Como muitas das maiores invenções da humanidade; o pneu também tem sua história peculiar. Em 1834, uma alfaiataria de Massachusetts presenteou o então presidente dos Estados Unidos, Andrew Jackson, com um terno impermeável. A goma aplicada ao terno ficou conhecida como borracha.
Na mesma alfaiataria, o filho de um inventor de ferramentas foi designado para resolver um dos maiores problemas da borracha: endurecer no frio e derreter no calor.
Seu nome: Charles Goodyear.
Depois de até ser preso por não conseguir pagar suas dívidas (adquiriu empréstimos para suas pesquisas), Goodyear encontrou a fórmula: “cozinhar” a borracha em altas temperaturas. Isso aconteceu em 1839. Dois anos depois, ele pediu a patente de vulcanização da borracha. Em 1845, um engenheiro escocês revestiu as rodas de sua carruagem com borracha vulcanizada inflada com ar, para diminuir o barulho e torná-la mais macia.
Em 1888, John Boyd Dunlop, também escocês mas que vivia na Irlanda, descobriu uma maneira de evitar as quedas de seus filhos na bicicleta: costurou uma válvula a um tubo de borracha e encheu esse tubo com ar, cobrindo com um pedaço de lona. Assim surgiu o primeiro pneu para bicicletas.
Na França, os irmãos Édouard e André Michelin foram os primeiros a patentear o pneu para automóveis. Em 1894, haviam naquele país apenas 200 carros, todos com motores a vapor e pneus de borracha maciça. Numa corrida entre Paris e Bordeaux, em 1895, os irmãos Michelin inscreveram um carro com pneu inflável, que ganhou a corrida com certa folga. O problema eram os constantes furos nos pneus.
Em 1903, diante do grande sucesso, eles foram negociar seu produto numa pequena mas promissora cidade americana chamada Detroit, onde acabava de ser montada uma grande fábrica de automóveis: a Ford.
Em seguida, vieram pedidos de patentes de outros fabricantes: Pirelli, Firestone, Goodyear e muitas outras.
A história do pneu tem curiosidade. Quem fundou a Goodyear não foi Charles Goodyear, mas Frank A. Sciberling, que deu à sua empresa o nome Goodyear, em homenagem ao inventor do processo de vulcanização da borracha. Já o boneco Bibendum, da Michelin, foi criado quando os irmãos Michelin viram uma pilha de pneus que, de longe, parecia uma pessoa.
No Brasil, a história começa com escritórios de importação de firmas européias e norte-americanas.
Em 1939, seria inaugurada a primeira fábrica de pneus do país: a Goodyear. No ano seguinte viria a Firestone, e em 1941 a Pirelli, que já tinha aqui uma fábrica de fios elétricos.
Fonte: br.geocities.com
História do Pneu
O pneu - componente imprescindível ao funcionamento dos veículos - passou por muitas etapas desde sua origem, no século XIX, até atingir a tecnologia atual.
A invenção do pneu remonta a mais de um século. Fatos engraçados à época levaram empresários à falência, como a borracha que não passava de uma goma “grudenta” para impermeabilizar tecidos ou o risco que a borracha tinha de dissolver quando fazia calor, marcando algumas fases da evolução dos pneus.
Para mudar esse cenário, muitos experimentos iniciados pelos americanos por volta de 1830, confirmaram acidentalmente que a borracha cozida a altas temperaturas com enxofre, mantinha suas condições de elasticidade no frio ou no calor. Estava descoberto o processo de vulcanização da borracha que, além de dar forma ao pneu, aumentou a segurança nas freadas e diminuiu as trepidações nos carros.
As etapas iniciais de desenvolvimento dos pneus ainda passaram pelo feito do inglês Robert Thompson que, em 1847, colocou uma câmara cheia de ar dentro dos pneus de borracha maciça. A partir de 1888, com a utilização do pneu em larga escala, as fábricas passaram a investir mais em sua segurança.
O princípio do tubo amarrado ao aro por faixas acaba sendo incorporado à estrutura do pneu, dando origem ao pneu diagonal em 1904. Os reforços, criados com faixas de algodão, davam à peça maior estabilidade e comportamento mais previsível, mas sua durabilidade era baixa. Por isso na época era comum levar em viagens de quatro a seis estepes. “Pneus diagonais tinham um problema sério com deformações, especialmente com caminhões que ficavam parados à noite. De manhã, o caminhão trepidava por causa da deformação até que os pneus se aquecessem e voltassem a sua forma”, diz Mario João Soares Pinheiro, engenheiro especializado em pneus da SAE.
