31.5.08

A Reforma Religiosa

Foi o movimento que rompeu a unidade do Cristianismo centrado pela Igreja de Roma. Esse movimento é parte das grandes transformações econômicas, sociais, culturais e políticas ocorridas na Europa nos séculos XV e XVI, que enfraqueceram a Igreja permitindo o surgimento de novas doutrinas religiosas. A Igreja estava em crise, a burguesia crescia em importância, o nacionalismo desenvolvia-se nos Estados modernos e o Renascimento Cultural despertava a liberdade de Crítica. O aumento populacional somado às transformações que vêm junto com esse aumento acarreta em um baque entre a Igreja e essas transformações. Os intelectuais das cidades pensam hipóteses, passam a ter idéias, problemas que antes não existiam. O termo “Igreja Católica” é posterior ao Concílio de Trento, uma forma de diferenciação perante os protestantes. Antes só existia a Cristandade.















Concílio de Trento


A esse movimento de divisão no cristianismo e surgimento das novas doutrinas dá-se o nome de REFORMA e à reação da Igreja, realizando modificações internas e externas, de CONTRA-REFORMA. Contudo, esse movimento foi precedido por várias manifestações nos séculos anteriores, mas nenhuma delas conseguiu o rompimento definitivo com a Igreja Romana. Dentre elas, vemos:
- Heresias Medievais (Arianismo, Valdenses, Albigenses); - Querela de Investiduras (disputas entre os papas e os imperadores da Alemanha a partir de 1074, pelo direito de nomear bispos e abades. Só se resolve no século XII); - Cisma do Ocidente – (Ocorrido em 1378, em que a Igreja passa a ser governada por TRÊS papas – ela se unifica em 1417); - Movimentos Reformadores –







John Wiclif (1320 -1384)


















Jonh Huss


Os primeiros questionamentos são referentes à questão das Indulgências (documentos assinados pelo papa, que absolviam o comprador de alguns pecados cometidos, diminuindo o tempo de sua pena no purgatório, era um comércio em vista da salvação), Simonia {comercialização de coisas sagradas (Cargos eclesiásticos, cobrança por sacramentos, objetos...)}, celibato, culto às imagens, excesso de sacramentos, atitude mundana do Alto Clero, dentre outras. Havia um abismo muito grande entre o que a Igreja pregava e o que fazia.

PRINCIPAIS REFORMADORES

REFORMA LUTERANA - A Alemanha não está centralizada, é agrária e feudal. A Igreja possui um terço das terras. Há descontentamento geral. Vendo tantos abusos por parte do Clero, o monge agostiniano Martinho Lutero não se calou. Elaborou 95 teses e afixou-as na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, em 1517. A maioria era contra as indulgências. Principalmente as indulgências visando à construção da Basílica de São Pedro. Apoiado pela nobreza alemã, Lutero pôde divulgar suas idéias, calcada em dois princípios que se constituiriam no núcleo de sua doutrina: A Salvação somente pela fé e não pelas práticas religiosas e a Inutilidade dos Mediadores (Clero). Lutero foi excomungado em 1520. Ele queima publicamente a carta do papa (Bula papal), traduz a Bíblia para o Alemão, casa-se com uma ex-freira, fica abrigado na Saxônia. Eis suas reivindicações e críticas principais:

Substituição do Latim pelo idioma alemão nos cultos religiosos; Questiona a grande quantidade de sacramentos (Preserva dois sacramentos: batismo e eucaristia); Livre interpretação da Bíblia; Contra o Celibato; Rejeita a Hierarquia Religiosa da Igreja de Roma; pregava a Salvação pela fé; Negava a Transubstanciação – afirmava a Consubstanciação (misturados); Pecado Original: Marca do gênero Humano (nem Cristo, nem o Batismo o retiram);

O Luteranismo expandiu-se basicamente no Sacro Império Romano-Germânico e nos países escandinavos (Suécia, Noruega e Dinamarca), regiões essencialmente rurais, pouco desenvolvidas em termos comerciais. Através de suas idéias, eles desapropriam as terras da Igreja.

REFORMA CALVINISTA – J. Calvino (1509-1564) era francês, que inicia sua ruptura em Genebra, Suíça, por volta de 1536. Lá começa a publicar estudos sistemáticos sobre a nova religião. Funda uma nova doutrina que expande a Reforma. A burguesia dessa cidade havia adotado os princípios da reforma para lutar contra seu governante, o católico Duque de Savóia, o que favoreceu a atuação do reformador. Ele divergia de Lutero em alguns pontos, principalmente na questão da Salvação. Diferente de Lutero (salvação pela fé), ele defendia a idéia de que a fé não era suficiente, uma vez que o homem já nasce predestinado, ou seja, escolhido por Deus para a vida eterna ou para a sua condenação. Calvino tornou-se todo-poderoso, conseguindo impor sua doutrina, interferir nos costumes, nas crenças e na própria organização político-administrativa da cidade. O Calvinismo propagou-se rapidamente atingindo a França, a Holanda, a Inglaterra e a Escócia.

Eis algumas de suas teorias e questionamentos:

- A riqueza material era um sinal da graça divina sobre o indivíduo. Essa teoria é assimilada pela burguesia local, que justificava não só seu comércio, como também as atividades financeiras e o lucro a elas associado. Ele justifica as atividades econômicas até então condenadas pela Igreja romana. - Grande rigidez na moral - Questiona a Liturgia da Missa (simplifica com o Sermão, a oração e a leitura da Bíblia). - Questiona o uso das Imagens (houve quebra-quebra nas paróquias locais) - Acaba com os jogos, dança ida ao teatro... - “O homem que não quer trabalhar, não merece comer.” afirma. - Livre Interpretação da Bíblia; - Nega o culto aos santos e a Virgem; - Questiona a autoridade do Papa; - Defende a separação entre a Igreja e o Estado; - Questiona o Celibato do clero; - Questiona a Transubstanciação (propõe uma presença material, o Cristo está presente, mas não materialmente). - Ele cria um conselho para reger a vida religiosa em Genebra de “12 anciãos”. Eles julgavam, ditavam regras. Consistório de Genebra. - A doutrina afirma que não há certeza da salvação;

REFORMA ANGLICANA – Os ingleses, durante a época dos Tudor, também criticavam os abusos da Igreja Romana, a ineficiência dos tribunais eclesiásticos e o favoritismo na distribuição de cargos públicos para membros do Clero, além de queixar-se do pagamento e do envio de dízimos para Roma. Durante o governo de Henrique VIII (1509-1547), a burguesia fazia pressão para o aumento do poder do parlamento. O rei, necessitando aumentar as riquezas do Estado, confisca as terras da Igreja, o que gera desentendimentos com o Papa. Isso se agrava quando o monarca solicita a anulação do casamento com Catarina de Aragão. Ele não tinha sucessores masculinos, temia que seu trono caísse em mãos espanholas. Toda a nação, com medo deste fato, apóia esse pedido. O Papa Clemente VII nega o pedido. O Rei rompe com o papado e faz uma reforma na Igreja Inglesa. Obriga seus membros a reconhecê-lo como chefe supremo e a jurar-lhe fidelidade e obediência. Obtém do clero inglês o divórcio e se casa com uma dama da corte, Ana Bolena. O Papa tenta intimidá-lo excomungando-o, mas não adianta.






Em 1534, Henrique VIII decreta o Ato de Supremacia, que consolida a separação entre a Inglaterra e o papa. Torna-se o chefe da Igreja de seu país. A Reforma anglicana, na prática, apresenta poucas modificações com a Igreja romana: Questiona o Culto aos santos; A autoridade máxima é o Rei e não o papa; Questiona o culto às relíquias; Prega a popularização da leitura da Bíblia. A Reforma anglicana resolveu, na prática, dois problemas para a monarquia: a questão da herança do trono e com a venda das terras da Igreja para a burguesia e nobreza, dá um suporte financeiro para a Coroa. O Anglicanismo se consolida no reinado de Elizabeth I, filha de Henrique VIII, que renova seu direito de soberania real sobre a Igreja, além de fixar os fundamentos da doutrina e do culto anglicano na Lei dos 39 Artigos, em 1563.

OBSERVAÇÃO - O Calvinismo também criou raízes na Inglaterra. Seus adeptos, os puritanos, iriam entrar em choque com os anglicanos, gerando inúmeros conflitos no século XVII, que levaram às imigrações maciças para a região da Nova Inglaterra, na América do Norte.

