As relações comerciais entre os países ocorrem há centenas de anos, pois nenhuma nação é autossuficiente em todos os setores que possam suprir as necessidades da população e proporcionar desenvolvimento econômico. Sendo assim, é comum e necessária a comercialização internacional de recursos naturais, alimentos, fontes energéticas, tecnologia, etc.
Para facilitar essas relações, sobretudo numa economia globalizada, que exige uma dinamização nas relações comerciais e sociais, intensificando o fluxo de mercadorias e serviços, foram criados vários acordos internacionais, com destaque para os blocos econômicos. Esses grupos discutem medidas para reduzir e/ou eliminar as tarifas alfandegárias, promovendo a ampliação das relações comerciais entre os países-membros.
Também existem grupos internacionais que realizam encontros para discutir a situação econômica global, como o G-8 e o G-20. Além dos acordos comerciais, algumas organizações internacionais discutem assuntos de ordem política, como, por exemplo, a Organização dos Estados Americanos (OEA), que objetiva garantir a estabilidade política, a paz e a segurança no continente.
Esses acordos internacionais são tão importantes que são criados até mesmo paracontrolar a exploração e venda de um determinado produto – é o caso da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), responsável por controlar a produção e venda do “ouro-negro”.
Confira os artigos disponibilizados nessa subseção e obtenha mais informações sobre os acordos internacionais, formação e características dos blocos econômicos, principais blocos econômicos, Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outros.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
A dívida externa dos países da América Latina
Os países latinos sofrem para pagar dívidas externas.
Grande parte dos países latinos tem algo em comum, o endividamento externo. Esses países contraíram enormes dívidas a partir de empréstimos realizados junto às instituições financeiras internacionais ou países credores.
Em geral, o endividamento de grande parte dos países latinos teve início no processo de descolonização pelo qual diversos países passaram, as dívidas desses períodos foram contraídas com a finalidade de financiar os gastos para o desligamento com a metrópole.
A partir desses empréstimos os países enfrentaram enormes dificuldades para o pagamento das dívidas, o problema é que a produção dessas nações é basicamente de produtos primários, com baixo valor agregado, enquanto que os produtos industrializados oriundos especialmente da Europa possuem grande valor, tornando uma troca comercial bastante desigual. Diante desse fato é notório que não ocorra crescimento econômico, dessa forma não conseguem recursos suficientes para sanar as dívidas.
Diversos países que ingressaram de forma expressiva nas atividades industriais tiveram de estender ainda mais os valores e os prazos das dívidas, nesse caso foram feitas com o propósito de gerar desenvolvimento econômico no país. Os recursos foram destinados principalmente para obras de grandes repercussões, como usinas hidrelétricas, portos, rodovias, ferrovias, além de fortalecer e criar novas empresas ligadas às indústrias de base, no ramo das metalúrgicas, siderúrgicas, petroquímicas e mineração.
Diante das considerações apresentadas, fica evidente que países como Brasil, Argentina e México, que se encontram em franco crescimento industrial, são os que possuem as maiores dívidas externas entre os países da América Latina.
As dívidas externas impedem que haja um desenvolvimento pleno em países de economias mais frágeis, fato que agravou a partir da década de 70, quando os juros internacionais tiveram aumento em suas taxas.
Dessa forma, os países ficam distantes de alcançar o pagamento das dívidas e somente pagam juros que não ajudam a solucionar o problema. Esse fato é interessante somente para as economias centralizadas, pois elas sempre determinam os rumos da economia de países subdesenvolvidos que permanecem dependentes economicamente.
Por Eduardo De Freitas
Acordos transnacionais
Reunião do Conselho da União Européia.
O mundo é cercado por uma série de acordos para tratar de diversos tipos de temas e questões, esse processo sofreu um incremento a partir dos anos 90, tanto em números quanto em nível de importância, isso em escala planetária, jamais na história houve tantas incidências desse tipo de negociação.
Diante dos acordos existentes os que mais se destacam são os relacionados à economia e comércio internacional, impulsionado pelo crescente processo de globalização.
Os tratados e acordos variam conforme o grau de relacionamento diplomático entre os países e também o caráter de complexidade, ou seja, desde assuntos mais polêmicos e estruturais até questões simples e de fácil entendimento.
Um dos exemplos mais evidentes de acordos comerciais é a criação de blocos econômicos com aspecto de Zona de Livre Comércio, quando uma nação se ingressa em um bloco e com essas características reduz em curto e médio tempo suas taxas alfandegárias sobre todo tipo de fluxos comercias entre os componentes.
Caso o grupo de países queira estreitar os laços comerciais entre eles avançam para uma próxima etapa, denominada de União Aduaneira, que consiste em retirar as tarifas tributárias entre os integrantes do bloco, além disso é adotada uma tarifa alfandegária comum para a entrada de produtos oriundos de outros centros comercias.
Quando há a utilização de todos os aspectos apresentados no texto acrescendo a livre circulação de pessoas, capitais e serviços, o bloco se transforma em outra categoria de acordo, conhecida como Mercado Comum, e se, além disso, esse grupo de países implantar uma moeda de circulação dentro do bloco, novamente esse altera para a condição de União Econômica e Monetária, o último é o nível máximo que atualmente pode ser concebido em nível internacional.
Por Eduardo De Freitas
ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas)
Líderes de países que compõem a ALBA.
Nos dias 28 e 29 de abril do ano de 2006, houve uma reunião na cidade cubana deHavana para discutir a implantação da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas) que contou com a presença de líderes de países como Venezuela, Bolívia e Cuba.
