3.7.20

Idade Antiga


Idade Antiga – Origem

As primeiras civilizações surgem entre 4.000 e 3.000 a.C.

Formam-se às margens dos grandes rios Nilo (Egito), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia), Amarelo (China), Jordão (Palestina), Indo e Ganges (Índia e Paquistão) como resultado da revolução neolítica.

Essas civilizações dominam algumas técnicas comuns, como a domesticação dos animais, a agricultura, metalurgia, escultura e escrita.

As relações sociais comunitárias são substituídas pelo escravismo ou pela combinação deste com diferentes formas de servidão.

Na Europa, esse período acaba com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476.


Nos outros continentes, várias civilizações preservam os traços da Antigüidade até o contato com os europeus, a partir do século XVI.

Crescente fértil

É como fica conhecida a região que se estende, em arco, do sudeste do Mediterrâneo até o golfo Pérsico, incluindo territórios dos atuais Líbano, Israel, Jordânia, Síria, Turquia e Iraque, em um traçado que lembra a Lua em quarto crescente.

Ali surgem as primeiras civilizações que têm como característica principal aformação do Estado, instituição político-administrativa que determina normas e modo de organização de cada grupo.
Idade Antiga – Filosofia

A Idade Antiga iniciou-se a filosofia no século VIII a. C os pensadores pré-socráticos viveram na Grécia Antiga e nas suas colônias.

São chamados de filósofos da natureza, pois investigaram questões pertinentes a esta, como de que é feito o mundo.

Romperam com a visão mítica e religiosa da natureza que prevalecia na época, como a posição que o homem seria explicado pela natureza que justificava a existência de todos os seres, adotando uma forma científica de pensar.


Se tudo era constituído de terra, ar, fogo, água ou átomos, o homem também teria na água, no fogo ou nos átomos as “raízes” de sua realidade física, psíquica e moral, prosseguindo até no século V a.C., ainda neste século começa o período socrático com a frase “conhece-te a ti mesmo” passou a indicar um novo rumo para a especulação filosófica: no próprio homem é que estaria a chave para a decifração do enigma humano; inútil explicá-lo à semelhança das pedras, das plantas ou mesmo das estrelas, surgindo a Paidéia (formação integral e harmônica do homem pela educação), o centro de interesse se desloca da natureza para o homem, este período se estendeu até o século IV a.C., aonde começa o período pós – socrático ou helenístico romano com a fusão da cultura grega e oriental surgindo a cultura greco-romano havendo uma transformação na filosofia passando a ter preocupação com a salvação e a felicidade, sendo que toda a ação moral significaria, assim, o esforço do homem para permanecer fiel ou retornar à própria natureza humana.

Surgimento de pequenas escolas filosóficas, predomínio da ética, que passa a exercer a função desempenhada pelos mitos religiosos estendendo-se até o século V d.C, iniciando então o período Patrística que é o encontro da filosofia grega com o cristianismo, que é a conciliação das exigências da razão humana com a revelação divina.

SÓCRATES (469-399 a.C.)

Nasceu e viveu em Atenas, morreu aos 70 anos, filho do escultor ou pedreiro Sofronisco e da parteira Fenarete. Através das suas atividades inconvencionais e com seus diálogos, incomodavam não só as consciências como afrontavam preconceitos sociais e políticos. Apesar de sua influência, não aproveitou dela para fins egoístas e pessoais, levando uma vida exemplar no aspecto cívico e intelectual.

Foi o primeiro educador espiritual além de pensador (filósofo), educador intelectual com base na moral, responsável pelo começo do humanismo na educação, eram seus adeptos que o procuravam. Não o interessavam os honorários das aulas, mas o diálogo vivo e amistoso com seus discípulos.

Seu objeto era ensinar a pensar e desenvolver no homem a virtude através de uma educação ético e moral.

Determinou que a virtude, o bem e a personalidade vêm antes do Estado e a Educação deve estar amparada nas leis do Estado.

Seu método é o diálogo dividido em duas fases que são:


Ironia: Induzir o aluno, a saber, que nada sabe, isto é, antes de lançar-se em busca de qualquer verdade, o homem auto-analisa-se e reconhece sua própria ignorância.

Maiêutica: Induzi-lo a chegar a conclusões, ou seja, descobrir a verdade que lhe foi induzida, isto é, o homem está envolto de falsas idéias, em preconceitos, como está desprovido de métodos adequados. Derrubados estes obstáculos, chega-se ao conhecimento verdadeiro. Daí sua frase famosa “Ninguém faz o mal voluntariamente”.


Orientou e aconselhou seus discípulos, ensinando-os a pensar.

Valorizou a personalidade humana baseada no caráter, o Aretê (cortesia, sensibilidade, boas maneiras, virtuosidade, honra, princípios) para todos não apenas para Aristocracia, devendo e podendo ser ensinado.

Descordou da educação centrada no Estado, devendo ser centrada na pessoa humana e o papel do aluno deve ser ativo e não mais receptivo.

