A expressão hospital Documentos que remontam a 3000 anos a.C. comprovam o exercício da medicina entre os assírio-babilônicos. Esta profissão era regulamentada pelo Código de Hamurabi, que data de 2.250 anos a.C. Mas não há comprovação alguma que indique onde essa prática era concretizada e como era realizado o atendimento, apesar do historiadorHeródoto comentar, em sua obra, sobre a existência de um suposto mercado, ao qual os enfermos eram transportados para terem suas dores diagnosticadas. A vinda do Cristianismo instaura um ponto de vista mais humano, modificando assim a estrutura social e imbuindo o ser humano de novas obrigações; evolui então velozmente a ideia de ajuda aos necessitados e aos doentes, bem como aos que se encontram em trânsito. Eles são socorridos com a ajuda financeira provida pelos cristãos. O decreto de Milão, de 313 d.C., instituído pelo imperador Constantino, dotando o Cristianismo da liberdade de ação, e o Concílio de Nicéia, de 325 d.C., o qual estabelecia o atendimento compulsório aos carentes e enfermos, constituíram a motivação final para o desenvolvimento dos hospitais. A criação dos hospitais foi estimulada principalmente pelo aprimoramento do aprendizado da Medicina e pela evolução das obras sanitárias. Um exemplar dos hospitais construídos em terras islâmicas, durante a Idade Média, é o do Cairo, edificado em 1283. Nele havia enfermarias distintas para pacientes com lesões, os que já estavam em recuperação, as mulheres, os doentes da visão, e assim por diante. Um médico administrava o complexo, com a ajuda de outros profissionais; homens e mulheres, na tarefa da enfermagem, assessoravam o atendimento. No continente europeu, em fins do século XVIII e princípio do XIX, como consequência da Revolução Industrial Neste contexto surgiram os hospitais modernos, estruturados com novas técnicas, aperfeiçoadas através de longos estudos e inquirições na área da Medicina. A partir deste momento os doentes são distanciados de seus familiares e da sociedade e asilados nestes edifícios, frios, impessoais e carentes da afetividade dos entes amados. Hoje, algumas organizações não-governamentais, como os Doutores da Alegria e outras, procuram devolver o prazer e o afeto a estas instituições, através de atividades lúdicas e engraçadas. Fontes: http://www.prosaude.org.br/noticias/jun2002/pgs/encarte.htm#2Por Ana Lucia Santana
Franklin Santana Santos.Perspectivas Histórico-Culturais da Morte, in Franklin Santana Santos e Dora Incontri (orgs). A Arte de Morrer – Visões Plurais, Volume 1. Editora Comenius, Bragança Paulista, 2009.