31.3.11

Coalizão contra Khadafi

Por Fernando Rebouças
Em dezembro de 2010, o mundo árabe começou a testemunhar protestos políticos contra governos ditatoriais que se baseavam numa estrutura política fechada e com referências religiosas em suas relações sociais. Depois dos bem sucedidos protestos na Tunísia e no Egito, no decorrer do ano de 2011, a Líbia também tornou-se no centro das atenções, não somente em caráter pacífico, mas também por meio de frentes armadas mantidas por rebeldes oposicionistas.

A onda de protestos populares na Líbia se levantou contra os quase 42 anos de poder exercido pelo ditadorMuammar Kadhafi. Na Líbia, os protestos foram iniciados no leste do país, onde Kadhafi sempre teve baixa popularidade. As cidades de Benghazi, Tobruk e Derna foram dominadas pelos rebeldes oposicionistas.

Os rebeldes também dominaram as cidades de Minsratah e Zawiya, nas proximidades da capital Tripoli. Os oposicionistas organizaram “conselhos populares” vinculados ao Conselho Popular Líbio. O exército da Líbia, sob ordens de Kadhafi reprimiu rebeldes e civis, provocando milhares de mortes.

Em março de 2011, o cenário dos protestos, inicialmente delineado de forma pacífica, evoluiu para uma guerra civil. A situação mobilizou a opinião de diversos países liderados pelos EUA que passaram a exigir a saída iminente de Kadhafi e uma intervenção militar no país.

Diversas organizações de direitos humanos e a ONU (Organização das Nações Unidas) registraram abusos, desrespeitos e ataques a civis. Perante os avanços de rebeldes armados e militares deserdados, Kadhafi declarou na TV estatal líbia que só deixaria o poder depois de morto, e que morreria como um mártir. Também acusou os rebeldes de estarem à serviço da rede terrorista al-Qaeda.

No dia 17 de março, o Conselho de Segurança da ONU votou pela exigência do cessar-fogo contra os civis e autorizou a intervenção militar internacional em território líbio. As operações militares foram iniciadas no dia 19 de março, lideradas por EUA, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

No dia 24 de março, a ofensiva contra Kadhafi passou a ser liderada pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), cujas ações foram integradas, no total, por 28 países, como forma de frear as investidas militares do coronel Muamar Khadafi.

No dia 25 de março de 2011, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que o líder da Líbia, Muamar Khadafi, havia perdido legitimidades por ter utilizado as forças militares do país contra os civis.

Fontes:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/03/khadafi-perdeu-sua-legitimidade-diz-secretario-geral-da-onu.html
http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/02/entenda-crise-na-libia.html
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/893953-ataques-da-coalizao-minaram-forcas-de-gaddafi-diz-pentagono.