20.7.12

Governo Collor de Mello


Fernando Collor de Mello rumo ao Palácio do Planalto.
No ano de 1989, as eleições presidenciais do Brasil foram marcadas pela frustração do governo Sarney (assolado pela crise econômica) e as expectativas de, finalmente, ocorrerem eleições diretas depois de mais de trinta anos sem espaço para as práticas democráticas. O segundo turno dessas eleições polarizou o confronto entre Luis Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores; e Fernando Collor, do Partido Republicano Nacional.

Contando com recursos de vários representantes do empresariado nacional e aproveitado sua habilidade frentes às câmeras, Fernando Collor de Mello prometia resolver os problemas que assolavam o Brasil. Após assumir o cargo, o novo governo anunciou um pacote de medidas chamado de Plano Collor. Além de buscar a abertura dos mercados, a participação do capital estrangeiro e a diminuição do gasto público, o plano congelou a renda das cadernetas de poupanças de milhares de brasileiros.

Sem alcançar o sucesso esperado o plano naufragou em meio a um surto de recessão econômica e a volta das ondas inflacionárias. Em 1992, o governo Collor ainda foi alvo de novas polêmicas. Uma rede de favorecimento político e econômico controlada por pessoas diretamente ligadas ao presidente escandalizou o país.As denúncias de corrupção ocuparam as manchetes dos principais meios de comunicação da época. Dando resposta a essas denúncias, o Congresso Nacional criou uma investigação controlada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Os números pífios da política econômica de Collor e a indignação frente aos escândalos de corrupção envolvendo seu nome incentivaram a mobilização em torno de sua saída do governo. Os integrantes do movimento “Fora, Collor”, capitaneado por entidades representativas dos sindicatos, setores estudantis e entidades de classe, pintaram suas caras e saíram às ruas em sinal de sua indignação.

A pressão pública forçou o Congresso a cassar o mandato do presidente Fernando Collor de Mello. No final daquele mesmo ano, o presidente perdeu seu cargo, que foi assumido pelo então vice-presidente Itamar Franco.

Por Rainer Sousa

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