A guerra entre a Inglaterra e a França, iniciada em 1754, rapidamente se tornou numa competição pelo domínio do continente americano. Apesar da primeira metade deste conflito ter trazido alguns dissabores à Grã-Bretanha e às suas colónias, o facto é que depois de 1757 a Inglaterra e os seus aliados atingiram a França com um duro golpe, no decurso da Guerra dos Sete Anos. Como referenciar este artigo:
Na América do Norte o conflito entrou numa segunda fase. O exército britânico, apoiado pelos seus aliados coloniais, levava a melhor: em 1759, os ingleses e as forças coloniais tomaram o Quebeque. No ano seguinte (1760), conquistaram Montreal, desmoronando assim o poderio francês na América (o Canadá Francês, ou Acádia). Por outro lado, isolaram o território francês de Luisiana, região em torno do baixo Mississipi, desligando-o do Canadá, entretanto submetido.
O resto deste conflito, travado na Europa, nas Índias Ocidentais, na Índia, na África e noutras regiões, reafirmou a superioridade britânica e conduziu à capitulação da França em 1763.
Pelos termos do tratado de Paris, a França perdia todas as suas possessões no território continental da América do Norte. Toda a região a leste do Mississipi e todas as possessões francesas no território do actual Canadá foram cedidas à Grã-Bretanha. A Espanha, um aliado da França durante a guerra, cedeu a região da Florida, mas como compensação, foi-lhe garantido o controlo dos territórios franceses a leste do Mississípi.
Esta vitória da coroa britânica sobre a França arrastou consigo um sem número de problemas ao governo inglês: por causa da guerra a dívida pública nacional duplicou e a vasta extensão do território norte-americano suscitava graves questões de segurança e de controlo do império.
Foram então estabelecidas medidas que fortaleciam a Marinha, através do reforço dos Navigation Acts, adoptados pelo Parlamento inglês em 1764 e que obrigavam as mercadorias britânicas a serem transportadas, exclusivamente, em navios de pavilhão inglês. Para obter mais receitas, o Estado britânico lançou em 1765 o Stamp Act, uma determinação legal que obrigava todos os americanos a validar diversos documentos, transacções e compras através da compra e aplicação de selos emitidos pelo governo real.
O Stamp Act suscitou a indignação e o descontentamento dos colonos americanos, sobretudo nas cidades dos futuros estados da Virgínia, Nova Iorque e Massachusetts. A quase totalidade dos oficiais responsáveis por fazer cumprir a nova lei foram forçados a renunciar ao seu cargo, e muitos destes selos foram apreendidos e destruídos.
O levantamento da colónia contra este imposto culminou na realização do Congresso Stamp Act, uma das primeiras manifestações da unidade política americana. O Parlamento inglês recusou o reconhecimento da adopção, feita pelo Congresso, da petição de direitos, privilégios e penas. O Stamp Act seria abolido em 1766. Mas por pouco tempo.
Após uma mudança na liderança do governo britânico, a política que determinava a imposição directa de taxas nas colónias americanas foi retomada em 1767. O Parlamento britânico aprovou um pacote de medidas, os Townshend Acts, que recaíam sobre produtos como o chá, o papel, tinta, e o vidro.
Mais uma vez, as colónias americanas reagiram violentamente a estas medidas decretadas pelo governo britânico. A contestação dos Townshend Acts incluía boicotes aos produtos da metrópole, e uma expressão de condenação intercolonial. Boston, no estado de Massachusetts, desafiou directamente o governo real.
Em 1768, as forças coloniais foram reforçadas para dar resposta à crescente contestação. Londres enviou para a América do Norte, mais precisamente para Boston, Massachusetts, dois regimentos de tropas, uma medida que apenas veio intensificar ainda mais a animosidade dos colonos americanos face aos ingleses. A 5 de Março de 1770, os soldados imperiais entraram em confronto directo com a população ao dispararem contra uma multidão enraivecida antibritânica. Este episódio do massacre de Boston marcou o primeiro confronto sangrento deste conflito.
Em 1770, o Parlamento britânico pôs fim a todas as taxas que compunham os Townshend Acts, com excepção da taxa sobre o chá, que foi retida para preservar como um direito de lançar taxas sobre os seus súbditos. Por seu lado, os colonos americanos suspenderam todas as medidas de não importação, exceptuando o boicote do chá, mantido para ilustrar a sua objecção relativa à taxação sem representação. O relacionamento entre a colónia e Inglaterra voltaria à normalidade até 1773, quando o Parlamento inglês tentou salvar a Companhia da Índia Oriental da falência através da garantia do monopólio do chá vendido para a América.
