Antônio Conselheiro foi comerciante, advogado e professor. Tendo sua mulher o trocado por um sargento, vagou por anos pelo sertão chegando a Canudos em 1883. Acreditando que a República instaurada era o Anti-Cristo e liderando a pequena aldeia usando uma oratória religiosa, fez com que a mesma crescesse vertiginosamente, rebatizando-a para Belo Monte.
A igreja e os latifundiários da região, insatisfeitos com o crescimento e independência da cidade, cobraram do governo uma solução. Esse, com receio de que se insuflasse um retorno a monarquia iniciou a guerra. Após três expedições fracassadas a quarta se torna um sucesso com cinco mil soldados da república mortos e vinte e cinco mil entre os sertanejos, incluindo combatentes e prisioneiros, no que é considerado um dos maiores crimes já cometidos no Brasil.
Flávio de barros fotografou boa parte do conflito enquanto Euclides da Cunha enviado pelo jornal O Estado de São Paulo a documentou. Seu livro “Os Sertões” foi reproduzido em oito idiomas e já teve 38 edições no Brasil.
O trágico acontecimento também foi retratado nos cinemas. O filme “Guerra de Canudos”narra história a partir do ponto de vista de uma família que vive no local tendo no elenco nomes de peso como Marieta Severo e Selton Mello. Já o documentário “Filhos da Guerra de Canudos” mostra relatos de filhos de sobreviventes.