6.4.12

Alquimia



A palavra Alquimia vem do árabe, Al-Khemy, que quer dizer "a química".

Sua origem perde-se no tempo, apenas sabemos que existiram alquimistas na China milenar, bem como na Índia.

Mas para nós ocidentais, o berço da alquimia é o Egito. No começo da era Cristã, na cidade de Alexandria, foi que a alquimia tomou as feições que até hoje conseva.

Denominada entre os adeptos como arte sagrada, ela resiste até nossos dias com pouca ou nenhuma modificação.

A tão falada Pedra Filosofal, capaz de transformas chumbo em ouro, é apenas uma dasa respostas, e incompleta.

Na verdade, a principal matéria a se transmutar é o próprio alquimista.

À medida que se sucedem as etapas que conduzirão o adepto à Pedra Filosofal, o próprio é transformado em sua essência, atingindo um nível de consciência diferente dos demais humanos.

Essa auto-transformação é que seria o verdadeiro "elixir da vida eterna", pois ao atingir tal estágio o adepto se liberta das exigências da carne.

No último milênio da história humana, os alquimistas tem gozado de uma consideração toda especial por parte dos estudiosos do oculto.

Nomes muito célebres tem sido citados como adeptos ou simpatizantes das teorias alquímicas. Parece ser da própria tradição da arte alquímica ocultarem-se os segredos através de artifícios de linguagem.

Isso teve início na famosa Tábua de Esmeralda, de Hermes Trismegisto, considerado o primeiro alquímico da história.

Para atingir seus objetivos, os alquimistas teriam à sua disposição dois caminhos: a Via Seca e a Via Úmida.

Como o próprio nome indica, a Via Seca é um processo através do qual o alquimista realiza seu trabalho em pouco tempo, porém de modo arriscadíssimo.

É importante deixar claro que esses métodos, sejam quais forem, são conhecidos apenas pelos adeptos da alquimia.

Embroa o processo da Via Úmida seja tão desconhecido quanto o outro, sabe-se que envolve menso riscos, ocorrendo no máximo uma explosão em caso de fervura da Matéria Prima.

Mas e essa Matéria Prima? O que é? O nome sugere que ela seja a base a partir da qual a Pedra Filosofal é obtida.

Mas, por ser um segredo, sua natureza jamais é revelada.

Alguns defendem que ela seja o "cinabre", um curioso mineral que combina enxofre e mercúrio (os dosi princípios opostos do hermetismo); para outros seria a "galena", o mineral magnético usado nos rádios antigos; para outros ainda a matéria prima seria o raro metal "stibina".

Entretanto, a tradição alquímica alquímica diz que a matéria prima seria algo tão comum que "as crianças brincam com ela".

Por trás de todos esses mistérios está a idéia fundamental da alquimia: a da transmutação do próprio alquimista.

Ao passar por todos os processos que conduzem à Pedra Filosofal, o alquimista transmuta-se igualmente. É como se o processo de transmutação alcançasse e agisse sobre o próprio adepto.

É voz corrente entre os alquimistas que é necessário ao sucesso do adepto um conjunto de qualidades morais, sem as quais, seria inútil tentar. Nunca é demais lembrarmos do que disse Eugene Canseliet, discípulo do famoso Fulcanelli, a respeito de seu mestre.

Canseliet recorda que, quando conheceu Fulcanelli ele já era um homem de meia idade. Décadas depois, quando o reencontrou (numa época em que ele já deveria estar morto), Fulcanelli não aparentava mais que trinta anos. Além disso, seu aspecto era estranho, como se fundisse num único corpo atributos femininos e masculinos.

Entre tantos segredos, desvios e símbolos, pouco podemos reter de concreto - o que sem dúvida, colabora para que esses misteriosos alquimistas permaneçam sendo dos mais fascinantes ramos ocultistas que conhecemos.





A Alquimia da Natureza
Para os químicos, existe uma verdade básica: o átomo é sempre átomo. Segundo os cientistas, apenas sob condições extremas e quase impossíveis os átomos se dividiriam. Porém, as pesquisas do médico francês Louis Kervran, falecido em 1983, mostram outra (e surpeendente) verdade. De acordo com ele, cada planta ou animal consegue mais do que avançados centros de pesquisa nuclear: divide, ajunta e transforma certos elementos em outros sem gastar muita energia e numa temperatura de meio ambiente. Depois de uma série de pesquisas, feitas por químicos, pesquisadores e cientistas, chegou-se a uma conclusão: acontecia um fenômeno inexplicável! Kervran foi o primeiro a oferecer uma explicação científica para esse fenômeno. Na década de 60, ele observou uma equipe de operários trabalhando na sondagem de petróleo no Saara e descobriu que as fezes de todos eles continham grandes quantidades de potássio. Sua alimentação, porém, quase não tinha potássio. O potássio não podia ser oriundo das reservas do organismo dos trabalhadores porque esses teriam se esgotado depois de poucos dias.

Além disso, não se detectava nenhuma deficiência do elemento nos operários.

O potássio não podia ter surgido do nada. Depois de muita pesquisa, Kervran chegou a conclusão que o sal (cloreto de sódio) se transformava em potássio... Se isso fosse verdade, seria um golpe letal contra o princípio básico do fundador da química moderna, Antoine Lavoisier.

Já no século 18 , Lavoisier formulou a teoria (válida até hoje) segunda a qual no mundo dos átomos nada se perde e nada se cria, tudo se transforma. De acordo com a teoria, o átomo de potássio pode ligar-se a vários outros átomos formando moléculas , mas também devia, até o fim dos tempos, continuar sendo potássio. Essa teoria perdeu força após a descoberta da radioatividade, por Madame Curie.

O átomo, que foi considerado imutável pelos físicos de outrora, é muito menos estável do que se acreditava até bem pouco tempo atrás.

A partir daí passou-se a diferenciar os elementos em radiativos (instáveis) e estáveis.

Pouco tempo depois se conseguiu (através de bombardeamento com raios gama e outras partículas) que também núcleos atômicos se transformassem.

Daí até as bombas de Nagasaki e Hiroshima o caminho foi bem curto. Mas a tese sobre a estabilidade de todos os elementos (com a exceção dos radioativos) continuava em pé.

Kervran chamou o fenômeno ocorrido com os operários de transmutação biológica. Segundo ele, tudo pode acontecer desde que haja vida.

Microorganismos, algas, fungos, plantas, animais. Se sua teoria estiver correta, grandes mudanças acontecerão em vários campos: na medicina, ma agronomia, etc... Quem sabe um dia o sonho dos alquimistas se realizará e o mercúrio se tranformará em ouro.

Será que os velhos alquimistas sabiam que os dois estão tão próximos na tabela periódica dos elementos? E quando as pesquisas de Kervran finalmente serão testadas com seriedade e sem preconceitos? Ou ainda não estamso preparados para tal verdade? Parece que a vida começa num nível muito mais profundo que o atômico. Se existem organismos vivos capazes de transformar manganês em ferro (e vice-versa), por que não existiriam seres vivos capazes de produzir algo do nada - a luz e a vibração?Da transmutação até a materialização é apenas um passo pequeno.

Se acreditarmos nas noticias sobre determinados gurus asiáticos, esse pequeno passo já foi dado por várias pessoas.

E sobre a Criação Divina? Realmente, nem eu sei o que pensar...



Fonte:
http://www.pegue.com/religiao/alquimia.htm