O Médio Império no Egito teve início após uma crise causada pela revolta dos nomarcas (governantes dos nomos) que tentaram desestabilizar a imagem do faraó. Mas em sequência das movimentações, foi possível recuperar a estabilidade e a nova fase marcou um período de prosperidade política e econômica no Egito. Ao final do Antigo Império os governadores das províncias do Antigo Egito, chamados de nomarcas, reclamavam por maior autonomia, afastando-se do controle central do Egito. A revolta dos nomarcas causou desequilíbrio no Império e realmente conseguiu balançar a imagem do faraó, o fim do Antigo Império ficou marcado então pelo enfraquecimento da imagem do líder máximo. Por volta do ano 2000 a.C. teve início o Médio Império quando foi coroado o imperador Amenhemet I inaugurando a XII dinastia egípcia. O novo faraó se encarregou de colocar um fim ao período agitado que tanto abalava o Egito nos últimos três séculos, na ocasião a capital do Império estava estabelecida em Tebas, mas após a reorganização do Império ela foi transferida para o Egito do Norte, em Iti-taui. São construídas fortalezas no delta do rio Nilo na tentativa de evitar ataques estrangeiros, os nomarcas tiveram seus poderes locais enfraquecidos e então o poder central voltou a ser soberano e sólido. Sesóstris I, filho de Amenhemet I, co-governou com seu pai o Egito até o assassinato do faraó, mas quando tal golpe aconteceu o filho conseguiu dominar rapidamente a agitação que estava por se formar e dar prosseguimento ao governo. Sua maior preocupação foi assegurar o controle das minas na Núbia, por isso as guerras com a mesma continuaram por longo tempo. Mais tarde, por volta de 1878 a.C., tornou-se faraó Senusret III que deu continuidade as campanhas que estavam sendo desenvolvidas na Núbia, mas foi ainda o primeiro que tentou expandir o Império do Egito até a Síria. Amenemhat III é tido como o maior faraó do Médio Império no Egito. Foi o sexto monarca da XII dinastia e durante seus 45 anos de governo fez muito pelo Egito. Foram dele as ordens que determinaram a criação de grandes trabalhos na área dooásis do Faium, que se transformaria em um dos mais importantes centros agrícolas, e da construção de um grande templo funerário perto do oásis em Hawara, o qual era considerado mais belo que as pirâmides por Heródoto. O último rei da décima segunda dinastia foi Sebekneferu, na verdade uma mulher, a primeira mulher cujo governo foi atestado com segurança. A décima segunda dinastia foi a mais estável e próspera para o Egito no período do Médio Império, houve muitas expedições para a Núbia, Síria e ao Deserto Oriental atrás de minas e transporte de madeira para o Egito. As maiores ações desta dinastia foram realizadas fora do vale do rio Nilo. Ficou estabelecido ainda o comércio com Creta minóica. A XIII dinastia no Egito também é incluída no Médio Império. É formada por dezessete faraós, o que apresenta indícios de certa instabilidade política. O fato é que o período é confuso pela ocorrência de príncipes vindos da Ásia, os chamados Hicsos, que se aproveitaram da instabilidade no delta do Nilo para expandir o poder e controlar a área. Mas foram eles que levaram para o Egito a carruagem de guerra puxada por cavalos. Os egípcios perderam as fortalezas do sul do Nilo para a Núbia e as invasões dos povos estrangeiros fizeram com que os soberanos se retirassem mais para o sul, enquanto os invasores permaneceram por aproximadamente 170 anos. O Médio Império foi um período de florescimento das artes, desenvolveram-se as tumbas escavadas nas rochas como pode ser visto no Vale dos Reis. Foram construídos também grandes templos. Relações diplomáticas foram desenvolvidas com a Fenícia e com Creta e expedições comerciais chegaram ao Punt. A fase do Médio Império chegou ao fim novamente por conta da instabilidade do poder central e deu-se início então o Segundo Período Intermediário. Fontes:
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia005.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Egito_Antigo