Peregrino e erudito, este líder espiritual cruzou desertos, montanhas e rios para passar os conhecimentos da Índia para a China.
Hsuan-tsang nasceu na província de Honan, no nordeste da China, o mais novo dos quatro filhos de um estudioso de Confúcio. Seguindo os passos de um de seus irmãos mais velhos, foi para um mosteiro budista, onde fez os primeiros votos aos 13 anos e os finais, aos 20. Se tivesse se contentado com o conhecimento que havia adquirido, este seria o fim de suas viagens.
Mas a mente de Hsuan-tsang fervilhava com perguntas. Como seria a Índia, a terra natal do Buda? Seria a seita budista da Terra Pura, na qual fora treinado, a mais espiritualmente gratificante, ou seria a nova seita do budismo Mahayana (Consciêncnia Pura) ainda maior? Quanto mais indagava, mais se convencia de que não iria encontrar as respostas em seu país.
Em 629, Hsuan-tsang saiu pela fronteira ocidental da China sem permissão imperial. Viajou através do sul da Rússia e dos atuais Afeganistão e Paquistão, chegando ao noroeste da Índia em 631. Conta0se que ele enfrentou enormes perigos – terremotos, deslizamentos de terra e feras selvagens – e sobreviveu a todos eles.
Uma vez na Índia, Hsuan-tsang foi para Magadha, antigo reino onde ficava a árvore sob a qual o Buda havia chegado à iluminação. Depois, foi convidado para ficar em Nalanda, o maior mosteiro budista da Índia. Todos os seus 10 mil monges e leigos apareceram para saudá-lo e ele passou dois anos aprendendo tudo o que conseguiu sobre os diferentes ensinamentos budistas. Converteu-se ao budismo Mahayana, que enfatizava a consciência correta na vida monástica.
Em 643, após 12 anos na Índia, Hsuan-tsang partiu para a China. Levou consigo apenas um casaco de pele de búfalo e um forte elefante, que carregava relíquias, imagens e sua coleção de livros com centenas de ensinamentos budistas.
A viagem de volta não foi nem de perto tão perigosa quanto a primeira. Ao chegar à fronteira da China, enviou uma humilde mensagem aos funcionários imperiais, implorando perdão por ter partido sem autorização há tantos anos. Hsuan-tsang foi recebido como o herói que voltava para casa.
Cumprindo ordens do imperador, escreveu Ta T’ang Hsi-yu-chi (O Grande Registro Tang de Viagens a Terras Ocidentais). Retirou-se, então, para um mosteiro e começou a traduzir livros indianos para o chinês. Traduziu 76 antes de morrer tranquilamente, em 664. Mais de um milhão de pessoas assistiram ao funeral e ao enterro no Monastério da Grande Beneficência. Como resultado dos esforços de Hsuan-tsang, o budismo continuou prosperando na China muito depois do início de seu declínio em sua terra natal, a Índia.
(602 d.C – 664 d.C.)
Fonte: http://www.ahistoria.com.br/biografia-de-hsuan-tsang/
Hsuan-tsang nasceu na província de Honan, no nordeste da China, o mais novo dos quatro filhos de um estudioso de Confúcio. Seguindo os passos de um de seus irmãos mais velhos, foi para um mosteiro budista, onde fez os primeiros votos aos 13 anos e os finais, aos 20. Se tivesse se contentado com o conhecimento que havia adquirido, este seria o fim de suas viagens.
Mas a mente de Hsuan-tsang fervilhava com perguntas. Como seria a Índia, a terra natal do Buda? Seria a seita budista da Terra Pura, na qual fora treinado, a mais espiritualmente gratificante, ou seria a nova seita do budismo Mahayana (Consciêncnia Pura) ainda maior? Quanto mais indagava, mais se convencia de que não iria encontrar as respostas em seu país.
Em 629, Hsuan-tsang saiu pela fronteira ocidental da China sem permissão imperial. Viajou através do sul da Rússia e dos atuais Afeganistão e Paquistão, chegando ao noroeste da Índia em 631. Conta0se que ele enfrentou enormes perigos – terremotos, deslizamentos de terra e feras selvagens – e sobreviveu a todos eles.
Uma vez na Índia, Hsuan-tsang foi para Magadha, antigo reino onde ficava a árvore sob a qual o Buda havia chegado à iluminação. Depois, foi convidado para ficar em Nalanda, o maior mosteiro budista da Índia. Todos os seus 10 mil monges e leigos apareceram para saudá-lo e ele passou dois anos aprendendo tudo o que conseguiu sobre os diferentes ensinamentos budistas. Converteu-se ao budismo Mahayana, que enfatizava a consciência correta na vida monástica.
Em 643, após 12 anos na Índia, Hsuan-tsang partiu para a China. Levou consigo apenas um casaco de pele de búfalo e um forte elefante, que carregava relíquias, imagens e sua coleção de livros com centenas de ensinamentos budistas.
A viagem de volta não foi nem de perto tão perigosa quanto a primeira. Ao chegar à fronteira da China, enviou uma humilde mensagem aos funcionários imperiais, implorando perdão por ter partido sem autorização há tantos anos. Hsuan-tsang foi recebido como o herói que voltava para casa.
Cumprindo ordens do imperador, escreveu Ta T’ang Hsi-yu-chi (O Grande Registro Tang de Viagens a Terras Ocidentais). Retirou-se, então, para um mosteiro e começou a traduzir livros indianos para o chinês. Traduziu 76 antes de morrer tranquilamente, em 664. Mais de um milhão de pessoas assistiram ao funeral e ao enterro no Monastério da Grande Beneficência. Como resultado dos esforços de Hsuan-tsang, o budismo continuou prosperando na China muito depois do início de seu declínio em sua terra natal, a Índia.
(602 d.C – 664 d.C.)
Fonte: http://www.ahistoria.com.br/biografia-de-hsuan-tsang/