Introdução
A palavra filosofia é de origem grega e significa amor à sabedoria. Ela surge desde o momento em que o homem começou a refletir sobre o funcionamento da vida e do universo, buscando uma solução para as grandes questões da existência humana, através de explicações racionais para tudo aquilo que era explicado através da mitologia, oferecendo caminhos, respostas e, sobretudo, propondo novas perguntas, num diálogo permanente com a sociedade e a cultura do tempo em que faça parte.
A Filosofia teve seu início em tempo remoto, antes mesmo de Cristo, quando os primeiros filósofos "( pensadores)" como Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Demócrito de abdera começaram a questionarem as coisas que nos cercam.
A Origem da Filosofia
A palavra "filosofia" (do grego) resulta da união de outras duas palavras: "philia", que significa "amizade", "amor fraterno" (não no sentido erótico) e respeito entre os iguais e "sophia", que significa "sabedoria", "conhecimento". De "sophia" decorre a palavra "sophos", que significa "sábio", "instruído". Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Assim, o "filósofo" seria aquele que ama e busca a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber. A tradição atribui ao filósofo Pitágoras de Samos (que viveu no século V antes de Cristo) a criação da palavra. Filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita.
A Filosofia é um ramo do conhecimento que pode ser caracterizado de três modos: seja pelos conteúdos ou temas tratados, seja pela função que exerce na cultura, seja pela forma como trata tais temas. A Filosofia trata de conceitos tais como bem, beleza, justiça, verdade. Mas, nem sempre a Filosofia tratou de temas selecionados, como os indicados acima. No começo, na Grécia, a Filosofia tratava de todos os temas, já que até o séc. XIX não havia uma separação entre ciência e filosofia. Assim, na Grécia, a Filosofia incorporava todo o saber. No entanto, a Filosofia inaugurou um modo novo de tratamento dos temas a que passa a se dedicar, determinando uma mudança na forma de conhecimento do mundo até então vigente.
A Filosofia é um dos mais úteis de todos os saberes de que os seres humanos são capazes. Tem como objetivos o abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum; não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos; buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história; conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política; dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos.
A Filosofia representa, nessa perspectiva, a passagem do mito para o logos. No pensamento mítico, a natureza é possuída por forças anímicas. O homem, para dominar a natureza, apela a rituais apaziguadores. O homem, portanto, é uma vítima do processo, buscando dominar a natureza por um modo que não depende dele, já que esta é concebida como portadora de vontade. Por isso, essa passagem do mito à razão representa um passo emancipado, na medida em que libera o homem desse mundo mágico.
Portanto, em seu início, a Filosofia pode ser considerada como uma espécie de saber geral. Tal saber, hoje, haja vista o desenvolvimento da ciência, é impossível de ser atingido pelo filósofo.
Os Primeiros Pensadores
TALES DE MILETO
“Tudo é água”.
Tales (623-546 a.C., aproximadamente) costuma ser considerado o primeiro pensador grego, "O Pai Da Filosofia". Na condição de filósofo, buscou a construção do pensamento racional em diversos campos do conhecimento que, hoje, não são considerados especialidades filosóficas. Foi astrônomo e chegou a prever o eclipse total do Sol ocorrido a 28 de maio de 585 a.C. Na área da geometria demonstrou, por exemplo, que todos os ângulos inscritos no meio círculo são retos e que em todo triângulo a soma de seus ângulos internos é igual a 180°.
Procurando fugir das antigas explicações mitológicas sobre a criação do mundo. Tales queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas. Algo que fosse o princípio unificador de todos os seres.
Inspirando-se provavelmente em concepções egípcias, acrescidas de suas próprias observações da vida animal e vegetal, concluiu que a água é a substância primordial, a origem única de todas as coisas. Para ele, somente a água permanece basicamente a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados — sólido, líquido e gasoso.
ANAXIMANDRO DE MILETO
Nem água nem algum dos elementos, mas alguma substância diferente, ilimitada, e dela nascem os céus e os mundos neles contidos.
Anaximandro (610-547 a.C.) procurou aprofundar as concepções de Tales sobre a origem única de todas as coisas. Em meio a tantos elementos observáveis no mundo natural, a água, o fogo, o ar etc, ele acreditava não ser possível eleger uma única substância material como o princípio primordial de todos os seres, a arché.
