24.5.11

GUERRA DOS SETE ANOS

A Guerra dos Sete Anos, foi uma série de conflitos internacionais que ocorreram entre 1756 e 1763, durante o reinado de Luís XV, entre a França, a Áustria e seus aliados (Saxônia, Rússia, Suécia e Espanha), de um lado, e a Inglaterra, a Prússia e Hannover, de outro, e cujos objetivos era conseguir o controle sobre a Silésia e a supremacia colonial na América do Norte e na Índia.

A fase norte-americana foi denominada Guerra Franco-Indígena (ou Guerra Francesa e Indígena), e participaram a Inglaterra e suas colônias norte-americanas contra a França e seus aliados algonquinos. A fase asiática iniciou o domínio britânico nas Índias.


A fortaleza francesa de Louisbourg, Nova Escócia, em 1758.

A fase norte-americana foi denominada Guerra Franco-Indígena (ou Guerra Francesa e Indígena), e participaram a Inglaterra e suas colônias norte-americanas contra a França e seus aliados algonquinos. A fase asiática iniciou o domínio britânico nas Índias.

Foi o primeiro conflito a ter carácter mundial, e o seu resultado é muitas vezes apontado como o ponto fulcral que deu origem à inauguração da era moderna. A Guerra foi precedida por uma reformulação do sistema de alianças entre as principais potências europeias, a chamada Revolução Diplomática de 1756, e caracterizou-se pelas sucessivas derrotas francesas na Alemanha (Rossbach), no Canadá (queda de Québec e Montreal) e na Índia.

Principais Batalhas


Memorial da Guerra dos Sete Anos em Krefeld (Renânia do Norte-Vestfália).

Europa

Batalha de Minorca (20/05/1756)
Batalha de Lobositz (01/10/1756)
Batalha de Reichenberg (21/04/1757)
Batalha de Praga (06/05/1757)
Batalha de Kolin (18/06/1757)
Batalha de Hastenbeck (26/07/1757)
Batalha de Gross-Jägersdorf (30/08/1957)
Batalha de Moys (07/09/1957)
Batalha de Rossbach (05/11/1957)
Batalha de Breslau (22/11/1957)
Batalha de Leuthen (05/12/1757)
Batalha de Krefeld (23/06/1758)
Batalha de Zorndorf (25/08/1758)
Batalha de Hochkirch (14/10/1958)
Batalha de Bergen (13/04/1759)
Batalha de Kay (23/07/1759)
Batalha de Minden (01/08/1759)
Batalha de Kunersdorf (12/08/1759)
Batalha de Hoyerswerda
Batalha de Maxen (21/11/1759)
Batalha de Meissen (04/12/1759)
Batalha de Landshut (23/06/1759)
Batalha de Warburg (01/08/1760)
Batalha de Liegnitz (15/08/1760)
Batalha de Torgau (03/11/1760)
Batalha de Villinghausen (1761)
Batalha de Burkersdorf (21/07/1762)
Batalha de Lutterberg
Batalha de Freiberg

América (Guerra Franco-Indígena)

Motivos da Guerra


Rota da Expedição de Braddock.

A guerra deu continuidade a disputas não apaziguadas pelo Tratado de Aix-la-Chapelle e tinha relação com a rivalidade colonial e econômica anglo-francesa, e com a luta pela supremacia nos Estados Alemães entre a Áustria e a Prússia. A guerra prosseguiu na América do Norte, com a expedição de Braddock, que entre 1695 e 1755 comandou as forças britânicas contra os franceses e indígenas. Cada facção estava insatisfeita com seus antigos aliados. A Inglaterra tomou a iniciativa quando capturou trezentos navios franceses sem declarar guerra, e de seguida, com o Acordo de Westminster, pelo qual consegue o apoio militar de Frederico II da Prússia em 1756. A França, por sua vez, com os dois Tratados de Versalhes (1756 e 1757) obtém a promessa de aliança de Maria Teresa da Áustria e de seu ministro Kaunitz. Maria Teresa também se aliou com Elizabeth da Rússia.

Desenrolar da Guerra


Operações do exército russo partindo do território polonês.

Ao longo dos sete anos, 1756-1763, as grandes potências europeias levam a guerra às suas possessões em todo o mundo. Enquanto nas colônias americanas e da Índia os sucessos pertencem aos Ingleses, e apesar da tentativa do "Pacto de Família" com os Bourbons da Espanha, na Europa, numa fase inicial, a aliança franco-austríaca é bem sucedida, contando com a ajuda dos príncipes alsacianos, da Suécia e da Rússia.

