Alemanha, 1945. Nos fins do mês de abril, a Segunda Guerra Mundial caminhava para uma clara e definitiva vitória dos aliados. O sucesso dos exércitos norte-americanos, russos e britânicos contra as nações do Eixo deixou Adolf Hitler em uma situação completamente irreversível. Mesmo com as baixas que chegavam a seu escritório, o líder alemão ainda parecia acreditar em uma reviravolta capaz de garantir os gloriosos destinos do seu Terceiro Reich. Fonte: http://www.alunosonline.com.br/historia/a-ordem-bipolar.html
A situação ainda só piorou quando o füher soube que Heinrich Hilmmer, comandante da SS, negociava secretamente a rendição dos exércitos alemães. O conhecimento da traição política de um de seus mais próximos aliados, fez com que o líder alemão tomasse algumas providências definitivas. No dia seguinte, 29 de abril, preparou uma simples cerimônia onde selou sua união matrimonial com Eva Braun. Pouco depois, ditou um testamento político deixando o poder nas mãos de Karl Dönitz.
No dia 30 de abril, Adolf Hitler fez um rápido almoço e logo seguiu para seu quarto em companhia de Eva Braun. A porta ficou sob vigilância de um atento soldado que tinha ordens expressas para que ninguém perturbasse o líder da Alemanha Nazista. Em pouco tempo, o barulho de um tiro assinalou o suicídio de Hitler e a queda do Terceiro Reich alemão. Pouco antes desse evento, os líderes soviéticos, ingleses e norte-americanos se reuniram para definir o cenário político com fim da Segunda Guerra.
No primeiro encontro feito em novembro de 1943, na cidade de Teerã, os três líderes organizaram importantes ataques militares, incluindo a decisiva invasão da Normandia. Após expressivas vitórias, os mesmos líderes se reuniram na Conferência de Yalta, em fevereiro de 1945, para discutir a divisão territorial da Alemanha, a criação de um tribunal instalado para julgar os crimes de guerra e a reformulação da falida Liga das Nações com a formação da Organização das Nações Unidas, sediada em Nova Iorque.
Nesse mesmo encontro, Stálin se dispôs a enviar tropas para lutar contra os exércitos japoneses. Para recompensar sua ação militar contra as forças nipônicas, o governo soviético teria controle sobre a Mongólia e as ilhas Sakalinas e Kurias. Nesse mesmo encontro ficou definida a influência russa sobre as regiões da Romênia, Hungria e Bulgária. Além disso, uma parcela dos territórios gregos ficou sob os cuidados da Grã-Bretanha.
Pouco tempo depois, na Conferência de Potsdam, em julho de 1945, algumas mudanças significativas aconteceram. Harry Trumann era o novo presidente dos EUA, Clement Attlee assumiu o posto de primeiro-mininstro britânico e Adolf Hitler tinha dado cabo de sua própria vida. A primeira medida tomada no novo encontro recortou as áreas de influência econômica entre as nações capitalistas do bloco aliado. Em contrapartida, as forças de Joseph Stalin foram agraciadas com parte do território alemão.
As maiores vantagens políticas alcançadas pelos Estados Unidos e a União Soviética eram sinais de que as combalidas nações francesa e britânica admitiam não ter condições de vencer a Segunda Guerra sozinhas. O enfraquecimento econômico europeu exigia que as demais nações do Velho Continente se subordinassem ao auxílio econômico russo-americano e a divisão sócio-política mundial entre dois blocos: um comunista liderado pelos soviéticos e o capitalista capitaneado pelos estadunidenses.
O mundo estava configurado em uma nova ordem, mas ainda teria que enfrentar algumas outras questões pendentes. Na Conferência de São Francisco (1951), um acordo de paz definiu a aliança do Japão com os EUA. Esse acordo tinha grande importância para o bloco capitalista, já que o Oriente vivia o conflito entre as Coréias e a ascensão do regime socialista chinês. Por esse motivo, as penas contra os japoneses foram minimizadas com o objetivo de configurar o equilíbrio da Nova Ordem Mundial.
23.9.11
A Ordem Bipolar
Conferência de Potsdam: os acertos para a formação de uma nova ordem político-econômica.