25.7.20

Bertha Lutz



Bertha Maria Julia Lutz, foi uma ilustre naturalista e feminista brasileira nascida em 2 de agosto de 1894 na cidade de São Paulo, Brasil, filha do também ilustre zoólogo e médico brasileiro Adolpho Lutz.

Seu interesse por anfíbios remontam a sua infância, onde fez sua primeiras viagens de coleta com seu pai, ainda que tenha iniciado seus estudos formais com herpetologia somente após os quarenta anos de idade.

Estudou Ciências Naturais na Universidade de Sorbonne na França e, depois, Direito na Universidade do Brasil (atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Esta última faculdade teve como motivação sua preparação para fornecer assistência legal para o movimento feminista.

Em 1922 foi co-fundadora do movimento pelos direitos das mulheres no Brasil, o qual a levou a integrar um comitê que redigiu a nova Constituição brasileira em 1932, que finalmente resultou no sufrágio feminino em 1933. Bertha Lutz ingressou previamente no Museu Nacional, onde se tornaria chefe do então Departamento de História Natural.

A despeito de sua ocupação formal como naturalista, ela continuou a desempenhar importante papel no cenário político nacional e internacional, chegando a participar, como representante brasileira da reunião em que a Organização das Nações Unidas foi fundada em 1945 e, já aos 80 anos de idade, da Comissão Interamericana para os direitos das mulheres.


Ela iniciou seus estudos herpetológicos para auxiliar seu pai, que perdera a visão no final de sua profícua vida, e publicou junto a ele seus primeiros artigos com anfíbios anuros (1938-1939).

Após a morte de seu pai em 1940, seguiu trabalhando ativamente com os anfíbios, sobretudo os da então família Hylidae, o que resultou em uma série de trabalhos tendo como foco a taxonomia, sitemática, história natural, desenvolvimento e comportamento dos hilídeos.

Seu trabalho intitulado “Brazilian Species of Hyla” publicado em 1973, se tornou um estudo clássico, sendo referência obrigatória para o estudo das pererecas brasileiras [modificado de Adler, 1989].


Bertha Lutz
Bertha Lutz – Vida

1894 – 1976


Bertha Lutz

Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo no dia 2 de agosto de 1894, filha da enfermeira inglesa Amy Fowler e do cientista e pioneiro da medicina tropical Adolfo Lutz.


Bertha Maria Júlia teve oportunidade de estudar na Europa, onde se formou em biologia pela Sorbonne, em Paris. Lá, conviveu com o movimento feminista propriamente dito.

Retornou ao Brasil em 1918, quando, através de um concurso público, começou a trabalhar no Museu Nacional, tornando-se a segunda mulher a fazer parte do serviço público brasileiro. Começando a partir daí sua luta em prol do voto feminino. Fundou em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que mais tarde se tornaria a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.

Em 1922, representou as brasileiras nos EUA, durante a Liga das Mulheres Eleitoras, tornando-se vice presidente da Sociedade Pan-Americana.

Os anos 30 foram marcados pela conquista do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, do então presidente Getúlio Vargas, vindo este, a garantir o direito ao voto feminino. Bertha não parou por aí, pois em 1934, conseguiu a igualdade feminina na política, foi quando iniciou sua carreira nos assuntos públicos.

Em 1936 Bertha assumiu seu lugar na Câmara Federal. Dando continuidade à luta por mais uma causa, ela queria mudar a então legislação que se referia à mão-de-obra feminina e de crianças, a licença maternidade, de no mínimo, 3 meses e redução da carga horária de trabalho, que era de 13 horas diárias.

No ano de 1937, Getúlio Vargas decretou o Estado novo, ano no qual, Bertha pôs fim às intervenções no âmbito da política.

Se aposentou no ano de 1964, no Museu Nacional, onde foi chefe da área da botânica.

Em 1975, Ano Internacional da mulher, participou do I Congresso Internacional da mulher, na capital do México.

Veio a falecer no Rio de Janeiro em 1976, aos 82 anos e sua imagem ficou diretamente ligada à liderança na luta pelos direitos das mulheres brasileiras, pois, graças à sua garra e determinação, Bertha conquistou o direito ao voto feminino, entre outros direitos que nos foram conferidos a partir de então. Tudo isso em uma época, na qual, somente os homens se encontravam no poder.
Bertha Lutz – Luta


É conhecida como a mai or líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras.

A ela, as mulheres brasileiras, devem a aprovação da legislação que lhes outorgou o direito de votar e serem votadas.

Educada na Europa, ali tomou contato com a campanha sufragista inglesa. Voltando ao Brasil em 1918, formada em Biologia pela Sorbonne, ingressou por concurso público como bióloga no Museu Nacional. Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro.

Bertha, ao lado de outras pioneiras, empenhou-se na luta pelo voto feminino.

Criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).

Em 1922, representou as brasileiras na assembléia-geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana.

Somente dez anos depois do ingresso das brasileiras na Liga das Mulheres Eleitoras, em 1932, por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, foi estabelecido o direito de voto feminino.

Candidata pela “Liga Eleitoral Independente”, obteve a primeira suplência, assumindo a cadeira de deputada na Câmara Federal em junho de 1936, devido à morte do titular, Cândido Pereira.

Sua atuação parlamentar foi marcada por proposta de mudança na legislação referente ao trabalho da mulher e do menor, visando, além de igualdade salarial, a isenção do serviço militar, a licença de 3 meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas.

Com a implantação da Ditadura em novembro de 1937 e o fechamento das casas legislativas, Bertha permaneceu ocupando importantes cargos públicos, entre os quais a chefia do setor de botânica do Museu Nacional, cargo no qual se aposentou em 1964.

No ano de 1975, Ano Internacional da Mulher, estabelecido pela ONU, Bertha foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do país no primeiro Congresso Internacional da Mulher, realizado na capital do México. Foi seu último ato público em defesa da condição feminina.

Bertha Lutz faleceu no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1976.
Bertha Lutz – Mulher Política


Bertha Lutz

Bertha Lutz, filha de uma inglesa, tomou contato com o movimento feminista inglês durante o tempo em que passou na França, onde cursou o ensino médio e estudou, na Sorbonne, ciências naturais.

De volta ao Brasil, em 1918, manifestou-se publicamente, em carta publicada na influente Revista da Semana, em prol da emancipação feminina.

No ano seguinte, fundou a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, apoiando e liderando a campanha iniciada pelo Senador Justo Leite Chermont a favor do voto feminino.

Com a ampliação do movimento, a Liga foi substituída pela Federação Brasileira para o Progresso Feminino, que Bertha Lutz presidiu por 20 anos.

Ao longo da vida, criou e organizou várias outras associações voltadas para a questão feminina.

Foi ainda, entre julho de 1936 e novembro de 1937, Deputada Federal, tendo sido eleita, em 1934, como primeira suplente do deputado Cândido Pessoa, falecido no exercício do seu mandato.

Fato Curioso

De um aviãozinho, ela jogou panfletos sobre o Congresso Nacional, o Palácio do Catete (sede do governo federal, então instalado no Rio) e os jornais. No texto, pedia o direito de votar.

Com seu grupo sufragista, convenceu o presidente Getúlio Vargas: em 1932 foi instituído o voto das mulheres no país.

Como deputada, propôs o Estatuto da Mulher, que previa mudar a lei trabalhista para ampliar as oportunidades femininas

Fonte: www.colegiosaofrancisco.com.br/www.senado.gov.br/feminismo-liberta.tumblr.com