THOMAS MÜNTZER – Liderou uma revolta em 1524 com camponeses da região do Reno. Além de atacar a Igreja pela cobrança de dízimos, passam a reivindicar a reforma agrária e a abolição dos privilégios feudais. Ele afirmava ser Luterano. O movimento se espalhou por várias regiões alemãs com assaltos a castelos, queima dos mosteiros e roubo de colheitas. A essas manifestações, seguiu-se uma repressão violenta, apoiada por Lutero em prol da Nobreza alemã. Müntzer foi preso e decapitado e houve o massacre de milhares de camponeses. Ele foi um dos grandes pregadores do ANABATISMO (os convertidos são batizados na idade adulta, mesmo já sendo batizados quando criança). Tinham a necessidade de rebatizar os indivíduos, de separar a Igreja e o Estado, de abolir as imagens e o culto dos santos, queriam uma igualdade absoluta entre os homens, viver com simplicidade, pois todos eram inspirados pelo Espírito Santo. Foram fortemente reprimidos seja nos Estados Católicos, Luteranos ou Calvinistas.

CONTRA-REFORMA

O avanço do Protestantismo, não só neste momento, levou a Igreja Romana a se reorganizar. Foi um movimento de reação ao protestantismo. A Igreja precisava auto-reformar-se ou não sobreviveria, pois precisava, ainda, evitar que outras regiões virassem protestantes. Esse movimento de reforma interna já existia, mas é nesse momento que ele é aprofundado. Entre 1545 e 1563, foi convocado o CONCÍLIO DE TRENTO, onde houve reafirmações e mudanças. Dentre elas:

- Esclarece a Doutrina; - Conserva os sete Sacramentos e confirma os Dogmas; - Afirma a presença real de Cristo na Eucaristia; - Inicia a redação de um Catecismo; - Criação de Seminários para a formação de sacerdotes; - Reafirma o Celibato, a veneração aos Santos e a Virgem; - Aprova os Estatutos da Companhia de Jesus, criada antes do Concílio por Inácio de Loyola; - Mantém o Latim como língua do Culto e tradução oficial das Sagradas Escrituras; - Confirma como texto autêntico, a tradução de São Jerônimo, no século IV; - Fortalece a Hierarquia e, portanto a unidade da Igreja Católica, ao afirmar a supremacia do Papa como “Pastor Universal de toda a Igreja” - Reorganizou o tribunal da Inquisição ou Santo Ofício, que fica encarregado de combater a Reforma; - Criação do “Índex” (índice), encarregada da censura de obras impressas, lista de livros cuja leitura era proibida aos fiéis;

As orientações do Concílio de Trento guiaram os católicos de todo o mundo durante 400 anos. Houve o Concílio Vaticano I (08/12/1869 - 20/10/1870), convocado pelo Papa PIO IX (1846-1878), mas que foi interrompido devido à Guerra Franco-Alemã que havia iniciado. As maiores mudanças começariam a acontecer apenas em 1962, quando o papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II (11/10/1962 a 07/12/1965), para redefinir as posições da Igreja e adequá-la às necessidades e desafios do mundo contemporâneo.

Juberto de O. Santos é professor de História, bacharel e licenciado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, lecionando atualmente em cursos pré-vestibulares e preparatórios. Quaisquer dúvidas: mailto:historiador_ufrj@yahoo.com.br
Disponível em http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=918 Acesso em 29 de maio de 2008

História da Reforma Religiosa

A Reforma Religiosa - História da Reforma Religiosa
No século XVI iniciou-se um amplo movimento de reforma religiosa, responsável pela quebra do monopólio da Igreja Católica sobre o mundo cristão ocidental. Introdução O movimento de reforma religiosa deve ser compreendido dentro de um quadro maior de transformações, que caracterizam a transição feudo capitalista. Durante a Baixa Idade Média, a Europa passou por um conjunto de transformações sociais econômicas e políticas, que permitiram a uma nova sociedade, questionar o comportamento do clero e a doutrina da Igreja. Fatores da Reforma 1) A crise interna à Igreja era caracterizada pelo comportamento imoral de parte do clero, situação que se desenvolvera por séculos, desde a Idade Média. A simonia era uma prática comum, secular, caracterizada pela venda de objetos considerados sagrados ou a venda de cargos religiosos. Os grandes senhores feudais compravam cargos eclesiásticos como forma de aumentar seu poder ou garantir uma fonte de renda para seus filhos, originando um processo conhecido como "investidura leiga", principalmente no Sacro Império. A preocupação com as questões materiais - poder e riqueza- levou principalmente o alto clero a um maior distanciamento das preocupações religiosas ou mesmo de caráter moral. O nicolaísmo retrata um outro aspecto do desregramento moral do clero, a partir do qual o casamento de membros do clero levava-os a uma preocupação maior com os bens materiais, que seriam deixados em herança para os filhos e a partir daí determinavam o comportamento "mundano" dessa parcela do clero. 2) A ascensão da burguesia, possuidora de uma nova mentalidade, vinculada a idéia de lucro e que encontrava na Igreja Católica um obstáculo. A Igreja desde a Idade Média procurava regular as atividades econômicas a partir de seus dogmas e nesse sentido condenava o lucro e a usura (empréstimo de dinheiro à juros) inibindo a atividade mercantil, burguesa. Vale lembrar que a burguesia européia nasce cristã e dessa forma passará a procurar uma forma de conciliar suas atividades econômicas e o ideal de lucro com sua fé. 3) A ascensão do poder real; no século XVI formava-se ou consolidava-se o absolutismo em diversos países europeus e o controle da Igreja ou da religião passou a interessar aos reis como forma de ampliar ou legitimar seu poder, explicando a intolerância religiosa que marcará a Europa nos séculos seguintes. O melhor exemplo desse vínculo entre a nova forma de poder e a religião surgirá na Inglaterra com a criação de uma Igreja Nacional, subordinada a autoridade do Rei. 4) A mentalidade renascentista refletiu o desenvolvimento de uma nova mentalidade, caracterizada pelo individualismo e pelo racionalismo e ao mesmo tempo permitiu o desenvolvimento do senso crítico, impensável até então, determinando um conjunto de críticas ao comportamento do clero. Antecedentes A Reforma do século XVI foi precedida por várias manifestações contrárias ao monopólio da Igreja sobre a religiosidade e contra o comportamento imoral do clero: as heresias medievais, a Querela das Investiduras, o Cisma do Oriente e os movimentos reformadores. Os principais precursores da Reforma foram John Wycliffe e Jan Huss. Wycliffe nasceu, viveu e estudou na Inglaterra no século XIV onde desenvolveu uma "teoria da comunidade invisível dos eleitos" e defendeu também a devolução dos bens eclesiásticos ao poder temporal, encarnado pelo soberano. Em 1381 defendeu em público a insurreição camponesa. Jan Huss nasceu em 1373 na Boêmia onde estudou, ordenou-se e adquiriu grande popularidade com seus sermões, marcados pela influência de Wycliffe, carregados de críticas aos abusos eclesiásticos. Suas críticas foram radicalizadas na obra De ecclesia (Sobre a Igreja). Condenado pelo Concílio de Constança, foi queimado em 1415.