Sócrates foi acusado de blasfemar contra os deuses e de corromper a juventude.

Foi condenado à morte e, apesar da possibilidade de fugir a prisão, permaneceu fiel a si e a sua missão.

Não deixou nada escrito. O que herdamos foi o testemunho de seus contemporâneos, especialmente o de seu discípulo mais importante, Platão.

MARCO TÚLIO CÍCERO (106-043 a.C.)

Orador e político romano nasceu em Arpino, cidade do Lácio onde sua família tinha uma propriedade rural. Aos 10 anos foi enviado a Roma para completar sua educação. Aprendeu então literatura grega e latina, além de retórica, com os melhores mestres da época.

Tinha como mestres Múcio Cévola, em Direito; Fedro, Diota e Filo, em Filosofia. Aprofundou-se no conhecimento das leis e doutrinas filosóficas. Em 84 a.C., escreveu sua primeira obra, De inventione, onde apresentou sua teoria sobre a retórica.

Aos 25 anos de idade ingressou na vida forense. Em 75 a.C. Cícero foi nomeado questor da Sicília. Contra Verres, Cícero compôs seus famosos discursos, jamais pronunciados, reunidos sob o nome de Verrinas (70 a.C.).

Aproximou-se então do auge a vida política do orador, vendo crescer seu prestígio. Sua ambição era chegar ao consulado. Fez tudo o possível para galgar os cargos políticos, conseguindo obtê-los um a um. Atinge o consulado em 63 a.C.

Num momento de crise da República, Cícero entrou em desacordo com César e Públio Clódio, que mandava matar quem discordasse de seu poder. Cícero se afastou da vida pública.

Mais tarde, ao formar o segundo Triunvirato com Otávio e Lépido, Cícero foi assassinado em Fórmia. Sua cabeça e suas mãos ficaram expostas no Fórum.

A obra de Cícero compreende discursos, tratados filosóficos e retóricos, cartas e poemas. Não só pela extensão mas pela originalidade e variedade de sua obra literária. Cícero é considerado o maior dos prosadores romanos e o que mais influenciou os oradores modernos.
Idade Antiga – História

Na periodização das épocas históricas da humanidade, Idade Antiga, ou Antiguidade é o período que se estende desde a invenção da escrita (de 4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.).

Embora o critério da invenção da escrita como balizador entre o fim da Pré-História e o começo da História propriamente dita seja o mais comum, estudiosos que dão mais ênfase à importância da cultura material das sociedades têm procurado repensar essa divisão mais recentemente.

Também não há entre os historiadores um verdadeiro consenso sobre quando se deu o verdadeiro fim do Império Romano e início da Idade Média, por considerarem que processos sociais e econômicos não podem ser datados com a mesma precisão dos fatos políticos.

Também deve-se levar em conta que essa periodização está relacionada à História da Europa e também do Oriente Próximo como precursor das civilizações que se desenvolveram no Mediterrâneo, culminando com Roma.

Essa visão se consolidou com a historiografia positivista que surgiu no século XIX, que fez da escrita da história uma ciência e uma disciplina acadêmica. Se repensarmos os critérios que definem o que é a Antiguidade no resto do mundo, é possível pensar em outros critérios e datas balizadoras.

No caso da Europa e do Oriente Próximo, diversos povos se desenvolveram na Idade Antiga. Os sumérios, na Mesopotâmia, foram a civilização que originou a escrita e a urbanização, mais ou menos ao mesmo tempo em que surgia a civilização egípcia. Depois disso, já no I milênio a. C., os persas foram os primeiros a constituir um grande império, que foi posteriormente conquistado por Alexandre, o Grande.

As civilizações clássicas da Grécia e de Roma são consideradas as maiores formadoras da civilização ocidental atual. Destacam-se também os hebreus (primeira civilização monoteísta), os fenícios (senhores do mar e do comércio e inventores do alfabeto), além dos celtas, etruscos e outros. O próprio estudo da história começou nesse período, com Heródoto e Tucídides, gregos que começaram a questionar o mito, a lenda e a ficção do fato histórico, narrando as Guerras Médicas e a Guerra do Peloponeso respectivamente.

Na América, pode-se considerar como Idade Antiga a época pré-colombiana, onde surgiram as avançadas civilizações dos astecas, maias e incas. Porém, muitos estudiosos considerem que em outras regiões, como no Brasil, boa parte dos povos ameríndios ainda não haviam constituído o mesmo nível de complexidade social e a classificação de Pré-história para essas sociedades seria mais correta, até a descoberta pelos europeus.

Na China, a Idade Antiga termina por volta de 200 a. C., com o surgimento da Dinastia Chin, enquanto que no Japão é apenas a partir do fim do período Heian, em 1185 d. C., que podemos falar em início da “Idade Média” japonesa.

Algumas religiões que ainda existem no mundo moderno tiveram origem nessa época, entre elas o cristianismo, o budismo, confucionismo e judaísmo.

Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br/temposdeluz.sites.uol.com.br