Quéops, faraó egípcio (2638-2613 a.C.); o segundo rei da IV dinastia. A realização mais importante de seu reinado foi a construção da Grande Pirâmide de Gizé, perto do Cairo.
Quéfren, quarto faraó (2603-2578 a.C.) da IV Dinastia do Egito. Construiu uma das pirâmides de Gizé. Durante muito tempo, pensou-se que a Grande Esfinge próxima a ela era uma representação do rei. Quéfren foi sucedido por seu filho Miquerinos.
Tutmés I, faraó do Egito (1524-1518 a.C.) da XVIII dinastia, sucessor do seu cunhado Amenófis I (que reinou em 1551-1524 a.C.). Destacado militar, foi o primeiro faraó a ser enterrado no Vale dos Reis.
Tutmés II, faraó do Egito (1518-1504 a.C.), filho de Tutmés I e meio-irmão e marido da rainha Hatshepsut. Enviou uma expedição contra as tribos núbias rebeladas contra sua soberania e contra os beduínos, povo nômade dos desertos da Arábia e do Sinai.
Tutmés III, faraó do Egipto (1504-1450 a.C.). Era filho de Tutmés II e genro de Hatshepsut. Durante seu reinado, Tutmés III realizou 17 campanhas militares bem sucedidas, conquistando a Núbia e o Ludão. Conseguiu que os mais importantes estados lhe rendessem tributo: Creta, Chipre, Mitani, Hatti (o reino dos hititas), Assíria e Babilônia. Tutmés III afirmou a hegemonia egípcia em todo o Oriente Médio.
Tutmés IV, faraó do Egito (1419-1386 a.C.) da XVIII dinastia, filho de Amenófis II e neto de Tutmés III. Comandou expedições militares contra a Núbia e a Síria, e negociou alianças com a Babilônia e o Mitanni.
Amenófis III, faraó do Egito (1386-1349 a.C.), da XVIII Dinastia, responsável por grandes trabalhos arquitetônicos, entre os quais parte do templo de Luxor e o colosso de Mêmnón. Seu reinado foi de paz e prosperidade.
Akhenaton ou Amenófis IV, faraó egípcio (1350 a.C.-1334 a.C.), também chamado Neferkheperure, Aknaton ou Amenhotep IV. Akhenaton era filho de Amenófis III e da imperatriz Tiy e marido de Nefertiti.
Quando criança foi escondido pelos pais, não se sabe se por ter algum defeito ou doença. Nunca aparecia em público ou nas esculturas reais. Isso talvez explique como foi estranhamente retratado quando faraó.
Akhenaton foi o último soberano da XVIII dinastia do Império Novo e se destacou por identificar-se com Aton, deus solar, aceitando-o como único criador do universo. Alguns eruditos consideram-no o primeiro monoteísta. Depois de instituir a nova religião, mudou seu nome de Amenófis IV para Akhenaton, que significa “Aton está satisfeito”. Mudou a capital de Tebas para Akhenaton, na atual localização de Tell al-Amama, dedicando-a a Aton, e ordenou a destruição de todos os resquícios da religião politeísta de seus ancestrais. Essa revolução religiosa determinou transformações no trabalho dos artistas egípcios e, também, no desenvolvimento de uma nova literatura religiosa. Entretanto, essas mudanças não continuaram após a morte de Akhenaton. Seu genro, Tutankhamen, restaurou a antiga religião politeísta e a arte egípcia uma vez mais foi sacralizada.
A família real é representada em várias estelas em cena de intimidade familiar, com Nefertiti a amamentar uma filha ou com o casal a brincar com estas enquanto recebe os raios de Aton, que terminam em mãos com o símbolo do ankh. Trata-se de representações até então não presentes na arte egípcia.
Um aspecto que gera alguma perplexidade nestas representações são os crânios alongados dos membros da família real. Akhenaton, por exemplo, surge em estátuas e relevos como um homem muito diferente da norma e representado fora dos padrões rígidos da cultura milenar da época, exibindo femininos e andróginos, com uma cintura fina, porém com quadris largos e coxas decididamente femininas. Além disso, em várias obras os seus seios são aparentes. A sua face também aparece alongada e com lábios carnudos, femininos e sensuais. Para alguns estas características indicariam que a família sofreria de síndrome de Marfan, enquanto que outros consideram tratar-se de uma mera tendência estética exagerada, que visava criar novos padrões estéticos à semelhança do que tinha acontecido no campo da religião, segundo historiadores, Akhenaton queria mostrar nessas esculturas que somos muito mais que imagens, e pedia para ser retratado dessas formas para escandalizar os cidadãos, e também pelo fato de querer mostrar que ele era o “Grande esposo real” de Nefertiti, que assumiu a direção do Egito como co-regente, deixando Akhenaton livre para ser o sumo sacerdote de Aton. As únicas imagens reais de Akhenaton e Nefertiti foram esculpidas em suas tumbas mortuárias, onde mostram claramente que Nefertiti era a mulher mais bela da época e Akhenaton não tinha os traços dos egípcios conhecidos.
Com Kia, uma esposa secundária, Akhenaton teve dois filhos, Nebnefer, que morreu durante o surto de peste e Tutankhaton que depois que voltou á Tebas foi obrigado a mudar seu nome para Tuthankamon pois, depois da morte de Akhenaton, o Deus Aton foi proscrito por alguns anos.Kia teria morrido no parto de Tutankhamon, e a mesma serviu apenas para dar a Akhenaton dois filhos homens para continuar o reinado, visto que Nefertiti não conseguia gerar filhos varões.
Morreu no 17º ano de seu reinado, não se sabe de que. Acredita-se que foi enterrado por Nefertiti, que era sua co-regente e não só uma rainha. Tornou-se ela um faraó por direito.
Nefertiti (c. 1380 – 1345 a.C.) foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egipto, esposa principal do faraó Amen-hotep IV, mais conhecido como Akhenaton.
As origens familiares de Nefertiti são pouco claras, não se sabe se é estrangeira ou filha de um alto funcionário egípcio.
Acredita-se que cresceu no harém no palácio e foi escolhida pela mãe de Akenathon.
É a rainha mais importante do Egito. Ela e seu marido lideraram o êxodo de Tebas para uma cidade no meio do deserto. Para uns era uma traidora, uma fanática religiosa, invejosa, vingativa. Para outros, uma heroína que salvou o país.
Nefertiti acompanhou o seu marido lado a lado em seu reinado porém, a certa altura, no ano 12 do reinado de Amen-hotep ela esvanece e não é mais mencionada em qualquer obra comemorativa ou inscrições e parece ter sumido sem deixar quaisquer pistas.
Este desaparecimento foi interpretado inicialmente como uma queda da rainha, que teria deixado de ser a principal amada do faraó, preterida a favor de Kiya. Objetos da rainha encontrados num palácio situado no bairro norte de Amarna sustentam a visão de um afastamento. Hoje em dia considera-se que o mais provável foi o contrário: Kiya foi talvez afastada por uma Nefertiti ciumenta.
Uma hipótese que procura explicar o silêncio das fontes considera que Nefertiti mudou novamente de nome para Semenkharé e governou como faraó durante cerca de dois anos. Há ainda outra hipótese, como os sacerdotes de Amon não aceitavam o Deus Aton como único do Egito, eles teriam mandado assassinar Nefertiti pois a consideravam o braço direito de Akhenaton, sua morte teria desestabilizado o faraó que tinha em sua figura o apoio indiscutível para o Projeto do “Deus Único” representado por Aton. Cerca de dois anos depois, Akhenaton veio a falecer de forma misteriosa, assim, sua filha primogênita com Nefertiti – Meritaton, foi elevada ao estatuto de “grande esposa real”. O seu reinado foi curto, pois segundo historiadores, ela, seu marido e outros habitantes de Amarna na época foram assassinados e proscritos. Restando de sangue real apenas seu enteado Tuthankamon, então com 9 anos e sua outra filha Ankhesenamon com 11 anos.
Porém, muitos especialistas acreditam que esta pessoa foi um filho de Akhenaton. Já outros egiptólogos, como o professor David O’Oconnor da Universidade de Nova York (New York University), especulam: Poderia se tratar de amor entre iguais, entre dois homens, dadas as características singulares de Akhenaton?
Após morte do marido, herda reino à beira de um colapso.
Acredita-se que ela deixou Amarna e voltou para Tebas. Enterrou Akenathon de acordo com costumes antigos a fim de acalmar sacerdortes. Reabriu Karnak e reintegrou sacerdotes, apaziguando ânimos. Deve ter reinado em Tebas, até morrer, cerca de 1 ano depois. Não se sabe se foi assassinada. Todos os templos por eles coruídos foram destruídos, inclusive Amarna.
A alegada múmia de Nefertiti
Em Junho de 2003 a egiptóloga Joanne Fletcher da Universidade de York anunciou que ela e a sua equipe teriam identificado uma múmia como sendo a rainha Nefertiti.
Em 1898 o egiptólogo Victor Loret descobriu o túmulo do rei Amen-hotep II no Vale dos Reis. Como foi o trigésimo quinto túmulo a ser encontrado, este recebeu a designação de “KV35″ na moderna egiptologia (King Valley´s 35). Para além da múmia deste rei, encontraram-se onze múmias numa câmara selada do túmulo. Três destas múmias foram deixadas no local, devido ao seu elevado estado de deterioração, tendo as restantes sido levadas para o Museu Egípcio. Duas múmias eram de mulheres e a terceira de um rapaz.
Uma peruca encontrada neste túmulo junto a uma das múmias chamou a atenção de Joanne Fletcher que a identificou com as perucas de estilo núbio utilizadas no tempo de Akhenaton. Para Fletcher, especialista em cabelos, esta peruca foi usada por Nefertiti. Para além disso, o lóbulo da orelha estava furado em dois pontos (uma marca da realeza), com impressões de uma tiara no crânio. A múmia não tinha cabelo o que corresponderia à necessidade de Nefertiti manter o cabelo raspado para poder utilizar a coroa azul e também para proteger-se contra piolhos e o calor do Egito na época retratada.
Seu rosto foi recriado em computador e ficou bem parecido com seu busto.
Contudo, a múmia estava identificada como sendo de uma mulher de vinte e cinco anos, o que torna pouco provável tratar-se de Nefertiti.
Tutankamon da XVIII Dinastia, também conhecido como o “Faraó Menino”, nasceu em 1336 a.C e morreu em 1327 a.C. Filho de Akhenaton.
Vida e morte
Ainda existem muitas dúvidas sobre a vida de Tutankamon. Foi o último faraó da 18ª dinastia. Durante seu curto período de governo de 9 anos levou a capital do Egito para Memphis e retomou o politeísmo, que havia sido abandonado pelo pai Akhenaton. Sabe-se que morreu de forma traumática ainda na adolescência. Alguns pesquisadores acreditam que ele tenha sido vítima de uma conspiração na corte e, possivelmente, tenha sido assassinado com um golpe na cabeça.
Tesouros de Tutankamon
A importância atribuída para este faraó está relacionada ao fato de sua tumba, situada numa pirâmide no Vale dos Reis, ter sido encontrada intacta. Nela, o arqueólogo inglês Howard Carter (1874 a 1939) (financiado por Lorde Carnavon ) encontrou, em 1922, uma grande quantidade de tesouros. O corpo mumificado de Tutankamon também estava na tumba, dentro de um sarcófago, coberto com uma máscara mortuária de ouro. O caixão onde estava a múmia do faraó também é de ouro maciço.
Na tumba de Tutankamon foram encontradas mais de cinco mil peças (tesouros). Entre os objetos estavam jóias, objetos pessoais, ornamentos, vasos, esculturas, armas, etc.
A maldição de Tutankamon
Durante a escavação da tumba de Tutankamon, alguns trabalhadores da equipe morreram de forma inesperada. Criou-se então a lenda da Maldição do Faraó. Na parede da pirâmide foi encontrada uma inscrição que dizia que morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faraó. Porém, verificou-se depois que algumas pessoas haviam morrido após ter respirado fungos mortais que estavam concentrados dentro da pirâmide. Carnavon morreu pouco depois da descoberta por uma picada infeccionada, em abril de 1923, no Egito, poucos meses depois da descoberta da tumba. Vitimado por uma infecção, provocada por uma picada de inseto ocorrida quando visitava o túmulo. Morreu no momento exato que um black-out inexplicável atingiu a cidade e que sua cachorrinha também morre. Pouco tempo depois seu irmão também morre e depois, a enfermeira que cuidava de Lorde Carnarvon…
Começava aí, um rastro de morte e terror que se estendia para muito além das areias do Egito.
Em sua desastrada autopsia, a fim de retirar as jóias do corpo, fungos foram liberados, e dois dos homens morreram.
Carter, muito pressionado, um dia pôs todos para fora da tumba e a trancou com um portão de ferro. Os egípcios o expulsaram, ficando exilado por 1 ano. Depois voltou mas teve que renunciar ao direito que possuía sobre o tesouro. Passou o resto da vida catalogando todas as 5.000 peças encontradas. Morreu em 1939, de causas naturais.
Seti I (reinou de 1312 a 1298 a.C.), faraó egípcio, segundo governante da XIX dinastia, filho e sucessor do faraó Ramsés I. Nos últimos anos de seu reinado, conquistou a Palestina, combateu os líbios na fronteira ocidental e lutou contra os hititas.
Ramsés II (reinou em 1301-1235 a.C.), faraó egípcio, terceiro governante da XIX Dinastia, filho de Seti I. Governou por 67 anos e morreu com mais de 80 anos(média do egípcio 35/40 anos), teve inúmeras mulheres e centenas de filhos. Assumiu com 20. Já era casado com Nefertari.
Ramsés II foi o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia, uma das dinastias que compõem o Império Novo. Reinou entre aproximadamente 1279 a.C. e 1213 a.C. O seu reinado foi possivelmente o mais prestigioso da história egípcia tanto no aspecto econômico, administrativo, cultural e militar.
Ramsés II era filho do faraó Seti I e da rainha Touya. A família de Ramsés não era de origem nobre: o seu avô, Ramsés I, era um general de Horemheb, o último rei da XVIII dinastia que este nomeou como seu sucessor.
Julga-se que pelo menos dez anos antes da morte do pai Ramsés já era casado com Nefertari e Isitnefert. A primeira seria a mais importante e célebre das várias esposas que Ramsés teve na sua vida, tendo sido a grande esposa real até à sua morte, no ano 24 do reinado de Ramsés. Nefertari, que possui o túmulo mais famoso do Vale das Rainhas, deu à luz o primeiro filho de Ramsés, Amenhotep, conhecendo-se pelo menos mais três filhos e duas filhas de ambos.
Ramsés foi também casado com a sua irmã mais nova Henutmiré (segundo alguns autores seria sua filha em vez de irmã) e com três das suas filhas. Além destas esposas, ainda tinha seu harém.
O Egito conseguiu continuar a exercer controle sobre a Palestina até a parte final da XX dinastia.
Segundo uma ideia feita, Ramsés teria sido o faraó que oprimiu os hebreus no Egipto, os quais teriam sido libertados por Moisés. Tal alegação não passa de especulação, não estando sequer atestada a história do Êxodo pela história ou arqueologia.
O túmulo de Ramsés foi construído no Vale dos Reis (KV7), necrópole de eleição dos faraós do Império Novo, tendo sido preparado pelo seu vizir do sul, Pasar. Embora seja maior que o túmulo do seu pai, o túmulo não é tão ricamente decorado e encontra-se hoje danificado. Do seu espólio funerário restam poucos objectos, que estão espalhados por vários museus do mundo.
A múmia do faraó foi encontrada num túmulo colectivo de Deir el-Bahari no ano de 1881. Em 1885 a múmia foi colocada no Museu Egípcio do Cairo onde permanece até hoje. Em 1976 a múmia de Ramsés realizou uma viagem até Paris onde fez parte de uma exposição dedicada ao faraó e onde foi sujeita a análises com raios X. Na capital francesa uma equipe composta por 110 cientistas foi responsável por tentar descobrir as razões pelas quais a múmia se degradava progressivamente. Os cientistas atribuíram esta degradação à ação de um cogumelo, o Daedela Biennis, que foi destruído com uma irradiação de gama de cobalto 60. As análises revelaram que Ramsés sofria de doença dentária e óssea.
Em seu reinado aconteceu a Batalha de Kadeshi, em que tinha o objetivo de expulsar os hiitas do norte da Síria. A realidade encontra-se distante do relato irreal a serviço da propaganda faraônica. Julga-se que os egípcios foram obrigados a recuar, não tendo tomando Kadesh, tendo os reforços chegado a tempo de o salvar.
Seus principais inimigos foram os hititas; com eles assinou um tratado, segundo o qual as terras em litígio se dividiam. Durante seu reinado construiu-se o templo de Abu Simbel e concluiu-se o grande vestíbulo hipostilo do templo de Amón, de Karnak.
Ramsés III (reinou de 1198 a 1176 a.C.), faraó egípcio da XX dinastia, grande líder militar que salvou o país de várias invasões. As vitórias de Ramsés III estão representadas nas paredes de seu templo mortuário em Madinat Habu, próximo à cidade de Luxor. O final de seu reinado foi marcado por revoltas e intrigas palacianas.
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