Luis Alcalá del Olmo/Divulgação
Imagem da exposição "Haiti - Os Espíritos na Terra"
Por Emerson Santiago
Vodu (também Vodun, Vodoun, Voodoo, Sevis Lwa, Sevis Gine) é uma religião sincrética praticada em grande parte no Haiti e pelos cidadãos emigrantes deste mesmo país. Apesar de possuir componentes de outras religiões, como por exemplo o catolicismo, a parte fundamental de seu rito corresponde às crenças tradicionais encontradas na área do atual Benim, na África, O próprio nome com que se conhece a religião deriva do deus Vodun, cultuado pelo povo iorubá na África Ocidental.
Popularmente porém, por ignorância ou ainda influência da cultura popular, o termo e a religião em si são geralmente vistas como sinônimo de magia negra ou bruxaria destinada a prejudicar grupos estranhos a seus ritos. Ao contrário, a prática deste culto não tem relação qualquer com práticas demoníacas ou prejudiciais, representando na verdade uma rica tradição de matriz africana, de visão completamente diferente daquela legada pelo colonizador europeu.
No vodu acredita-se em um deus supremo, conhecido por nomes diferentes em diferentes partes do mundo. No Haiti ele é chamado Bondyé (na língua crioula haitiana “bom deus”, oriundo do “bon dieu” em francês). Este deus primário é considerado imensamente poderoso e não está alcance dos seguidores comuns do culto. Por isso, os adeptos do vodu dependem de centenas de milhares de outros espíritos para se comunicar com o ser supremo, assim como acontece na mitologia iorubá.
Os espíritos utilizados nessa comunicação entre humanos e ser supremo são conhecidos como loa ou lwa, no Haiti. (Loa significa “espírito”, na língua congo). Tais loas, que possuem o poder das forças naturais, devem ser manifestar no corpo do humano vivo, de modo que a pessoa possuída possa ser fortalecida por sua energia e sabedoria divina, tendo o poder de aconselhar aqueles com problemas e executar milagres, como curar os doentes e adivinhar acontecimentos. Há loas grandes e poderosos, como numa hierarquia, e há espíritos menores. Eles recebem seus poderes de Deus, e se comunicam com Ele em nome dos fiéis. Comunidades e até mesmo famílias têm loas próprios, como os espíritos de pessoas amadas ou membros influentes da família ou comunidade.
Os tambores possuem uma função bastante complexa no ritual de Vodu. A combinação de ritmos tocados pelos tambores tem como objetivo levar os dançarinos a um estado de transe. Tal estado é atingido pela manipulação de ritmo e métrica, incluindo poderosas interrupções rítmicas chamadas casses (quebras, em crioulo), executadas pelo mestre dos tambores. O toque é essencial para manter o cenário do ritual depois que os dançarinos foram possuídos pelos loas, pois os loas devem ser mantidos dançando. Alguns ritmos especiais são utilizados para expulsar qualquer espírito indesejado.
Bibliografia:
ROBINSON, B.A. Vodun (a.k.a. Voodoo and related religions (em inglês). Disponível em: <http://www.religioustolerance.org/voodoo.htm/>. Acesso em: 06 jul. 2012.
WILSON, Tracy V. Como funciona o vodu. Disponível em: <http://pessoas.hsw.uol.com.br/vodu.htm>. Acesso em: 06 jul. 2012.
Vodu (também Vodun, Vodoun, Voodoo, Sevis Lwa, Sevis Gine) é uma religião sincrética praticada em grande parte no Haiti e pelos cidadãos emigrantes deste mesmo país. Apesar de possuir componentes de outras religiões, como por exemplo o catolicismo, a parte fundamental de seu rito corresponde às crenças tradicionais encontradas na área do atual Benim, na África, O próprio nome com que se conhece a religião deriva do deus Vodun, cultuado pelo povo iorubá na África Ocidental.
Popularmente porém, por ignorância ou ainda influência da cultura popular, o termo e a religião em si são geralmente vistas como sinônimo de magia negra ou bruxaria destinada a prejudicar grupos estranhos a seus ritos. Ao contrário, a prática deste culto não tem relação qualquer com práticas demoníacas ou prejudiciais, representando na verdade uma rica tradição de matriz africana, de visão completamente diferente daquela legada pelo colonizador europeu.
No vodu acredita-se em um deus supremo, conhecido por nomes diferentes em diferentes partes do mundo. No Haiti ele é chamado Bondyé (na língua crioula haitiana “bom deus”, oriundo do “bon dieu” em francês). Este deus primário é considerado imensamente poderoso e não está alcance dos seguidores comuns do culto. Por isso, os adeptos do vodu dependem de centenas de milhares de outros espíritos para se comunicar com o ser supremo, assim como acontece na mitologia iorubá.
Os espíritos utilizados nessa comunicação entre humanos e ser supremo são conhecidos como loa ou lwa, no Haiti. (Loa significa “espírito”, na língua congo). Tais loas, que possuem o poder das forças naturais, devem ser manifestar no corpo do humano vivo, de modo que a pessoa possuída possa ser fortalecida por sua energia e sabedoria divina, tendo o poder de aconselhar aqueles com problemas e executar milagres, como curar os doentes e adivinhar acontecimentos. Há loas grandes e poderosos, como numa hierarquia, e há espíritos menores. Eles recebem seus poderes de Deus, e se comunicam com Ele em nome dos fiéis. Comunidades e até mesmo famílias têm loas próprios, como os espíritos de pessoas amadas ou membros influentes da família ou comunidade.
Os tambores possuem uma função bastante complexa no ritual de Vodu. A combinação de ritmos tocados pelos tambores tem como objetivo levar os dançarinos a um estado de transe. Tal estado é atingido pela manipulação de ritmo e métrica, incluindo poderosas interrupções rítmicas chamadas casses (quebras, em crioulo), executadas pelo mestre dos tambores. O toque é essencial para manter o cenário do ritual depois que os dançarinos foram possuídos pelos loas, pois os loas devem ser mantidos dançando. Alguns ritmos especiais são utilizados para expulsar qualquer espírito indesejado.
Bibliografia:
ROBINSON, B.A. Vodun (a.k.a. Voodoo and related religions (em inglês). Disponível em: <http://www.religioustolerance.org/voodoo.htm/>. Acesso em: 06 jul. 2012.
WILSON, Tracy V. Como funciona o vodu. Disponível em: <http://pessoas.hsw.uol.com.br/vodu.htm>. Acesso em: 06 jul. 2012.