Por Emerson Santiago
Alcorão, ou Corão – em árabe, o termo significa “recitação”, e faz referência ao livro sagrado do islamismo, que acredita-se, foi ditado a Maomé pelo anjo Gabriel (Jibril), reproduzindo as exatas palavras de Deus.
Aiatolá – No islamismo xiita (ayatu Allah – sinal de Deus) é o especialista em estudos islâmicos no campo das leis, éticae filosofia, e por isso mesmo, tido em alta conta por sua sabedoria.
Alá – o único deus do Islã, ele é considerado o mesmo deus dos judeus e cristãos. A palavra “Allah” é uma contração das palavras árabes “al illah”, que significa “O Deus”. Ele é o Criador, o Juiz Misericordioso, que trará os crentes para o céu e coloca os incrédulos e pecadores no inferno.
Califa – é o nome dado ao líder de uma Umma (comunidade islâmica) que tem por lei a sharia. O califa exerce o papel de juiz, administrador e líder militar, e é considerado o sucessor político de Maomé no islã sunita. O posto foi abolido em 1924, após a queda do Império Turco Otomano.
Casbá ou Qasba – cidadelas fortificadas comuns ao norte da África.
Hajj – a peregrinação a Meca, dever de todo o muçulmano, a ser realizada pelo menos uma vez na vida por todo o indivíduo com saúde e condições financeiras.
Imam – é o líder do culto da mesquita, e também é o título dos principais líderes religiosos a suceder Maomé.
Jihad – Termo que significa “luta”, e que pode ser de dois tipos: a Jihad Menor, ou física, ou externa, na qual há a expectativa de que os muçulmanos defendam sua pátria e o Islã de um possível ataque. A Jihad Maior é a batalha interior, dentro de si, na qual o muçulmano deve lutar para vencer o mal interior.
Madrassa – instituição educacional de natureza religiosa.
Maomé – (570 – 8 de junho de 632) é tido como o profeta e mensageiro de Deus tanto da fé islâmica e da fé Baha’i.
Mesquita – (masjid em árabe) é a casa de oração para o culto da comunidade. A sala de oração principal de uma mesquita é geralmente vazia, com pisos cobertos com tapetes finos em vez de cadeiras. O salão possui um nicho, o mihrab, que indica a direção de Meca, no qual as orações são oferecidas. A mesquita é vista como o lugar para a oração comunitária, especialmente na sexta-feira, e ainda pode ter um número de instituições ligadas a ela, como uma faculdade, cozinha para os pobres, hospital, biblioteca, escola primária, cemitério, e assim por diante.
Muezim – ou ainda almuadem, é o indivíduo responsável por chamar os fiéis para realizar as cinco preces diárias. Para isso, ele entoa um chamado, o adhan ou azan do alto do minarete (a grande torre proeminente na maioria das mesquitas). É o equivalente no cristianismo ao sino da igreja.
Mulá – No islã sunita, é um indivíduo versado na Sharia (lei sagrada). Significa vigário, mestre, guardião e é um título costumeiramente atribuído no mundo islâmico aos intelectuais.
Povos do Livro – O islã considera os sabeus, judeus e cristãos como Povos do Livro, o que lhes dá um estatuto jurídico especial nas regiões islâmicas, essencialmente de cidadania de segunda classe, com direitos e responsabilidades claramente definidas. Em contraste com outros não-muçulmanos, eles poderiam seguir sua religião, manter propriedade, e ter direitos legais em tribunais muçulmanos, além de servir no governo. Por outro lado, eles não podiam construir novas sinagogas ou igrejas ou servir nas forças armadas.
Ramadã – Nono mês do calendário islâmico, considerado sagrado, pois nele Maomé recebeu a primeira revelação do Alcorão. Durante o ramadã, os muçulmanos jejuam durante o dia, e no final do mês, promove-se o festival da Quebra do Jejum (Eid al-Fitr).
Sharia ou Charia – Sistema jurídico-religioso arcaico, que regula toda a vida social dos muçulmanos e não-muçulmanos sob domínio islâmico. Creditada pelos muçulmanos como legada por Deus, ela é sob tal aspecto, imutável.
Shahada ou Chahada – Termo que significa, a grosso modo, “testemunho”, em árabe. Serve para se referir ao pilar máximo do credo islâmico, que sintetiza, em uma frase, a ideia central da religião: Não há nenhum deus além de Deus e Maomé é o mensageiro de Deus. A bandeira da Arábia Saudita traz a Shahada.
Sufismo – Termo que designa movimentos místicos e ascéticos do Islã. Um sufi tenta ir além das restrições da prática básica do islã e se propõe a buscar Deus em formas mais íntimas. Em muitos aspectos, isso é semelhante às tentativas da budistas para alcançar a iluminação. Sempre houve uma tensão entre o sufismo e islã clássico, porque muitas das crenças, ações e declarações do sufis parecem herética para não-sufis.
Sunismo – A maior corrente do islã, com cerca de 80 a 85 por cento do total de fiéis. Os sunitas acreditam que Maomé não nomeou um sucessor e, portanto, este tinha que ser escolhido pelos próprios muçulmanos. Isso levou ao estabelecimento do califado, uma série de homens que assumiram o poder terreno e temporal de Maomé, mas que não fez nenhuma reivindicação como sucessor espiritual do profeta.
Umma – é a comunidade islâmica, ou seja, todos os povos que aceitaram o credo islâmico. Hoje, a umma se estende desde o Marrocos (África do Norte) à Indonésia (Sudeste asiático).
Vizir – ministro e conselheiro de um sultão.
Xeque ou Xeique – líder de uma cidade ou vila, ou ainda, pessoa idosa, venerável, ou mesmo um mestre dos ensinamentos do islã. No sufismo, o xeque é um mestre espiritual, um guru.
Xerife ou Sharif – O termo significa “nobre” em árabe e é o título dos ex-governadores de Hejaz (litoral ocidental da península arábica) e comissário das cidades sagradas de Meca e Medina.
Xiismo – principal divisão do islamismo, com cerca de 15 por cento de adeptos. A principal razão para a sua separação da linha principal, a sunita, reside na questão da sucessão de Maomé. Os xiitas acreditam que Ali, genro e primo do profeta é o seu sucessor e herdeiro espiritual.
Bibliografia:
V. M. FLESHER, Paul. Official Islam Glossary for Introduction to Religion (em inglês). Disponível em: <http://uwacadweb.uwyo.edu/religionet/er/islam/IGLOSSRY.HTM#ltr.m>. Acesso em: 03 ago. 2012.
Fonte: