15.10.12

15 de outubro de 1978 – João Batista Figueiredo é eleito presidente do Brasil






Sem votos dissidentes e por uma margem de 129 votos a seu favor, o general João Batista de Oliveira Figueiredo, candidato da Arena, foi eleito, por votação do Colégio Eleitoral reunido no plenário do Congresso Nacional, o 30º Presidente da República do Brasil.

A votação foi iniciada às 10h40m, após os discursos do presidente nacional do MDB, o deputado Ulisses Guimarães, e do presidente nacional da Arena, o deputado Francelino Pereira. Durante a votação, o general João Batista Figueiredo recebeu 355 votos e o candidato do MDB, o general Euler Bentes Monteiro, obteve 226. Excetuando-se as ausências dos deputados Alberto Lavinas (RJ) e Otávio Ceccato (SP), e dos senadores arenistas Teotonio Vilela, Accioly Filho (PR) e Magalhães Pinto (MG), não houve votos contrários às linhas partidárias e nenhum delegado da Assembléia Legislativa deixou de votar. Dada a presença maciça de populares nas galerias do plenário, apoiando os dois candidatos por meio de palmas, vaias e gritos, o processo de votação se deu sob forte tensão, com o presidente da sessão, o senador Petrônio Portella, acionando várias vezes as capainhias e pedindo ordem no recinto.




Terminada a sessão, o senador Portella foi ao Hotel Aracoara e lá comunicou o resultado ao general Figueiredo, que, horas depois, anunciou que ofereceria a ao povo brasileiro a “mão estendida em conciliação”. Pouco antes, numa rápida entrevista, o então novo Presidente da República também disse: “meu governo será para abrir mesmo, e quem não quiser que abra, eu prendo, arrebento. A minha reação agora vai ser contra os que não quiserem a abertura”.

“Transição lenta, gradual e segura”
Sucedendo o governo do general Ernesto Geisel, o general João Batista Figueiredo ficou conhecido como o presidente do Brasil responsável por promover no país, em suas palavras, uma “transição lenta, gradual e segura” do poder político dos militares para os civis. Para isso, concedeu anistia ampla geral e irrestrita aos políticos cassados com base em atos
institucionais, permitindo o retorno de exilados pelo Regime Militar, e extinguiu o bipartidarismo. Por essas medidas, seu governo foi alvo de diversos atentados terroristas, atribuídos a setores da direita e militares da linha dura, sendo o mais famoso deles o do Riocentro, na Barra da Tijuca.
Fonte: JBLOG