Martinho Lutero


Nasceu em 1483 na cidade de Eisleben. Iniciou os estudos de direito em 1505 e os abandonou no mesmo ano, trocando-o pela vida religiosa, sem o apoio do pai. Tornou-se monge e depois padre. Apesar de dedicado à Igreja, sempre esteve atormentado por duas grandes dúvidas: o poder da salvação atribuído a lugares santos e posteriormente a venda de indulgências. No inverno de 1510 - 11 foi a Roma em missão de sua ordem e visitou lugares sacros; em um deles, para que uma alma se libertasse do purgatório, teve que recitar um pai nosso em latim a cada degrau da escada sagrada. Professor na Universidade de Wittenberg, fundada por Frederico da Saxônia, aprofundou seus estudos bíblicos e passou a acreditar que a Salvação não dependia do que as pessoas fizessem , mas daquilo em que acreditassem. Já não considerava Deus como um contador com quem devia barganhar, ou um juiz severo a ser aplacado com boas ações. Cristo viera para salvar os pecadores, a salvação não seria alcançada com esforços insignificantes mas com a fé no próprio Deus. Assim muitos dos princípios da Igreja pareceram irrelevantes e blasfemos à Lutero. Especialmente suspeitos eram: a noção de que Deus recompensa um cristão na proporção das orações, peregrinações ou contribuições; o culto dos santos e de suas relíquias e a venda de Indulgências. A venda de indulgências pode ser considerada como a gota d'água para o movimento reformador. No interior do Sacro Império, o pregador Johann Tetzel era o responsável pela venda do perdão; para ele não era preciso o arrependimento do comprador das indulgências para que elas fossem eficazes. Oficialmente Tetzel estava levantando fundos para a reconstrução da Basílica de São Pedro, em Roma, mas ao mesmo tempo estava a serviço do arcebispo de Mainz, endividado junto ao banco de Fugger. Esse foi o momento em que Lutero percebe que as críticas internas à Igreja não surtiriam efeito, aliás, críticas que eram feitas antes de 1517, quando publicou as "95 teses", tornando suas críticas publicas e tornando-se uma ameaça à Igreja de Roma Para Lutero a salvação era uma questão de FÉ e portanto dependia de cada fiel; a Igreja não era necessária, mas útil à salvação, sendo que as Escrituras Sagradas eram a única fonte de fé. Lutero preservou apenas dois sacramentos: o batismo e a comunhão, acreditando que na eucaristia havia a presença real de cristo, porém sem transubstanciação. O culto foi simplificado, com a instrução e comunhão, substituindo o latim pelo alemão. Lutero e seu Tempo Início do século XVI. O Sacro Império abrange principalmente os Estados Germânicos, divididos em grandes Principados. Em seu interior predomina o trabalho servil na terra ao mesmo tempo em que algumas cidades vivem de um comércio próspero. Apesar do termo "Império", a situação esta longe da existência de um poder absolutista, ao contrário do que ocorre em Portugal e na Espanha. Em 1519, assumiu o trono Carlos V, que era rei dos Países Baixos desde 1515 e rei da Espanha desde 1516. Pretendendo unificar seus vastos domínios e a instaurar uma monarquia universal católica, o Imperador foi obrigado a enfrentar os príncipes germânicos, contrários a centralização do poder. As disputas políticas envolvendo a tendência centralizadora do imperador e os interesses dos príncipes foi uma constante desde a formação do Sacro Império, em . Esta situação de disputa política foi aproveitada por Lutero, que atraiu os Príncipes para suas idéias reformistas, na medida em que o imperador era católico, e por sua vez pretendia utilizar o apoio da Igreja Católica para reforçar sua autoridade. Parcela significativa da burguesia também apoiou as teorias de Lutero, que reforçava o individualismo.

REFLEXÃO SOBRE MODERNO, SEGUNDO MARCIA REIS

“Em sua maioria, os textos que visam tratar da Modernidade tendem a iniciar sua reflexão partindo e ratificando o seu caráter de ruptura. O moderno rompe uma ordem pré-existente e estabelece uma outra ordem. A ordem rompida constitui o passado, e a nova, o moderno. É possível, portanto, perceber uma relação de paralelismo entre os termos moderno e novo, relação para a qual o passado representava algo totalmente descartado. A reflexão contemporânea, entretanto, e principalmente o poeta e crítico mexicano Octávio Paz em Os filhos do barro (1984), tem procurado rever e redimensionar a compreensão do que é e do que representa o moderno. Em sua obra, Paz inicia por afirmar que o moderno, justamente por valer-se continuamente da ruptura, constitui também uma tradição. Tradição singular, que se afirma como ruptura de uma tradição imperante, que será substituída por uma outra, a qual também será substituída e assim sucessivamente. Portanto, embora o crítico ratifique a noção do moderno como algo que difere e, a princípio, se opõe ao passado, a relação que estabelece entre o moderno e a tradição, assim como a consciência que o “novo” tem de sua efemeridade indicam uma espécie de “latência da condição de passado” no moderno. Ou seja, o moderno só o é na sua atualidade, o futuro o transformará em uma tradição. É na tentativa de escapar a este destino que o moderno busca priorizar o tempo presente, faz dele o seu “tempo ideal” e se opõe às tradições anteriores enquanto forma de permanência inalterável do passado”.

REIS, Márcia. Passado, presente e futuro. Disponível em http://www.filologia.org.br/soletras/11/07.htm Acesso em 28 de maio de 2008.

Moderno (Segundo o Dicionário Houaiss)

Adjetivo

1 relativo ou pertencente à época histórica em que se vive (a década ou o século atual)
Ex.:

2 que é de época posterior à Antigüidade greco-romana
Ex.:

3 Rubrica: história.
relativo ao período que se inicia no fim da Idade Média e termina com a Revolução Francesa
Ex.: História m.

4 diz-se de estilo de arte, de arquitetura, de dança etc. desenvolvido entre o último quarto do sXIX e o final do XX (ou fim dos anos 1980, caso se considere um período pós-moderno), e que tenha contribuído com algo inédito, original; contemporâneo
Ex.: arte m.

5 Rubrica: artes pásticas, literatura.
m.q. modernista
Ex.: pintor m.

6 cujas características refletem tendências, metodologia etc. contemporâneas
Ex.: ensino m.

7 que representa o gosto dominante da época
Ex.:
8 cujos valores, opiniões, comportamento etc. ainda não são aceitos pela maioria das pessoas numa sociedade
Ex.: uma mulher m., com idéias avançadas

9 em que métodos, equipamentos etc. antigos foram substituídos por outros que representam avanço tecnológico, científico etc.
Ex.:

10 diz-se da língua portuguesa da segunda metade do sXVI ao final do XVII ou início do XVIII

11 Regionalismo: Nordeste do Brasil. Uso: informal.
de tom claro (diz-se de cor)

12 Regionalismo: Nordeste do Brasil, Beira.
que fala pouco, que se mostra calmo; calado, sossegado

13 Regionalismo: Bahia.
moço, jovem

14 Regionalismo: Açores.
que é suave, brando; moderado

Substantivo masculino

15 estilo moderno, caracteristicamente contemporâneo

Substantivo masculino plural

16 pessoas que vivem na época atual
Obs.: p.opos. a antigos


FONTE: http://www.uniasselvi.com.br/aprendizagem/o-2.0/material_apoio/material_apoio_aluno.php

O que é Modernidade ?

Cleide Figueiredo LEITAO
06 / 1997

A primeira tentativa de caracterização da modernidade pode descrevê-la como um estilo, um costume de vida ou organização social, surgido na Europa a partir do século XVII e que devido a sua influência veio a se tornar mundial.

Circunscrita no tempo, a modernidade pode ser associada a um período histórico e como tal, difícil de ser analisado, pois é ao mesmo tempo - passado e presente (mesmo considerando a dificuldade de se distanciar do que se pertence para analisar, reflexivamente, os rumos do hoje e do porvir, esse movimento é extremamente importante para que possamos compreender os fenômenos sociais do nosso tempo).

Profundas transformações sociais, econômicas e políticas ocorreram, sobretudo, entre o início do século XIX até os dias atuais. O século XX é um século de guerra, a ameaça de confronto nuclear embora reduzida, ainda permanece; a realidade de vários conflitos étnicos, religiosos e militares formam um "lado sombrio" desse tempo.

A modernidade se apresenta na verdade carregada de ambigüidades, ao mesmo tempo em que oferece segurança, oferece perigo, em que oferece confiança, oferece risco. Somos acometidos por um ritmo vertiginoso de mudanças onde o avanço da intercomunicação nos põe em conexão com diferentes partes do globo sem que, no entanto, o desenvolvimento das forças de produção tenham trazido uma melhora significativa na qualidade de vida dos homens.

Pelo contrário vivemos um grande dilema em relação aos contrastes de nossa época: na produção aflitiva da violência do nosso século; nos surpreendentes avanços tecnológicos em contraste com a miséria e o analfabetismo de grande parte da população; na crise com os paradigmas que durante tanto tempo tomamos como verdade e que atualmente não respondem satisfatoriamente as nossas indagações; no desafio de conviver com o diferente e com a multiplicidade de versões e na ambigüidade constante entre o que consideramos velho e ultrapassado e o novo muitas vezes difícil de ser identificado, ou trazendo dentro dele parte do velho.

Enfim, quando olhamos para esse quadro percebemos que ao lado das mudanças edificantes, no sentido de trazerem avanços consideráveis para boa parte da população, temos um conjunto de situações gravíssimas que exigem uma nova abordagem, um novo enfoque ou as nossas perspectivas futuras não serão nem um pouco acalentadoras.