Esta medida, conhecida como Tea Act, reacendeu o clima de tensão porque os colonos interpretaram esta atitude como uma forma de os induzir à submissão relativa à imposição parlamentar de taxas. Esta imposição fez aumentar o boicote, e em Boston ocasionou mesmo a destruição de cargas de chá vindas de Inglaterra (o "Boston Tea Party"), por americanos disfarçados de Índios.
A violenta reacção de Boston foi duramente punida pelo Parlamento inglês, que na sequência destes acontecimentos mandou fechar o porto de Boston em 1774 e proibiu a organização de encontros no Massachusetts, entre outras retaliações. A indignação no seio das colónias norte-americanas motivada por esta legislação, popularmente conhecida como as Intolerable Acts, desencadeou a convocação para Setembro desse mesmo ano do 1.º Congresso Continental, de onde saiu o esboço de uma petição dirigida ao rei Jorge III. Foi então decidida a intensificação do boicote ao comércio com a Inglaterra e foram estabelecidos os planos para um novo congresso, que se deveria reunir em Maio de 1775, no caso de os ingleses recusarem as suas exigências.
O rei recusou categoricamente a petição e considerou este movimento de protesto como uma rebelião. Ainda não haviam passado quatro meses quando rebentou um conflito no Massachusetts, porque o governador, o general Thomas Gage, mandou tropas para Concord, localidade onde os rebeldes tinham guardado armas e munições. A guerra da Independência dos Estados Unidos da América começou verdadeiramente na sequência destes acontecimentos, no dia 19 de Abril, quando militares britânicos dispararam contra uma milícia patriota em Lexington.
A 10 de Maio de 1775 foi convocado o segundo Congresso Continental, em Filadélfia, que proclamou a determinação dos colonos em resistirem à agressão britânica através da utilização da força. Para melhor se defenderem do exército britânico, foi estabelecido um exército continental comandado por George Washington, um veterano das guerras com os franceses. Foi, entretanto, autorizada a emissão de papel moeda e paralelamente eram assumidas outras prerrogativas da autoridade executiva sobre as colónias da América britânica.
O Congresso ainda tentou uma solução pacífica para o conflito, todavia, Jorge III limitou-se a ordenar aos seus súbditos que suprimissem a rebelião. Entretanto a guerra continuava e os americanos desferiam golpes profundos nas forças britânicas em batalhas como a de Bunker Hill, em 1775. Passado um ano, a 2 de Julho de 1776, no terceiro Congresso Continental, foi declarada a independência, e no dia 4 desse mês Thomas Jefferson publica uma declaração onde justificava esta acção.
A guerra terminou oficialmente com a assinatura do tratado de Paris em 1783, mas os Estados Unidos confrontavam-se com sérios problemas, como era o caso, por exemplo, do estabelecimento de um governo que unisse os treze estados.
O Congresso Continental governou os estados americanos entre 1776 e 1781. Durante este período assumiu alguns poderes executivos, como a constituição de um exército para continuar a luta contra a Inglaterra. Os poderes deste Congresso foram, depois do fim da guerra, codificados e compilados num documento denominado Artigos da Confederação. Estes artigos foram aprovados pelo Congresso em 1777 e ratificados por vários estados até 1781.
Os Artigos da Confederação reconheciam o poder soberano dos estados, ou seja, estes tinham a primazia na administração, na justiça e na fixação de taxas. O Congresso era pois um "corpo" onde estavam representados os estados, mas não as pessoas. Era assim um plural executivo mas não uma legislatura.
O Congresso só podia pedir dinheiro emprestado para governar, enquanto que os Estados podiam contribuir ou reter fundos como entendessem. Nesta instável situação económica do período pós-independência, estas limitações ao seu poder impediram o Congresso de manter a paz no território e inspirar respeito no exterior.
Um levantamento em Massachusetts, a Shay's rebellion, veio convencer os americanos de que não podia haver segurança sem um governo central, capaz de exercer a autoridade sobre e dentro dos estados.
A Constituição americana tornou-se lei em 1788, depois de aprovada por nove estados. No final desse ano, eram já doze os estados que haviam ratificado esse documento legal. Rhode Island, por exemplo, só ratificou a Constituição em Maio de 1790.
