* Pindorama (nome Índigena)
* Ilha de Vera Cruz (1500)
* Terra Nova (1501)
* Terra dos Papaguaios (1501)
* Terra de Vera Cruz (1503)
* Terra de Santa Cruz (1503)
* Terra de Santa Cruz do Brasil (1505)
* Terra do Brasil (1505)
* Brasil ( a partir de 1517)
Fonte:
http://www.tarefadecasa.hpg.ig.com.br/osnomesdobrasil.htm
26.1.12
Os nomes do Brasil
A primeira maratona
Pintura representando o desfalecido Filípedes ao chegar à cidade grega de Atenas.
Considerada como uma das mais prestigiadas modalidades dos jogos olímpicos, a maratona é tida como uma daquelas modalidades esportivas que marcam a história do esporte mundial. Não se limitando ao evento olímpico, vemos que diversas provas se espalharam pelo mundo e determinaram a constituição de um calendário fixo que reúne atletas espalhados no mundo inteiro. No Brasil, a Maratona de São Paulo é o evento de maior expressão na prática dessa antiga modalidade esportiva.
Por falar em antiguidade, a prática da maratona é bem mais antiga que a realização dos jogos olímpicos modernos. Segundo alguns estudiosos, esse tipo de corrida foi originalmente inventada durante as Guerras Médicas, quando gregos e persas lutavam entre si pelo controle da Ásia Menor e da Península Balcânica. Na primeira parte deste conflito, os gregos venceram os persas em uma eficiente estratégia de batalha executada na planície de Maratona, que dá nome ao esporte hoje praticado.
Naquela ocasião, a notícia da batalha deveria ser urgentemente repassada aos gregos que habitavam a cidade de Atenas. Para que a tarefa fosse realizada, as tropas gregas elegeram o habilidoso soldado Filípides para percorrer a distância de quarenta e dois quilômetros que separava a cidade de Atenas e a planície de Maratona. O esforço que Filípedes empregou em sua missão foi tão grande que, ao chegar a seu destino, noticiou a vitória grega e logo morreu com o desgaste da missão.
A primeira homenagem feita ao grego que percorreu heroicamente esses 42 quilômetros foi realizada em Atenas, nas Olimpíadas de 1896. Naquela ocasião, o corredor Spiridon Louis venceu a competição com um tempo de duas horas, cinquenta e oito minutos e cinquenta segundos. Em 1908, nas Olimpíadas de Londres, a distância da competição foi ligeiramente aumentada para a distância de quarenta e dois quilômetros e cento e noventa e cinco metros.
Em outubro de 2010, uma nova homenagem ao corredor Filípides foi realizada na Maratona de Atenas. Nessa edição especial, a corrida contou com a exata inscrição de doze mil competidores. Esse foi o mesmo número de soldados gregos que participaram da batalha contra os persas. Ao contrário do lendário soldado grego, o vencedor dessa edição especial da prova foi agraciado com um belo prêmio e teve seu nome marcado na história de tal modalidade esportiva.
Por Rainer Sousa
A origem do sobrenome
A invenção dos sobrenomes foi realizada das mais distintas formas.
“Ei! você conhece o fulano?”; “Que fulano?”; “Fulano de Sousa, Guimarães ou Rocha?”. Sem dúvida, muitas pessoas já tiveram a oportunidade de desenvolver um diálogo como esses. Contudo, não ache você que os sobrenomes sempre estiveram por aí, disponíveis em sua função de distinguir pessoas que tivessem o mesmo nome ou revelando a árvore genealógica dos indivíduos.
Até por volta do século XII, os europeus tinham o costume de dar apenas um nome para os seus descendentes. Nessa época, talvez pelo próprio isolamento da sociedade feudal, as pessoas não tinham a preocupação ou necessidade de cunharem outro nome ou sobrenome para distinguir um indivíduo dos demais. Contudo, na medida em que as sociedades cresciam, a possibilidade de conhecer pessoas com um mesmo nome poderia causar muita confusão.
Imaginem só! Como poderia repassar uma propriedade a um herdeiro sem que sua descendência fosse comprovada? Como enviar um recado ou mercadoria a alguém que tivessem duzentos outros xarás em sua vizinhança? Certamente, os sobrenomes vieram para resolver esses e outros problemas. Entretanto, não podemos achar que uma regra ou critério foi amplamente divulgado para que as pessoas adotassem os sobrenomes.
Em muitos casos, vemos que um sobrenome poderia ser originado através de questões de natureza geográfica. Nesse caso, o “João da Rocha” teve o seu nome criado pelo fato de morar em uma região cheia de pedregulhos ou morar próximo de um grande rochedo. Na medida em que o sujeito era chamado pelos outros dessa forma, o sobrenome acabava servindo para que seus herdeiros fossem distinguidos por meio dessa situação, naturalmente construída.
Outros estudiosos do assunto também acreditam que alguns sobrenomes apareceram por conta da fama de um único sujeito. Sobrenomes como “Severo”, “Franco” ou “Ligeiro” foram criados a partir da fama de alguém que fizesse jus à qualidade relacionada a esses adjetivos. De forma semelhante, outros sobrenomes foram cunhados por conta da profissão seguida por uma mesma família. “Bookman” (livreiro) e “Schumacher” (sapateiro) são sobrenomes que ilustram bem esse tipo de situação.
Quando você não tinha fama por algo ou não se distinguia por uma razão qualquer, o seu sobrenome poderia ser muito bem criado pelo simples fato de ser filho de alguém. Na Europa, esse costume se tornou bastante comum e pode ser visto alguns sobrenomes como MacAlister (“filho de Alister”), Johansson (“filho de Johan”) ou Petersen (“filho de Peter”). No caso do português, esse mesmo hábito pode ser detectado em sobrenomes como Rodrigues (“filho de Rodrigo”) ou Fernandes (“filho de Fernando”).
