15.5.12

14 de maio de 1987: Sétima arte perde seu mito Rita Hayworth




Rita Hayworth, 68 anos, a dona da beleza estonteante de Hollywood que ganhou fama internacional nos anos 40, morreu na noite de quinta-feira, de Alzheimer, em seu apartamento Central West Park em Manhattan. Precocemente envelhecida pela doença, chegava ao fim o último capítulo da atribulada trajetória de um dos maiolres símbolos sexuauis do século.

"Put the blame on Mame, boys". As luvas negras caiam em um simulacro de striptease, a voz sensual eletrizando as platéias do mundo inteiro. Era 1946, e a sequência tornou o filme um dos clássicos do cinema hollywoodiano: Gilda. "Nunca houve uma mulher como Gilda", dizia a publicidade da época. Seria o momento maior de Rita Hayworth, aliás, Margarita Carmen Cansino.A beleza, aliada a uma certa elegância cênica, havia feito que, após vê-la em trabalhos sem expresão, Fred Astaire aceitase dançar a seu lado (filha de bailarinos, ela começara a carreria dançando, aos 12 anos) em Ao compasso do amor (1941). Apesar da produção barata, o encontro foi tão mágico que logo e seguida filmaram Bonita como nunca (1942). Registra a lenda: Astaire a considerou melhor partenaire que Ginger Rogers.

Eram tempos risonhos e francos. Cansada do primeiro marido, Edward Judson, 22 anos mais velho, qe abandonou os negócios para cuidar da cvarreira da atriz, Rita passou a colecionar romances: Victor Mature, Orson Wellesm Aly Khan, James Hill...

Mas os anos 50 começariam a marca o fim do ciclo. O contrato com a Columbia de Gilda não lhe garantia bons papéis e sua atuação começou a ser reduzida. Era então, uma beleza em processo de fenecimento. Rita tinha consciência de que sua tumultuada trajetória poderia não ter um grande final. Um dia, quando lhe perguntaram a razão de tantos casamentos, limitou-se a responder: "A maioria dos homens se casa com Gilda. Mas acorda mesmo é ao meu lado". Entre o mito e a realidade, como ficava Margarida? A história segue contornos da mais terrível clicheria: No início dos anos 70, Rita afoga suas rugas em álcool, a ponto de em alguns anos ser considerada de gerir seus bens. Nos último anos, Rita só surgiu nos noticiários para entristecer os fãs. Em 1981, seu advogado a declarou incapaz em definitivo de cuidar de si. Já portadora do Alzheimer, ela passou a abrigar-se na casa de sua única filha, Yasmin, que passou a conduzir seu tratamento. Mas Rita começou a batalha sem possibilidade de vitória. Sua saúde apenas se deteriorou, desde então.

Fonte: Jblog