A Alternativa Bolivariana para as Américas tem como principal objetivo integrar diversos países da América Latina e também do Caribe, que tem como base a ideologia de Simón Bolívar, esse tem a intenção de ser uma alternativa em relação à ALCA (Área de Livre Comércio das Américas).
Essa divergência é proveniente das idéias impostas principalmente pelos Estados Unidosque visa implantar a ALCA para abrir totalmente as fronteiras comerciais entre todos os países americanos, desse modo se limitam somente nas relações econômicas.
Já a ALBA quer estabelecer um padrão, ou melhor, tornar equivalentes a realidade de cada país, além disso, visa focalizar os esforços no combate à pobreza, desigualdade social e toda forma de exclusão social. Dentre outros objetivos da ALBA está ainda o de dar preferência às empresas pequenas e médias, além de considerar que os países desenvolvidos deveriam financiar todo o processo e, por fim, estabelecer os fundamentos no princípio da solidariedade.
Atualmente a ALBA é formada pela Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua e Dominica, além do interesse de países como Equador e São Vicente e Granadinas de ingressar nesse bloco.
Em suma, os objetivos de ALBA e ALCA são conduzidos para rumos diferentes, de um lado os interesses norte-americanos de implantar a ALCA que nesse caso favorece o mesmo, pois sua economia e setor produtivo é extremamente superior ao dos outros países dispersos no continente, assim nenhum país subdesenvolvido será capaz de competir com os produtos oriundos dos Estados Unidos, esse quer também regular sua balança comercial que se encontra com déficit.
No outro lado, os representantes dos países que enfrentam problemas sociais e que muitas vezes fazem parte de muitas das nações das Américas, por isso não quer somente uma integração comercial-econômica e sim uma integração social que busque alternativas coletivas entre os países subdesenvolvidos para solucionar ou, pelo menos, amenizar as dificuldades socioeconômicas que são comuns em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos.
Por Eduardo De Freitas
Alca
Possíveis países que integrarão a ALCA.
A intenção dos acordos econômicos entre os países latinos com outros como, por exemplo, a União Européia, tem sido impedida pelos líderes norte-americanos que anseiam a criação da ALCA.
Como os Estados Unidos é a maior potência mundial e exerce um grande poder de influência nos países latinos devido à existência de muitas empresas transnacionais de origem americana e também do poder político, diante dos seus interesses econômicos e da garantia de estabelecer uma hegemonia total no continente, essa potência mundial emprega um grande empenho na criação e implantação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas).
O objetivo norte-americano é de instaurar um bloco com muitos participantes no qual todos os países, salvo Cuba, iriam integrar, com a implantação desse bloco seria possível o fluxo de mercadorias entre seus integrantes com baixas tarifas alfandegárias e posteriormente extinguidas definitivamente, facilitando o comércio e a movimentação de bens e capitais.
O déficit comercial americano é crescente, pois a importação é superior à exportação, e a implantação da ALCA representa para os Estados Unidos um crescimento nasexportações, pois esse tem um setor produtivo mais completo e desenvolvido, diante disso é bastante competitivo em relação às outras economias mais fragilizadas. O fato negativo da implantação da ALCA para os países subdesenvolvidos é de que a economia norte-americana é extremamente superior às nações latinas que totalizam pelo menos 32 estados.
A ALCA deveria entrar em funcionamento em 2005, no entanto, existem países, como o Brasil, que são contrários à sua implantação e querem realizar uma série de negociações como meio de analisar a viabilidade dos países do MERCOSUL. Segundo diversos especialistas, a instauração da ALCA serve quase que exclusivamente aos interesses comerciais e econômicos dos Estados Unidos devido sua superioridade em relação aos demais países.
Os Estados Unidos querem somente uma integração comercial financeira entre os países membros e não um acordo total, que legaliza o fluxo de trabalhadores em seu território, como é o intuito do MERCOSUL.
Outro ponto que dificulta bastante o desenvolvimento efetivo da ALCA é quanto ao protecionismo norte americano que configura entre os mais exigentes do mundo, dessa forma restringe a entrada de produtos estrangeiros estipulando elevadas taxas alfandegárias, especialmente de produtos têxteis e agropecuários que se originam de países latinos.
Por Eduardo De Freitas
APEC
Logotipo da APEC
A APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation ou Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) é um dos principais blocos econômicos da atualidade. A associação entre os países surgiu em 1989, com o objetivo de ser fórum de discussão entre eles. Posteriormente, em 1993, na Conferencia de Seattle, o bloco econômico se originou. Atualmente, a APEC é formada pelos seguintes países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Cingapura, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos da América e Vietnã.
O objetivo principal da APEC é a redução de taxas alfandegárias entre eles com o fim de promover o livre comércio entre os países-membros, resultando no seu desenvolvimento econômico. No ano de 1994 ficou estabelecido que até 2010 os países desenvolvidos estabeleceriam uma zona de livre comércio, e os subdesenvolvidos, até 2020.
A APEC é mantida por meio de contribuições dos países-membros. O bloco também funciona como um fórum de discussão para diversas questões. Um exemplo disso ocorreu no ano de 2005, quando eles se reuniram para discutir as atitudes a serem tomadas mediante a alta do preço do petróleo. Os países-membros também devem, a cada ano, entregar um plano de ações que serão utilizadas para promover o objetivo maior do bloco econômico: o livre comércio.
A criação da APEC foi de grande importância para o desenvolvimento econômico da região. Alguns números que comprovam a eficiência do bloco: 195 milhões de empregos criados; PIB da região triplicado; crescimento de 113%, das exportações, etc. O bloco reúne uma população de 2.559,3 milhões de habitantes, alcançando um PIB de US$ 18.589,2 trilhões. Isso demonstra a importância do bloco econômico.