Disponível em http://base.d-p-h.info/pt/fiches/premierdph/fiche-premierdph-3602.html Acesso em 29 de maio de 2008

MODERNIDADE



Considerada como a época do acesso do homem à maioridade, ao livre uso da razão e à consequente autonomia em relação aos entraves que o impedem de escolher e de seguir por si próprio o seu destino, a modernidade não é senão outra designação do Iluminismo. Qual é então o momento histórico que corresponde a esta época? Os historiadores tendem a considerar o século XVIII como o século do Iluminismo. É, de facto, neste século, que ocorrem dois acontecimentos que indiciam transformações irreversíveis habitualmente associadas com a modernidade: a publicação da Enciclopédia de Diderot e d’Alembert e a Revolução Francesa (1789). A Enciclopédia consagrou de facto uma nova modalidade de saber, não fundado na autoridade política ou religiosa, mas numa comunidade de homens dotados de razão e por isso capazes de juízo crítico. A Revolução Francesa instituiu uma nova ordem política de homens livres, governados por uma Constituição, por uma norma fundada, não na vontade de um soberano, mas do povo.
No entanto, estas transformações vinham sendo, desde há muito preparadas, graças a um novo espírito que se foi afirmando, no mundo ocidental, nos mais diversos domínios da experiência, desde o fim da Idade Média e da Renascença.
Costumam ser definidos os seguintes factores da modernidade: o desenvolvimento e intensificação das descobertas científica assim como a autonomização e a fragmentação das ciências, a partir de métodos de observação e de experimentação sistematicamente conduzidos, o incremento e a aceleração dos processos de invenção técnica, a invenção da imprensa de caracteres móveis, por Johannes Gensfleisch, mais conhecido por Gutenberg (1440), os ideais críticos do livre exame implementados pela Reforma e o movimento de reformulação do catolicismo, a partir do Concílio de Tento (1545-1549, 1551-1552, 1562-1563), o incremento das viagens marítimas que conduziram à descoberta dos povos do Novo Mundo, de que se destacam a descoberta da América, por Cristóvão Colombo (1492) e a descoberta do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama (1497).
Este recorte histórico da modernidade está, no entanto, longe de ser consensual. É que, por um lado, encontramos, desde os tempos mais remotos, inúmeras manifestações de modernidade e de atitudes iluministas, e, por outro lado, deparamo-nos ainda hoje, não obstante a generalização dos princípios iluministas, com situações de tirania, de coacção física ou moral, que impedem o acesso à maioridade e à autonomia de uma grande parte dos nossos contemporâneos.
Chegaram, de facto, até nós, desde os tempos mais remotos da história, marcas de espírito moderno, de livre uso da razão. A relação entre os que pretendem manter a todo o custo a dependência e o respeito da tradição e os que ousam pensar por si próprios e aceder à autonomia nem sempre foi pacífica, mas pontuada muitas vezes por disputas e lutas sangrentas. Recordemos, na tradição semita, o relato bíblico do fratricídio de Caim praticado contra o seu irmão Abel que, à sua maneira, relata o confronto fatal entre o pastor nómada e o agricultor sedentário, que deve estar associado ao surgimento do neolítico, ou o relato da divisão das línguas que acompanha o episódio da Torre de Babel, contemporâneo da invenção do fogo. Na tradição helénica, os ricos episódios narrados na Ilíada e na Odisseia são fixações por escrito das lendas orais dos povos que habitavam a bacia do Mediterrâneo e que, deste modo, consignaram uma sabedoria humana, autónoma portanto em relação aos oráculos divinos. Foi sobre este fundo que se veio a constituir filosofia grega, momento considerado por muitos autores como o milagre grego.
Se desde sempre os homens procuraram explicações racionais para a sua experiência e tentaram lutar pela conquista da autonomia, foi, no entanto, só no século VI que apareceu, num texto eclesiástico, pela primeira vez, a palavra moderno, adjectivo forjado a partir de outros termos que têm com moderno a mesma raiz indo-europeia mod- ou med (cf. Adriano Duarte Rodrigues, Cultura e Comunicação. A Experiência Cultural na Era da Informação, Lisboa, ed. Presença. 1994, páginas 49 e ss.). Encontramos esta mesma raiz em termos gregos como medimnos (medida) e medo (proteger, governar) e em termos latinos como modestus, medeor, medicus, medicina, medicamentum, medicare, medicatio, remedium, mas também em meditor, moderatio, moderari. Está associada, segundo Emile Benveniste, a «uma medida de coacção, supondo reflexão, premeditação, aplicada a uma situação desordenada», a uma situação que levaria a um excesso desmedido (ubris) se não fosse travada a tempo, oportunamente. Uma boa representação desta acepção é, por exemplo, a do garrote que estanca a hemorragia, antes que a exsanguinação fatal. Daí a associação com as ideias de remédio e de medicina. Era por isso que Aristóteles considerava que «in medio stat virtus». Neste aforismo aristotélico, a palavra medium não significa tanto meio termo, como apressadamente se costuma pensar, mas remédio, processo de paragem do descalabro da ubris.
A modernidade começou, portanto, por ser um processo de paragem ou de estancamento do curso habitual e inconsiderado da experiência, quer no domínio físico quer nos domínios político, legal e moral.
Não devemos hoje confundir modernidade com os conceitos afins de modernismo e de modernização. A modernidade é uma modalidade da experiência marcada pela ruptura para com a tradição e ocorre sempre que os fundamentos e a legitimidade da experiência tradicional, dos seus valores e das suas normas, perdem a sua natureza indiscutível e deixam, por conseguinte, de se impor a todos com obrigatoriedade. Podemos dizer que a modernidade se instaura sempre que a experiência tradicional atinge o limite, o estado de an-arquia, no sentido etimológico deste termo, de algo que perdeu ou esqueceu o sentido originário, a arque, ou a memória da sua razão de ser. É porque o curso habitual da experiência perde o seu sentido fundador que a tradição passa a ser encarada como entrave à consciência desperta e razoável das coisas, exigindo, por isso, um novo processo de refundação.
O modernismo é um movimento estético e ético. No domínio estético, corresponde a uma modalidade do gosto nos diferentes domínios da arte, tanto literária como pictórica e musical. Tem como característica a sobrevalorização da experiência do presente, o imperativo da invenção incessante de novos modelos estéticos e o predomínio da representação do fluido e do efémero sobre o perene e o transcendente. No domínio ético, manifesta-se na procura constante de novos modelos e de novas normas de comportamento que dêm conta da mudança e das transformações do presente, na sequência das inovações técnicas que interferem com a experiência da vida. O modernismo está portanto associado aos movimentos de vanguarda que conceberam os seus projectos a partir da ruptura para com os modelos estéticos e para com as normas éticas aceites.
A modernização é sobretudo um processo técnico e económico marcado pelo imperativo de renovação, tanto dos mecanismos produtivos como dos procedimentos administrativos utilizados na organização da vida colectiva.
No seu começo, a modernidade associava numa mesma experiência refundadora o modernismo e a modernização. No entanto, à medida que a modernidade se foi generalizando e tornando princípio legitimador indiscutível da experiência, estes conceitos foram sendo autonomizados uns dos outros, acabando o modernismo e a modernização por esquecer os princípios da modernidade que estão na sua origem e lhes servem de fundamento e legitimação. É também a este processo de autonomização do modernismo e da modernização em relação à modernidade que está associada actualmente a crise e a perca dos fundamentos da experiência presente. A crise actual da modernidade manifesta-se habitualmente por uma corrida desenfreada quer dos processos de modernização técnica quer nas propostas de mudanças de normas e de modelos, cortados dos ideais emancipatórios constitutivos da modernidade.
A modernidade é inevitavelmente uma experiência que retira da tradição o seu sentido e a sua razão de ser e que está destinada a tornar-se, por seu lado, também uma experiência tradicional, a partir do momento em que se impõe com carácter indiscutível. É que, a partir do momento em que o moderno se torna um imperativo, os novos modelos e as novas normas, mal sejam realizadas, exigem a sua ultrapassagem. Daí a natureza dissuasora do fundamento da modernidade, com a consequente emergência do indiferentismo ou a coincidência de todos os modelos e de todas as normas. É que, ao converter a diferença em norma, a modernidade corre o risco de produzir a norma da indiferença, fazendo equivaler todas as diferenças. É este paradoxo lógico da modernidade que está na origem actualmente da pós-modernidade, vivida ora de maneira irónica ora de maneira dramática.
A experiência moderna procede de um imperativo de refundação, de busca incessante de uma origem legitimadora tanto da dimensão simbólica como da dimensão pragmática, tanto de um sentido para o discurso como de um sentido para a acção, as duas dimensões da experiência cultural.
Ao romper com a ordem transcendente que serve de fundamento à tradição, a modernidade situa dentro do horizonte da própria história o sentido para a experiência do sujeito. É devido a esta natureza imanente do seu sentido que a modernidade oscila entre dois projectos antagónicos: o projecto restauracionista e o projecto progressista. Podemos associar estas duas modalidades do projecto da experiência moderna aos mitos profético e messiânico, respectivamente. O primeiro lê a história como um processo de degradação de um sentido originário, da arche, ao passo que o segundo considera a história como um processo evolutivo a caminho da plenitude do sentido. Estes dois projectos da modernidade concretizam-se esteticamente nos movimentos romântico e futurista.
O processo da modernidade está indissociavelmente associado a uma concepção linear, em ruptura para com uma visão cíclica do tempo. É por isso que muitos autores reconhecem nas religiões históricas, e no cristianismo em particular, o fundo que o torna possível.
As religiões cósmicas têm uma concepção transcendente do sentido da experiência, situando-o num mundo à parte, no mundo dos deuses, o tempo sendo assim entendido como o retorno circular do mesmo. O cristianismo, pelo contrário, com o dogma da Encarnação, situa no interior da própria história humana o sentido da experiência. A esta concepção da história está associada uma leitura evolutiva do mundo que se traduz, nomeadamente, pela tendência historicista das explicações tanto dos fenómenos naturais como dos fenómenos da cultura. Não admira por isso que seja também no Ocidente cristão que surjam as manifestações de modernidade, a partir do qual tenham acabado por se impor, quase sempre de maneira violenta, sob a forma da colonialização, aos outros povos. Baptista Pereira assinala a secularização, a crítica, o progresso, a revolução, a emancipação e o desenvolvimento como as características principais da modernidade (Crr. Miguel Baptista Pereira, Modernidade e Tempo. Para uma Leitura do Discurso Moderno, Coimbra, Liv. Minerva, 1989, páginas 39-113).
A separação da experiência do mundo em relação à esfera religiosa, que caracteriza a própria raiz do cristianismo, afirma-se no Ocidente de maneira mais clara a partir do século XVII, vindo a manifestar-se na separação do Estado da Igreja e na instauração de uma ordem política nova, não baseada na autoridade de um soberano, mas no juizo da comunidade dos homens. Depois das ferozes lutas religiosas que afectaram, no começo, o processo de secularização, a modernidade instaura o princípio da tolerância como fundamento da convivência entre os homens, apesar de defenderem opiniões divergentes e de professarem credos diferentes. A este ideal moderno de tolerância está associado aquilo que Max Weber designava como pluralismo dos valores, com a consequente autonomização das diferentes dimensões da experiência e a fragmentação das diferentes esferas do mundo. Max Weber considerava, por isso, a modernidade como processo desencantamento do mundo, de perca das referências mítico-religiosas que, para o homem da tradição, davam sentido e coerência à experiência e ao destino (ver Max Weber, L’Ethique Protestante et l’Esprit du Capitalisme, Paris, ed. Plon, 1964, páginas 121, 143, 191 e 194). Não admira, por isso, que a modernidade esteja também muitas vezes associada a uma consciência da solidão do homem, ao sentimento de ser abandonado pelos deuses, entregue ao seu destino terreno. É habitualmente considerado o livro de Job como o grito do homem moderno que vê, por vezes, neste mundo, a injustiça e a maldade recompensadas, ao passo que a justiça, a verdade e a bondade estão acompanhadas por infelicidade, pobreza e solidão.
A crítica é outro tema dominante da modernidade e está associado à natureza racional ou, pelo menos, razoável do fundamento das opiniões e das decisões, tanto na esfera do saber como nas esferas política, estética e ética. Nos séculos XVII e XVIII, este ideal da crítica era sobretudo baseado na livre discussão das opiniões, dos modelos e das normas. É este espaço de livre discussão que dá origem a uma nova categoria política que irá marcar profundamente o processo de emancipação que caracteriza a modernidade, a categoria do espaço público ( sobre o espaço público na modernidade ver sobretudo Jürgen Habermas, L’Espace Public. Archéologie de la Publicité comme Dimension Constitutive de la Société Bourgeoise, Paris, ed. Payot, 1978).
Uma das ideias centrais da modernidade, que aparece aliás já claramente expressa por exemplo na Enciclopédia de Diderot e D’Alembert, é a de que o homem moderno não está apenas dependente das leis da natureza, mas tem como missão adaptar a natureza aos seus próprios projectos. Esta ideia está directamente associada ao deismo, na medida em que o homem é visto como colaborador da obra divina da criação, criado por Deus com a missão de a completar e aperfeiçoar. Através da prescrutação das leis que regem a natureza, o homem acede aos seus segredos e, deste modo, descobre os princípios que o habilitiam a inventar utensílios e instrumentos técnicos capazes quer de reparar os objectos naturais deficientes quer de afeiçoá-los a novas funções.
A modernidade está, portanto, associada, nos séculos XVII e XVIII, a uma visão eufórica do progresso, considerando-a como a inauguração de uma época de desenvolvimento técnico ilimitado. Os instrumentos são ainda considerados como aperfeiçoamentos da percepção do mundo e os utensílios destinam-se a ajudar o gesto humano, na modelagem dos objectos naturais.
No entanto, à medida que foi integrando conhecimentos científicos mais elaborados, a técnica foi adquirindo cada vez maior autonomia em relação à percepção e ao gesto humanos. É este processo que conduzirá ao maquinismo industrial, a partir da segunda metade do século XIX, e ao aparecimento de uma relação cada vez mais problemática e conflitual com a técnica. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o domínio da técnica adquiriu uma autonomia até agora inimaginável, ao converter-se em sistema, acarretando consequências para a própria experiência do mundo que ainda estamos longe de poder avaliar com rigor. Em todo o caso, estas transformações estão associadas ao actual processo de globalização, não só no domínio económico, mas sobretudo nos domínios político, ético e estético, anunciando-se deste modo novas oportunidades mas também novos riscos.
O ideal revolucionário é outra das características constantes da modernidade. Em contraste com os valores de estabilidade que caracterizam a experiência tradicional, a modernidade promove valores de ruptura e de mudança constante.
A experiência moderna está também associada à emergência do sujeito, no sentido ambivalente deste termo, entendido, por um lado, como instância soberana, de autonomia e emancipação e, por outro lado, como processo de sujeição ao imperativo do novo e da mudanaça. Desta duplicidade, retira o sujeito moderno uma consciência dilacerada ou clivada.
A modernidade promove a procura de princípios explicativos racionais para os fenómenos da natureza e da cultura e de normas racionalmente fundadas para a política, para a ética e para a estética.
A nossa época caracteriza-se pela consciência aguda do esgotamento dos projectos, romântico e futurista, da modernidade e pela consequente indiferença perante os valores e as normas que os movimentos de vanguarda procuraram instaurar, ao longo do seu processo de implantação. Esta consciência da crise da modernidade pode ser entendida como o retorno do recalcado: através das actuais manifestações da posmodernidade vislumbram-se as próprias formas tradicionais que retornam, por vezes, de maneira nostálgica.


