11.6.12

Dadaísmo


Marcos Vieira

Movimento artístico que se desenvolveu em seguida do Cubismo, e que se caracterizou pela negação dos valores tradicionais, pregando o fim da cultura e a reconstrução do mundo (niilismo). Criaram-no o poeta Tristan Tzara, os escritores Hugo Ball e Richard Hülsenbeck e o pintor Hans Arp, os quias fundariam em Zurique o Carbaret Voltaire, clube destinado à manifestções artísticas de vanguarda. Arp ficaria sendo o representante mais típico do movimento , nessa sua fase suiça.



O NASCIMENTO DO DAÍSMO

Como já citado acima, Hugo Ball fundou em Zurich o Cabaret Voltare em 1916, sede do primeiro grupo dadaísta.

Em princípio Ball tinha a colaboração de sua companheira Emmy Hennings, mas por pouco tempo se reuniram a um poeta e pintor Hans Arp, o artísta romano Marcel Janco e seu poeta também romano, Tristan Tzara. Juntos desenvolveram uma série de atividades em o Carbaret que rapidamente divulgou-se devido ao seu profundo caráter de provocação.

Em Zurich surgi o grupo Dadá e na Suiça por se tratar de um país neutro a atividade dadaísta se aflora. o resultado se dá no fechamento de o Carbaret, por pedido dos burgueses.

Dadá se define como um ataque niilista e violento contra a arte de seus agente, e como um jogo.

Hugo Ball escreve em seu diário “Lo que ilhamos Dadá es una arlequinada compueste de nada, em la que estãn involuciadas todas las grandes cuestiones, un gesto de glatiador, un juego con ruinas viles, una ejecución de la moralidal y la plenitud como postura”.

O dadaísmo mostra-se uma preferência pelo irracional e matém a frente de qualquer coisa uma postura profundamente “nihilista” ( realtivo a nada, aniquilamento, descrença absoluta, na sociedade e nos valores éticos).

Os valores pré estabelecidos se verificam nos primeiros momentos do Carbaret e de um modo aparentemente ingênuo.

Há poucas obras em que aparece representado o célebre Carbaret Voltaire, realizado por Marcel Janco, recuperando um estilo bastante peculiar e que assimilaram elementos próprios futurísticos.

Em um manifesto Dadá de 1918, Tzara especifica: “Dadá não significa nada”, (...) “Dadá é uma necessidade de independência, de desconfiança para a comunidade...”. Proclama a liberdade como elemento essencial para toda a atividade dadaísta e afirma que “Dadá é insignificância e abstração”.

Variando a intensidade de seus caracters, como seus tamnhos, os dadístas foram captar a atenção dos lietores. Em uma página de Dadá - Almanch em 1920 - Berlin.

As palavras, as frase inconeas e sem sentido formam elementos utilizados pelos dadístas a fim de provocar os leitores. Em suas publicações, e juntamente com realizações plásticas, criando uma linguagem pessoal e de grande efeito visual.

Na Primeira Feira Internacional Dadá de Berlin, o ponto culminante de uma linha de atuação e que culminou notadamente de posição radical de seus dadaístas alemães, que não derivaram das posturas, ams das personalidades e dos Dadás parisienses, que culminaram em um Surrealismo.

Em Nova York 19915, chega Marcel Duchamp o qual integra-se no espírito crítico e negativista do dadaísmo, levado a Barcelona no ano seguinte por Picabia.

O artísta Marcel Duchamp, leva de presente para seu amigo Arensberg um vidro com o ar de Paris. Isto sucedia em anos mais tarde em a primeira inclusão de artísta francês no mundo dos objetos descontextualizados.

Sua maior obra foi “Fontaine” de 1917, premiada pelo comitê de seleção de obras. “Independientes” em Nova York Duchamp preferiu não assinar a obra a qual recebeu o psiodônimo de R. Mutt, este objeto, um urinário. Sua conversão de objetos em uso comum.

O dadaísmo procura a destruição da cultura. Como por exemplo: Duchamp coloca bigode na obra de Gioconda, querendo com isso provocar e escandalizar o espectador, L.H.O.O.Q..(1919).

As distintas etapas de sua vida e obra Duchamp mesclou a realidade com a fantasia, fato este que foi assimilado pelo Surrealismo, como uma titude própria do Surreal, mais por paralelismo do que por influêncais recíprocas.



DADÁ NA ALEMANHA

Richard Hülsembeck, autor de Cabeça Mecânica (1919-1920) - Berlin - Coleção Hannah Hóch; organizou em 1918 a primeira Feira Dadaísta.

Seu espírito revolucionário, divulga em um panfleto contra a concepção da vida de Weimar, em 20 de abril de 1919, onde dizia “Yo anuncio el mundo dadaísta! Me rio de la ciencia y la cultura, estas seguridades miserables de una sociedad condenada a murte”. O Club Dadá representava uma guerra de internacionalismo do mundo, é um movimento internacional antiburguês.

Com o caos político e com a terrível situação econômica que atravessava a Alemanha, sem dúvida, foi apropriado para o surgimento do dadaísmo alemão que desde o início teve um significado muito mais popular e violento do que poderia ter havido em Zurich.

Dadá reune em Berlin artístas como Raoul Hausmann, Hannah Höch, Johamnes Baader, Wieland Herzfelde, John Heartfied e George Grosz.

Kurt Schurithers deixa escrito em uma carta datada de 1924, que nuncahavia sido um dadaísta, sendo que havia inventado uma fórmula política.

Raoul Hausmann, homenagia a nova arte revolucionária russa, atacando o militarísmo alemão.

O artísta situa sobre sua cabeça de madeira, toda uma série de apartos e sistemas, como se trata-se de controlar a capacidade de pensamento do indivíduo.

De certo modo coincide plenamente com os pensamentos de Duchamp, o Picabia e seus “antemecanismos”.

A obra de Schwitters se caracterizou sempre pelo sentido eminentemente construtivo, de modo que, o reverso de toda a trajetória destrutiva dadaísta.

A linha ideológica dos dadaístas alemães era a ruptura com o sistema artístico burguês e a opção política revolucionária.



DADÁ EM PARIS

Muito antes de Tristan Tzara em Paris 1920, tinha-se notícia que na capital francesa já existia atividades dadaístas. Um poeta romano mantinha correspondência com Guillaune Apollinaire e era colaborador da revista Nord-Sud, dirigida por Pierre Deverdy e Sic, cujo o diretor era P.A. Birot. Esta revista que fundirá em Paris a ideologia dadaísta.

Francis Picabia teve grande importâncianos movimentos dadaístas. Suas pinturas de máquinas, publicadas na revista 391, iniciada em Barcelona.

Pode-se afirmar que em 1920 é o ano do triunfo do movimento em Paris.

Foram várias as realizações neste ano, que fica absolutamente impossível mencionar todas. Especialmente significativa foi a adesão da Revista “Litterature al Dadaísmo”.


A EXPANSÃO DO DADAÍSMO

O dadaísmo foi uma corrente difundida simultaneamente e em diversos lugares da Europa, tanto ideológicamente como também em caráter prático.

As publicações dadaístas favoreceram a medida que a comunicação se estabelece com outros grupos de artístas, dentre eles se destacam principalmente os construtivistas russos, os neoplacistas holandeses e os representantes de Bauhaus.

Outras atividades importantes, desde esse ponto de vista, foi o Congresso Internacional de Artístas Progressistas que aconteceu em maio de 1922 em Berlin. Durante o mesmo ano, a primeira Exposição de Arte Russa.

Um ponto importante entre os dadaístas e construtivistas e a frente a pintura, a escultura e a arquitetura, consideradas tradicionalmente “Artes Nobles”.


O FIM DO MOVIMENTO DADÁ

Com as profundas desavenças entre Tristan Tzara e André Breton, tiveram como consequência o desaparecimento do movimento dadaísta com o tal nascimento do Surrealismo.

O fim do movimento dadaísta, em 1923 deu-se após um escândalo. A partir desse momento Tzara se dedica a rezar o “Oracion Fúnebre por Dadá” em diversas reuniões celebradas em distintas cidades da Alemanha.

O dadaísmo foi mais um estado de espírito, oriundo das convulsões geradas pela I Guerra Mundial, que propriamente um movimento com leis e estruturas próprias; sob seus escombros ergue-se-ia porém o Surrealismo, e algumas de suas inteções foram retomadas recentemente pelos adeptos da Pop Art.



BIBLIOGRAFIA

• LAS CLAVES DEL DADÍSMO
como interpretalo
Autor: LOUDES CIRLOT
Edição: SETEMBRO/1990
Editora: La Roca del Vallès (Barcelona)

• ENCYCLOPAEDIA BRITÂNICA EDITOES LTDA.
VOL. 5 E 6
Eitora: BRITÂNICA




Fonte: