Quando as notícias da descoberta de ouro em Minas Gerais se espalharam pelo Brasil e chegaram a Portugal, milhares de pessoas acorreram à região. No livro Cultura e opulência do Brasil por suas Drogas e Minas, do padre João Antônio Andreoni (Antonil), editado em 1711, encontramos a seguinte referência ao afluxo de pessoas a Minas Gerais. "A sede do ouro estimulou tantos a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se poderá dar conta do número de pessoas que atualmente lá estão..." O afluxo de forasteiros desagradou os paulistas. Por terem descoberto as minas e por elas se encontrarem em sua capitania, os paulistas reivindicaram direito exclusivo de explorá-las. Entre 1708 e 1709, ocorreram vários conflitos armados na zona aurífera, envolvendo de um lado paulistas e de outro portugueses e elementos vindos de vários pontos do Brasil. Os paulistas referiam-se aos recém-chegados com o apelido pejorativo de emboabas. Os emboabas aclamaram o riquíssimo português Manuel Nunes Viana como governador das Minas. Nunes Viana, que enriquecera com o contrabando de gado para a zona mineira, foi hostilizado por Manuel de Borba Gato, um dos mais respeitados paulistas da região. Nos conflitos que se seguiram, os paulistas sofreram várias derrotas e foram obrigados a abandonar muitas minas. Um dos episódios mais importantes da Guerra dos Emboabas foi o massacre de paulistas pelos embobas, no chamado Capão da Traição. Nas proximidades da atual cidade de São João del-Rei, um grupo de paulistas chefiados por Bento do Amaral Coutinho. Este prometeu aos paulistas que lhes pouparia a vida, caso se rendessem. Entretanto, quando eles entregaram suas armas, foram massacrados impiedosamente. Em represália, os paulistas organizaram uma tropa de mais ou menos 1 300 homens. Essa força viajou para Minas com o objetivo de aniquilar os emboabas, mas não chegou a atingir aquela capitania. A guerra favoreceu os emboabas e fez os paulistas perderem várias minas. Por isso, eles partiram em busca de novas jazidas; em 1718 encontraram ricos campos auríferos em Mato Grosso. Criação de normas que regulamentam a distribuição de lavras entre emboabas e paulistas e a cobrança do quinto. Criação da capitania de São Paulo e das Minas de Ouro, ligada diretamente à Coroa, independente portanto do governo do Rio de Janeiro (3 de novembro de 1709). Elevação da vila de São Paulo à categoria de cidade Pacificação da região das minas, com o estabelecimento do controle administrativo da metrópole. Um dos principais acontecimentos durante o governo de Mem de Sá, sucessor de Duarte da Costa, foi a expulsão dos franceses no Rio de Janeiro. Os invasores tinham estabelecido relações cordiais com os indígenas, incitando-os contra os portugueses. Em 1563, os jesuítas José de Anchieta e Manuel de Nóbrega conseguiram firmar a paz entre os portugueses e os índios tamoios, que ameaçavam a segurança de São Paulo e de São Vicente. Fonte: www.brasilescola.com A Guerra dos Emboabas foi um conflito ocorrido na região das Minas Gerais, no Brasil, de 1707 a 1709. Em novembro de 1708 Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, foi palco de um sangrento conflito envolvendo os direitos de exploração das Minas Gerais. Os paulistas, na qualidade de descobridores das minas, reivindicavam para si o direito exclusivo de exploração do ouro. Os que discordavam deste intento, em sua maioria portugueses e baianos, ficaram conhecidos como Emboabas (do tupi, aves pernaltas, referência ao hábito de os forasteiros usarem botas). Estes últimos eram liderados por Manuel Nunes Viana. Este episódio não foi todo esclarecido ainda. Há uma parcialidade nos relatos da guerra, pois foram feitos em maioria pelos adversários dos paulistas. Desde o início da corrida pelo ouro, os paulistas se denominaram com maiores direitos sobre o ouro das minas, seja por eles serem os descobridores do lugar, ou seja pelo fato daquela região fazer parte da capitania de São Vicente. Prova disso foi petição da Câmara de São Paulo, de 7 de Abril de 1700, que requereu que a outorga das terra de Minas Gerais fosse exclusivamente dos paulistas. Teve papel no conflito o protetor de Manuel Nunes Viana, Pascoal da Silva Guimarães. Porém, enquanto isso, os colonos da Bahia e de Pernambuco estavam muito mais ligados aos portugueses que aos paulistas. Estes na maioria eram mestiços e falavam na língua geral, a língua tupi-guarani. Os nomes que trocaram entre si mostravam suas diferenças. Os da terra eram chamados de “nômades”, ou “bandoleiros sem lei”, apelidaram os estrangeiros de emboabas. Emboabas não eram só os portugueses mas sim todos os outros que também vinham de outra colônia. Na guerra que ocorreu, os baianos e pernambucanos e os outros considerados estrangeiros ficaram do lado dos portugueses. Para os paulistas, aqueles que não participaram dos esforços na procura de ouro não deveriam ter os mesmos direitos na exploração. A tensão entre os paulistas (também chamados de vicentinos) e os demais crescia, pela própria arrogância dos paulistas e pela resistência dos emboabas. Apesar de se misturarem pelas regiões povoadas das minas, não se uniam, ao contrário, se juntavam cada grupo com um representante. O ex-bandeirante Manuel de Borba Gato era o líder dos paulistas, enquanto os emboabas eram liderados por Manuel Nunes Viana, português que veio para Bahia ainda quando jovem, e era conhecido por atos de coragem que o trouxeram para a região onde era proprietário de lucrativas minas. Em 1707, no Arraial Novo, dois dos chefes mais importantes dos paulistas foram linchados pelo emboabas. Com medo de uma “vingança” eles fugiram para a mata, ficando apenas um pequeno grupo na resistência. Os paulistas, apesar de terem motivos para agir, limitaram-se a enterrar seus chefes, e não enfrentaram os emboabas. Isso encorajou os emboabas que haviam fugido para a mata a voltar e a não mais se aterrorizarem com os paulistas. Em 1708, um choque inevitável aconteceu, e os dois lados voltaram a guerrear. Manuel de Borba Gato interveio, banindo Nunes Viana do distrito do Rio das Velhas, porém, sem sucesso. Várias tentativas de acordo foram feitas, todas infrutíferas. Os emboabas tomaram a iniciativa de desarmar todos os paulistas que encontravam, com o pensamento que estes preparavam um grande ataque contra eles. Houve pouca resistência, e ao fim de 1708 os emboabas já tinham o controle de duas das três áreas de mineração mais importantes. Os paulistas, sem moral, refugiaram-se no distrito de Rio das Mortes. Os emboabas reuniram-se e proclamaram Nunes Viana governador da região mineradora. Depois de garantirem sua supremacia na região, os emboabas encarregaram Bento de Amaral de Coutinho da expulsão dos paulistas restantes. Os paulistas não opuseram resistência, e recuaram mais uma vez, desta vez para Parati e São Paulo. Durante a expulsão dos paulistas ocorreu o episódio chamado de Capão de Traição. Durante uma batalha em que os paulistas estavam em desvantagem, depois de ferir alguns emboabas, Bento de Amaral fez a proposta de quartel se os paulistas largassem as armas. Depois de largarem as armas, os paulistas foram impiedosamente massacrados. O confronto terminou por volta de 1709, graças à intervenção do governador do Rio de Janeiro, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho. Sem os privilégios desejados e sem forças para guerrear, os paulistas retiraram-se da região. Muitos deles foram para o oeste, onde mais tarde descobriram novas jazidas de ouro, nos atuais estados do Mato Grosso e Goiás. Como conseqüências da Guerra dos Emboabas podem-se apontar: Regulamentação da distribuição de lavras entre emboabas e paulistas. Regulamentação da cobrança do quinto. São Paulo e as Minas de Ouro se transformaram em capitanias, ligadas diretamente à Coroa, tirando autoridade do governo do Rio de Janeiro (3 de Novembro de 1709). São Paulo deixa de ser vila tornando-se cidade Acabam as guerras na região das minas, com a metrópole assumindo o controle administrativo da região. A derrota dos paulistas fez com que alguns deles fossem para o oeste onde, anos mais tarde, descobririam novas jazidas de ouro nos atuais estados do Mato Grosso e Goiás. Fonte: pt.wikipedia.org Por volta do final do século XVII, no período colonial, os paulistas que residiam na capitania de São Vicente encontraram ouro no sertão. Este fato fez com que muitos garimpeiros e portugueses fossem para aquela região. Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir, os paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que haviam encontrado, uma vez que este, estava nas terras em que viviam. Entretanto, os forasteiros pensavam e agiam diferentemente; estes, por sua vez, eram os chamados emboabas. Os emboabas formaram suas próprias comunidades, dentro da região que já era habitada pelos paulistas; neste mesmo local, eles permaneciam constantemente vigiando todos os passos dos paulistas. Os paulistas eram chefiados pelo bandeirante Manuel de Borba Gato; já o líder dos emboabas era o português Manuel Nunes Viana. Dentro desta rivalidade ocorreram muitas situações que abalaram consideravelmente as relações entre os dois grupos. Os emboabas limitaram os paulistas na região do Rio das Mortes e seu o líder foi proclamado "governador". A situação dos paulistas piorou ainda mais quando estes foram atacados em Sabará. Após seu sucesso no ataque contra os paulistas, Nunes Viana foi tido como o "supremo ditador das Minas Gerais", contudo, este por ordem do governador do Rio de Janeiro, teve que se retirar para o rio São Francisco. Inconformados com o tratamento que haviam recebido do grupo liderado por Nunes Viana, os paulistas, desta vez sob liderança de Amador Bueno da Veiga, formaram um exército que tinha como objetivo vingar o massacre de Capão da Traição. Esta nova batalha durou por uma semana. Após este confronto, foi criada a nova capitania de São Paulo, e, com sua criação, a paz finalmente prevaleceu. Fonte: www.achetudoeregiao.com.br O rápido e caótico povoamento do território das Minas logo provocou problemas. Não era fácil chegar àquela área, o que tornava complexo o abastecimento que vinha de longe. Faltavam escravos, utensílios diversos, animais de carga. Tudo isso acrescido aos perigos dos caminhos nem sempre bem guardados. Desordem e insegurança associadas serviram de pano de fundo para a chamada Guerra dos Emboabas. Nesses conflitos pelo controle das Minas enfrentaram-se, de um lado, os paulistas - descobridores daquela área - e, do outro, os "emboabas", gente chegada às Minas após os paulistas terem se estabelecido ali. Outros interesses estiveram em jogo, em um território onde a autoridade real desejava se fixar rápida e definitivamente. A disputa pelo monopólio do comércio de gêneros, por exemplo, gerava desentendimentos com os habitantes das Minas, que pretendiam ver garantido o abastecimento dos arraiais. A Coroa, que impusera a cobrança de taxas sobre toda mercadoria que entrasse nas Minas, enfrentava problemas também para reprimir alguns emboabas que contrabandeavam gêneros alimentícios. O sangrento conflito, em que o medo, as traições e as vinganças pontuavam como poderosa artilharia, ao lado de pistolas, facas e setas, terminou em 1709, com a expulsão dos paulistas da área, abrindo a possibilidade para a ação da Coroa portuguesa naquele território. Formava-se a região das Minas. Fonte: www.multirio.rj.gov.brEstas foram as principais conseqüências da Guerra dos Emboabas:
Mem de Sá
GUERRA DOS EMBOABAS
História
Contexto
Pintura representando a Guerre dos Emboabas.O conflito
Capão de Traição
Derrota dos paulistas
Conseqüências
GUERRA DOS EMBOABAS
GUERRA DOS EMBOABAS