PRECONCEITO DE COR
Aderência não era o ponto forte de um pneu até 1908, quando Frank Seiberling, apresentou a primeira banda de rodagem com sulcos, que resultou num pneu com mais capacidade de tração. No mesmo ano adicionou fuligem (negro-de-carbono ou negrode- fumo, derivado de petróleo) à borracha, criando um material mais resistente e durável. Só que os pneus com lonas de algodão continuavam a ser frágeis e a esquentar muito, o que levava a estouros. Mas a fuligem criou também uma moda. Antes dela, todo pneu era branco, cor da borracha natural. Depois a fuligem passou a ser usada só na banda de rodagem, devido ao custo. Por isso, só os pneus caros eram inteiramente pretos, o que foi sinal de status até os anos 30. Depois o pneu faixa branca inverteu o jogo e passou a equipar carros sofisticados até os anos 70.
OS PNEUMÁTICOS NO BRASIL
A produção brasileira de pneus ocorreu em 1934, quando foi implantado o Plano Geral de Viação Nacional. No entanto, a concretização desse plano aconteceu em 1936 com a instalação da Companhia Brasileira de Artefatos de Borracha – mais conhecida como Pneus Brasil – no Rio de Janeiro, que em seu primeiro ano de vida fabricou mais de 29 mil pneus.
Entre 1938 e 1941, outras grandes fabricantes do mundo passaram a produzir seus pneus no país, elevando a produção nacional para 441 mil unidades. No final dos anos 80, o Brasil já tinha produzido mais de 29 milhões de pneus.
Desde então, o Brasil conta com a instalação de mais de 13 fábricas de pneus, das quais quatro internacionais. Hoje, da produção mundial, o Brasil é o sétimo na categoria de pneus para automóveis e o quinto em pneus para caminhão/ônibus e camionetas.
Único elo de ligação entre o veículo e o solo, o pneu exerce papel fundamental no dia-a-dia das pessoas, proporcionando mobilidade, agilidade e rapidez nos veículos modernos.
FABRICAÇÃO
A aparência externa remete à borracha. Ninguém imagina, no entanto, que a consistente circunferência fabricada para rodar por milhares de quilômetros em todos os tipos de estrada, campos enlameados, pedras, desertos e até terras geladas, conta com muitos outros itens que lhes dão a estabilidade necessária para garantir a vida de seus usuários.
A combinação perfeita de matérias-primas, como borracha natural, derivados de petróleo, aço e produtos químicos, dá origem ao pneu, considerado um dos principais componentes dos automotivos. Cada item tem uma representatividade diferente de acordo com a utilização. Prova disso, é a diferença da composição entre os pneus de passeio e caminhão.
No pneu de passeio predominam os derivados de petróleo e produtos químicos, constituindo 36%, a borracha natural representa 36% e o material metálico (ou aço) conta com 18%.
Os pneus de automóveis são projetados para suportar altas velocidades, enquanto que os pneus de carga prevêem suportar mais peso. Com isso, a quantidade de borracha natural nos pneus de caminhões ultrapassa os 40%.
A FABRICAÇÃO
A construção de um pneu passa por um processo produtivo bem complexo, que vai desde a preparação da borracha até a produção de itens para compor o produto final. As partes de um pneu contam com propriedades físicas e químicas diferentes. Cada detalhe é estudado para alcançar sempre o melhor desempenho.
Todos os itens têm fundamental importância na fabricação dos pneus, com destaques para a banda de rodagem (parte do pneu que entra em contato com o solo), o corpo (ou carcaça) e o talão (parte do pneu que faz ligação com a roda) que proporcionam melhor resistência ao asfalto, estabilidade nas curvas e manobras rápidas, além do ombro, parede lateral, lonas de corpo e estabilizadoras e lâminas de estanque.
A VULCANIZAÇÃO
Desde a origem dos pneus, a vulcanização se mostrou como um dos processos mais importantes: a de dar consistência à borracha. Em seguida, o pneu é colocado em uma prensa sob determinada temperatura, pressão e tempo. Nessa prensa, há um molde com as características específicas de cada produto para determinar a forma final e o desenho da banda de rodagens finais.
Depois desse processo, o pneu passa pela inspeção final, onde são efetuados todas as inspeções e testes para sua liberação, garantindo a confiabilidade no seu desempenho. Além disso, passam por um balanceamento um teste conhecido como variação de forças e exame de raio-X até ser armazenado para, finalmente, ser distribuído, chegando às mãos do consumidor.