Para Anaximandro, esse princípio é algo que transcende os limites do observável, ou seja, não se situa numa realidade ao alcance dos sentidos. Por isso, denominou-o ápeiron, termo grego que significa "o indeterminado", "o infinito". O ápeiron seria a "massa geradora" dos seres, contendo em si todos os elementos contrários.
ANAXÍMENES DE MILETO
“E assim como nossa alma, que é ar, nos mantém unidos, da mesma maneira o vento envolve todo o mundo”
O terceiro filósofo de Mileto foi Anaxímenes (c. 570—526 a.C.). Ele pensava que a origem de todas as coisas teria de ser o ar ou o vapor. Anaxímenes conhecia, claro, a teoria da água de Tales. Mas de onde vem a água? Anaxímenes acreditava que a água seria ar condensado. Acreditava também que o fogo seria ar rarefeito. De acordo com Anaxímenes, por conseguinte, o ar(“pneuma”) constituiria a origem da terra, da água e do fogo. Conclusão – Os três filósofos milésios acreditavam na existência de uma substância básica única, que seria a origem de todas as coisas. No entanto, isso deixava sem solução o problema da mudança. Como poderia uma substância se transformar repentinamente em outra coisa? A partir de cerca de 500 a.C., quem se interessou por essa questão foi um grupo de filósofos da colônia grega de Eléia, no sul da Itália, por isso conhecidos como eleatas
DEMÓCRITO DE ABDERA
“O homem, um microcosmo”.
Demócrito nasceu em Abdera (colônia jônica da Trácia). Estudioso da matemática e física, teve cultura semelhante à de Aristóteles. Foi discípulo e sucessor de Leucipo na direção da escola de Abdera. O último grande filósofo da natureza desenvolveu a idéia de que todas as coisas eram constituídas por uma infinidade de minúsculas pedrinhas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna e imutável. A estas unidades mínimas Demócrito deu nome de átomos. A palavra "átomo" significa indivisível.
Para Demócrito existia na natureza uma infinidade de átomos diferentes, que combinados dariam origem a corpos os mais diversos. Demócrito não acreditava numa força que pudesse intervir nos processos naturais. As únicas coisas que existiam eram os átomos e o vácuo. Para ele tudo era regido pelas leis inalteráveis da natureza, e tudo o que acontece tem uma causa natural; uma causa que é inerente à própria coisa. Para Demócrito a alma era composta por alguns átomos particularmente arredondados e lisos, os "átomos da alma". Dizia que quando uma pessoa morre, os átomos de sua alma espalham-se por todas as direções e podem se agregar a outra alma, no momento mesmo que esta é formada. Ao contrário de Empédocles, ele não acreditava na influência de forças espirituais sobre a vida. Além disso não acreditava que o homem possuía uma alma imortal.
Conclusão
No estudo feito, conclui que a filosofia, dependendo da linha pela qual você venha a optar, possibilita visualizar a realidade de uma maneira mais abrangente e considerando todo o processo histórico do conhecimento humano acumulado até então. Possibilita também considerar a sua inserção neste processo. A grande contribuição que a filosofia pode proporcionar em nossas vidas é a opinião que teremos sobre a realidade, opinião que nos pertencerá individualmente e não mais "trabalhada" pelos ditos senhores da informação. O julgamento caberá a nós próprios e isto nos proporciona autonomia, condição para nos tornarmos humanos.
Concluindo, Filosofia é a ciências geral dos princípios e causas, ou sistemas de noções gerais sobre o conjunto das coisas; esforço para generalizar, aprofundar, refletir e explicar; força moral e elevação de espírito com que o homem se coloca acima dos preconceitos; sabedoria.
A história da filosofia coloca em perspectiva o conhecimento filosófico e apresenta textos e autores que fundamentam nosso conhecimento até hoje.
Bibliografia
http://www.pensadores.com.br/autores.asp
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u367.jhtm
http://www.webartigos.com/articles/48271/1/Os-primeiros-pensadores/pagina1.html
www.suapesquisa.com/filosofia/
http://primeiro-anoa.blogspot.com/2010/03/filosofia.html
http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/delamar1.htm
26.5.11
A Origem da Filosofia
Por Angela Maria