Por Emerson Santiago
Luxor (em árabe, Al ‘Uqsur) é uma cidade localizada ao sul do Egito e capital da província de mesmo nome. Com uma população atual de cerca de 150 mil habitantes, o local é o mesmo onde na antiguidade se localizava a cidade de Tebas(Uaset, em seu nome original em língua egípcia), capital do Império Novo egípcio, existente entre 1550 a.C. e 1070 a.C. Na verdade, a cidade de Luxor está hoje distribuída em três diferentes áreas, que consistem na cidade de Luxor propriamente dita, no lado leste do rio Nilo, a cidade de Karnak ao norte e Tebas, que está ao lado oeste do Nilo em frente a Luxor.
Templo de Luxor (foto: Doug Alberg)
A cidade é regida por estatutos especiais que lhe permitem mais autonomia do que outras divisões administrativas do Egito. Na atual cidade, tanto o edifício governamental como vários outros edifícios públicos seguem um código de construção “antigo”, ou seja, imitam antigas construções da época de Tebas. Isso se deve a uma mania “egípcia” que tomou conta da região após a histórica descoberta do túmulo de Tutancâmon em 1922. Além disso, a cidade tem todas as comodidades destinadas aos turistas, incluindo uma variedade de hotéis, bares, discotecas e restaurantes.
Como muitas das construções do auge de Tebas ainda encontram-se em vários graus de preservação, Luxor é constantemente referida como o maior museu do mundo a céu aberto. Na margem leste, destaca-se o Templo de Luxor (ipet resyt, ou santuário meridional em egípcio) um antigo complexo situado na margem leste do Nilo, construído por Amenófiis III. Este por sua vez liga-se aoTemplo de Karnak através de uma longa estrada de pedra, que é referida pelo nome grego de dromos. O dromos foi construído por Nectanebo I, e originalmente era cercada em ambos os lados por várias esculturas representando esfinges. Ao norte, rumo a Karnak, estão as ruínas do Templo de Mut.
Na margem oeste do Nilo, acessível por barco, localiza-se o Vale dos Reis, necrópole dos faraós das XVIIIª e XIXª dinastias, cuja importância arqueológica é enorme, sendo até hoje objeto de escavações e pesquisas. Na estrada que se segue após o Vale dos Reis, são vários os templos e mausoléus de faraós de dinastias posteriores, com destaque para o Templo de Seti I, a necrópole de Dra-Abu-el-Naga, com os túmulos das XXVª e XXVIª dinastias, a Necrópole de Sheikh Abd el-Qurna com túmulos da XVIIIª dinastia e o grande complexo de Medinet Habu. Mais a sudoeste está o Vale das Rainhas, onde as rainhas das XVIIIª e XIXª dinastias foram enterradas.
Bibliografia:
Luxor/Karnak/Thebes (em inglês). Disponível em: <http://www.touregypt.net/luxor/>. Acesso em: 30 jun. 2012.
Foto: http://www.dougpile.com/favphotos/luxor.php