Por Tiago Dantas
ASEAN
Símbolo da ASEAN
A formação de blocos econômicos tornou-se essencial para a dinamização da economiaglobalizada. Sendo assim, alguns países do sudeste asiático se uniram na busca pelo desenvolvimento e fortalecimento econômico, formando um grande bloco econômico regional, que ficou conhecido pela sigla ASEAN.
A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é um bloco econômico integrado por Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã, além dos países observadores: Papua-Nova Guiné e Timor Leste.
Criado em agosto de 1967, esse grupo tem como objetivos o desenvolvimento socioeconômico da região, a manutenção da estabilidade política, a promoção da paz, realização de projetos para a agricultura e o setor industrial, investimentos na educação e a não ingerência nos assuntos internos de outro país.
O primeiro grande encontro envolvendo todos os países integrantes foi realizado em fevereiro de 1976. Nessa ocasião, ocorreu a assinatura do Tratado de Amizade e Cooperação, que definiu os seguintes princípios fundamentais da ASEAN:
- Respeito mútuo pela independência, soberania, igualdade, integridade territorial e identidade nacional de todas as nações;
- O direito de cada Estado para conduzir a sua existência nacional livre da interferência externa;
- Não interferência nos assuntos internos um do outro;
- A renúncia à ameaça ou uso da força;
- Cooperação efetiva entre si.
As relações comerciais entre os países integrantes da ASEAN têm intensificado, consequência de acordos assinados. Em 1992, foi criada uma zona de livre comércio, implantada gradativamente até 2008. Com isso, ocorreu a redução e/ou eliminação das tarifas alfandegárias entre os membros do bloco, fato que fortaleceu a produtividade e competitividade entre as nações da ASEAN.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
Blocos Econômicos
Blocos Econômicos
A formação de blocos econômicos tem por objetivo criar condições para dinamizar e intensificar a economia num mundo globalizado. Em todas as modalidades de blocos econômicos, o intuito é a redução e/ou eliminação das tarifas ou impostos de importação e exportação entre os países membros.
Na tentativa de expansão do mercado consumidor, as nações visam integrar a blocos econômicos que flexibilizem as relações comerciais em escala internacional. Os acordos têm o propósito de estabelecer tratados para uniformizar as ações fiscais em termos de diminuição ou isenção de impostos sobre as mercadorias e os serviços comercializados entre os países membros.
Os blocos econômicos não ficam restritos apenas à redução ou abolição de tarifas alfandegárias, podendo proporcionar a livre circulação de pessoas entre os países membros de um determinado bloco.
Conforme suas características, os blocos econômicos podem ser classificados da seguinte forma:
Zona de livre comércio – acordos comerciais de redução ou eliminação das tarifas alfandegárias entre os países membros do bloco. Exemplo: Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).
União aduaneira – além de reduzir ou eliminar as tarifas comercias entre os países integrantes do bloco, regulamenta o comércio com as nações que não pertencem ao bloco através da TEC (Tarifa Externa Comum). Exemplo: Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
Mercado comum – proporciona ainda a livre circulação de capitais, serviços e pessoas no interior do bloco. Exemplo: União Europeia (UE).
União econômica e monetária – evolução do mercado comum. Os países adotam a mesma política de desenvolvimento e uma moeda única. É o atual estágio da União Europeia.
Atualmente, os principais blocos econômicos são:
APEC – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico.
ASEAN – Associação das Nações do Sudeste Asiático.
CARICOM – Mercado Comum e Comunidade do Caribe.
CEI – Comunidade dos Estados Independentes.
CAN – Comunidade Andina.
MCA – Mercado Comum Árabe.
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul.
NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
SADC – Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento.
UE – União Europeia.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
BRIC
Brasil, Rússia, Índia e China
A sigla BRIC refere-se à inicial de Brasil, Rússia, Índia e China, países em processo de desenvolvimento que, segundo expectativa de alguns economistas, serão as maiores potências econômicas do planeta. É importante citar também México e Coreia do Sul, pois são países que, conforme análises de especialistas, apresentam potencial para se destacarem no cenário econômico mundial.
O termo BRIC surgiu em 2001 após um relatório do economista Jim O’Nill, do grupo Goldman Sachs. Conforme esse relatório, as quatro nações podem ficar entre as 10 principais economias do mundo até 2050.
É importante destacar que o BRIC não é um bloco econômico, e sim uma associação comercial, onde os países integrantes apresentam situações econômicas e índices de desenvolvimento parecidos, cuja união dessas nações visa à cooperação para alavancar suas economias em escala global.
Encontro dos líderes de governo dos países que integram o BRIC
Brasil, Rússia, Índia e China apresentam vários aspectos em comum, entre eles se destacam: Estabilidade econômica recente; Produto Interno Bruto (PIB) em constante ascensão; grande disponibilidade de mão de obra; mercado consumidor em alta; grande disponibilidade de recursos naturais; aumento nas taxas de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); valorização nos mercados de capitais; investimentos de empresas nos diversos setores da economia.
Todos esses fatores contribuem para as expectativas desses países de se tornarem potências econômicas em médio prazo. O grande mercado consumidor é um elemento de fundamental importância nesse processo. Somados os integrantes do BRIC, aproximadamente 40% da população mundial reside nesses países.
