5.5.12

República Democrática do Congo








Por Emerson Santiago

A República Democrática do Congo ou ainda Congo-Kinshasa (nome ofcial em francês: République Démocratique du Congo) é um país localizado na África Central, com uma área de 2.334.858 km², um dos maiores países do continente africano, com um tamanho comparável aos estados do Pará e Amazonas juntos. A RDC possui uma população de cerca de 63.655.000 milhões e tem como capital a cidade de Kinshasa. O Congo-Kinshasa tem fronteiras com vários países: o enclave de Cabinda, pertencente a Angola, a República do Congo, além do Oceano Atlântico oeste, a República Centro-Africana e o Sudão do Sul ao norte; Uganda, Ruanda, Burundi e Tanzânia a leste; Angola e Zâmbia ao sul. A língua oficial é o francês, apesar de existirem uma enorme quantidade de idiomas falados pelas mais diversas comunidades distribuídas pelo seu território, destacando-se entre essas o lingala, o kongo, o kituba, o ciluba e o suaíle, com um importante status regional.



Cerca de 70% da população congolesa pratica o cristianismo de vertente católica. Além destes o restante á adepto de religiões tradicionais africanas ou seitas sincréticas. As seitassincréticas muitas vezes misturam o cristianismo com crenças e rituais tradicionais. A mais popular desses seitas, o kimbanguismo, foi visto como uma ameaça ao regime colonial e foi proibido pelos belgas. O kimbanguismo, oficialmente “a Igreja de Cristo na Terra pelo Profeta Simão Kimbangu”, reivindica agora cerca de 3 milhões de membros, principalmente entre a etnia Kongo na região do Baixo Congo e Kinshasa. Em 1969, ela tornou-se a primeira igreja independente africana admitida no Conselho Mundial de Igrejas.

Acredita-se que a área do moderno Congo já era habitada por volta de dez mil anos atrás, por povos ancestrais dos pigmeus, povos de baixa estatura que habitam ainda várias regiões do centro-oeste africano. Povos bantu vindos da região da Nigéria chegam à região nos séculos VII e VIII da nossa era. No século XV chegam os portugueses que estabelecem cooperação com o reino do Kongo, convertendo o rei local em cristão. O interior continuará como “terra incognita” nos mapas europeus até o fim do século XIX, quando Henry Morton Stanley explora pela primeira vez boa parte do país.

Em 1885, em meio à divisão do continente africano em esferas de influência das potências europeias, é estabelecido o Estado Independente do Congo, nominalmente sob tutela do rei Leopoldo II da Bélgica, que, para obter retorno financeiro de sua aventura em explorar e colonizar o país, impõe um regime de terror e trabalhos forçados à população local. Uma ampla campanha da opinião pública de vários países europeus denuncia as condições abismais de opressão a qual a população indígena é submetida, forçando ao rei Leopoldo a abrir mão de seus direitos de exploração no Estado Independente. Em 1909 este reverte ao estado belga.

As condições melhoram no agora renomeado Congo Belga, mas não muito. A truculência dos administradores belgas, a rigidez da administração e a burocracia ainda sobrevivem.

Com a independência a 30 de junho de 1960, um jovem e impetuoso primeiro-ministro desponta como figura internacional, disposto a reverter a influência europeia em seu país: Patrice Lumumba. Num bizarro golpe de estado gerado a partir de uma queda de braço com o presidente Joseph Kasa-Vubu, com participação de mercenários belgas, ele é assassinado, tornando-se um herói de todo o continente. Mais tarde, Kasa-Vubu e todos os outros líderes da época serão superados por Jospeh Mobutu, um dos mais corruptos ditadores da história da África livre. Por mais de trinta anos este general do exército usa o país (que ele mesmo renomeou como Zaire em 1971) para seu enriquecimento e de sua família. Mobutu será deposto em 1996 por antigas forças de oposição lideradas por Laurent Kabila.

Kabila declara-se presidente em 1997, e vê o país envolvido na Primeira e Segunda Guerras do Congo (1996 a 1998 e 1998 a 2003) que envolve o país e praticamente todos os seus vizinhos, em conflitos derivados daquele no qual resultou a queda de Mobutu. Estas duas guerras são consideradas as mais sangrentas que se tem notícia no continente.

Em 2001 Kabila é assassinado por um membro de sua guarda pessoal e é sucedido pelo seu filho, Joseph. Considerado inexperiente, ele vem conseguindo pacificar seu país de algum modo, e se manter no poder, sendo eleito em 2006 e reeleito em 2011.

Bibliografia:
República Democrática do Congo. Disponível em <http://www.portalbrasil.net/africa_repdemocraticadocongo.htm>. Acesso em: 16 abr. 2012.

Background note: Democratic Republic of the Congo(em inglês). Disponível em <http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2823.htm>. Acesso em: 16 abr. 2012.