Disponível em http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/M/modernidade.htm Acesso em 29 de maio de 2008.

SUPERAÇÃO Jovem com paralisia cerebral recebe carteira da OAB





Como celebridade, Flávia Cristiane Fuga e Silva exibiu sua permissão para advogar.A moça acompanhou o hino e jurou defender a justiça social.







Na noite desta quinta-feira (29), 45 bacharéis em direito fizeram o juramento profissional em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Mas um deles, com mais empenho. Flávia Cristiane Fuga e Silva, de 26 anos, com paralisia cerebral, recebeu sua carteira de advogada, após cinco anos de faculdade e três exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A jovem praticamente não fala e se locomove com o auxílio de uma cadeira de rodas. Em parte do juramento, foi auxiliada pela mãe para levantar seu braço. Persistente, a moça escapou da mãe, levantou a mão e, como tantos colegas, prometeu defender a advocacia com dignidade, com ética e lutar pelos direitos humanos e pela justiça social. Perguntada se estava contente, Flávia se agitava, sorria e deixava que os olhos falassem sobre o momento. Sua mãe, a assistente social Maria do Carmo Fuga e Silva, traduziu o sentimento que compartilhava com a filha: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida”, disse orgulhosa.















Ao pai, o advogado, Eliezer Gomes da Silva, coube a tarefa de entregar o documento que permite à filha advogar em todo o país. Junto da carteira, ele repassou um pequeno livro de capa vermelha com os estatutos dos advogados. Para conseguir passar no temido exame da OAB, Flávia se preparou em cursinho, após a graduação concluída na Universidade do Vale do Paraíba (Univap) em 2005. Tentou duas vezes até a conquista. A prova, com duas fases e cinco horas de duração em cada uma delas, teve o período ampliado para Flávia. Sem o aumento do tempo seria quase impossível para a jovem escrever a peça profissional – uma simulação de um processo real – da última fase da avaliação. Ela teve direito a oito horas de prova muito bem utilizadas. A mãe a acompanhou: “Nem ir ao banheiro ela quis”, conta. No exame 133, realizado em agosto de 2007, 84,1% dos 17.871 candidatos foram reprovados. Essa foi a prova em que a moça garantiu o passaporte de advogada. Suas respostas para as questões foram coletadas com auxílio de um teclado virtual, com o qual Flávia forma com a mão esquerda as palavras letra a letra.

