Os Cretenses Na ilha de Creta, existiu uma das mais brilhantes civilizações da antigüidade. É difícil reconstruir sua história, porque faltam documentos escritos. Restaram vestígios de palácios, túmulos, estátuas, vasos e outros objetos. Arqueólogos encontraram placas que, decifradas, continham apenas nomes de sacerdotes e funcionários. Os gregos transmitiram relatos sobre aspectos da história cretense, como o caso da lenda do Minotauro, monstro que vivia num labirinto do palácio de Cnossos e foi morto pelo ateniense Teseu. Interpretando-se a lenda, conclui-se que Cnossos, principal cidade de Creta, foi destruída pelos Aqueus vindos da Grécia, por volta de 1.400 a.C., no auge de sua civilização, sob o reinado do rei Minos. 2.000 a 1.750 a.C. - Cnossos e Faístos destacam-se e constroem grandes palácios. Uma catástrofe (grande terremoto, invasão ou mesmo revolução) ocorrem em 1.750 a.C. 1.700 a.C. - A reconstrução. O rei de Cnossos impõe-se sobre a ilha. Os cretenses fundam entrepostos comerciais em todo o Egeu. 1.400 a.C. - Cnossos foi destruída talvez por uma invasão dos Aqueus, vindos da Grécia. Economia Cultivavam cereais, vinhas e oliveiras. Habilidosos no trabalho com metais e cerâmicas, seus vasos eram vendidos em todo o Mediterrâneo Oriental. Apontados como os fundadores do primeiro império marítimo, construíram navios de até 20 metros de comprimento. Vendiam azeite e vinho, artigos de bronze e estofos. Importavam minérios, marfim e perfume. Monopolizavam o comércio no Mar Egeu e conseguiram dos faraós a exclusividade no transporte do cedro do Líbano para o Egito. Religião "Da grande Mãe" Sua principal divindade era a "Grande Mãe", protetora da terra e da fertilidade, representada por uma pomba e uma serpente. Não construíram templos e celebravam seus cultos em lugares elevados, cavernas e capelas dos palácios. Os Fenícios Habitavam a região do Líbano atual, numa faixa de 200 quilômetros de comprimento, entre mar e montanhas. Cultivavam a terra em terraços nas encostas. De origem semita, provinham das costas setentrionais do Mar Vermelho. Ao longo dos séculos miscigenaram-se com povos de varias raças No estreito litoral da Fenícia, surgiram várias cidades: Ugarit, Arad, Biblos, Sidon e Tiro. Eram verdadeiras cidades-estado, independentes e tendo um rei que exercia o poder, assistido por um conselho escolhido entre os grandes comerciantes e proprietários agrícolas. Assim, a oligarquia de comerciantes e proprietários controlava politicamente o governo. Por volta de 1.500 a.C., após a destruição de CONOSSOS, os Fenícios substituíram o comércio cretense. Nessa época, os gregos controlavam o ocidente e do Norte da África. Fundaram Gades, atual Cádiz, na Espanha.Tiro evitou a dominação assíria no século VII a.C. e a dos persas, a quem se aliou. Submeteu-se afinal a Alexandre Magno em 332 a.C. Economia Suas rotas marítimas eram mantidas em segredo e orientavam-se por constelações, como a Ursa Maior. Chegaram à Bretanha e sabe-se que contratados pelo faraó Necau II, deram a volta à África, numa viagem de três anos: partiram do Mar Vermelho e voltaram pelo Estreito de Gibraltar. Para os fenícios, comércio e pirataria eram a mesma coisa. Aprisionavam seus fregueses e vendiam as mulheres e crianças como escravos. Religião e Cultura Cada cidade tinha seu deus protetor, Baal, ou deusa Baalit. Baal simbolizava chuva e tempestade e seu filho Aliyan era o deus das fontes. Astarte, deusa da fecundidade. Adônis, como Osíris no Egito, representava o renascimento da vegetação, o triunfo da vida sobre a morte. Melkart era o deus de Tiro. Sacrifícios sangrentos, inclusive humanos, perduravam mesmo depois de desaparecerem em outras regiões. A mais importante contribuição dos fenícios para a história da civilização foi ainvenção do alfabeto. Por necessidade prática, criaram 22 sinais para representar os sons das palavras, alfabeto adotado por arameus e judeus. Completado pelas vogais, tornou-se o alfabeto grego. Os Hititas Desenvolveram-se no planalto da Ásia Menor, no centro da atual Turquia. Nessa região de clima rude e poucos rios, havia alguns principados quando, no segundo milênio a.C., chegou um grupo de cavaleiros arianos vindos dos Bálcans, que ali seriam chamados hititas. Os recém-chegados dominaram o Norte da Mesopotâmia e enfrentaram os Egípcios, mas estes vizinhos eram fortes e eles se contentaram com a área de ocupação inicial. Posteriormente foram atacados por inimigos chegados dos Bálcans e do Mar Egeu e com isso começaram a desaparecer. Haviam copiado elementos culturais dos vizinhos e, de original, deixaram a organização política: o poder real era limitado pela classe dos grandes proprietários rurais, que comandavam as forças militares. A Herança cultural do Oriente Médio No campo da cultura, sem dúvida a invenção da escrita assinalou a passagem da pré-história para a história. Os fenícios criaram o alfabeto. Surgiram o cálculo matemático, a geometria, as unidades de peso e medida, o calendário lunar e o solar, os estudos de astronomia, medicina e farmácia. Apareceram as primeiras obras de literatura, como a Epopéia de Gilgamesh. Os grandes códigos religiosos e morais, como os de Moisés e Hamurabi. As idéias de organização burocrática do Estado. Houve notáveis progressos na arte da guerra, em que se destacaram osassírios. Fonte: Algo Sobre Vestibular