O pneu é um produto essencial à segurança dos usuários, garantindo melhor desempenho, estabilidade e performance dos veículos. Vale ressaltar também que cada pneu é fabricado para atender os hábitos de consumo, assim como as condições climáticas e as características do sistema viário existente em cada país.
MUITOS ANOS PESQUISANDO PARA O SEU CONFORTO
Você nem percebe, mas sobre seu caminhão existem quase 200 anos de tecnologia na busca de um rodar macio e seguro.
A história da invenção do pneu é muito antiga, tem quase dois séculos. A borracha que hoje conhecemos, não passava de uma goma grudenta para impermeabilizar tecidos. Quando fazia calor, porém, corria-se o risco dela dissolver, e assim, levou seus fabricantes à falência.
A FABRICAÇÃO DO PNEU NOS DIAS DE HOJE
Apesar de a base da fabricação do pneu ser a mesma desde o começo, os compostos e técnicas de preparação evoluíram. Do composto ao desenho, cada detalhe é estudado para alcançar o melhor desempenho.
INSPEÇÃO DO MOLDE DA BANDA DE RODAGEM
A primeira fase da fabricação é a preparação do composto, formado por vários tipos de borrachas natural e sintética, negro de fumo, pigmentos químicos, que são colocados em um misturador (banbury). Para cada parte do pneu há um composto específico, ou seja, com propriedades físicas e químicas diferentes.
A borracha natural é obtida principalmente da árvore Hévea, na forma de látex líquido coletado em pequenos recipientes, e em seguida coagulado para se obter a borracha sólida.
A borracha sintética é derivada do petróleo. O negro de fumo, usado nas composições da borracha para proporcionar resistência, é obtido principalmente pela queima de petróleo em fornos especiais. Outros ingredientes químicos, tais como enxofre, plastificadores, aceleradores, antioxidantes, necessários ao processo de manufatura do pneu, são fornecidos por várias indústrias químicas.
PRODUÇÃO DOS COMPONENTES
Depois do composto pronto, vem a produção dos componentes, que são produzidos simultaneamente em vários departamentos da fábrica, pois todos vão ser reunidos para formar o produto final.
Esses componentes são: banda de rodagem, parede lateral, talão, lonas de corpo, lonas estabilizadoras e estanque.
A banda de rodagem (parte do pneu que entra em contato com o solo) e a parede lateral são feitas pelo processo de extrusão. Uma máquina chamada extrusora, espécie de rosca, vai girando, aquecendo e empurrando o composto para uma forma, na qual os componentes tomam seus formatos finais. “As características da banda de rodagem seguem critérios do tipo de serviço a que se destina.
As lonas de corpo e a lâmina de estanque são formadas na calandra. Nela existem três ou mais rolos cilíndricos que produzem as lâminas de borracha. Essas lâminas se juntam a tecidos de poliéster, nylon (também utilizado como reforço), formando as lonas de corpo. Na formação das lonas estabilizadoras, vários fios de aço recebem a camada de borracha e formam uma fita com largura determinada. Estas fitas são cortadas em ângulos, concluindo a produção do componente.
É importante diferenciar uma lona da outra: as lonas de corpo são aquelas formadas por poliéster e nylon, as lonas estabilizadoras são formadas por fios de aço e o estanque é formado apenas por borracha (composto).
O talão (parte do pneu que faz ligação com a roda) passa por uma pequena extrusora, que aplica uma camada de borracha sobre fios de aço. Esses fios são enrolados em cilindros que formam o componente.
Todas as partes do pneu são aplicadas em uma máquina, parecida a um tambor. Primeiramente é produzida a carcaça (esqueleto do pneu que sustenta a carga), em seguida é formada a primeira estrutura do pneu, o chamado pneu verde.
VULCANIZAÇÃO É A PARTE FUNDAMENTAL
A vulcanização vai dar forma ao pneu. Ele é colocado em uma prensa sob determinada temperatura, pressão e tempo. Nela, há um molde com as características específicas de cada produto, na qual são determinados a forma e o desenho da banda de rodagem finais.
Após ser vulcanizado, o pneu passa pela inspeção final, onde são efetuadas todas as inspeções e testes de liberação do pneu, garantindo assim a consistência e a confiabilidade no seu desempenho. Depois da inspeção final, o pneu passa por balanceamento um teste conhecido como variação de forças, exame de raio-X, até ser armazenado e posteriormente distribuído e finalmente chegando às mãos do consumidor.
Fonte: www.kropneus.com.br