Apesar de possuírem vários pontos em comum, cada país apresenta algumas peculiaridades:
O Brasil apresenta características como grande produtor agrícola, diversidade no parque industrial, grandes reservas minerais; e com a descoberta da camada pré-sal, poderá se tornar exportador de petróleo;
A Rússia apresenta grandes reservas de petróleo e gás natural;
A Índia possui profissionais qualificados em áreas tecnológicas, principalmente de informática;
A China apresenta um vasto exército de operários, alto investimento em tecnologia e infraestrutura. O seu PIB cresce cerca de 10% ao ano, bem superior à média mundial, que é de 4%.
Todos esses fatores contribuem para que esses países venham a ser as maiores potências econômicas mundiais. No entanto, é preciso solucionar questões como investimento em educação, infraestrutura, degradação ambiental, corrupção, entre outros.
Com a contribuição de cada país e empenho para solucionar os problemas sociais, Brasil, Rússia, Índia e China com certeza se destacarão como grandes potências mundiais.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
Caricom
O Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom) foi criado no dia 4 de julho de 1973 como um bloco de cooperação econômica e política. Atualmente os países membros são: Antigua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Em 1998, Cuba foi aceita no grupo como país observador.
Símbolo do Caricom
O Caricom é composto por países ex-colônias europeias, que após terem adquirido a independência viram a necessidade de uma união entre si para superar problemas econômicos e sociais. Busca-se, com a união desses países, acelerar o processo de desenvolvimento econômico e social.
Através da formação desse bloco, os países membros, em comum acordo, objetivam o livre comércio na região, proporcionar a circulação do trabalho e capital, coordenar a agricultura e a indústria.
Em 1999, foi criado um acordo de livre comércio para a redução de tarifas entre os países do Caricom. No entanto, as tarifas continuam elevadas, com uma média de 15%, índice considerado alto pela OMC (Organização Mundial do Comércio). No ano 2000, Cuba e República Dominicana foram inseridas nos acordos de livre comércio com o bloco.
O Caricom é um bloco que, além de questões econômicas, aborda aspectos como política externa, e desenvolve projetos comuns nas áreas de saúde, meio ambiente, educação e comunicação.
O bloco tem uma população atual de, aproximadamente, 14,6 milhões de habitantes, o PIB (Produto Interno Bruto) é de US$ 28,1 bilhões.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
CEI
A CEI (Comunidade dos Estados Independentes) foi criada em 1991, após a desagregação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Os países integrantes são: Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Ucrânia, Uzbequistão, Azerbaidjão e Turcomenistão (membro associado).
A sede da Comunidade dos Estados Independentes está localizada em Minsk, capital da Belarus. Sua estrutura administrativa contém dois conselhos, um formado pelos chefes de Estado e o outro formado pelos chefes de Governo, as reuniões ocorrem de três em três meses.
Bandeira da CEI
A CEI é mais do que um bloco, pois além de um sistema econômico, há também um sistema de defesa incorporado a ela. Difere da URSS pelo fato de cada país deter sua soberania.
As diferenças econômicas é o principal entrave para uma integração efetiva entre os países membros. A Federação Russa detém a hegemonia no grupo, isso ocorre em virtude de fatores como situação econômica, poderio militar, condição geopolítica mundial, etc.
A CEI foi criada com o intuito de ocupar o espaço deixado pela extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, pois os países apresentavam uma grande dependência dos laços gerados durante a URSS. No entanto, a tendência é que os países integrantes da CEI busquem a autonomia econômica, política e militar, diminuindo os laços com os outros países integrantes da Comunidade.
Atualmente, a CEI possui população aproximada de 273,7 milhões de habitantes, seu PIB é estimado em US$ 587,8 bilhões.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
Comunidade Andina
Símbolo da Comunidade Andina
A Comunidade Andina é um bloco econômico que foi criado em 1969 pelo Acordo de Cartagena, com o nome de Pacto Andino. Em 1996, os países membros definiram reformas na organização do bloco, e, no ano seguinte, passou a atuar com a nomenclatura de Comunidade Andina.
Os atuais países membros da Comunidade Andina são: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, a sede do bloco está localizada na cidade de Lima, capital do Peru. O Chile integrou o bloco entre os anos de 1969-1976, e a Venezuela foi país membro entre os anos de 1973-2006.
Atualmente as nações associadas à Comunidade Andina são: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. O México e o Panamá são países observadores do bloco.
A Comunidade Andina possui uma população estimada de 100 milhões de habitantes, com uma extensão territorial de 3.798.000 quilômetros quadrados. O seu PIB (Produto Interno Bruto) é de R$ 407,9 bilhões de dólares.
Países que integram a Comunidade Andina
Entre os objetivos da Comunidade Andina estão:
- Aumentar a integração comercial, econômica e política entre os países membros;
- Promover o desenvolvimento equilibrado e harmonioso dos países membros por meio da integração e da cooperação econômica e social;
- Proporcionar o aumento na geração de empregos;
- Facilitar a sua participação no processo de integração regional, visando à formação progressiva de um mercado comum latino-americano;
- Melhorar a situação dos países membros no cenário econômico internacional;
- Reduzir as diferenças de desenvolvimento entre os países integrantes da Comunidade Andina;
- Promover a melhoria da qualidade de vida da população.
Alguns projetos da Comunidade Andina já foram postos em prática, entre eles o acessoda população a qualquer país membro sem a necessidade de visto, na condição de turista.
A União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) tem como principal objetivo integrar a Comunidade Andina e o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Essa integração estabelece a criação de uma extensa área de livre comércio, fato que fortaleceria a economia dos países da Comunidade Andina.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
Comunidade Britânica
Bandeira do Reino Unido
A Comunidade Britânica é uma associação da qual fazem parte o Reino Unido e a maioria de suas ex-colônias que mantêm laços de cooperação com o intuito de promover a democracia, o desenvolvimento econômico e social e garantir os direitos humanos de cada país integrante. Sua formação teve início na década de 1930.
Atualmente, a Comunidade Britânica possui 54 países membros, totalizando aproximadamente 2 bilhões de pessoas. Ruanda foi aceita no grupo através da Cúpula dos Líderes de Governo da Comunidade Britânica que aconteceu durante os dias 27 e 29 de novembro de 2009 em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago. Ruanda e Moçambique são os únicos integrantes da Comunidade Britânica que nunca foram administrados pelo governo britânico.
A organização oferece apoio técnico e científico aos membros mais pobres em áreas como, agricultura, indústria, energia, saúde e educação. Desde 1990, a Comunidade Britânica monitora eleições a pedido dos governos para que possíveis fraudes eleitorais não ocorram.
Em dezembro de 2003, o Zimbábue foi afastado da associação até que a nação realizasse reformas democráticas. O então presidente do país, Robert Mugabe, não concordou com a decisão e retirou o Zimbábue da Comunidade Britânica.
As decisões estabelecidas pela Comunidade Britânica são realizadas através do Secretariado, que consiste numa reunião com os representantes de governo de todos os países membros, esse é o principal órgão da comunidade e foi fundado em 1965. O Secretariado-Geral é eleito pelos líderes dos países, cujo mandato é de quatro anos. Desde 1º de abril de 2008, o Secretariado da Comunidade Britânica é liderado por Kamalesh Sharma, da Índia.
Os países membros da Comunidade Britânica são: África do Sul, Antigua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Bangladesh, Barbados, Belize, Botsuana, Brunei, Camarões, Canadá, Chipre, Cingapura, Dominica, Gâmbia, Gana, Granada, Guiana, Ilhas Maldivas, Ilhas Maurício, Ilhas Fiji, Ilhas Salomão, Índia, Jamaica, Lesoto, Malásia, Maláui, Malta, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Paquistão, Quênia, Reino Unido, República de Kiribati, República de Nauru, República Unida da Tanzânia, Ruanda, Samoa, Santa Lúcia, São Cristovão e Névis, São Vicente e Granadinas, Seicheles, Serra Leoa, Siri Lanka, Suazilândia, Tonga, Trinidad e Tobago, Tuvalu, Uganda, Vanuatu, Zâmbia.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
FMI: ajuda ou prejudica?
O FMI nem sempre é o que parece.
A sigla FMI significa Fundo Monetário Internacional. Esta é uma instituição internacional de caráter financeiro, fundada no ano de 1946 em decorrência de uma reunião realizada nosEstados Unidos, a qual recebeu o nome de Bretton Woods.
A criação do FMI coincidiu com o momento no qual a economia global se encontrava bastante abalada; conseqüência do desenrolar da Segunda Guerra Mundial. No primeiro momento, o objetivo do FMI era realizar manobras que garantissem o equilíbrio econômico mundial, monitorando taxas de câmbio e da balança de pagamentos e realizando serviços de assistência técnica e financeira.
A sede do FMI está situada na capital federal norte americana, Washington.
O FMI acompanha todas as economias dos países que integram a instituição. Atualmente são pelo menos 181 países membros. São muitos os países que usufruíram dos empréstimos fornecidos pelo FMI, inclusive o Brasil, que com a orientação da instituição, aplicou diversas medidas econômicas com a finalidade de equilibrar a economia nacional.
Apesar da aparente intenção de fornecer ajuda aos países, especialmente aos pobres, o FMI tem sido usado com um instrumento para alcançar os anseios dos países ricos, uma vez que são eles que dirigem e que decidem os rumos da instituição.
A partir da centralização do poder nas mãos de dirigentes originados de países ricos e industrializados, as nações pobres e subdesenvolvidas, para conseguir empréstimos e financiamentos, são induzidas a cumprir procedimentos e medidas que favorecem diretamente os interesses dos países credores.
Por Eduardo De Freitas
G 20 - Países Emergentes
O G 20 é um grupo de países em desenvolvimento que foi criado no dia 20 de agosto de 2003, na preparação para a V Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada em Cancun no mês de setembro de 2003. É um grupo cujo principal objetivo é a elaboração de projetos para a agricultura desses países.
É necessário distinguir o “G20 dos países emergentes” de outro grupo denominado “G2”, esse une ministros da economia e presidentes de bancos centrais de paísesdesenvolvidos e outros em desenvolvimento para discutir sobre economia. Ele é chamado de G20 financeiro, diferentemente do G20 de países emergentes, que é formado apenas por países em desenvolvimento para a elaboração de políticas agrícolas.
Atualmente, o G20 de países emergentes possui 23 países membros de diferentes continentes são eles: 5 países da África (África do Sul, Egito, Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia, Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela).
Brasil e Argentina, países integrantes do G20
O grupo promove reuniões técnicas para discutir propostas específicas no contexto dasnegociações sobre a agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC) e elaborar documentos em apoio à posição comum adotada pelos países que integram o grupo.
O G20 possui grande importância na economia global, entre os diversos fatores se destacam:
- A importância dos países integrantes na produção e comércio dos produtos agrícolas;
- Possui aproximadamente 60% da população mundial e 70% da população rural em todo o mundo;
- Juntos são responsáveis por 26% das exportações agrícolas mundiais;
- Sua habilidade em coordenar seus membros e interagir com outros grupos na OMC.