A guerra na Europa teve início no verão de 1756, quando Frederico II da Prússia resolveu, preventivamente, ocupar a Saxônia, região do Sacro Império Germânico aliada da Áustria de Maria Teresa. Em poucas semanas ele logrou capturar a totalidade do exército saxônico (18 mil homens) em Pirna.

Embora tivesse o melhor exército da Europa, a situação estratégica da Prússia era preocupante. A Prússia, como um todo, estava ameaçada ao norte pela Suécia (que dispunha de um exército pequeno) e pela Áustria ao sul. A oeste, um punhado de príncipes alemães, fiéis a Maria Teresa, formara um exército contrário a Frederico e que viria a operar na Saxônia. A noroeste, o Hanôver, apoiado por tropas britânicas, oferecia uma ilusória proteção aos prussianos. A leste, a neutra Polônia era uma nação permeável às tropas russas que, em um primeiro momento, estavam interessadas em ocupar a Prússia Oriental.

Em 1757 Frederico II entrou em campanha em abril, invadindo a Boêmia e batendo os austríacos na disputada batalha de Praga (6 de maio). Mas no dia 18 de junho Frederico acabou sendo derrotado pelo marechal austríaco Daun em Kolin, o que o obrigou a abandonar a Boêmia e a conduzir uma guerra defensiva em três frentes.

Em julho de 1757, porém, o primeiro-ministro Pitt, o Velho, subiu ao poder na Inglaterra e conduziu a guerra com habilidade e vigor. Em novembro, Frederico II obteve sua maior vitória sobre a França, em Rossbach, e em dezembro, derrotou os austríacos em Leuthen, salvando a Prússia de uma invasão. Frederico foi muito pressionado em 1758, mas derrotou os russos em Zorndorf; Ferdinando de Brunswick protegeu seu flanco ocidental com um exército anglo-hanoveriano.

No ano seguinte, entretanto, Frederico sofreria a sua mais terrível derrota, em Kunersdorf, ao atacar uma força austro-russa reunida a leste do rio Oder. Apenas o desentendimento entre as tropas austríacas e russas e a logística podem explicar a salvação de Berlim naquele ano.



Encontro de Robert Clive com Mir Jafar após a batalha de Plassey, por Francis Hayman.

O ano de 1759 foi de vitórias britânicas - Wolfe capturou Québec, Ferdinando derrotou o exército francês em Minden e Hawke destruiu a frota francesa na baía de Quiberon. Na Índia, Clive havia conseguido o controle de Bengala em Plassey e, em 1760, Montreal foi tomada. O almirante Boscawen atacou com sucesso as Índias Ocidentais francesas. Em 1761, a Espanha entrou na guerra e Pitt renunciou. A morte de Elizabeth da Rússia diminuiu a pressão sobre Frederico, pois seu sucessor, Pedro III, que nutria grande admiração pela Prússia, reverteu sua política e assinou um armistício, ficando Frederico II livre da frente oriental, levando os franceses e austríacos a assinarem a paz (Tratado de Paris).

Em meados do século XVIII o relacionamento saudável entre a Inglaterra e as 13 colônias foi modificado devido a dois fatores paralelos:

A ocorrência da revolução industrial.

A vitória das 13 colônias na guerra dos 7 anos.

O Tratado de Paris

Todos estavam dispostos a um acordo de paz, concluído pelo Tratado de Paris em 1763. No cômputo global do conflito, a Inglaterra e a Rússia foram vitoriosas. No acordo firmado, a França perde a favor dos ingleses o Canadá e parte da Louisiana, algumas Antilhas e feitorias do Senegal; a favor de Espanha, para compensá-la dos prejuízos advindos da guerra, o resto da Louisiana e Nova Orleans, enquanto na Índia perdia toda a influência. Pelo Tratado de Hubertsburg, a Áustria, por seu turno, cedeu definitivamente a Silésia à Prússia.

A Prússia se afirma como concorrente da Áustria na liderança dos estados alemães, lançando as bases do seu futuro império colonial. As importantes vitórias inglesas sobre a França, solidificadas no Tratado de Paris, lançam as bases do futuro Império colonial inglês.

Fonte: pt.wikipedia.org