Conflito (1642-1649) entre os partidários do rei Carlos I da Grã-Bretanha e os parlamentaristas. O confronto entre o rei Carlos I e o Parlamento fez eclodir a Guerra Civil Inglesa. Após ser derrotado por Oliver Cromwell, Carlos I foi declarado culpado de traição e executado. As causas são encontradas nos acontecimentos sociais, econômicos, constitucionais e religiosos de todo um século ou mais e, sobretudo, nas questões de soberania do Estado Inglês e no puritanismo da Igreja. Empenhado em unificar religiosamente o país sob a Igreja Anglicana, o rei enfrentou a rebeldia da Escócia, que era quase totalmente presbiteriana. Esta disputa política cresceu, até provocar um conflito armado, em 1642. O rei controlava o noroeste do país, enquanto o sudeste — incluindo Londres — encontrava-se sob o domínio do parlamento. Em 1643, Oliver Cromwell, com seu regimento da cavalaria, derrotou os monarquistas na crucial batalha de Marston Moor. No ano seguinte, destruiu as forças monarquistas na batalha de Naseby. A primeira etapa da guerra terminou, em maio de 1646, com a rendição e a prisão do monarca. Em 1647, Cromwell dominava o Parlamento. O rei rejeitou as condições que se impunham para sua volta ao poder. Conseguindo escapar da prisão, chegou a um ‘compromisso’ (Covenant) com os escoceses, cuja proposta para a restituição do trono seria o reconhecimento do presbiterianismo como religião oficial de ambos os reinos. Esta foi a razão para o início da segunda fase da guerra, em 1648. Retomado o controle, o exército começou a expulsão dos presbiterianos do parlamento, denominado Parlamento Rabadilha, que criou uma comissão para o julgamento do rei. Declarado culpado por traição, Carlos I foi decapitado em 1649. O Parlamento Rabadilha aboliu a monarquia e a Câmara dos Lordes, tornando a Inglaterra uma república, situação que perduraria até o retorno de Carlos II do exílio, em 1660. Fonte: