15.10.12

Formação Contínua


A formação do professor também deve ser em movimento espiralado


A evolução da carreira de um profissional depende da sua formação, dos investimentos em cursos de especialização e atualização, que complementam as ideias já adquiridas, modificando-as e atualizando-as em novos conceitos.

A atualização de um profissional é importante, pois à medida que as teorias vão sendo testadas e experimentadas, abrem-se novas linhas de pesquisas e de conclusões, levando a novos caminhos, a outras formas de se aplicar tais conhecimentos, normalmente com técnicas mais aprimoradas.

No campo de atuação dos profissionais de educação, esses conceitos não são diferentes.

De acordo com o sociólogo suíço Phillippe Perrenoud, um dos aspectos mais importantes da reciclagem de professores diz respeito às suas competências básicas, a que classificou em dez elementos distintos, como:

1. Organizar e animar situações de aprendizagem;

2. Gerir a progressão das aprendizagens – idealizar e administrar situações-problema ajustadas aos níveis e possibilidades dos alunos;

3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação – conduzir a heterogeneidade dentro de uma classe;

4. Implicar os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho – suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com os conhecimentos, o sentido do trabalho escolar, e desenvolver a capacidade de autoavaliação na criança;

5. Trabalhar em equipe – elaborar um projeto de equipe com representações comuns;

6. Participar da gestão da escola – elaborar e negociar um projeto para a escola;

7. Informar e sugerir aos pais – animar reuniões de informação e de debate;

8. Utilizar tecnologias novas – empregar softwares de edição de documentos;

9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;

10. Gerir sua própria formação contínua.

Desenvolvendo um trabalho a partir dessas competências, o educador será capaz de se autoavaliar, elaborando em si a consciência sobre o nível de suas competências, podendo proceder para práticas mais apropriadas e inovadoras, promovendo a motivação dos alunos e atingindo maior aprimoramento profissional.

O sociólogo propõe ainda que o trabalho pedagógico esteja voltado para um “trabalho de equipe, através de projetos que desenvolvam autonomia, responsabilidades crescentes, pedagogias diferenciadas, centralização sobre os dispositivos e as várias situações de aprendizagem”.

É importante a participação da escola nesse processo de formação contínua, pois o grande interesse em manter os alunos na instituição é da direção. Para que isso aconteça, é necessário que a mesma institua reuniões de grupos de estudo, agenciem debates de temas presentes nas práticas educativas da instituição, contrate profissionais mais experientes e especialistas para oferecer cursos e palestras, participação de seus profissionais em feiras educativas e congressos, dentre outros.

Por Jussara Barros

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