Positivismo A escola metódica dita positivista é a primeira corrente de pensamento historiográfico e surge com o propósito de transformar o conhecimento histórico em uma ciência tal qual a física e a biologia. Esse propósito os levou a absorção de várias idéias metodológicas que faziam das ciências naturais ciências objetivas. Linha do tempo histórico positivista Linha do tempo cronológico positivista Linha do tempo cronológico e histórico historicista QUINTANEIRO, Tânia. “Um toque de Clássicos: Durkheim, Marx e Weber”. Belo Horizonte: UFMG, 2000. Fonte:http://matheusblach.wordpress.com/2010/02/14/tempo-positivista-e-historicista/Por Matheus Blach
Para os dito positivistas a ciência da Historia precisava se emancipar da filosofia da Historia de modo que sua pesquisa axiológica e posteriormente sua produção epistemológica de conhecimento fossem puras, verdadeiras, absolutas, gerais. Essa premissa é a base do pensamento, do tempo histórico positivista. A analise positivista deveria necessariamente levar ao conhecimento objetivo do fato histórico que uma vez determinado não se desconstrói jamais, formatando a produção do conhecimento histórico dos historiadores que deveria se limitar a reproduzir a informação tal qual ela constava na fonte, que para eles era o documento oficial emitido pelo Estado e de forma secundária emitido pela igreja. Desse modo percebemos que o tempo histórico positivista vai gerar um tempo histórico cronológico que reflete seu método, ou seja, tanto o tempo cronológico quanto o tempo histórico são lineares. Eles partem de um ponto determinado – no caso do tempo histórico, a fonte incontestável e no caso do cronológico o fato histórico concreto – e seguem em direção a um segundo ponto que no caso do tempo histórico é a verdade absoluta do fato e no caso do cronológico a evolução necessária e continua da sociedade.
O Historicismo surge com uma proposta contrária ao positivismo e seu método visa supera-lo. Para os historicistas o fato histórico é intangível em si, pois está preso no passado cronológico e não acumulativo – esse se dá através de diversos processos históricos, diferentemente do positivismo que o vê como uma linha de evolução natural – e é inacessível objetivamente. Seu grande desafio não superado foi de responder a questão: “Como analisar um objeto de estudo subjetivo e intangível em si através de um método que possa produzir um conhecimento considerado científico?”. Apesar de não oferecer a resposta direta para essa questão o historicismo propõe algo que será determinante do seu método e do seu pensamento do tempo histórico, ao invés de tentar produzir um conhecimento histórico objetivo para que a História seja uma ciência, eles dizem que os historiadores devem, desenvolver diversas analises historiográficas que se permitam ser construídas e desconstruídas e coexistir mesmo paradoxalmente como diversas perspectivas sobre um mesmo ponto. Essa possibilidade de reformular, recriar o conhecimento histórico é que o categorizaria como ciência. Portanto os tempos histórico e cronológico do Historicismo são diferentes, porém não incompatíveis, pois se complementam dentro do método de analise.Historicismo
MICHAEL, Löwy. “Ideologias e Ciência Social: elementos para uma análise marxista”. São Paulo: Cortez, 2003.Referências Bibliográficas:
REIS, José Carlos. “A História entre a Filosofia e a Ciência”. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
WALLERSTEIN, Immanuell. Impensando as Ciências Sociais. SP Casa da Idéias