18.6.12

Festas Juninas


Introdução:

O mês de junho, época de Solstício de Verão na Europa, ensejou inúmeros rituais de invocação de fertilidade, necessários para garantir o crescimento da vegetação, fartura na colheita e clamar por mais chuvas.

Estes rituais, eram expressões que foram praticadas pelas mais diferentes culturas, em todos os tempos e em todas as partes do planeta.O alcance destas crenças eram tão grandes, que a Igreja, acabou por achar melhor seguir uma política de acomodação, dando a estes ritos um nome cristão. Atualmente, os rituais de fertilidade estão representados no casamento caipira e, as antigas oferendas, deram lugar às simpatias, adivinhações e pedidos de graças aos santos. O santo mais requisitado é o Santo Antonio, conhecido como casamenteiro, que segundo reza uma lenda, levou três irmãs solteiras ao altar.



Brasil - Tradição que conquistou os índios

Quando os portugueses chegaram com seus jesuítas ao Brasil, em torno 1500, trouxeram em sua bagagem todas as suas crenças e costumes. Alguns cronistas contam que os jesuítas foram os primeiros a acender fogueiras e tochas para comemorar a festa de São João.Ela foi muito bem aceita pelo nosso indígena, pois se identificava com suas danças sagradas realizadas também, em torno do fogo.



Os jesuítas, muito astutos, se utilizaram do interesse do índio pelas festas religiosas para atraí-los e estabelecerem contatos com objetivos de catequese.

Os santos

As festas juninas somam hoje, contribuições culturais de vários povos que aqui se estabeleceram como o passar do tempo. E, pode-se dizer, por que não, que este verdadeiro "coquetel de culturas" foi um arranjo perfeito e mobiliza romaria de turistas para apreciarem suas alegres e descontraídas festas. Desde do século XIII, a festa de São João portuguesa chama-se "joanina" e incluía os santos: Santo Antônio ( 13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho).

As Festas Juninas têm inicio em 13 de junho, Dia de Santo Antônio. Esse santo português, viveu em 1195 e faz parte da ordem dos franciscanos, falecendo em Pádua, na Itália, com 36 anos. Bastante reverenciado no Brasil no início do século XX, chegou a ser condecorado patrono do exército brasileiro. Na cultura popular ele é conhecido como santo casamenteiro, dividindo com São Gonçalo, as promessas e as rezas das moças solteiras interessadas em casar. As festividades em seu louvor incluem levantamentos de mastro, cantorias, romarias e procissões por todo o País, além de inúmeras crendices e superstições. No imaginário popular, Santo Antônio também ajuda na busca de coisas perdidas.

Já São João está relacionado com o fogo lendário das fogueiras. Sua adoração era tradicional na Península Ibérica e foi, portanto, trazida ao Brasil pelos jesuítas. O santo é o mesmo João, filho de Isabel, prima de Maria, que anunciou a vinda do Messias e foi chamado de precursor do povo judeu. Ao contrário da imagem descrita pela Bíblia de um homem ríspido e severo, tem-se nas festas a sua imagem associada a uma criança meiga e alegre, que adora foguetes e barulho.



São Pedro é o último a ser comemorado, no dia 29 de junho. Um dos maiores festejos do Brasil dedicados ao santo ocorre na cidade de Teresina, no Piauí, cuja festa termina com procissão fluvial pelo rio Parnaíba. É conhecido como santo chaveiro, pois a ele foram confiadas as chaves do Reino dos Céus. É o padroeiro dos pescadores, que realizam procissões marítimas em sua homenagem, e também o protetor das viúvas.



Quadrilha



Quadrilha é uma contradança de origem inglesa em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Teve o seu apogeu no séc. XVIII, em França, onde recebeu o nome de anglaise. Tornou-se muito popular nos salões aristocráticos e burgueses do séc. XIX em todo o mundo ocidental.
No Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns cientistas sociais, especialmente antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada, zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.

Ela também é chamada de quadrilha caipira ou de quadrilha matuta. Consta de diversas evoluções em pares e é aberta pelo noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande baile do casamento que hipoteticamente se realizou. Conheça um pouco mais sobre a quadrilha.




A Festa

As festas juninas em centenas de cidades e principalmente no Nordeste, movimentam mais gente que o nosso famoso Carnaval. Os arraiais em municípios do interior são confraternizações pequenas, mas em outros já se transformaram em megaeventos que fazem moda, chegando a reunir até 1 milhão de turistas ao longo do mês. O circuito junino do Nordeste é hoje uma atração muito procurada e já atrai brasileiros de todas as outras regiões.



Caruaru, em Pernambuco e Campina Grande, na Paraíba, disputam o título da melhor festa do país. A primeira é conhecida como "capital do forró" e a outra como "o maior São João do mundo". Na década de 80 surgiram em Caruaru as drilhas, quadrilhas que desfilavam atrás do trio elétrico ao som de um som modernizado.

As festas juninas têm o poder mágico de reavivar velhas tradições, reforçar nossos laços de origem e recriar no presente, a caminhada de nossos antepassados. Aliadas ao magnífico espetáculo que nos oferece a natureza, elas têm se tornado um produto turístico cada vez mais atraente, geradoras de empregos, que propiciam um rápido crescimento da região onde elas ocorrem.



O Brasil é um país muito rico em acervo cultural, mas é de fundamental importância conhecê-lo, para que possamos compor a identidade de nosso povo. É através destas manifestações folclóricas, que mantêm vivas as tradições e costumes de um povo, preservando deste modo, sua identidade para futuras gerações.


O texto acima é parte da pesquisa efetuada por Rosane Volpatto (Veja texto completo)





Fogueira Junina


De origem européia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de Junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João européias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.

Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.


Os fogos de artifício eram utilizados na celebração para "despertar" São João e chamá-lo para a comemoração de seu aniversário e o barulho de bombas e rojões podia espantar os maus espíritos. O costume de soltar balões surgiu da idéia de que eles levariam os pedidos dos devotos aos céus e a São João. Essa prática foi proibida devido ao alto risco de os balões provocarem incêndios.

A cerimônia de levantamento do mastro de São João é chamada de "Puxada do mastro". Além da bandeira de São João, o mastro pode ter as de Santo Antonio e São Pedro.

O levantamento do mastro de São João se dá no anoitecer da véspera do dia 24. O mastro carrega uma bandeira que pode ter dois formatos, em triângulo com a imagem dos três santos, São João, Santo Antônio e São Pedro; ou em forma de caixa, com a figura de São João do carneirinho. Ela deve ser colocada por uma criança. A cerimônia é acompanhada pelos devotos e por um padre que realiza as orações e benze o mastro.


Comidas típicas

BOLO DE FUBÁ

INGREDIENTES:
3 Ovos
3 colheres de sopa de manteiga
3 xícaras de chá de açúcar
1 xícara de chá de farinha de trigo
2 xícaras de chá de fubá
1 xícara de chá de leite
1 colher de sopa de fermento em pó
3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
MODO DE PREPARO:
Bata as claras em neve. Reserve. Bata bem o açúcar, a manteiga, as gemas e a erva doce. Junte a farinha e o fubá. Acrescente o leite aos poucos e o queijo ralado. Bata bastante. Adicione as claras em neve mexa delicadamente. Coloque o fermento. Leve para assar em forno pré-aquecido em uma assadeira untada com manteiga e farinha.


Arroz Doce (Arroz-de-leite)

Cozinhar:
1 xícara de arroz
em 1 1/2 litro de leite
1 pitada de sal

Acrescentar:
1 lata de leite condensado
½ litro de leite quente

Deixar ferver um pouco e, se precisar, colocar mais leite.
O arroz tem que ficar bem solto no leite.
Quando tiver bem cozido, retire do fogo e acrescente 4 gemas passadas na peneira
Volte ao fogo para engrossar.
Retire novamente, deixe resfriar e coloque1 lata de creme de leite
Sirva em taças e polvilhe canela em pó.

Dá pra diversificar o sabor, colocando canela em rama ou raspas de casca de limão enquanto cozinha o arroz.
Um filho, gosta de colocar calda de açúcar queimado em vez de polvilhar canela em pó.


BOLO DE MILHO

Este bolo é a cara de uma boa Festa Junina. Fofinho, com gosto de comida brasileira. O melhor de tudo é que, além de gostoso, é muito fácil de se fazer. É só juntar todos os ingredientes e colocar no liquidificador. Sua festa está garantida!

Ingredientes:
- 1 xícara (chá) de manteiga
- 1 lata de leite condensado
- 7 ovos
- 1 lata de milho verde escorrido
- 1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de fermento em pó.
Modo de Preparo:
Bata a manteiga até ficar bem cremosa. Depois, sem parar de bater, acrescente o leite condensado em fio e os ovos, um a um. Em seguida, junte o milho verde e, por último, a farinha de trigo, peneirada junto com o fermento. Misture levemente até que fique uma massa homogênea.
Despeje numa fôrma redonda untada, com buraco no meio. Asse em forno médio por 35 minutos. Espere esfriar e desenforme.


Músicas Juninas





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