Com o intuito de promover um sistema de comércio agrícola mais justo, o G20 pretende integrar plenamente a agricultura em um sistema multilateral de comércio justo e baseado em regras, e conciliar interesses agrícolas divergentes entre os países membros do próprio grupo, buscado sempre negociações justas, proporcionado o desenvolvimento econômico das nações integrantes.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
G 20 – Grupo Financeiro
Representantes dos países do G20
O G20 é formado por ministros de finanças e chefes dos bancos centrais de 19 nações: os que formam o G8 e ainda 11 emergentes. No G8 estão: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia. Os outros países membros do G20 são: Brasil, Argentina, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul e Turquia. A União Europeia, em bloco, é o membro de número 20, representado pelo Banco Central Europeu e pela presidência rotativa do Conselho Europeu. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, assim como os Comitês Monetário e Financeiro Internacional e de Desenvolvimento, por meio de seus representantes, também participam das reuniões do G20.
O grupo foi criado em 1999 com o intuito de promover o fortalecimento da economia mundial. Sua criação ocorreu ao final de uma década marcada por crises financeiras e instabilidade econômica, principalmente na Ásia, México e Rússia.
A representatividade do G20 financeiro é muito expressiva, pois somados os países membros, eles são responsáveis por, aproximadamente, 90% do produto nacional bruto mundial, 80% do comércio internacional e cerca de 65% da população do planeta.
É importante citar a existência de outro G20, denominado G20 - países emergentes, que é composto apenas por países em desenvolvimento, cujo objetivo principal é a elaboração e discussão de projetos para defender os interesses agrícolas das nações integrantes. Já o G20 que está sendo abordado nesse contexto, é conhecido pela imprensa como G20 financeiro, que reúne representantes de países desenvolvidos e países em desenvolvimento, para abordar aspectos econômicos mundiais.
A formação desse grupo proporcionou o reconhecimento da importância dos países em desenvolvimento para a construção de uma economia mundial sólida, pois, em razão da instabilidade do mercado, a participação desses países se torna extremamentenecessária para o fortalecimento econômico global.
O G20 financeiro busca desenvolver projetos que levem a unificação das economias avançadas e emergentes para fortalecer a economia mundial, proporcionando uma estabilidade financeira no mercado global, garantindo um futuro sustentado para todos os países. Isso é de fundamental importância diante de um cenário econômico onde são desencadeadas várias crises e incertezas.
As nações emergentes estão tendo maior participação nas decisões econômicas mundiais através das reuniões do G 20, a expansão dos poderes do grupo e a possível tendência de ser o substituto do G8 nas discussões sobre as políticas econômicas do mundo possibilitará maior evidência aos países emergentes. No entanto, alguns países europeus, principalmente a Alemanha, têm apresentado resistência ao fato de os países em desenvolvimento terem suas participações políticas ampliadas no cenário mundial.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
G8
Encontro dos líderes do G8
Reúne os sete países (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá) mais desenvolvidos economicamente e industrialmente do mundo, mais a Rússia. È um Grupo de caráter informal, o que evita uma ampla burocratização. O grupo não possui secretaria ou regulamento interno aprovado.
As reuniões de cúpula do G8 ocorre tradicionalmente no inicio do verão europeu, os assuntos tratados são diversos, mais o principal e mais importante são os acordos promovidos pelos oito países com demais nacionalidades.
Criado pelo Presidente Valéry Giscard d’Estaing que, em 1975, teve a iniciativa de reunir os chefes de Estado e de governo da Alemanha, dos Estados Unidos, do Japão, do Reino Unido e da Itália em um encontro informal no castelo de Rambouillet, não muito longe de Paris. A idéia era discutir a respeito das questões mundiais (na época pela crise do petróleo) com toda a franqueza e sem protocolo, em um ambiente descontraído.
Com o sucesso da reunião de cúpula de Rambouillet, essas reuniões passaram a ser anuais e o Canadá foi admitido como sétimo membro do grupo na cúpula de Porto Rico, em 1976. Com o passar do tempo os acordos só foram aumentando entre o grupo, e anos depois a Russia foi aceita no Grupo. Atualmente o grupo é alvo do movimento de antiglobalização.
Por Tiago Dantas
Mercosul
Símbolo do Mercado Comum do Sul.
A partir dos anos 90 cresceu a criação de integração econômica e social entre países em âmbito supranacionais (decisões que vão além das fronteiras nacionais), trata-se de blocos econômicos. Os líderes das nações integrantes se reúnem para estabelecer discussões comerciais e regionais.
Diante da nova realidade, a América do Sul também ingressou nesse tipo de integração, o Mercosul é o principal bloco econômico da América Latina, composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai no primeiro momento, a Venezuela está em processo de adesão para se tornar país membro. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador ingressaram como associados. O Mercosul entrou em funcionamento no ano de 1991.
O Mercosul (Mercado Comum do Sul) teve início a partir do Tratado de Assunção, esse bloco econômico possui característica que tem como princípio o livre comércio. O Mercosul abriga aproximadamente 200 milhões de habitantes e gera um PIB (Produto Interno Bruto) de 1,1 trilhão de dólares.
A formação do bloco tem como objetivo consolidar espaços econômicos e comerciais, buscando um crescimento comercial para a intensificação da ascensão econômica. O Mercosul acompanha uma tendência mundial, como a União Européia.
O Mercado Comum do Sul surgiu a partir de crises estabelecidas na Argentina e no Brasil, a década de 80 ficou marcada por elas, ambas as economias estavam fragilizadas e com sérias dificuldades para realizar o pagamento de dívidas externas, além disso, a instabilidade afastava os investimentos estrangeiros.
Para afastar tais dificuldades e barreiras foi realizada nos países em questão uma abertura política para atrair outras economias com intuito de se fortalecer diante de um mercado cada vez mais competitivo, ou seja, se o PIB de um país é 900 milhões de dólares com o agrupamento salta para 1,6 bilhões, com isso fica evidente o crescimento do bloco.
Logo mais tarde Uruguai e Paraguai foram inseridos no bloco, expandindo as perspectivas de crescimento, porém as grandes forças econômicas são respectivamente de Brasil e Argentina. O Mercosul implantou uma taxa tributária externa comum a todos os integrantes, essa recebe o nome de tarifa externa comum, além de liberação de tarifas em relações comerciais entre os países membros. Em 1995, 90% das mercadorias importadas entre os países membros do bloco tiveram suas tarifas eliminadas. Consequentemente houve uma grande circulação de bens entre os países, o comércio que em 1990 girava em torno de 4 bilhões de dólares passa a 20 bilhões de dólares em 1998.
As divergências dentro do bloco envolvem as principais economias, Brasil e Argentina, a última implantou medidas protecionistas que balançou os pilares do Mercosul gerando uma incerteza quanto à sua existência.
Existe a intenção de implantar uma nova etapa ou uma integração completa no bloco, na qual todos componentes deverão realizar uma abertura para a livre circulação de bens, capitais e pessoas, a principal dificuldade para a execução dessa medida é o desnível econômico entre as nações. Para solucionar tal empecilho devem ser criadas uma série de medidas que garantam a equivalência entre os países.
Em 2004, integraram ao bloco países da Comunidade Andina (Bolívia, Peru, Equador,Venezuela e Colômbia), no ano seguinte a Venezuela pediu sua inserção efetiva no Mercosul e os países fundadores aceitaram sua entrada.
O Mercosul deu novas perspectivas de crescimento, tanto é que desde 1991 o volume comercializado aumentou em aproximadamente 300%, além de possuir grandes estimativas para o futuro.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
NAFTA
Logotipo do NAFTA
O NAFTA (North American Free Trade Agreement) é o acordo comercial entre os Estados Unidos da América, Canadá e México que visa a redução das barreiras econômicas entre os três países, no sentido de caminhar para o livre comércio. Tal tratado se constitui uma adaptação do Acordo de Liberalização Econômica entre os EUA e Canadá assinado em 1988. Em agosto de 1992 o México adentrou ao bloco, formando originalmente o NAFTA.
Os objetivos do NAFTA são: eliminar as barreiras alfandegárias entre os países-membros, no sentido de proporcionar uma área de livre comércio ao prazo de 15 anos; promover uma maior interação entre os países-membros; oferecer mecanismos que visem à garantia dos direitos de propriedade intelectual em cada país-membro e diminuir a imigração clandestina do México para os EUA.
Muitos críticos afirmam que o acordo provocou uma série de efeitos negativos para países-membros, principalmente no México, o mais pobre deles: concentração de renda, exploração de mão-de-obra mexicana, aumento da imigração ilegal nos EUA, etc. Outro fator que gera inquietações na sociedade mexicana é o fato do dólar americano passar a ser a moeda única nas transações comerciais entre os três países, fazendo com que esse país perca sua identidade nacional. Devido às diferenças socioeconômicas entre os dois países desenvolvidos e o México, subdesenvolvido, é praticamente impossível tornar o NAFTA um mercado único, semelhantemente ao que ocorre na União Européia.
Juntos, os países que compõem o NAFTA somam uma população de 417,6 milhões de habitantes, produzindo um PIB de US$ 11.405,2 trilhões.
Por Tiago Dantas
OCDE
Símbolo da OCDE
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi criada no dia 30 de setembro de 1961 para substituir a Organização Europeia para a Cooperação Econômica (OECE), formada em 1947 com o objetivo de administrar o Plano Marshall no processo de reconstrução dos países europeus envolvidos na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). A sede da OCDE está localizada na cidade de Paris, França.
Essa organização consiste num fórum internacional que promove políticas públicas entre os países mais ricos do planeta, que apresentam os mais elevados Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Auxilia no desenvolvimento e expansão econômica das nações integrantes, proporcionando ações que possibilitem a estabilidade financeira e fortaleça a economia global.
As decisões na OCDE são estabelecidas através de um consenso no conselho interno da organização. Esse conselho é formado por um representante de cada um dos 30 países membros, além de um representante da Comissão Europeia. As reuniões ocorrem uma vez por ano para estabelecer as prioridades a serem atingidas pela OCDE. A organização é financiada pelos seus próprios membros, as contribuições variam de acordo com o potencial econômico de cada país. Atualmente, os Estados Unidos e o Japão são os países que fornecem mais verbas para a OCDE.
O foco de atuação da organização não se restringe apenas aos aspectos econômicos, havendo projetos nas áreas sociais, ambiental, de educação e geração de emprego. Entre os principais objetivos estão:
- Promover o desenvolvimento econômico
- Proporcionar novos postos de emprego
- Melhorar a qualidade de vida
- Contribuir para o crescimento do comércio mundial
- Proporcionar acesso à educação para todos
- Reduzir a desigualdade social
- Disponibilizar sistemas de saúde eficazes
Atualmente, os países membros são: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
OEA – Organização dos Estados Americanos
Símbolo da OEA
A Organização dos Estados Americanos (OEA) é uma associação criada em 1948 com o objetivo de garantir a paz, a segurança e promover a democracia no continente Americano. Consiste na organização regional mais antiga do mundo, oriunda da Conferência Internacional Americana realizada de outubro de 1889 a abril de 1890, na capital dos Estados Unidos, Washington. Nessa ocasião, foi aprovado o estabelecimento da União Internacional das Repúblicas Americanas.
