Na Idade Média, grande parte das pessoas não sabia ler e escrever. Os servos trabalhavam desde pequenos no campo, com isso não tinham tempo para aprender nem achavam alguma utilidade nisso. Além disso, não existiam escolas para eles. Até alguns nobres eram analfabetos. Para eles, o que interessava era saber cavalgar, vestir uma bela armadura, empunhar armas. Não precisavam ler ou escrever para terem um feudo, conquistar belas damas e se divertirem. Os responsáveis de cuidar das escolas eram os monges e os padres.
Durante o século XIII, as cidades voltaram a ser importantes na Europa. O crescimento das cidades estimulou a vida intelectual. Por esse motivo, esse foi também o século do triunfo de uma nova instituição; a Universidade. Surgiram universidades como as de Bolonha, Oxford e Paris. Tais universidades eram protegidas tanto pela Igreja como pelos grandes senhores feudais. Os cursos ministrados nas universidades eram Medicina, Direito, Teologia e Filosofia. As ciências da natureza não eram muito desenvolvidas, e praticamente só repetiam o que os gregos e os árabes já tinham dito.
Os universitários eram filhos de nobres que vinham de toda Europa. As universidades formavam as pessoas da elite medieval. O método de ensino era denominado de escolástico: os alunos estudavam comentários sobre ele e debatiam. No entanto, nesses debates ninguém questionava o que os grandes autores diziam. A autoridade deles era absoluta. É por isso que, séculos mais tarde, a escolástica foi considerada uma forma de estudo dogmática (bitolada).
Por Eliene Percília
Fonte:http://www.brasilescola.com/historia/universidades-na-idade-media.htm