A 4 de Março de 1789 foi eleito o Primeiro Congresso dos Estados Unidos, de acordo com a nova Constituição. No dia 30 de Abril, George Washington, unanimemente eleito o primeiro Presidente dos Estados Unidos, inaugurava o Congresso em Nova Iorque.
Formação dos Estados Unidos da América. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2004. [Consult. 2004-11-02].
Disponível na www: Stamp Act - 1765
Lei criada pelo primeiro ministro britânico George Greenville, aprovada pelo Parlamento em 1765 sem debate prévio, introduzida para incrementar as receitas das colónias americanas, que veio a constituir um dos principais motores do descontentamento contra a potência colonial inglesa, despertadora de sentimentos patrióticos e autonomistas conducentes à Guerra da Independência.
Esta lei recaía sobre todos os documentos legais, licenças, contratos, periódicos, panfletos e cartas, e fazia chegar às colónias o sistemas tributário inglês, aqui utilizado para fazer face aos custos da manutenção da defesa militar das colónias.
Esta nova lei levantou uma forte oposição entre os colonialistas, que argumentavam não terem sido consultados. Entre os movimentos de oposição destacavam-se a sociedade secreta intitulada "Filhos da Liberdade" e o patriota americano Patrick Henry que ofereceu cinco resoluções aprovadas na Casa da Burguesia da Virgínia. O crescente descontentamento dos americanos conduziu à realização do Congresso do Stamp Act , o ponto mais alto de todo este movimento, e contou com a solidariedade da comunidade de negociantes ingleses.
Finalmente, a 4 de Março de 1766 esta disposição legal foi abolida pelo Parlamento britânico, depois de os membros da Casa dos Comuns terem ouvido os argumentos de Benjamim Franklin, o representante da Pensilvânia em Londres. Esta tomada de posição foi acompanhada pelo Declaratory Act, onde era afirmado o direito do Governo britânico passar leis relativas aos colonialistas.
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Formação dos Estados Unidos da América. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2004. [Consult. 2004-11-02].
Disponível na www:
País da América do Norte. É constituído por um distrito federal - Colúmbia - e 50 estados: Alabama, Alasca, Arizona, Arcansas, Califórnia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Colorado, Connecticut, Dacota do Norte, Dacota do Sul, Delaware, Florida, Georgia, Hawai, Idaho, Illinois, Indiana, Iowa, Cansas, Kentucky, Louisiana, Maine, Maryland, Massachusetts, Michigan, Minnesota, Mississípi, Missouri, Montana, Nebrasca, Nevada, New Hampshire, New Jersey, Novo México, Nova Iorque, Ohio, Oklahoma, Oregon, Pensilvânia, Rhode Island, Tennessee, Texas, Utah, Vermont, Virgínia, Washington, Virgínia Ocidental, Wisconsin e Wyoming. Possui uma área total de 9 631 418 km2. Além dos estados na América do Norte, dependem ainda dos EUA a ilha de Guam, a Samoa Americana e as ilhas Virgens, além de Porto Rico e das ilhas Marianas, que constituem uma associação de mercado livre com os EUA. Encontra-se limitado pelo Canadá, a norte, pelo oceano Pacífico, a oeste, pelo México, pelo golfo do México e pelo estreito da Florida, a sul, e pelo oceano Atlântico, a leste. A capital é Washington, com 565 400 habitantes (2004), e as cidades mais importantes são Nova Iorque, com 8 134 800 habitantes (2004), Los Angeles (3 900 700 hab.), Chicago (2 888 200 hab.), Houston (2 071 800 hab.), Filadélfia (1 483 000 hab.), San Diego (1 290 000 hab.), Phoenix (1 430 900 hab.), San Antonio (1 241 400 hab.), Dallas (1 234 400 hab.) e Detroit (914 800 hab.).
Clima
O clima é muito variado: no Alasca, o clima é árctico, com invernos muito rigorosos; na fachada do Pacífico, a secção mais a norte possui um clima temperado marítimo, com precipitações distribuídas ao longo do ano, enquanto a faixa mais meridional possui um clima temperado mediterrânico; entre as Cordilheiras Costeiras e as Montanhas Rochosas, encontram-se áreas desérticas; para leste das Montanhas Rochosas, dominam as áreas de clima temperado continental, sujeitas a invernos rigorosos e a verões quentes e com precipitação; nas proximidades do golfo do México o clima é do tipo subtropical húmido.