Hoje em dia, algumas pessoas têm o interesse de remontarem a sua arvore genealógica ou conhecer as origens da família que lhe deu sobrenome. Talvez, observando algumas características do próprio sobrenome, elas possam descobrir um pouco da história que se esconde por detrás do mesmo. Afinal de contas, o importante é saber que a ausência desses “auxiliares” nos tornaria mais um entre os demais.
Por Rainer Sousa
Fonte:
A origem das notas musicais
Guido de Arezzo convencionou nossa notação musical com um hino de louvor a São João.
Desde muito tempo, as diferentes civilizações não só vivenciam a experiência musical como também elaboram métodos e teorias capazes de padronizar um modo de se compor e pensar o universo musical. Na Grécia Antiga, já observamos formas de registro e concepção das peças musicais através de sistemas que empregavam as letras do alfabeto grego. Ao longo do tempo, várias foram as tentativas de sistematização interessadas em formular um modo de se representar e divulgar as peças musicais.
Na Idade Média, a questão da música foi assumindo uma importância muito grande entre os clérigos daquela época. Por um lado, essa importância deve ser entendida porque os monges tinham tempo e oportunidade de conhecer todo o saber musical oriundo da civilização clássica através das bibliotecas dos mosteiros. Por outro lado, também pode ser entendida porque o uso da música foi assumindo grande importância na realização das liturgias que povoavam as manifestações religiosas da própria instituição.
Foi nesse contexto que um monge beneditino francês chamado Guido de Arezzo, nascido nos fins do século X, organizou o sistema de notação musical conhecido até os dias de hoje. Nos seus estudos, acabou percebendo que a construção de uma escala musical simplificada poderia facilitar o aprendizado dos alunos e, ao mesmo tempo, diminuir os erros de interpretação de uma peça musical. Contudo, de que modo ele criaria essa tal escala?
Para resolver essa questão, o monge Guido aproveitou de um hino cantado em louvor a São João Batista. Em suas estrofes eram cantados os seguintes versos em latim: “Ut quant laxis / Resonare fibris / Mira gestorum / Famuli tuorum / Solve polluti / Labii reatum / Sancte Iohannes”. Traduzindo para nossa língua, a canção faz a seguinte homenagem ao santo católico: “Para que teus servos / Possam, das entranhas / Flautas ressoar / Teus feitos admiráveis / Absolve o pecado / Desses lábios impuros / Ó São João”. Mas qual a relação da música com as notas musicais hoje conhecidas?
Observando as iniciais de cada um dos versos dispostos na versão em latim, o monge criou a grande maioria das notas musicais. Inicialmente, as notas musicais ficaram convencionadas como “ut”, “ré”, “mi”, “fá”, “sol”, “lá” e “si”. O “si” foi obtido da junção das inicias de “Sancte Iohannes”, o homenageado da canção que inspirou Guido de Arezzo. Já o “dó” foi somente adotado no século XVII, quando uma revisão do sistema concebido originalmente acabou sendo convencionada.
Por Rainer Sousa
Fonte:
Andreas Baader
Andreas Baader: o terrorista que estremeceu a Alemanha Ocidental na década de 1970.
Em 1944, nasceu Andreas Badder, um filho da “geração de Auschmitz” que viveu os tempos de prosperidade da Alemanha Ocidental financiada pelo poderoso Plano Marshall. Cercado pelo cuidado de diversas figuras femininas, Badder cresceu como um jovem mimado e sem grandes planos. Em sua adolescência tinha uma grande admiração pelos automóveis. No entanto, ao invés de adquirir um carro próprio, preferia roubá-los nas ruas de Munique pelo simples prazer da aventura.
Avesso aos estudos, não concluiu os estudos secundários e passou a vaguear pelos bares e cafés espalhados na metrópole germânica. Com visual despojado, olhos claros e cabelos negros, Badder não parecia buscar nenhum tipo de causa política extremista. No entanto, sua postura marginal e controversa acabou aproximando-o de um grupo terrorista nacional chamado “Facção do Exército Vermelho”, comumente conhecido pela sigla alemã RAF.
O objetivo essencial do grupo era bastante “simples”: abalar a ordem capitalista por meio de ações terroristas e incitar uma revolução de esquerda. A primeira ação criminosa do grupo liderado por Andreas foi a explosão de uma bomba na loja de departamentos Kaufhaus e Schneider, em 2 de abril de 1968. Sem muito preparo, o grupo, ainda composto por Horst Söhnlein, Thorwald Proll e Gudrun Ensslin, foi preso logo após o ocorrido.
Durante o julgamento, Baader e Ensslin foram os únicos a se responsabilizarem pela ação e, com isso, pegaram quatro anos de prisão. Em novembro de 1969, o casal de terroristas aproveitou uma saída da prisão para fugirem da Alemanha Ocidental. Pouco tempo depois Andreas foi pego pelas autoridades alemãs e retornou para a prisão. Entretanto, graças à ação de outros comparsas do RAF, Andreas conseguiu fugir da prisão em um ousado plano de fuga.
Depois disso, o RAF procurou treinamento com grupos terroristas mais experientes para executar planos de maior complexidade. Durante dois meses, o grupo se instalou na Jordânia em um campo de treinamentos do grupo terrorista muçulmano Fedaín. As diferenças culturais entre os resignados muçulmanos e os extrovertidos alemães acabaram forçando a expulsão dos integrantes da RAF do treinamento. Entretanto, já havia passado tempo suficiente pra que Baader pudesse armar ações com maior vigor.
Em maio de 1972, logo depois do início das ofensivas norte-americanas no Vietnã, o RAF arquitetou dois bem-sucedidos atentados terroristas. O primeiro foi armado em uma base americana sediada na Alemanha e o segundo na central de polícia de Ausburg. Por fim, a ação acabou matando um oficial norte-americano e ferindo cinco policiais alemães. Logo em seguida, outra série de bombas no Escritório de Investigação Criminal explodiu dezenas de veículos.
