18.6.12

Biografia de Luis Walter Alvarez



1911-1988


Luis Alvarez estudou as partículas subatômicas de vida curta e ajudou a popularizar a teoria de que um meteoro gigante teria se chocado com a Terra há milhões de anos, matando os dinossauros. Alvarez nasceu em São Francisco, nos Estamos Unidos, e recebey seu título de Ph.D. em física pela Universidad de Chicago, em 1936.

Como membro do corpo docente da Universidade da Califórnia em Berkeley, ele descobriu uma nova forma de radiação que ocorria quando o núcleo de um átomo capturava o elétron mais interno desse átomo.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Alvarez trabalhou no projeto americano da bomba de átomos em Chicago e Los Alamos, por dois anos. Em 16 de julho de 1945, ele testemunhou o teste da bomba atômica em Alamogordo, no Novo México, e, em 6 de agosto de 1945, estava a bordo, como cientista observador, de um B-29 que acompanhou o Enola Gay, avião que soltou a bomba atômica em Hiroshima, no Japão.

Após a guerra, Alvarez voltou a Berkeley, onde estudou partículas subatômicas de vida curta criadas por um acelerador linear que ele projetara. Para detectar as partículas, Alvarez construiu uma grande câmara de bolha contendo hidrogênio líquido puro a -270º Celsius. Como o hidrogênio continha um único próton, a identificação de reações ficava mais fácil. As partículas que passavam pelo líquido criavam uma fileira de bolhas por seu caminho, que eram então fotografadas e estudadas. Um milhão de fotografias de ocorrências nucleares foram tiradas no primeiro ano. Alvarez construiu equipamentos automatizados que escaneavam as fotografias e passavam a informação para um computador, para que fosse analisada. Seus métodos revelaram um grande número de partículas fundamentais desconhecidas até então. Em 1968, ele recebeu o prêmio Nobel de física por sua contribuição à física da partícula elementar e por sua técnica do uso da câmara de bolha de hidrogênio.

Em 1979, Luis Alvarez e seu filho, Walter, anunciaram um fato que instigou a imaginação das pessoas em todo o mundo. Walter Alvarez, professor de geologia, estava conduzido pesquisas em Bubbio, na Itália quando notou uma camada de sedimento de cerca de 2.5 centímetros de espessura. Quando seu pai analisou o sedimento descobriu que esse continha uma concentração excepcionalmente alta de irídio, um elemento comum em meteoritos, mas raro na Terra. A camada rica em irídio, que depois foi encontrada em diversos outros lugares da Terra, datava de 65 milhões de anos atrás, fim da era cretácea, quando os dinissauros desapareceram. Pai e filho desenvolveram a teoria do impacto de um meteorito gigante que teria causado a extinção em massa dos dinossauros. Eles especularam que o choque teria produzido uma nuvem de poeira que obscureceu o Sol por três anos, mergulhando a Terra em um longo inverno, que reduziu a vegetação e causou a morte de animais de grande porte. Com o tempo, os cientistas acabaram por fim aceitando totalmente a primeira parte da teoria.

Fonte: http://www.ahistoria.com.br/biografia-de-luis-walter-alvarez/