Por Carlos
Oriente Médio
Assunto: Oriente Médio;
Ponto de vista: Os aspectos religioso, político e social na guerra do Oriente Médio;
Objetivo: Analisar a íntima relação entre esses três fatores e a conotação destes aspectos numa eventual busca pela paz;
Há mais de meio século, israelenses e palestinos disputam palmo a palmo uma porção de terras inferior a área do estado de Sergipe. Nesta guerra que perdura por décadas, acordos de paz e apertos de mão são anulados por explosões e tiros. Nos momentos em que a carnificina se intensifica, os mais visionários propõe uma Confraternização Universal, enquanto os mais céticos consideram qualquer proposta de paz mera utopia. Como o problema é complexo, uma análise do contexto político, religioso e social que engloba o conflito deve preceder qualquer conclusão.
Numa guerra marcada pela discrepância, palestinos e israelenses convergem para o mesmo sentimento: o sofrimento. Ao chorarem por seus mortos, os dois povos tornam-se semelhantes. As pessoas vivem em constante medo. Palestinos, proibidos de circular, temem bombardeios. Israelenses, temendo homens bomba, proíbem-se de circular. Numa região em que crianças aprendem desde pequenos a odiar o outro, o fator social é deixado em segundo plano e o lamento das famílias, que contam seus mortos e feridos e mais sofrem com a guerra, torna-se inaudível.
A busca pela paz torna-se ainda mais penosa quando passa pelo tortuoso caminho da política. Estados Unidos e União Européia buscam soluções apenas quando estas lhes interessam. A postura pró Israel norte-americana se justifica pela busca de votos junto à colônia judia e a expansão de sua influência no Oriente Médio, encravando uma ilha de democracia e consumo num mar fundamentalista. Os europeus buscam o assentamento definitivo de palestinos para refrear a imigração dos árabes para a Europa. Nesse jogo político, os árabes fundamentalistas são contra qualquer tentativa de paz que ameace a hegemonia do absolutismo, sob a bandeira de que o judeu é o Satã que deve ser exterminado.
Neste momento da guerra, duas figuras se destacam. Ariel Sharon, primeiro-ministro israelense que após 115 mortes israelenses em um único mês atacou os assentamentos palestinos com todo seu poderio militar e extrema violência, exacerbando o ódio os extremistas islâmicos. Sharon justifica a guerra como questão de sobrevivência e aplaudido pela extrema direita de Israel e criticado pelos organismos internacionais, destrói cidades palestinas inteiras.
Do lado palestino, Yasser Arafat, último resquício de legitimidade da Autoridade Palestina, enfraquecido diplomaticamente e acusado de envolvimento direto com grupos terroristas, ressurge como mártir ao ser encurralado em seu quartel-general. Arafat tenta manter distância dos terroristas, porém grupos islâmicos espalham o terror em nome de Alá, visando aniquilar os judeus iníquos, manifestando publicamente apoio a Arafat.
Conhecendo os diversos aspectos que influem na guerra entre palestinos e israelenses podemos discutir verdadeiras soluções para o conflito. Devemos ter em mente que qualquer acordo meramente político por si só não trará paz. Os palestinos e israelenses devem procurar coexistir e entender que esta postura beneficia os dois lados. Qualquer solução permanente para a Guerra no Oriente Médio precisa contemplar um equilíbrio político, religioso e social.
Cenário Político até 2004.
Fonte:
http://www.supercarloshp.hpg.com.br/orientemedio.htm