Aos 84 anos de idade, morreu Sigmund Freud, num hospital de Londres, capital do Reino Unido. Acredita-se que o pai da psicanálise tenha falecido devido a uma dose excessiva de morfina, utilizada para amenizar dores na garganta, originadas de um câncer na mandíbula. No fim da vida, um dos maiores gênios do século XX se submeteu a mais de trinta cirurgias, no intuito de eliminar a doença que, na época, não tinha cura ou tratamento eficaz.
Filho de judeus, Freud nasceu na Morávia, território pertencente ao antigo Império Austro-húngaro. Aos quatro anos de idade, por motivos financeiros, sua família se mudou para Viena, onde o pensador passou a maior parte de sua vida, desenvolvendo seu trabalho que revolucionaria os estudos da mente e comportamento humanos, ao longo do novecentos. Em 1938, velho e perseguido pelo nazismo, foi obrigado a exilar-se em Londres para escapar da polícia do regime, a qual levara seus quatro irmãos à morte no campos de concentração de Auschwitz.
Durante os longos anos em que viveu na Áustria, o médico fisiologista e neurologista se dedicou principalmente ao estudo da mente humana, elaborando o conceito do inconsciente, base da teoria psicanalítica. Seus estudos começaram ao analisar pacientes com histeria, por meio do método da hipnose, que possibilitava o médico a ter acesso à memória reprimida do paciente, conseguindo, em muitos dos casos, encontrar as origens escusas da doença. Posteriormente, adotou a terapia baseada na interpretação dos sonhos e livre associação de idéias, como fontes dos desejos inconscientes.
Suas teorias foram controversas e muito polêmicas na Europa pré-Segunda Guerra. Na década de 60, no entanto, a psicanálise passou a ser difundida pelo mundo, ganhando status de ciência. Apesar de haverem inúmeras discussões acerca da comprovação científica da existência do ID, Ego e Superego, é inevitável afirmar que Freud elaborou um dos melhores modelos para explicar a mente humana até hoje.
23.9.11
23 de setembro de 1939 – Morre Freud, o pai da Psicanálise
Fonte:
JBlog