um mês depois eclodiria a Primeira Guerra Mundial.

Em outubro de 1917, a Revolução Russa conquistava a vitória e os bolcheviques chegavam ao poder. Durante mais de sete décadas, eles dominaram a Rússia e grande parte do Leste Europeu.

Num mesmo dia – 9 de novembro de 1918 – a República Alemã era proclamada duas vezes: primeiro, pelo social-democrata Philipp Scheidemann; logo depois, pelo comunista Karl Liebknecht.

Na madrugada deste dia, foram disparados os primeiros tiros de uma guerra que acabaria com a derrota da Alemanha nazista de Hitler pelas forças aliadas no ano de 1945.

A criação da Comunidade Econômica Europeia, em 25 de março de 1957, encerrava as seculares desavenças entre Alemanha e França, marcando o início da unificação dos países europeus.

Assinada por 35 países, a Ata Final de Helsinque selou o fim do processo da CSCE em defesa dos direitos humanos e de uma cooperação política e econômica na Europa.

Acelerada por um lapso de comunicação, a abertura da fronteira entre as Alemanhas foi primeiro passo declarado no sentido da Reunificação.

Assinado na holandesa Maastricht, o "Tratado sobre a União Europeia" foi o maior passo rumo a uma união política da Europa desde os Tratados de Roma do ano de 1957.

Adoção do euro criou um dos maiores espaços econômicos mundiais com uma única moeda: da noite para o dia, 320 milhões de pessoas passaram a ter o mesmo dinheiro na carteira.
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DW-World.de: Deutsche Welle