Celebridade
Na noite em que foi celebridade, a moça, em trajes pretos e sóbrios, atendeu com disposição os repórteres, fotógrafos e amigos. Chegou ao evento de entrega das carteiras, marcado para as 17h30, com dez minutos de atraso. Tudo bem. Todos a esperavam.
Mesmo na OAB, enfrentou as dificuldades cotidianas de portadores de deficiências: um veículo ocupava a vaga de deficiente e atrapalhou o acesso. Pelo microfone, alguém rapidamente alertou o proprietário para que retirasse o carro prata do local. A família foi recebida sob flashes e entrou no salão com cerca de 150 pessoas. Flávia se esforçou em acompanhar o hino nacional e, em muitos trechos, sua voz baixinha podia ser ouvida pelos mais atentos. Ela foi a primeira a receber a carteira na cerimônia – uma pequena transgressão, já que a ordem alfabética é que costuma comandar esse tipo de evento. O objetivo era facilitar a vida dos jornalistas que ainda queriam relatar sua história. Depois, a jovem ainda deu entrevistas junto da família, tirou fotos, recebeu as amigas que a ajudaram no percurso da graduação. “No dia da matrícula, estava na faculdade com meu pai e ele viu a Flávia. Logo ele disse que aquilo sim era dificuldade e persistência, e que ninguém podia reclamar da vida. Eu nem imaginava que a Flavinha ia se tornar uma amiga”, contou Camila Vilela Macedo do Nascimento, uma das primeiras a ajudar a jovem na faculdade. Outra colega Ivania Moura e Souza lembra ter ficado emocionada durante uma aula. “Estava distraída, quando, de repente, ouvi meu nome. Era a Flávia me chamando e isso era muito difícil para ela.” Segundo a amiga, a nova advogada no mercado não é nada tímida e mantém posições firmes quando entra em uma discussão. Segundo o presidente da OAB em São José dos Campos, Luiz Carlos Pêgas, a aprovação de Flávia foi um marco: “A Ordem em São Paulo sempre defendeu os deficientes, mas não tinha advogados com paralisia cerebral. A Flávia não tem fala, mas tem um raciocínio muito legal. Atua com o pai, o que vai ajudar nas dificuldades”, afirmou. E não é só com o pai que Flávia vai trabalhar. Sua vaga na Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência já está garantida.

23.5.08

Aprender historia e fascinante, e aprender se divertindo e melhor ainda. Então nada como aprender assistindo um filme. Sendo o papel dos filmes históricos educar, dar a consciência de nação, orgulhosa do seu passado único e rico como herança para o futuro.

Filmes históricos são produções que contenham em sua estrutura narrativa alguns conteúdos relacionados diretamente com fatos históricos. Assim, existem obras de reconstrução histórica (Rainha Margot, Spartacus, O que é isso companheiro?), biografias (Olga, Cromwell, Lamarca, Rosa Luxemburgo), ficção histórica (O Quatrilho, O nome da rosa, A guerra do fogo) e adaptações literárias com fundo histórico (O Guarani, O cortiço, Os miseráveis, Luciola: o anjo pecador, Henrique V) ou quadrinísticas (Príncipe Valente; Corto Maltese) veja mais alguns titulos.

Pré-história
Fantasia (Disney), de 1940, produzido pelos estúdios Disney. O Rito da Primavera de Igor Stravinsky é acompanhado de uma animação sobre o surgimento da vida na terra até a extinção dos dinossauros.
A Guerra do Fogo, de 1981, dirigido por Jean-Jacques Annaud, com Everett McGill e Ron Perlman. O filme é baseado em um romance francês de 1911 de J.-H. Rosny aîné.
O Elo Perdido, de 1988, dirigido por
David Hughes.


Antigüidade


Guerras e revoluções
Tróia, de 2004, dirigido por Wolfgang Petersen, com Brad Pitt, Eric Bana e Brian Cox
Spartacus, de 1960, dirigido por Stanley Kubrick, com Kirk Douglas
300, de 2006, dirigido por Zack Snyder

Complementares
Ben-Hur, de 1959, dirigido por William Wyler, com Charlton Heston
Gladiador, de 2000, dirigido por Ridley Scott
Quo Vadis, de Mervyn LeRoy
Roma, série produzida pela BBC, HBO e RAI.

Religião
Jesus de Nazaré, minissérie para a televisão de 1977, dirigida por Franco Zeffirelli
O Pequeno Buda, de 1994, dirigido por Bernardo Bertolucci, com Keanu Reeves
A Paixão de Cristo, de 2004, dirigido por Mel Gibson


Idade Média

Grandes monarcas e líderes
Braveheart - Coração Valente, no Brasil ou O Desafio do Guerreiro, em Portugal, de 1995, dirigido por Mel Gibson, com Mel Gibson e Sophie Marceau.
Henrique V, de 1989, dirigido por Kenneth Brannagh, com Kenneth Brannagh e Emma Thompson

Guerras e revoluções
El Cid, de 1961, dirigido por Anthonny Mann, com Charlton Heston e Sophia Loren
Joana D'Arc, de 1948, dirigido por Victor Fleming, com Ingrid Bergman
Joana D’Arc, de 1999, dirigido por Luc Besson, com Milla Jovovich e John Malkovich
O mestre de armas, filme chinês de 2006
O Leão no Inverno, de 1968, dirigido por Anthony Harvey, com Peter O'Toole e Katharine Hepburn
O Incrível Exército Brancaleone, de 1966, dirigido por Mario Monicelli, com Vittorio Gassman
Ivanhoé, o vingador do rei, 1952 EUA direção: Richard Thorpe. Atores: Robert Taylor, Joan Fontaine, Elizabeth Taylor, Robert Douglas. Aventura histórica, ambientada na Inglaterra medieval, sobre a luta do cavaleiro Ivanhoé contra os inimigos do Rei Ricardo Coração de Leão. (106 min)

Cultura e ciência
Caravaggio, de 1986, dirigido por Derek Jarman
Os Sete Samurais, de 1954, dirigido por Akira Kurosawa

Religião
O Advogado, de 1993, dirigido por Leslie Megahey, com Collin Firth e Jim Carter
Maomé - O Mensageiro de Alah, de 1976, dirigido por Moustapha Akkad, com Anthony Quinn e Irene Papas
A Megera Domada, de 1963, dirigido por Franco Zeffirelli, com Elizabeth Taylor e Richard Burton e baseado em obra de William Shakespeare
Muito Barulho por Nada, de 1993, dirigido por Kenneth Brannagh, com Denzel Washington e Emma Thompson
Il Decameron, de 1971, dirigido por Pier Paolo Pasolini
A Rosa e a Espada (no Brasil) ou Amor e Sangue (em Portugal), de 1985, dirigido por Paul Verhoeven, com Rutger Hauer e Jennifer Jason Leigh
A Rainha Margot, de 1994, dirigido por Patrice Chéreau, com Isabelle Adjani e baseado num romance de Alexandre Dumas.
O Nome da Rosa, de 1986, dirigido por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery e baseado em obra de Umberto Eco
Em nome de Deus, direção de Clive Donner atuação de Kim thompson. Narra a história do amor entre Abelardo, um filósofo e a inteligente heloísa, na França do século II.


Renascimento e Reforma religiosa

Reforma religiosa
Lutero, de 2003, dirigido por Eric Till, com Joseph Fiennes e Sir Peter Ustinov
Ana dos mil dias, de 1969, dirigido por Charles Jarrott, com Richard Burton e Geneviève Bujold
O homem que não vendeu sua alma, de 1966, dirigido por Fred Zinnemann, com Paul Scofield, sobre a vida de Thomas More.

