Coronéis e barões do café: típicos representantes das elites durante a República Oligárquica
Pensada como uma solução aos desmandos e a centralização política do governo imperial, a criação de um governo republicano no Brasil foi vista como uma solução política que concederia ao povo brasileiro a participação nos debates políticos da nação. Assim, a Proclamação da República, em 1889, seria a promessa de uma nova página na história do nosso país.
Porém, no decorrer dessa nova modalidade de governo, notamos a consolidação de uma série de práticas políticas que em nada resolveriam os problemas de exclusão social, política e econômica do Brasil. Logo depois da participação dos militares no poder, em 1893, as elites econômicas do país se encarregaram de manter os privilégios a quem sempre os desfrutaram.
Munidos de uma série de mecanismos previstos em lei e da opulência de seu poder econômico, os barões do café e os coronéis mantinham os menos favorecidos sob a tutela de seus interesses particulares. Entre outros mecanismos, o voto de cabresto, as práticas clientelistas e a Política do Café-com-leite foram medidas excludentes que viriam a agravar a já delicada situação sócio-econômica do Brasil.
Excluída, mas não insensível a essa situação, as classes menos favorecidas se mobilizaram em revoltas que davam conta da insatisfação do povo contra os desmandos da época. Nesse período, a Revolta da Vacina (1904), a Revolta da Chibata (1910), a Guerra de Canudos (1893 – 1897) e a Guerra do Contestado (1912 – 1916) foram alguns dos conflitos que reclamaram contra essa situação historicamente constituída durante toda a República Oligárquica.
Por Rainer Sousa
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