Economia
Os Estados Unidos da América são a maior potência económica do mundo, com o maior Produto Interno Bruto (PIB).
Praticamente todos os sectores da actividade económica se encontram muito desenvolvidos. Na agricultura, as principais produções são o trigo, o milho, a soja, a beterraba, o arroz, o algodão, o tabaco, a cana-de-açúcar, a aveia e ainda os citrinos, o amendoim e grande variedade de produtos hortícolas. A criação de gado, em especial de bovinos, tem igualmente muita importância.
O país tem reservas substanciais de petróleo, gás natural, carvão, crómio, manganésio e platina. Os produtos industriais mais importantes são o alumínio, o aço, a porcelana, o cimento e outros materiais de construção, a maquinaria, os motores de automóveis e outros equipamentos para os transportes, os artigos eléctricos e electrónicos, os produtos alimentares, o tabaco, os produtos químicos, os têxteis e o vestuário, a borracha e o plástico. Também são produzidos o papel, o cartão, a pasta de papel, veículos aerospaciais e produtos informáticos. Os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos da América são o Canadá, o Japão, o México e o Reino Unido.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 19,7.
População
A população era, em 2006, de 298 444 215 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 30,71 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 14,14%o e 8,26%o. A esperança média de vida é de 77,85 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,937 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,935 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 338 071 000 habitantes. Em termos de grupos étnicos, os brancos não hispânicos representam 73% da população, seguindo-se-lhes os negros não hispânicos, com 12%, os hispânicos, com 11%, os asiáticos, com 4%, e os índios e esquimós, com menos de 1%. As religiões maioritárias são a protestante, com 58%, e a católica, com 21%. As línguas mais faladas são o inglês e o castelhano.
História
No Nordeste dos EUA encontra-se a maior mancha contínua de cidades, designada por megalópolis, que vai de Boston a Baltimore e engloba cidades como Nova Iorque e Filadélfia.
Em 1565, os Espanhóis fundaram St. Augustine, na Florida, o primeiro povoamento europeu permanente da América do Norte. Um século mais tarde, os Franceses começaram a explorar a bacia do Mississípi, dando a toda a região o nome de Louisiana, em honra do rei Luís XIV. No entanto, foram os Ingleses, os Holandeses e o Alemães que colonizaram mais persistentemente o território da América do Norte. A primeira colónia inglesa definitiva, Jamestown, foi fundada em 1607 e, mais tarde, originou a Virgínia. Treze anos depois, o Mayflower aportou em Massachusetts, levando vários emigrantes europeus que fugiam às perseguições religiosas. Nessa altura, o algodão e o tabaco começaram a ser cultivados no Sul, o que levou à chegada de mais escravos vindos de África - dando origem à actual população negra dos EUA. Nova Iorque, New Jersey e Delaware foram tomadas aos Alemães pelos Ingleses, em 1664. Em 1732, os Ingleses eram os exploradores de 13 colónias. Em 1741 os Russos chegaram ao Alasca.
A determinação firme dos colonizadores em governar o seu próprio país deu origem à célebre revolta do Tea Party. Em 1773, um grupo de patriotas lançou à água 342 caixas de chá da Companhia Britânica das Índias Orientais, num duplo protesto contra o monopólio e os impostos britânicos. Este acto foi um dos primeiros passos para a Guerra da Independência. No dia 4 de Julho de 1776, as 13 colónias proclamaram a criação dos Estados Unidos da América através da Declaração de Independência. Esta declaração esteve na origem da elaboração da Constituição, em 1787, que instituiu a república federal e dividiu os poderes em três: o executivo, o legislativo e o judicial. Em 1789, George Washington tornou-se o primeiro presidente dos EUA. À luz da Constituição, a União começou imediatamente a crescer. Em 1803, adquiriu da França toda a bacia do Mississípi. Mais tarde, com a vitória na Guerra Mexicana, de 1846 a 1848, conseguiu ficar com mais sete estados, incluindo a Califórnia e o Texas.