Renascimento
Giordano Bruno, de 1973, dirigido por Giuliano Montaldo
Shakespeare Apaixonado, com Gwyneth Paltrow e Joseph Fiennes
Agonia e Êxtase, de 1965, dirigido por Carol Reed, com Charlton Heston e Richard Harris
Da vinci e a Renascença,1987 EUA Fala sobre a vida de Petrarca, Alberti e Leonardo da Vinci. (123 min)


Grandes navegações e absolutismo

Grandes monarcas e líderes
1492 - A Conquista do Paraíso, de 1992, dirigido por Ridley Scott, com Gérard Depardieu e Sigourney Weaver
A Rainha Tirana, de 1955, dirigido por Henry Koster, com Bette Davis
A Filha de D’Artagnan, de 1994, dirigido por Bertrand Tavernier, com Phillipe Noiret e Sophie Marceau
Mary Stuart, Rainha da Escócia, de 1971, dirigido Charles Jarrot, com Vanessa Redgrave e Glenda Jackson
Cromwell, de 1970, dirigido por Ken Hughes, com Richard Harris e Alec Guinness
Elizabeth, com Cate Blanchett e Joseph Fiennes
Joana, a Louca de 2001, dirigido por Vicente Aranda, com Pilar López de Ayala
O Homem da Máscara de Ferro, sobre uma suposta troca de Luís XIV por um irmão gêmeo.
O Libertino, de Laurence Dunmore.
Giordano Bruno, de 1973, dirigido por Giuliano Montaldo, com Gian Maria Volontè
Tudors, série de Michael Hirst baseada na história de Henrique VIII

Complementares
O Outro Lado da Nobreza, de 1995, dirigido por Michael Hoffman, com Robert Downey Jr e Meg Ryan
O Gavião do Mar, de 1940, dirigido por Michael Curtiz, com Errol Flynn
Piratas!, de 1986, dirigido por Roman Polanski, com Walter Matthau
Orlando, a Mulher Imortal, de 1992, dirigido por Sally Potter, com Tilda Swinton


Colonização da América

Grandes monarcas e líderes
Aguirre, de Werner Herzog
Hans Staden, de Luís Alberto Pereira (1999)
Como era gostoso o meu francês, de Nelson Pereira dos Santos (1971)

Guerras e revoluções
O Último dos Moicanos, de
Michael Mann, com Daniel Day-Lewis
República Guarani, de
Sílvio Back
O Guerreiro do Sol, de
Federico García
Queimada!, de
Gillo Pontecorvo, com Marlon Brando

Religião
A Missão, de Rolland Joffé, com Jeremy Irons, Robert de Niro e Liam Neeson
A Letra Escarlate, com
Demi Moore e Gary Oldman
As Bruxas de Salém, com
Winona Ryder e Daniel Day-Lewis

Complementares
Desmundo, de Alain Fresnot, com Simone Spoladore e Osmar Prado
Aguirre, a cólera dos deuses, de
Werner Herzog
O Novo Mundo, de Terrence Malick, com Colin Farrell e Q'orianka Kilcher.


Iluminismo e despotismo esclarecido

Grandes monarcas e líderes
Catarina, a Grande, com
Julia Ormond
Catarina, Amor e Poder, com
Catherine Zeta-Jones

Cultura e ciência
Amadeus, de Milos Forman, com Tom Hulce
Newton: A Tale of Two Isaacs, dirigido por Don McBreathy, com Karl Pruner

Complementares
O Pacto dos Lobos



Independência dos Estados Unidos

Complementares
As Loucuras do Rei George, de Nicholas Hytner, com Nigel Hawthorne


Revolução francesa

Grandes monarcas e líderes
Calvário de uma Rainha, de Jean Delanoy
Maria Antonieta, de Sofia Coppola

Guerras e revoluções
Danton, o Processo da Revolução, de Andrzej Wajda
Morte ao Rei, de 2003, com Tim Roth.

Cultura e ciência
Jefferson em Paris, de
Ismail Merchant, com Nick Nolte e Gwyneth Paltrow

Complementares
A Noite de Varènnes, de
Ettore Scola
Casanova e a Revolução, de Ettore Scola


Ascenção e queda de Napoleão

Grandes monarcas e líderes
Napoleão, de
Abel Gance

Guerras e revoluções
Guerra e Paz, de King Vidor, com Audrey Hepburn
Waterloo, de
Sergei Bondartchuk

Complementares
Exército Perdido, de
Andrzej Wajda


Revolução Industrial
Lola Montes, de
Max Ophuls
Germinal, de
Claude Berri, com Gérard Depardieu
Vidas Marcadas, de
Bill Douglas
Oliver Twist, de
David Lean


Guerra civil nos Estados Unidos - Século XIX na América

Grandes monarcas e líderes
Juarez, de
William Diertele

Guerras e revoluções
...E o Vento Levou, de David Selznick, com Vivien Leigh e Clark Gable
Tempo de Glória, de e com
Matthew Broderick
Gettysburg, de
Ronald Maxwell, com Tom Berenger e Martin Sheen
Shenandoah, de
Andrew McLaglen, com John Wayne
Glória de um Covarde, de
John Huston
O Álamo, de e com
John Wayne
O Álamo, filme de 2004 de John Lee Hancock, com Dennis Quaid e Billy Bob Thornton
Motim, de
Edward Dmytryk

Religião
Camila, de
María Luisa Bemberg, com Susu Pecoraro e Imanol Arias

Complementares
Sangue de herói, de John Ford, com John Wayne e Henry Fonda
Sommersby, o Retorno de um Estranho, com Jodie Foster e Richard Gere
Danças com Lobos, com Kevin Costner
Gerônimo - Uma Lenda Americana, de
Walter Hill, com Gene Hackman e Jason Patric
Amistad, de Steven Spielberg, com Anthony Hopkins e Morgan Freeman


Unificações italiana e alemã

Grandes monarcas e líderes
Garibaldi, de
Luigi Magni

Guerras e revoluções
O Príncipe Rebelde, de
Pino Mercanti
O Leopardo, de Luchino Visconti, com Burt Lancaster, Claudia Cardinale, Alain Delon.
A Trilha, de
Bernard Favre

Complementares
Sedução da Carne, de
Luchino Visconti



Imperialismo e política do Big Stick

Grandes monarcas e líderes
Walker, Uma Aventura na Nicarágua, de
Alex Cox, com Ed Harris
Shaka, o Rei dos Zulus
Gandhi, de Richard Attenborough
O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci

Guerras e revoluções
Zulu, de
Cy Endfield
O Leão do Deserto, de
Moustapha Akkad
Breaker Morant, de
Bruce Beresford
A Revolta do Sudão, de
Nathan Juran
E Estrelando Pancho Villa, de
Bruce Beresford com Antonio Banderas
Daens – um grito de justiça , de 1992 por
Stijin Coninx

Cultura e ciência
As Montanhas da Lua, de
Bob Rafelson, com Patrick Bergin

Complementares
Khartoum, de
Basil Dearden
A Honra do Regimento, de
Michael Anderson
55 Dias em Pequim, de Nicholas Ray
Port Arthur, de
Toshio Masuda
O Homem que Queria Ser Rei, com Sean Connery
Índia: Mistério, Amor e Guerra, de
Peter Duffel
Entre Dois Amores, de Sydney Pollack
O Poder de um Jovem, com Stephen Dorf e Morgan Freeman

Processo imperialista no Japão e na China
O Último Samurai, filme japonês de 1974.


Primeira guerra mundial

Grandes monarcas e líderes
Lawrence da Arábia, de David Lean, com Peter O’Toole e Omar Sharif

Batalhas e revoluções
Galípoli, de Peter Weir, com Mel Gibson
Glória Feita de Sangue, de Stanley Kubrick, com Kirk Douglas
Flyboys, de Tony Bill, com James Franco, Scott Hazell, Mac McDonald, Philip Winchester, Todd Boyce.

Complementares
O Tiro que Mudou o Mundo
1918, com Matthew Broderick
Coronel Redl, de John Osborne, com Klaus-Maria Brandauer
Lendas da Paixão, com Brad Pitt, Anthony Hopkins e Julia Ormond
Mata Hari, com
Gretta Garbo


Revolução russa e socialismo soviético

Grandes monarcas e líderes
Stalin, da HBO Pictures, com Robert Duvall e Julia Ormond
O Círculo do Poder, de Andrei Konchalovsky, com Tom Hulce
Agonia Rasputin, de Elem Klimov
Rasputin, de Uli Edel, com Alan Rickman

Batalhas e revoluções
O Encouraçado Potemkin, de Sergei Eisenstein
Reds, de Warren Beatty, com Warren Beatty, Diane Keaton e Jack Nicholson
Dr. Jivago, de David Lean, com Omar Sharif e Julie Christie
Outubro, de
Sergei Eisenstein

Complementares
O Assassinato de Trotsky, de
Joseph Losey, com Richard Burton e Alain Delon
O Assassino do Czar
O Sol Enganador, de Nikita Mikhailkov
Nicholas e Alexandra, de Franklin Schaffner
Anastácia, a Princesa Esquecida, com
Ingrid Bergman


Período entre-guerras (Crise de 29 e nazi-fascismo)

Guerras e revoluções
Terra e Liberdade de 1995, dirigido por Ken Loach, com Ian Hart
Libertarias, de 1996, com Ana Belén e Victoria Abril
O Triunfo da Vontade de 1935, dirigido por Leni Riefenstahl

Cultura e ciência
Paixão Ardente, a História de Margaret Mitchell, de 1994.
Carrington, de 1995, com Emma Thompson e Johnatan Pryce
Avalon, de 1990.