Na mesma época, uma bomba foi instalada no carro de um dos juízes que emitiam mandatos de prisão contra o RAF. Os vários atentados acabaram sendo refreados pelas autoridades alemãs que conseguiram aprisionar Andreas Baader. Depois disso, diversos outros membros da RAF foram presos e julgados pelas autoridades alemãs. A grande maioria dos integrantes, incluindo Andreas Baader, foi aprisionada em Stammheim, uma das mais seguras penitenciárias da Alemanha.
Ao invés de desarticular os remanescentes da RAF, a prisão motivou ações ainda mais sofisticadas. Em setembro e outubro de 1977, os terroristas seqüestraram um membro da diretoria de uma das maiores montadoras de carro da Alemanha e um avião na cidade de Frankfurt. Durante a ação aérea, o grupo foi surpreendido em uma parada feita na Somália. Um grupo especial antiterrorismo alemão, conhecido como GSG 9, conseguiu invadir o avião e executar três membros da “Facção”.
Logo em seguida, os corpos de Andreas Baader, Gudrun Ensslin e Jan-Carl Raspe foram encontrados sem vida em suas respectivas celas. De acordo com o relato oficial, os terroristas teriam cometido suicídio coletivo após saberem dos fracassos do RAF. Ainda hoje existe uma grande polêmica em torno da morte de Baader e seus comparsas. No entanto, nenhuma prova concreta consegue provar a tese que defende a execução dos terroristas sumária feita por autoridades alemãs.
Por Rainer Sousa
Abimael Guzmán Reynoso
Guzmán: o ortodoxo líder comunista que espalhou o terror no Peru.
A América Latina do pós-Segunda Guerra Mundial se transformou em um palco de diversas experiências políticas. Depois da experiência colonial e a ingerência das potências anglo-americanas, o processo de urbanização e o sucesso da Revolução Cubana fizeram com que diferentes movimentos surgissem no continente. Nesse sentido, algumas tendências próximas do ideário socialista se prontificaram a revirar algumas dessas nações.
Antes disso, na década de 1930, nasceu Abimael Guzmán Reynoso, filho bastardo de um rico comerciante que por anos não o reconheceu como filho. Com apenas cinco anos de idade, Abimael perdeu a mãe e viveu parte de sua infância e adolescência sob os cuidados de alguns parentes. Tempos mais tarde, foi reconhecido pelo seu pai e, com isso, teve a oportunidade de estudar em bons colégios e construir uma carreira universitária. Nesse período, o jovem Abimael se interessou pelos diálogos da filosofia alemã.
Nesse mesmo tempo, na década de 1960, a nação peruana sofria com diversos incidentes políticos marcados pela tentativa de golpe de pequenas milícias de esquerda. Enquanto isso, Abimal Guzmán se aprofundava no estudo de textos marxistas e, em 1965, decidiu visitar a China Revolucionária com o objetivo de formar uma guerrilha revolucionária. No curto período em que esteve no Oriente aprendeu a organizar assaltos, emboscadas, fabricar bombas e administrar ações revolucionárias.
De volta à sua terra natal, Guzmán formou um grupo guerrilheiro chamado Sendero Luminoso. O movimento era uma homenagem explícita ao movimento revolucionário da década de 1920, liderado por José Carlos Mariátegui, chefe da “Frente Estudantil Revolucionária de Sendero Luminoso de Mariátgui”. Nos primeiros anos a organização do grupo de Guzmán foi realizada em segredo. O Sendero Luminoso buscava congregar e treinar seus partidários para só depois entrar em ação.
Ao longo da década de 1970, Abimael ingressou em uma discreta carreira acadêmica na Universidade de Huamanga, na cidade de Ayacucho, foco das ações de seu partido. A partir daquele local, o líder guerrilheiro aglomerou o apoio de diversos simpatizantes de esquerda interessados em instalar uma guerra civil no país. Ao longo desse período o regime ditatorial peruano – vigente entre 1968 e 1980 – dava seus sinais de enfraquecimento e alertava o Sendero para preparação de sua ação revolucionária.
No início de 1980, o regime autoritário se rendeu às pressões políticas da época convocando eleições diretas. Nesse momento, o Sendero Luminoso se preparou para suas primeiras ações armadas. Um dia antes do pleito, companheiros de Abimael invadiram uma escola na cidade de Chuschi e incendiaram as urnas, cédulas e títulos eleitorais ali armazenados. Esse foi o primeiro sinal de oposição do grupo contra o regime democrático que se encaminhava nos quadros políticos peruanos.
A partir de então, o Sendero Luminoso começou a se colocar contra o governo do presidente Fernando Belaúnde Terry (1980 – 1985). A partir disso, o movimento passou a gerar diversas ações terroristas com a formação de pequenas células isoladas que executavam diferentes ações criminosas. Inseridos nessas células guerrilheiras, os participantes do movimento eram apresentados ao pensamento revolucionário de esquerda e treinados para o manuseio de armas e explosivos.
O crescimento do movimento transformou o líder do Sendero em um megalômano obstinado na realização de uma revolução em escala mundial. Com o passar do tempo, Guzmán acreditava que estaria predestinado a tornar-se uma figura histórica e passou a exigir reverência de seus comandados. Nesse período, o líder terrorista proclamou a criação da República Popular do Peru, onde se tornou chefe máximo de um Estado financiado pelo lucro de suas ações terroristas.
Para ampliar o número de seguidores do Sendero, Abimael organizou ações de contato dos guerrilheiros com as populações indígenas peruanas. Muitas das vezes, não concordando com os princípios radicais dos revolucionários, aldeias inteiras eram massacradas e suas crianças raptadas para o uso em missões do grupo. Em alguns casos o terror propagado pelo “camarada Gonzalo”, apelido dado à Guzmán, chegou ao extremo de empregar crianças-bomba.