Entretanto, a rápida industrialização do Norte e a agricultura do Sul, baseada na mão-de-obra, intensificaram o descontentamento dos escravos. Mas o Sul estava determinado a manter a escravatura negra. Em 1860 Abraham Lincoln foi eleito presidente dos EUA e com o apoio do seu partido, o Partido Republicano, defendeu a proibição da escravatura nos territórios ocidentais. Este facto levou a Carolina do Sul a abandonar a União e a unir-se a outros 10 estados do Sul. Lincoln recusou-se a aceitar essa união. Em 1861 rebentou a Guerra Civil Americana e, em 1865, o Norte derrotou o Sul. Com esta vitória a União foi preservada, a escravatura foi abolida, os escravos obtiveram a cidadania e o direito ao voto. Mas, pouco tempo depois, Abraham Lincoln foi assassinado. A partir desse momento, os negros do Sul foram sendo, gradualmente, privados dos direitos civis e foram segregados pela sociedade à força. O após-Guerra Civil foi caracterizado pela rápida industrialização, pela afluência maciça de imigrantes estrangeiros e pela necessidade de os EUA se tornarem numa nação poderosa.
Em 1895, Cuba revoltou-se contra o colonialismo espanhol e, três anos mais tarde, os EUA apoiaram o país contra a Espanha, o que resultou na Guerra Hispano-Americana. A vitória dos norte-americanos trouxe para a União os primeiros territórios de além-mar, as Filipinas, Porto Rico e a Ilha de Guam. As tropas norte-americanas ocuparam Cuba até 1902, ano em que foi implantado um tratado de independência. Em 1917, a participação dos EUA na Primeira Guerra Mundial foi decisiva, pois levou os Aliados à vitória.
A Grande Depressão de 1929 pôs à prova o presidente Franklin D. Roosevelt. A sua política comercial revolucionou o país, mas a recuperação económica não foi possível devido à produção de armamento até às vésperas da Segunda Guerra Mundial. O ataque dos japoneses à base norte-americana de Pearl Harbor, em 1941, levou os EUA a participarem na guerra, ao lado da Inglaterra e da União Soviética, contra o fascismo da Alemanha, do Japão e da Itália. A partir dessa altura, o país tornou-se, efectivamente, numa grande potência mundial, tanto do ponto de vista político como económico. Este facto ficou sublinhado com o lançamento das primeiras bombas atómicas sobre o Japão, em Agosto de 1945.
A guerra centrou toda a capacidade económica norte-americana. Depois da vitória dos Aliados, em 1945, os EUA empenharam-se na reconstrução da Europa e passaram a liderar o mundo ocidental. Apesar de terem sido aliados vitoriosos em 1945, essa aliança de conveniência transformou-se na Guerra Fria. Durante 40 anos os dois países entraram em conflito nos domínios da economia, da corrida ao armamento, do espaço, da propaganda e de outros campos. Mas, em 1991, a desintegração da União Soviética pôs termo à Guerra Fria.
Em 1949 criaram a Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO), com o objectivo de evitar a presença das tropas soviéticas no Leste da Europa. Um ano mais tarde, um ataque soviético à Coreia do Sul envolveu os EUA na Guerra da Coreia que se prolongou até 1953. Dois anos mais tarde, envolveram-se na Guerra do Vietname, que durou até 1975. O objectivo foi o de impedir que o comunismo do Norte do Vietname avançasse para o Sul. Ao fim de 20 anos de guerra, as tropas norte-americanas retiraram. Dois anos mais tarde o Sul do Vietname passou para o domínio do Norte, dando assim origem a uma única nação comunista.
Na década de 1960, depois de vários movimentos de protesto contra a segregação e a discriminação, os negros do Sul e de outras zonas do país conquistaram o direito ao voto. No entanto, os gastos excessivos com a Guerra do Vietname impossibilitaram a realização dos programas liberais, nomeadamente no campo das reformas sociais. Para além disso, em 1974, o escândalo Watergate levou o presidente Richard M. Nixon a demitir-se.
A derrota no Vietname suscitou um renascimento da atitude isolacionista, mas o desenvolvimento do terrorismo internacional, para além do confronto constante com o comunismo, levou os EUA a atacarem a Líbia em 1986.
Embora os Estados Unidos da América sejam uma única nação, cada um dos estados é uma entidade independente a nível de direitos e de poderes, mas unidos pela Constituição que é reconhecida como a lei suprema do país. Todos os estados delegam na União os poderes fundamentais de declarar guerra, de dirigir a política externa, de cobrar impostos federais e de regulamentar o comércio externo e interestatal. O presidente governa uma República Federal, com o Congresso, que é constituído pelo Senado e pela Câmara dos Representantes.
Como referenciar este artigo:
Formação dos Estados Unidos da América. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2004. [Consult. 2004-11-02].
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Fonte: Infopédia
Disponível em: http://www.infopedia.pt/que_newsletter.jsp?id=6#64300QTN