Complementares
Berlin Alexanderplatz (1980), de Rainer Werner Fassbinder
A Noite dos Desesperados (1969), de Sydney Pollack
Por Quem Os Sinos Dobram (1943), de Sam Wood
Nosferatu, de Friederich W. Murnau
Tempos Modernos, de Charles Chaplin
O Ovo da Serpente, 1977 de [Ingmar Bergman]]


Segunda guerra mundial

Líderes e governantes na guerra
Hitler, A Trajetória do Demônio, de Christian Duguay, com Com Robert Carlyle, Stockard Channing
A Queda - Os Últimos Horas de Hitler, de Oliver Hirschbiegel, com Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara.
Arquitetura da Destruição, de Peter Cohen
O Grande Ditador, de Charles Chaplin
Warm Springs, sobre Franklin Delano Roosevelt, de Joseph Sargent

Batalhas e eventos importantes
Patton, de Frank J. Schaffner, com George Scott
Stalingrado, a batalha final
Império do Sol, de Steven Spielberg
Bem-vindos ao Paraíso, de Alan Parker, com Dennis Quaid e Tamlyn Tomita
A Lista de Schindler, de Steven Spielberg
O Paciente Inglês, de Anthony Minghela
Soldado Laranja, com Rutger Hauer
O Resgate do Soldado Ryan, de Steven Spielberg, com Tom Hanks e Matt Damon
Além da Linha Vermelha, com Woody Harrelson
A balada de Narayama
Círculo de fogo
Midway
Uma ponte longe demais
Tora tora tora
A ponte do rio kwai
971 - A Batalha do Atlântico
Os canhões de Navarone
O mais longo dos dias , com John Wayne

Cultura e ciência
Lili Marlene, de Rainer Werner Fassbinder, com Hanna Schigulla
Uma Luz na Escuridão, com Michael Douglas e Melanie Griffith
Europa, Europa, de Agnieska Holland

Complementares
A Nação do Medo, com Rutger Hauer e Miranda Richardson
Inimigos, uma história de amor, de Paul Mazursky, com Lena Olin
A Vida é Bela, de Roberto Benigni, com Roberto Benigni
O Barco - Inferno em Alto Mar, de Wolfgang Petersen, com Jürgen Prochnow
O Pianista, de Roman Polanski, com Adrien Broody.
Um Dia Muito Especial, de Ettore Scola.
O Diário de Anne Frank
O Grande Ditador (1940), de Charles Chaplin


Guerra fria

Grandes monarcas e líderes
Cidadão Cohn, com James Woods
Nixon, com Anthony Hopkins
Robert Kennedy, de Robert Dornhelm
O Último Rei da Escócia, de Kevin Macdonald

Cultura e ciência
Os Eleitos, de Philip Kaufman
Jogos de Guerra, com Matthew Broderick
Missing - Desaparecido, um grande mistério, de Constantin Costa-Gavras
A História Oficial, de Luis Puenzo
Caçada ao Outubro Vermelho, com Sean Connery
Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick
Adeus Lênin, de Wolfgang Becker
Apollo 13, de Ron Howard

Complementares
Treze Dias que Abalaram o Mundo, com Kevin Costner
K-19: The Widowmaker, com Harrison Ford e Liam Neeson.
Diários de Motocicleta, de Walter Salles.


Fatos relevantes depois da guerra fria
Hotel Ruanda, de Terry George com Don Cheadle
Meu Querido Companheiro, de Norman Rene
As Torres Gêmeas de Oliver Stone
Piratas do Vale do Silício de Martyn Burke
Um grito de liberdade de Richard Attenborough
A Rainha de Stephen Frears, sobre a rainha Elisabeth II em eventos após a morte da princesa Diana.


Filmes brasileiros sobre a história do Brasil

Grandes monarcas e líderes
Ajuricaba (filme) de Oswaldo Caldeira, com Paulo Villaça
Lamarca, de Sérgio Rezende, com Paulo Betti e Carla Camurati
Jango, de
Sílvio Tendler (documentário)
Jânio a 24 Quadros, de
Luís Alberto Pereira
Os Anos JK, de
Sílvio Tendler (documentário)
O bom burguês de Oswaldo Caldeira, com José Wilker
O Velho – a história de Luís Carlos Prestes, de Toni Venturi
Eternamente Pagu, com Carla Camurati
Muda Brasil de Oswaldo Caldeira
Olga, de Jayme Monjardim
Independência ou Morte, de Carlos Coimbra, com Tarcísio Meira, Glória Menezes, Kate Hansen e Dionísio Azevedo
Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, de Carla Camurati, com Marieta Severo e Marco Nanini
Tiradentes, o filme, de Oswaldo Caldeira, com Humberto Martins
Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade
Tiradentes, o Mártir da Independência, de
Geraldo Vietri
Sargento Getúlio, com
Lima Duarte
Getúlio Vargas, de Ana Carolina
Caramuru - A Invenção do Brasil, de Guel Arraes

Guerras e revoluções
Revolução de 30, de
Sylvio Back (documentário)
O País dos Tenentes, de João Batista de Andrade
Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende, com Cláudia Abreu
Guerra dos Pelados, de Sylvio Back
Guerra do Brasil, de
Sylvio Back (documentário)
Anahy de Las Misiones, de Sérgio Silva
Joana Angélica, de
Walter Lima Jr.
Quilombo, de Cacá Diegues
Nasce a República, de
Roberto Moreira
O que É Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto, com Pedro Cardoso
Pra Frente Brasil, de Roberto Freitas
Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton
A Batalha dos Guararapes, de Paulo Thiago
Hans Staden, de Luis Alberto Pereira

Cultura e ciência
Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira
Rádio Auriverde, de Sylvio Back (documentário)
Menino de Engenho, de Walter Lima Jr.
Abolição, de Zózimo Bulbul
Gaijin, Caminhos da Liberdade, de Tizuka Yamasaki
O Quatrilho, de Fábio Barreto, com Glória Pires e Patricia Pillar
Ganga Zumba, de Cacá Diegues
Xica da Silva, de Cacá Diegues
Chico Rei, de Walter Lima Jr.
Desmundo, com Simone Spoladore, Caco Ciocler e outros
Villa-Lobos, uma vida de paixão, de Zelito Viana, com Marcos Palmeira, Antônio Fagundes, Marieta Severo e Letícia Spiller.

Religião
A Igreja da Libertação, de Sílvio Da-Rin
Anchieta, José do Brasil, de Paulo Cesar Saraceni
A Paixão de Jacobina, de Fábio Barreto, com Letícia Spiller, Thiago Lacerda

Complementares
Cabra marcardo para morrer, de Eduardo Coutinho
Eles não usam black-tie, de Leon Hirszman
O Tiro Que Mudou a História, de
Ricardo Nauenberg, TVE (vídeo da peça)
Parahyba Mulher Macho, de Tizuka Yamazaki, com Walmor Chagas
O Descobrimento do Brasil, de
Humberto Mauro (documentário)
Memórias do Cárcere, de Nelson Pereira dos Santos
O Guarani, de Norma Bengell, com Márcio Garcia e Tatiana Issa
Pindorama, de Arnaldo Jabor
República Guarani, de Sylvio Back
O cineasta da selva, de
Aurélio Michiles (documentário)


Séries televisivas
A casa das sete mulheres, de Jayme Monjardim, baseada no livro homônimo de Letícia Wierzchowski, conta a história de Bento Gonçalves; com Camila Morgado, Werner Schünemann, Thiago Lacerda, Eliane Giardini, Nívea Maria, Daniela Escobar e Luis Mello.
Mad Maria, de Benedito Ruy Barbosa, baseada na obra homônima de Márcio Souza, com Ana Paula Arósio, Tony Ramos, Antônio Fagundes
Chiquinha Gonzaga, de Jayme Monjardim, com Regina Duarte
Um Só Coração, de Carlos Manga, com Ana Paula Arósio, Edson Celulari, Eliane Giardini, entre outros.
Agosto, minissérie de Paulo José, baseada no livro homônimo de Rubem Fonseca, com Carlos Vereza, José Mayer, Vera Fischer
JK, minissérie de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira sobre a vida do grande presidente Juscelino kubtschek de Oliveira.
Amazônia, de Galvez a Chico Mendes , escrito por Glória Peres, sobre a história do Acre
A Muralha, de Maria Adelaide Amaral, com Leandra Leal, Tarcísio Meira, Vera Holtz.
O Quinto dos Infernos, de Antônio Calmon. Sobre a vida de Dom Pedro I.
Queridos Amigos. de Maria Adelaide Amaral. Sobre o reencontro de Leo e seus amigos que viveram os anos de chumbo e voltaram do exilio.


Complementares
História do Mundo Parte I, de
Mel Brooks
Os Jovens Anos de Uma Rainha, de
Ernst Marischka
Sua Majestade, Mrs. Brown
Havana, de Sydney Pollack, com Richard Gere e Lena Olin
1941, uma guerra muito louca, de
Steven Spielberg
Casablanca, de Michael Curtiz, com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman