Na Europa nesse período ocorreu: - Na Idade Moderna, a Holanda não aceita o domínio espanhol que estava sendo exercido nos países baixos, pois sua doutrina Calvinista (Religião Calvinista) visava a expansão, e não aceitaria seguir regras impostas pela Espanha.
- A Holanda cria a Companhia das Índias Ocidentais, que voltava aos assuntos relacionados a América do Sul, e a Companhia das Índias Orientais, que cuidava dos assuntos nas colônias Africanas.
No Brasil:
Expulsos, os Holandeses vão para as Antilhas, e conhecendo as técnicas de produção do açúcar, começam a produzir este produto mais barato e de melhor qualidade
O Brasil que tinha por base os lucros na exportação do açúcar entra em crise, e Portugal, totalmente dependente da produção brasileira, entra em crise também.
Portugal na época do apogeu do açúcar, onde mesmo com lucros reduzidos por deixar a refinação e comercialização do açúcar para a Holanda, costumava importar muitos produtos luxuosos, voltados para a corte e a elite. Sua balança comercial permanecia equilibrada nessa época. Mas com a crise açucareira a economia portuguesa entra em déficit, passando a importar mais que exporta, então o Conde de Ericeira aplica as Leis Pragmáticas, proibindo a importação de alguns produtos. As leis não surtiram muito efeito após principalmente a um acordo entre Portugal e a Inglaterra para o vinho.
Como outra saída, Portugal decidiu cultivar no Brasil alguns produtos voltados para a exportação e o mercado interno, principalmente português. Plantaram o fumo para usa-lo na troca de escravos, o algodão para fazer roupas e exportar, aguardente para trocar escravos, mandioca e milho para utilizar na alimentação, buscaram as drogas do sertão para ajudar na farmácia, o gado para fazer a interiorização e ajudar no transporte, e o contínuo, mas não tão acentuado cultivo da cana-de-açúcar.
Nesse período de crise foi que se acentuou a interiorização do Brasil, pois os fazendeiros criadores de gado só poderiam trabalhar na pecuária à 100 léguas do litoral, então com isso ajuda-se a povoar o interior e a explora-lo. Deste gado se retirava a carne verde (fresca) e seca, couro, chifre, força motriz e leite. O cultivo do gado era feito nos currais, onde o gado ficava solto em uma área atrás do melhor local para se alimentar. O lucro gerado era voltado ao mercado interno, e o pagamento do peão era feito com a quarta, isto é, a cada 4 cabeças de gado, 1 era dele. Com isso ficava possível a mobilidade social, com um peão podendo virar um fazendeiro.
As drogas do sertão como a baunilha, guaraná, ervas aromáticas e ervas medicinais eram retirados principalmente da Amazônia por nativos e jesuítas, e com isso Portugal ajudou a garantir o domínio sobre essa terra frágil ao ataque estrangeiro.
No nordeste surgiu as Entradas, expedições oficiais que adentravam o interior em busca de metais preciosos, reconhecimento geográfico ou qualquer outra riqueza para Portugal.
Em São Paulo surgiram as Bandeiras, que eram expedições particulares que adentravam o interior atrás de riquezas, como ouro. Existia a Bandeira Apresadora, que buscava o nativo gentio para utilizar na mão-de-obra; a Bandeira Prospectora, que visava buscar metais precisos; e a Bandeira de Sertanismo de Contrato, que deviam destruir nativos e quilombos.
Nessa época surge o Tratado de Madri e o de Badajós, que configuram hoje nosso território, praticamente.
Fonte:
http://www.estudanet.hpg.ig.com.br/bras-col.htm