31.1.11

As Colônias Africanas

Os guineenses

A área ocupada hoje pela Guiné ja fez parte do território de diversos povos africanos, incluindo o império Songai, no período entre os séculos X e XV, quando a região tomou contato pela primeira vez com os comerciantes europeus.
Os Nalus e os Bagas popularam a região até o oitavo século, a eles juntaram-se os Jalonkes de origem mande no século 11. Em seguida vieram os Fulas e Mandinkas, vindos do Islã, entre os séculos 16 a 18.
No século 12 a região fazia parte do império de Ghana e do Mali. Este último conheceu o seu apogeu no século 14, estendendo-se ao norte e leste da Guiné até Timbuctu (Mali) antes de decair no século seguinte.

Povo Nalu

Os Nalus parecem estar relacionados aos bijagos que habitam nas ilhas do mesmo nome.
No século 15 ocupavam as margens do Rio Cacine na região de Catio.
Alguns foram colonizar a área da foz do Rio Nunez na República de Guiné.
Seus vilarejos compõem-se de pelo menos sete cabanas ovais imensas com telhados de sapé e um pequeno canteiro. Outras abrangem moradias circulares sem divisões de paredes. É um povo agrícola e artesão e os ferreiros são especialmente importantes.

Povo Baga

Os povos Baga vivem na região costeira da Guiné. Podem ser subdivididos em cinco grupos entre os quais os Landuma são os maiores, representando a metade dessa etnia.
De acordo com a tradição oral eles se retiraram das regiões do interior em direção às costeiras devido à competição com as outras tribos.
A arte ritual é conhecida devido as famosas mascaras de "D'mba" (ou "Nimba"), amplamente exibidas em museus no ocidente.

Povo Fula

Os fulani (também chamados de fulbe, fulani, fula, fulfulde, pulaar, futa-jalon, peul, pël) são o maior povo nomade do mundo. Sua origem é desconhecida. Vivem na África ocidental, a maioria no Sahel, onde, junto com os haussa, somam ao redor de 30 milhões.
Também encontram-se no Malí , Guiné, Camarões , Senegal, Níger, Burkina Faso, Guiné-Bissau e em número menor em Ghana, Mauritania, Sierra Leoa, Togo e Chade.
Falam o idioma fula (fulfulde) e foram um dos primeiros grupos africanos a abraçarem o islamismo.

Povo Mandingo

Os mandingos (em mandingo: Mandinka) são um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões.
São descendentes do Império Mali, que ascendeu ao poder durante o reinado do grande rei mandingo Sundiata Keita. Os mandingos pertencem ao maior grupo etnolinguístico da África Ocidental - o Mandè - que conta com mais de 20 milhões de pessoas (incluindo os diulas, os bozos e os bambaras). Originários do atual Mali, os mandingos ganharam a sua independencia de impérios anteriores no século XIII e fundaram um império que se estendeu ao longo da África Ocidental. Migraram para oeste a partir do rio Níger à procura de melhores terras agrícolas e de mais oportunidades de conquista. Através de uma série de conflitos, primeiramente com os fulas (organizados no reino de Fouta Djallon), levaram metade da população mandingo a converter-se do animismo ao islamismo. Hoje, cerca de 99% dos mandingos em África são muçulmanos, com algumas pequenas comunidades animistas e cristãs.
Os mandingos vivem principalmente na África Ocidental, particularmente na Gâmbia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Costa do Marfim, Senegal, Burquina Faso, Libéria, Guiné-Bissau, Níger, Mauritânia, havendo mesmo algumas comunidades pequenas no Chade, na África Central. Embora bastante dispersos, não se constituem no maior grupo étnico em qualquer dos países em que vivem, exceto na Gâmbia.

Povo Jalonka

Fouta Djalloné é a região de planalto no centro de Guiné.
O nome dos nativos é Fuuta-Jalu (soletrado às vezes Fuuta Jalon; Fouta Djallon na ortografia francesa; em inglês escreve-se Futa Jalon). A maneira de escrever lingua falada por eles é conhecida de várias maneiras:
Susu-Yalunka; Djalonka; Yalonka; Dyalonke; Djallonke; Dialonke; Jalonke; Yalunke; Jalunga; Jalonké; Dialonké; Kjalonke
A origem do nome vem do Fula e o nome dos habitantes é Jalonke ou Djallonké.

Linguas faladas

Os guineenses utilizam essencialmente as línguas nigero-congolesas tais como o poular (32%), o susu(10%), o guerze (3,8%), o kissi (3,5%), o toma (1,8%) o dialonkê (1,8%), etc...
O francês é a língua oficial do país, usada apenas por uns 15 a 25% dos guineenses, e em locais mais distantes é praticamente desconhecido. Serve de como língua de contato entre as diversas etnias, da mesma maneira como o malinke, e às vezes o susu.
O árabe é usado apenas pelos adeptos do Al Corão.
Do ponto de vista religioso, os muçulmanos são distintamente os mais numerosos, tendo 85% de adeptos dentro da população.
As religiões tradicionais animistas contam com 5% de adeptos e 4% são cristãos (entre católicos 3% e evangélicos 1%).

Fonte:czeiger Flogão