Senhora Da Vinci

Por Ana Lucia Santana

Desta vez a historiadora especializada na Era Tudor compôs uma obra arrebatadora, ambientada em outra época, igualmente fascinante. Fruto de inúmeras investigações e estudos, esta trama apresenta uma personagem feminina determinada e apaixonante, Caterina, a jovem filha de um alquimista, herdeira de suas artes mágicas.



Ao completar quinze anos, em 1452, ela conheceu Piero da Vinci, um simples notário, e com ele teve um filho, que futuramente se transformaria no genial Leonardo da Vinci. Mas, nestes tempos em que a mulher tinha importância quase nula e não tinha voz alguma, ser mãe solteira era no mínimo temerário, principalmente no vilarejo de Vinci.

Assim, Caterina passou por muitas provações e teve que enfrentar a impiedade das outras pessoas, sendo então forçada a se distanciar do próprio filho. Mas a protagonista não se deu por vencida e, mesmo tendo a honra destruída, uniu esforços e engendrou um propósito arriscado, pelo qual ela poderia ser acusada de heresia.

As pessoas ignoravam sua procedência e o legado paterno, ou seja, o conhecimento alquímico que detinha. Esta era certamente uma vantagem, pois ela podia mobilizar este saber para, mesmo longe de seu filho, defendê-lo de qualquer perigo e acompanhar seus progressos. Portanto, pode-se afirmar que seu desempenho materno foi vital para que Leonardo se transformasse em um gênio da Ciência e da tecnologia.

É difícil para qualquer contemporânea de Caterina crer que, apesar de todo preconceito, discriminação e marginalização da mulher, ela tenha exercido tanto poder, sem que ninguém notasse sua performance. E quem poderia condenar uma mulher que deu vida, por meio de um amor ilícito, a um homem como Leonardo da Vinci?

Esta personagem feminina permaneceu na vanguarda da época em que viveu, fugindo sempre das limitações de seu gênero, e ingressando em um universo sedutor, no qual se entretecem elementos filosóficos, artísticos, conhecimento e perigo. Das ruas empoeiradas da vila de Vinci e do contexto glorioso da magnífica Florença, a protagonista segue rumo a aventuras imprevisíveis nos salões de Roma e Milão.

A autora celebra aqui a busca insaciável de uma mulher pelo saber, e revela um mundo secreto que normalmente a ficção histórica não apresenta a seus leitores. Este é o primeiro lançamento do selo Caravelas, criado pela Editora Novo Século para dar espaço à prosa ficcional histórica.

Robin Maxwell nasceu no dia 26 de fevereiro de 1948, nos Estados Unidos. Ela é uma romancista especializada em obras históricas, especialmente as ambientadas na época dos Tudor. A autora também produz roteiros e desenvolve um blog versado em temas políticos.

Fontes:
http://www.literatsi.com/lancamento/mae-de-leonardo-da-vinci-e-protagonista-de-romace-historico/
http://www.robinmaxwell.com/signoradavinci.html
http://www.skoob.com.br/livro/203179-senhora-da-vinci
http://en.wikipedia.org/wiki/Robin_Maxwell_(author)