11.9.09

Atentados terroristas de 11 de setembro completam 8 anos


Fumaça sai de torre do World Trade Center atingida por aeronave, em 11 de setembro de 2001, em Nova York
Fumaça sai de torre do World Trade Center atingida por aeronave, em 11 de setembro de 2001, em Nova York

Há oito anos, o mundo parou quando 19 membros da Al-Qaeda assumiram o controle de quatro aviões e provocaram uma série de atentados nos Estados Unidos, com saldo de aproximadamente 3 mil mortos. Menos de dois meses depois, George W. Bush e seus aliados decidiram invadir o Afeganistão e, em 2003, o Iraque, no que o então presidente chamou de "guerra contra o terrorismo".

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, emissoras de TV do mundo inteiro suspenderam suas programações para transmitir ao vivo o desespero de milhares de americanos. Duas das aeronaves sequestradas colidiram contra as torres do World Trade Center, em Manhattan, Nova York, local que acabou por se tornar símbolo dos ataques e reunir homenagens às vítimas.

Um terceiro avião colidiu contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, em Washington, e a quarta aeronave foi encontrada em Shanksville, na Pensilvânia. Há duas versões para o que teria acontecido com este último avião. Segundo a primeira, os passageiros teriam entrando em confronto com os terroristas provocando a queda da aeronave. Já a segunda diz que o avião teria sido abatido antes de atingir o Capitólio.

No ano passado, Bush inaugurou no Pentágono o primeiro grande memorial às vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001. A construção de outro memorial, no local onde ficavam as Torres Gêmeas, pode não ser concluída até o 10º aniversário dos atentados. A reconstrução dos arranha-céus está paralisada, especialmente após a crise econômica que atingiu o mundo inteiro no ano passado, e é alvo de inúmeras críticas.

Ano após ano, as autoridades de Nova York prometem reconstruir o Marco Zero. Na sua forma mais ambiciosa, o projeto incluía cinco arranha-céus, um memorial e um terminal de transporte ferroviário. Entretanto, as estruturas visíveis hoje são mínimas.

De acordo com uma pesquisa divulgada na semana passada pela Universidade Quinnipiac, em Nova York, dois em cada três nova-iorquinos acreditam que nem o memorial estará pronto para o décimo aniversário dos ataques, em 2011.

Obama anunciou que pretende fazer do aniversário dos ataques o primeiro dia de Celebração Nacional de Homenagens e Lembranças ao episódio. Em 2011, a expectativa é transformar o evento no maior dia de homenagens da história dos EUA.

Por enquanto, quem visita a cidade e busca uma lembrança, ou quer saber mais sobre o que será feito do local onde milhares de vidas foram perdidas vai encontrar o centro de visitação do National September 11 Memorial & Museum, a poucos metros do Marco Zero de Manhattan, próximo ao local onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center.

No local, além de ver maquetes, desenhos, filmes e imagens sobre o projeto e o progresso das obras do novo museu, os visitantes também podem contribuir dando seu testemunho sobre onde estavam e como tomaram conhecimento dos ataques terroristas.

Invasões
Menos de dois meses após os atentados, os EUA e seus aliados invadiram o Afeganistão para derrubar o regime do grupo radical islâmico talibã, aliado da Al-Qaeda, e capturar seu líder, Osama Bin Laden. Em 2003, sob o pretexto da "guerra contra o terror", os EUA invadiram também o Iraque.

Bush, afirmava que o ex-ditador Saddam Hussein mantinha "armas de destruição em massa" e, assim, concentrou as ações americanas no país. As supostas armas de destruição em massa, no entanto, nunca foram encontradas.

Oito anos depois, Bin Laden permanece foragido e, segundo afirmam inúmeros analistas, os EUA perderam de vista os objetivos inicias que motivaram as invasões. Depois de assumir a presidência americana, no início deste ano, Barack Obama iniciou o processo de retirada das tropas americanas do Iraque, mas está ampliando as forças no Afeganistão e insiste em receber mais ajuda internacional para controlar a violência e reconstruir o país.

Fonte: Terra