Conforme o Artigo 1° da carta da OEA, a organização deve estabelecer uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência.
Encontro dos líderes de governo dos países membros da OEA
Os principais princípios da Organização dos Estados Americanos são:
- Garantir a paz e a segurança continentais;
- Promover e consolidar a democracia representativa, respeitando o princípio da não intervenção;
- Prevenir as possíveis causas de dificuldades e assegurar a solução pacífica das controvérsias que surjam entre seus membros.
- Organizar a ação solidária destes, em caso de agressão;
- Procurar a solução para problemas políticos, jurídicos e econômicos que surgirem entre os Estados membros;
- Promover, por meio da ação cooperativa, seu desenvolvimento econômico, social e cultural.
Atualmente, os membros da Organização dos Estados Americanos são: Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Dominica, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai, Venezuela.
Em virtude do golpe de Estado realizado em Honduras no ano de 2009, o qual expulsou do poder o Presidente José Manuel Zelaya, a Organização dos Estados Independentes invocou o Artigo 21 da Carta Democrática Interamericana, suspendendo o direito de participação ativa de Honduras na organização.
Cuba, que foi expulsa da organização em 1962 em razão da pressão estadunidense após a tomada do poder pelos comunistas, está em processo de reintegração à OEA.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
OMC
Países que integram a OMC
Organização Mundial do Comércio. Seu objetivo é promover e regular o comércio ente as nações. Em outubro de 2004 possuía 148 países-membros, entre eles o Brasil.
Foi criada em 1995. Sua sede fica em Genebra, na Suíça.
Desde a Segunda Guerra Mundial, os defensores do liberalismo econômico vêm movendo uma campanha internacional contra os impostos sobre produtos importados.
Eles dizem que as taxas dificultam os obstáculos ao desenvolvimento mundial.
Em 1947, representantes de 23 países firmam o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt), para estimular o livre-comércio.
Foram realizadas várias rodadas de negociação entre os países-membros. A última delas, a Rodada do Uruguai (1986-1994), foi a mais abrangente e determinou uma grande redução de tarifas alfandegárias sobre mercadorias industriais.
A OMC foi criada após essa resolução. A grande expansão do comércio internacional faz dela uma das mais influentes organizações da atualidade, ao lado do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Por Tiago Dantas
OPEP
Símbolo da OPEP
Criada em 14 de setembro de 1960, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é uma organização intergovernamental, que tem como objetivo a centralização da elaboração das políticas sobre produção e venda do petróleo dos países integrantes.
Atualmente, os países membros da OPEP são: Argélia, Angola, Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela. A Indonésia suspendeu a sua adesão em janeiro de 2009. A sede da OPEP está localizada em Viena, capital da Áustria.
Os fundadores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo foram o Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela, durante a Conferência de Bagdá. Posteriormente outros países integraram a organização.
Os responsáveis pelo cartel do petróleo
A OPEP desenvolve estratégias na produção de petróleo, estabelecendo cotas de produção para os países membros, diminuindo a oferta, fazendo o preço do produto atingir valores elevados, proporcionando maior lucratividade para os países exportadores de petróleo.
Atuando com o discurso ideológico de garantir preços justos e estáveis para os produtores e consumidores de petróleo, uma oferta eficiente, econômica e regular do consumo de petróleo para as nações, a OPEP mascara seu real interesse, que é o cartel do petróleo,controlando a produção e o preço do produto em escala global.
Cerca de 75% das reservas mundiais de petróleo estão localizadas nos países integrantes da OPEP, por essa razão, é responsável por quase metade das exportações mundiais desse mineral. Por esses motivos suas estratégias políticas de produção e estabelecimento de preços afetam diretamente a economia dos países importadores de petróleo.
Por Wagner De Cerqueira E Francisco
Os acordos de paz
Soldados da ONU em missão de paz
As grandes potências do período da Segunda Guerra Mundial firmaram acordos para estabelecer as punições a serem aplicadas àqueles países que fossem derrotados na guerra, as discussões sobre esse assunto tiveram início antes mesmo do término do conflito.
Aconteceu em 1945 a Conferência de Yalta, na qual os líderes participantes foram Roosevelt (EUA), Primeiro-Ministro inglês Churchill e o soviético Stalin, nessa conferência ficou definido que a Alemanha seria fragmentada em zonas de ocupação.
Na Declaração de Potsdam, o território alemão e Berlim seriam monitorados por quatro diferentes países em forma de zona de influência, sendo ocupada por russos, ingleses, franceses e norte-americanos. Além de cobrar uma indenização por causa da guerra estipulada em 20 milhões de dólares.
Na Conferência de São Francisco foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), instituição de caráter internacional que tem por princípio zelar pela paz entre os povos, além de preocupação com as questões financeiras, políticas, sociais e culturais, tentando constantemente harmonizar as relações entre os povos. Dentre os vários órgãos da ONU estão:
- Assembléia Geral, é formada por todos os líderes dos países que integram, é realizada discussões de âmbito globalizado sobre assuntos da esfera de ação da Carta da ONU.
- Conselho de Segurança, tem como finalidade promover medidas que garantem a paz e a segurança no mundo.
- Corte Internacional de Justiça, é um órgão de caráter jurídico da ONU, considerado um dos principais da instituição.
- Secretaria Geral, corresponde a um secretário geral, esse é o cargo mais importante da ONU, sua escolha é realizada por meio de assembléia.
- Conselho Econômico e Social, desenvolve projetos de caráter não político, é um órgão executivo da Assembléia Geral.
Por Eduardo De Freitas
18.9.12
Acordos Internacionais
Fonte: