O Censo 2010 contrasta e põe em xeque o forte “poder de renda” do brasileiro
No Brasil, a desigualdade de renda ainda é muito grande. Conforme o último Censo realizado pelo IBGE (2010), a renda per capita domiciliar dos brasileiros é de R$668,00. Porém esse dado é generalizador e escamoteia o problema, pois metade da população recebia até R$375,00 mensais e 25% recebia até R$188,00 mensais.
Ressalta-se que o salário mínimo do ano de realização da pesquisa era de R$510,00. Portanto, grande parte dos brasileiros não recebia nem o mínimo estipulado por lei.
Nos municípios de 10 a 50 mil habitantes, considerados de porte médio, a situação é mais alarmante. Aproximadamente 12% das pessoas dessas cidades viviam com uma renda per capita domiciliar de até R$70,00 mensais. Esses dados são inaceitáveis para um país igual ao Brasil e nos mostram o aprofundamento do abismo entre os que têm a senha de acesso social e aqueles a quem ela é negada.
Os homens continuam recebendo mais que as mulheres, em média de 40%. Essa diferença pode chegar a 47% nas cidades de até 50 mil habitantes.
Entre as zonas urbana e rural, a discrepância também é alta. Enquanto que na cidade otrabalhador recebe, em média, R$415,00, no campo é de apenas R$170.00.
Em relação às capitais estaduais, as situadas na região Sul e Sudeste são as que apresentam as maiores médias de rendimento, com destaque para Florianópolis (SC) e Vitória (ES). Já as situadas na região Norte apresentam as menores médias de rendimento, principalmente Macapá (AP), onde metade da população recebe até R$316 mensais.
Por Regis Rodrigues De Almeida
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