Nos anos 1990, o Sendero Luminoso começou a dar seus primeiros sinais de colapso. O enfraquecimento é usualmente explicado pela crise dos países socialistas, representada pelo fim da União Soviética, e o interesse da população em promover a estabilização social e política de seu país. Aos poucos, os focos da guerrilha passaram a ser denunciados pela própria população e seus atos criminosos repudiados publicamente.
A essa altura, o Sendero caiu em descrédito, principalmente depois de matar e explodir o corpo da líder pacifista Maria Elena Moyano. Em setembro de 1992, a prisão de Abimael Guzmán deu fim às atividades dos senderistas. Muitos comemoram esse feito como o início do processo de pacificação da nação peruana. Ao longo de sua existência, os revolucionários comandados por Guzmán foram responsáveis por mais de trinta mil assassinatos.
Por Rainer Sousa
Carlos Marighella
Marighella: o mentor das ações guerrilheiras empreendidas pela Ação Libertadora Nacional.
Um sujeito que viveu a repressão dos regimes autoritários. Essa poderia ser a primeira impressão constatada ao visualizarmos a trajetória do baiano Carlos Marighella. Nascido em 1911, na cidade de Salvador, esse famoso militante político teve a oportunidade de vivenciar o autoritarismo do Estado Novo (1937-1945) e, décadas mais tarde, assistir ao golpe que instalou a ditadura militar no Brasil no ano de 1964.
Sua trajetória política aconteceu nos primeiros anos do governo provisório de Getúlio Vargas, quando participou de algumas manifestações que exigiam a reorganização do cenário político nacional com a elaboração de uma nova Carta Constituinte. Durante os protestos acabou sendo preso pelas autoridades e, com isso, começou a enxergar com importância maior a sua atuação política mediante os problemas sociais e econômicos vividos naquele período.
No ano de 1936, decidiu abandonar seus estudos de Engenharia Civil e se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), que na época era dirigido por figuras históricas como Astrojildo Pereira e Luís Carlos Prestes. Sua chegada ao partido se deu em uma época bastante complicada, pois, um ano antes, os dirigentes comunistas haviam tentado derrubar Getúlio Vargas com a deflagração da Intentona Comunista. Mais uma vez, Marighella fora alvo das forças repressoras do Estado.
Já na primeira detenção conheceu os métodos escusos com que as forças policiais da época agiam contra os inimigos do regime. Carlos foi brutalmente espancado e sofreu várias torturas ao longo de um mês. Saindo da cadeia um ano depois, prosseguiu em sua luta política buscando aumentar os militantes do ideário comunista. Em 1939, foi mais uma vez preso e torturado, sofreu novas sessões de tortura para que delatasse as atividades de seu partido.
Somente com a queda do Estado Novo, em 1945, Carlos Marighella saiu da prisão para viver uma nova fase de sua luta política. Naquele ano, venceu as eleições como um dos mais bem votados deputados federais da época. No entanto, seguindo instruções políticas do governo norte-americano, o governo Dutra realizou a cassação de todos os políticos que estivessem filiados a partidos de inspiração comunista.
Dessa forma, impedido de atuar pelos meios legais, Marighella continuou a buscar apoio político entre trabalhadores e estudantes. No ano de 1959, o triunfo da Revolução Cubana e a falta de uma ação transformadora pelo PCB levaram o apaixonado idealista a questionar sobre a possibilidade de uma revolução popular armada capaz de transformar o cenário político nacional. Com o estouro da Ditadura Militar, foi mais uma vez perseguido pelas forças policias.
Já no primeiro ano da ditadura, entrou em confronto direto com o regime ao trocar tiros com a polícia e bradar a favor do comunismo. Novamente encarcerado, aproveitou o tempo de reclusão para produzir “Por que resisti à prisão”, obra onde explicava a necessidade de se organizar um movimento armado em oposição aos sombrios tempos da repressão.
No ano de 1967, mais uma vez liberto, resolveu romper com o marasmo dos comunistas para formar com outros companheiros dissidentes a Ação Libertadora Nacional. Essa organização clandestina teria como principal objetivo treinar grupos guerrilheiros com o objetivo de formar um expressivo movimento armado urbano. Após treinar os guerrilheiros na zona rural, o segundo objetivo era arrecadar meio milhão de dólares com a realização de uma série de assaltos a banco na cidade de São Paulo.
Na primeira ação, conseguiu pilhar 10 mil dólares de uma instituição bancária da época. Contudo, a penosa missão de manter esse grupo sob a onipresente repressão militar foi se tornando cada vez mais difícil, principalmente, pela falta de preparo de seus comandados. No ano de 1968, um militante capturado por policias confirmou Carlos Marighella com um dos articuladores daquela onda de assaltos.
Logo de imediato, os meios de comunicação subservientes aos interesses do regime militar distorceram toda a trajetória de lutas de Marighella, descrevendo-o como um “líder terrorista”. No final de 1968, o cerco em torno de Carlos piorou com a publicação do AI-5. No ano seguinte, o seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick reforçou a perseguição sobre todos aqueles que representassem uma ameaça à ordem imposta.
No dia 4 de novembro de 1969, em uma ação planejada pela Delegacia de Ordem Política e Social, Carlos Marighella foi morto na cidade de São Paulo, aos 57 anos de idade. Sua morte representou um dos mais incisivos golpes contra os setores radicas da esquerda nacional e contribuiu para que a Ditadura Militar alcançasse sua própria estabilidade. Somente com a crise do regime, no final da década de 1970, a imagem desse ativista foi redimida como um dos símbolos contra a repressão política no Brasil.
Por Rainer Sousa
Fonte:
Carlos Chacal
Carlos, “O Chacal”: um terrorista que ficou mundialmente conhecido.
Carlos Chacal é conhecido como um dos mais lendários terroristas da História Contemporânea. A ousadia de suas ações terroristas seria explicada por uma série de mitos e lendas que tentam fazer do criminoso um tipo de indivíduo sádico e inescrupuloso. No entanto, sua trajetória começa na Venezuela, país de origem do afamado terrorista.
Seu verdadeiro nome é Ilich Ramirez Sánchez, nome escolhido pelos pais comunistas que admiravam o revolucionário russo Vladmir Ilich Lênin. Ao contrário do que noticiavam alguns órgãos de imprensa, Ilich não se envolveu com atividades terroristas desde sua adolescência. De acordo com o relato de alguns colegas de escola, Ilich era um jovem calado e sem muita presença.
A primeira mudança que faria de Ilich um temido terrorista foi tomada pelo pai, que decidiu envia-lo à Universidade Patrice Lumumba (Rússia) para estudar engenharia. Durante os anos em Moscou, Ilich e o irmão organizaram um grupo de estudantes venezuelanos que acumulariam todo conhecimento possível para apoiar o líder esquerdista Douglas Bravo.
Entre outras ações empreendidas pelo grupo revolucionário, organizou-se um treinamento de guerra no Oriente Médio que seria realizado nas férias de 1970. Devido à facilidade de Ilich em falar diferentes línguas, ele foi escolhido para obter conhecimento bélico-militar junto aos integrantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). O grupo defendia que os palestinos poderiam se opor à presença judaica no Oriente Médio por meio da ação terrorista.
Em pouco tempo, Ilich simpatizou-se à causa anti-sionista. Em contrapartida, os terroristas palestinos também ficaram atraídos pela inteligência do “intercambista revolucionário”. A ausência de traços árabes fazia de Ilich um agente discreto que poderia atravessar as alfândegas a serviço dos terroristas palestinos. Depois de uma temporada de treinamento, Ilich foi recrutado para assassinar o embaixador jordaniano Zaid Rifai.
No entanto, o plano foi adiado por conta de uma tentativa de assassinato que aconteceu pelas mãos do grupo terrorista Setembro Negro. Entre 1970 e 1973, Ilich viveu na cidade de Londres quando foi incumbido de assassinar Joseph Edward Sieff, um dos mais ricos e influentes sionistas da Grã-Bretanha. A sua missão foi mal sucedida, já que o vitimado conseguiu escapar do atentado.
Apesar de não conseguir atingir o objetivo da missão, Ilich ganhou a confiança da FPLP. A partir de então Ilich passou a se chamar Carlos, uma homenagem ao presidente venezuelano Carlos Andrés Pérez, presidente da Venezuela. O codinome Chacal foi dado pelos policiais franceses que ao vasculharem o apartamento do terrorista encontraram um livro chamado “O dia do Chacal”, que contava a história de um terrorista.
A segunda ação terrorista do Chacal foi sugerida por ele mesmo: realizar um atentado à bomba ao banco israelense Hapoalim. O crime não foi bem sucedido e o terror espalhado pelas ruas de Londres forçaram o Chacal a se mudar para a França. Nesse meio tempo começou a organizar pequenos atentados em cafés, jornais e embaixadas de Paris.
A sua fama de terrorista internacional só aconteceu com o famoso caso da Rua Toullier. No mês de fevereiro de 1975, Michel Moukharbel, um dos líderes da FPLP, foi preso e interrogado pelas autoridades francesas. Durante seu depoimento, disse que viajava a negócios com o objetivo de se encontrar com Carlos. Ao ser procurado pelas autoridades, o Chacal teve a ousadia de assassinar três policias que o procuraram e o próprio Moukharbel.
Do dia para a noite, o jovem Ilich tinha se transformado em um agente da KGB, ex-guerrilheiro cubano e culpado por todos os atentados ocorridos na Europa desde o começo dos anos de 1970. A fama de Chacal como defensor da causa Palestina e de terrorista, sua invejável ousadia, correu o mundo a fora. Até que Saddam Hussein pediu para que o Chacal comandasse uma ação terrorista contra os dirigentes da OPEP.
Durante o plano, o presidente da Argélia ofereceu asilo aos terroristas e “uma pequena quantia” de 10 milhões de dólares por cada liberto. Nesse momento, o Chacal abandonou seus ideais políticos e encheu os bolsos de dinheiro. De revolucionário, o Chacal se transformou em um mercenário de aluguel que apavorou o mundo com uma lista de quase 2 mil possíveis assassinatos. Entre outros grandes atentados, seu nome esteve ligado ao incidente do aeroporto de Lod, em Israel, e ao assassinato de 11 atletas judeus durante as Olimpíadas de Munique.
Ao longo das décadas seguintes, o Chacal foi dado como morto, culpado de outros atentados terroristas. Foi até que, em dezembro de 1997, o serviço secreto francês conseguiu prendê-lo na cidade de Taiff, na Arábia Saudita. Depois de preso, passou por um processo judicial que o condenou à prisão perpétua. No ano de 2001 casou-se com a advogada Isabelle Coutant-Peyre, mas ainda segue cumprindo pena.
Por Rainer Sousa
Brasil Pré-Cabralino
A diversidade de culturas já era um dado vigente no Brasil antes da chegada de Cabral.
Antes dos portugueses alcançarem terras brasileiras, nosso território era ocupado por uma infinidade de povos que rompiam as compreensões de mundo do homem europeu. De forma equivocada, ao chegarem aqui, os portugueses acreditavam que os índios formavam uma cultura comum portadora de pequenas variações de comportamento e costume. Ainda hoje, essa primeira constatação de nossos colonizadores está bem afastada das atuais 218 etnias e 218 línguas e dialetos proferidos por nossos indígenas.
Segundo alguns estudos, as migrações pioneiras para o continente americano foram encerradas há cerca de cinco mil anos. Já nesse momento, temos o desenvolvimento de diferentes grupos humanos, da atividade coletora, da agricultura e a formação de sociedades complexas dotadas de vários centros urbanos.
Entre os coletores, os sambaquis aparecem em diferentes pontos do litoral brasileiro, principalmente em Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Sambaqui é o nome utilizado para nomear os grandes depósitos de detritos ósseos e orgânicos que se formaram nas proximidades das regiões ocupadas por grupos humanos coletores. Entre os nativos brasileiros, os índios Pataxó e Nambikwara são os que frequentemente adotaram esse tipo de vida.
Na porção norte do território, os povos ceramistas se destacaram pelo desenvolvimento de uma rica cultura material marcada pela presença de vasos, urnas funerárias, bacias e outros utensílios. Habitando a ilha de Marajó, entre os anos 500 e 1300 d.C., os povos marajoaras foram um dos mais proeminentes representantes do trabalho com artefatos em cerâmica. Antes que os colonizadores europeus surgissem no continente, essa civilização havia desaparecido completamente.
Na totalidade do território brasileiro, a família linguística tupi-guarani foi a que se encontrava em maior número. Presentes em variadas porções do subcontinente sul-americano, os tupis eram conhecidos pelo desenvolvimento de aldeias compostas por uma população variando entre 500 e 800 habitantes. Além disso, praticavam a agricultura com a plantação de batata-doce, milho, pacova, abacaxi, mandioca, entre outras culturas.
De fato, entre os tupis englobamos uma infinidade de povos que podem ser distinguidos por costumes bastante específicos. Paralelamente, também devemos citar os grupos humanos que se inserem nos grupos linguísticos aruaque, jê e xavante. Sem dúvida, percebemos que a diversidade de culturas é uma realidade que antecede a chegada das caravelas de Pedro Álvares Cabral.
Por Rainer Sousa
Fonte:
Formação dos Estados Nacionais e Cartografia
Espanha, Inglaterra, França e Holanda surgem como Estados, devido à aliança da burguesia com o rei. O Estado Nacional português surgiu de uma relação vassálica.
Cartografia:
Nos séculos XIII e XIV e meados do século XV, a China era a maior potência do mundo civilizado. A partir de meados do século XV, a China se isolou do mundo Ocidental, devido ao contato mais maléfico do que benéfico com os comerciantes europeus. A china procura restaurar uma antiga filosofia de vida, para qual a conquista e o exercício das armas eram inadequados e indesejáveis. As maiores contribuições chinesas para a História do Capitalismo são a bússola, o papel, o astrolábio e a pólvora.
A partir dos meados do século XV, os europeus assumem o projeto das navegações marítimas, principalmente no Oceano Atlântico, relegando à China e ao Japão a categoria de segundo plano.
O Sentido Ideológico da Cartografia Européia:
Europa: Apresenta uma senhora bem vestida com um cetro nas mãos e uma coroa, ao lado de um globo terrestre.
Representa a Europa como centro do universo.
Representa-a como o centro divulgador da cultura civilizatória.
A Europa, na verdade, não é o centro do mundo. Ela se impôs ao mundo através do saque, das armas e da força.
América: Uma mulher quase sempre deitadas, com a cabeça ornada de penas, trazendo sobre o corpo nu apenas um saiote e carregando um arco e flecha e uma maçã, tendo aos pés um tatu ou um jacaré e a cabeça de um homem
Representa o ócio indígena, através da mulher deitada.
Representa o canibalismo, através do arco, flecha e a cabeça decapitada do homem.
Representa o erotismo demoníaco: corpo nu.
Ásia: Mostra-se de pé, com vestido, chapéu, turbante, trazendo nas mãos ramos de canela ou pimenta, turíbulo com especiarias e acompanhada por um camelo.
Representa a riqueza que as especiarias asiáticas proporcionavam à Europa.
África: tem o aspecto de uma negra pobremente vestida, tendo aos pés cobras e um leão, numa das mãos ela segura um escorpião.
Representa a pobreza africana
Apresenta os africanos como selvagens.
Fonte:
http://www.estudanet.hpg.ig.com.br/formacao-cartografia.htm
Dicionário Tupi-Guarani
Fernando AP Silva
Pequeno Dicionário Tupi-Guarani
A
Aaru: Espécie de bolo preparado com um tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca.
Abá: avá - auá - ava - aba - homem - gente - pessoa - ser humano - índio.
Ababá: tribo indígena tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara (MT).
Abacataia: peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo - abacutaia - abacatuaia.
Abaçaí: pessoa que espreita, persegue - gênio perseguidor de índios - espírito maligno que perseguia os índios, enlouquecendo-os.
Abacatina: aracangüira - abacataia - peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo. Abacatuaia: abacataia - aracangüira.
Abacatuia: aracangüira - abacataia.
Abaetê: pessoa boa - pessoa de palavra - pessoa honrada - abaeté.
Abaetetuba: lugar cheio de gente boa
Abaité: gente ruim - gente repulsiva - gente estranha.
Abanã: (gente de) cabelo forte ou cabelo duro.
Abanheém: awañene - língua de gente - a língua que as pessoas falam
Abaquar: senhor (chefe)do vôo - abequar - homem que voa (aba - ara - jabaquara - iabaquara).
Abaré: amigo -(aba - ré - rê - abaruna).
Abaruna: amigo de roupa preta - padre de batina preta - amigo preto - (abuna).
Abequar: - senhor (chefe)do vôo - abaquar.
Abati: milho - cabelos dourados - louro.
Abuna: abaruna - padre de batina preta.
Açaí: yasaí - fruta que chora - fruta de onde sai líquido - coquinho pequeno amarronzado, que dá em cachos no açaizeiro (palmeira com o tronco de pequeno diâmetro e folhas finas, que também produz palmito).
Acag: cabeça - (jaguaracambé).
Acamim: uma das espécies de pássaros; uma das espécies de vegetais (iacamim, jacamin).
Acará: garça, ave branca (acaraú).
Acaraú: acaraí, acará, rio das garças (i, acará, ara) (diz-se que a grafia com a letra u, com o som de i fechado, vem dos colonizadores franceses, que os portugueses representavam, às vezes, por y).
Acemira: acir, o que faz doer, o que é doloroso (moacir).
Açu: grande, considerável, comprido, longo (ant.: mirim) (iguaçu, paraguaçu).
Aguapé (tupi): awa'pé - redondo e chato, como a vitória-régia - plantas que flutuam em águas calmas -uapé - (awa - pewa - peba - peua).
Aimara: árvore, araçá-do-brejo.
Aimará: túnica de algodão e plumas, usada principalmente pelos guaranis.
Aimbiré: aimoré; amboré.
Aimirim: aimiri, formiguinha.
Airequecê: aamo (xavante) - lua - iaé.
Airumã: estrela-d'alva.
Airy: uma variedade de palmeira.
Aisó: formosa.
Aiyra: filha.
Ajajá: aiaiá - ayayá - colhereiro (espécie de garça, de bico comprido, alargado na ponta e parecido com uma colher)
Ajeru: ajuru.
Ajubá: amarelo (itajubá).
Ajuhá: fruta com espinho.
Ajuru: ayu'ru - árvore de madeira dura, com frutos de polpa comestível - papagaio - ajeru - jeru - juru.
Akag: cabeça.
Akitãi: baixo , baixa estatura (irakitã - muirakitã).
Amana: amanda, chuva.
Amanaci: amanacy, a mãe da chuva.
Amanaiara: a senhora da chuva ou o senhor da chuva.
Amanajé: mensageiro.
Amanara: dia chuvoso.
Amanda: amana, chuva.
Amandy: dia de chuva.
Amapá: ama'pá - árvore da família das apocináceas (Parahancornia amapa), de madeira útil, e cuja casca, amarga, exsuda látex medicinal, de aplicação no tratamento da asma, bronquite e afecções pulmonares, tendo seu uso externo poder resolutivo e cicatrizante de golpes e feridas.
Amary: uma espécie de árvore.
Ama-tirí: amãtiti, raio, corisco.
Amboré: aimoré.
Amerê: fumaça.
Ami: aranha que não tece teia.
Anamí: uma das espécies de árvores.
Ananã: fruta cheirosa (ananás).
Anauê: salve, olá.
Anassanduá: da mitologia indígena.
Andira: o senhor dos agouros tristes.
Andirá: morcego
Anhangüera: aanhangüera, diabo velho.
Anhana: empurrado - impelido
Anama: grosso, espesso
Anomatí: além, distante
Antã, atã: forte
Anacê: parente
Anajé: gavião de rapina
Anãmiri: anão, duende
Aondê: coruja
Apicu: ape'kü - apicum.
Ape'kü: apicum - mangue - brejo de água salgada (à borda do mar) - apicu - picum - apecum - apecu.
Apecu: ape'kü - coroa de areia feita pelo mar.
Aapecum: ape'kü - apecu.
Apicu: ape'kü - apecu.
Apicum: ape'kü - apicu - apecu - apicum - mangue.
Apoena: aquele que enxerga longe
Apuama: andejo, que não para em casa, veloz, que tem correnteza
Aquitã: curto, pequeno
Ara: (de modo geral - com poucas exceções) relativo a aves, às alturas e (mais raramente) àquilo que voa (insetos) - pássaro - jandaia - periquito (ave pequena) - (arara - Ceará - aracê).
Araçary, arassary: variedade de tucano
Aracê: aurora, o nascer do dia, o canto dos pássaros (pela manhã).
Aracema: bando de papagaios (periquitos, jandaias, araras), bando de aves (ara, arara, piracema)
Aracy: a mãe do dia, a fonte do dia, a origem dos pássaros (v. aracê, cy, ara)
Aram: sol
Arani: tempo furioso
Aracangüira: peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo - abacataia - abacutaia - abacatuaia - abacatuia - abacatúxia - abacatina - aleto - aracambé - peixe-galo-do-brasil.
Arapuã: abelha redonda.
Arapuca: armadilha para aves, consistindo numa pirâmide de gravetos (pequenos paus) superpostos
Arara: jandaia grande, ave grande.
Araraúna: arara preta (arara, una, araruna).
Ararê: amigo dos papagaios
Araruna: araúna, ave preta(araraúna, ara, una, itaúna).
Aratama, ararama, araruama: terra dos papagaios
Araueté: araweté ou araueté, povo de língua da família tupi-guarani, que vive na margem esquerda do igarapé Ipixuna, afluente do Xingu, na área indígena Araweté/Igarapé-Pixuna, no sudeste do Pará.
Araxá: lugar alto onde primeiro se avista o sol (segundo definição da cidade Araxá-MG) - lugar alto e plano - tribo indígena procedente dos cataguás (ses) - (ara).
Assurini: tribo pertencente a família lingüística tupi-guarani, localizadas em Trocará, no rio Tocantins, logo abaixo de Tucuruí/PA.
Ati: gaivota pequena - (atiati).
Atiati: gaivota grande - (ati).
Auá: avá - abá - homem - mulher - gente - índio.
Auati: gente loura - milho - que tem cabelos louros (como o milho) - abati - avati.
Aauçá: uaçá - caranguejo - auçá - guaiá.
Avá: abá, auá, homem, índio.
avanheenga: awañene - língua de gente - a língua que as pessoas falam, ao contrário dos animais - a língua geral dos tupis-guaranis - abanheenga - abanheém.
Avaré: awa'ré - abaré - amigo - missionário - catequista - (abaruna - abuna).
Avati: gente loura - milho - abati - auati.
Awañene: abanheém - língua de gente - a língua que as pessoas falam, ao contrário dos animais - a língua geral dos tupis-guaranis - abanheenga - avanheenga.
Awa: redondo - ava.
Awaré: avaré.
Aymberê: lagartixa.
Ayty: ninho (parati).
Ayuru: ajuru - árvore de madeira dura, com frutos de polpa comestível.
B
bapo: maracá - mbaraká - chocalho usado em solenidades - maracaxá - xuatê - cascavel.
baquara: mbaekwara - biquara - sabedor de coisas - esperto - sabido - vivo - (nhambiquara).
biquara: baquara - mbaekwara.
C
Caá: kaá - mato - folha.
Caapuã: aquele ou aquilo que mora (vive) no mato - caipora - kaapora.
Caba: marimbondo, vespa (v. cacira, laurare)
Caboclo: kariboka - procedente do branco - mestiço de branco com índio - cariboca - carijó - antiga denominação do indígena - caburé - tapuio - personificação e divinização de tribos indígenas segundo o modelo dos cultos populares de origem africana, paramentada, porém, com os trajes cerimoniais dos antigos tupis (folcl.) - atualmente, designação genérica dos moradores das margens dos rios da Amazônia
Caburé (tupi): kaburé - cafuzo - caboclo - caipira - indivíduo atarracado, achaparrado.
Cacira: vespa de ferroada dolorosa
caingangue: grupo indígena da da região Sul do Brasil, já integrado na sociedade nacional, cuja língua era outrora considerada como jê, e que hoje representa uma família própria - coroado - camé - xoclengues.
Caipora: caapora - kaa'pora.
Camb: peito - seio - teta.
Camé (jê): subtribo do grupo caingangue.
Camuá: palmeira de caule flexível, cheia de pelos espinhosos.
Camu-camu: fruta pouco conhecida que possui grande quantidade de vitamina C, e cuja produção vem substituindo, no Acre, a exploração dos seringais.
Canoa: embarcação a remo, esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas registradas pelos descobridores espanhóis; montaria (designação atual usada pelos caboclos da Amazônia); (ubá).
Capim: caapii - mato fino - folha delgada.
Carapeba: tipo de peixe - acarapeba - acarapeva - acarapéua - (acará - peba).
Cari: o homem branco - a raça branca.
Cariboca: kari'boka - caboclo - procedente do branco - mestiço de branco com índio - curiboca - carijó - caburé - tapuio
Carijó: procedente do branco - mestiço, como o galináceo de penas salpicadas de branco e preto - caboclo - antiga denominação da tribo indígena guarani, habitante da região situada entre a lagoa dos Patos (RS) e Cananéia (SP) - carió - cário - cariboca - curiboca caburá - tapuio.
Carió: procedente do branco - caboclo - antiga denominação da tribo indígena guarani, habitante da região situada entre a lagoa dos Patos (RS) e Cananéia (SP) - carijó - cário - cariboca - curiboca caburé - tapuio.
Carioca: kari'oka - casa do branco.
Cuica: ku'ika - espécie de rato grande com o rabo muito comprido, semelhante ao canguru - instrumento de percussão feito com um pequeno cilindro em uma de cujas bocas se prende uma pele bem estirada.
Curiboca: caboclo - kari'boka - procedente do branco - mestiço de branco com índio - cariboca - carijó - caburé - tapuio.
Curumim: menino (kurumí).
D
Damacuri: tribo indígena da Amazônia.
Damanivá: tribo indígena de RR, da região do Caracaraí, Serra Grande e serra do Urubu.
Deni: tribo indígena aruaque, que vive pelos igarapés do vale do rio Cunhuã, entre as desembocaduras dos rios Xiruã e Pauini, no AM. Somam cerca de 300 pessoas, e os primeiros contatos com a sociedade nacional ocorreram na década de 60.
E
Eçaí: olho pequeno.
Eçabara: o campeador.
Eçaraia: o esquecimento.
Etê: bom - honrado - sincero - eté.
G
Galibi: tribo indígena da margem esquerda do alto rio Uaçá (AP).
Geribá: nome de um coqueiro.
Goitacá: nômade, errante, aquele que não se fixa em nenhum lugar.
Guará (i): iguara, ave das águas, pássaro branco de mangues e estuários com grande amplitude de maré ou de fluviometria (i, ig, ara).
Guará (2): aguará, aguaraçu, mamífero (lobo) dos cerrados e pampas (açu).
Guarani(1): raça indígena do interior da América do Sul tropical, habitante desde o Centro Oeste brasileiro até o norte da Argentina, pertencente à grande nação tupi-guarani.
Guarani (2): grupo lingüístico pertencente ao grande ramo tupi-guarani, porém mais característico dos indígenas do centro da América do Sul.
Guaratinguetá: reunião de pássaros brancos.
Guariní: guerreiro, lutador.
I
I: água - pequeno - fino - delgado - magro
Iacamim: acamim (jacamim).
Iaé (kamaiurá): lua - aamo (xavante) - airequecê.
Iandé: a constelação Orion.
Iandê: você.
Iapuçá: uma das espécies de macacos (japuçá, jupuçá, jauá, sauá).
Iba (1): iwa - iua - iva - ruim - feio - imprestável - (paraíba).
Iiba (2): variação de ubá - madeira - árvore.
Ibi: terra.
Ibitinga: terra branca (tinga).
Ig: água - (i).
Iguaçu: água grande - lago grande - rio grande.
Indaiá: um certo tipo de palmeira
Ira: mel (Iracema, irapuã).
Iracema: lábios de mel (ira, tembé, iratembé).
Irapuã: mel redondo (ira, puã).
Iratembé: lábios de mel (Iracema, ira, tembé).
Irupé: a vitória régia.
Ita: pedra (itaúna).
Itajubá: pedra amarela (ita, ajubá).
Itatiba: muita pedra, abundância de pedras (tiba).
Itaúna: pedra preta (ita, una).
Ité: ruim - repulsivo - feio - repelente - estranho (abaité).
Iu: yu - ju - espinho - (jurumbeba).
Iua: iva - iua - iba - ruim - feio - imprestável - (paraíba).
Iuçara: juçara - jiçara - palmeira que dá palmito.
Iva: iwa - iua - iba - ruim - feio - imprestável - (paraíba).
Iviturui: - serro frio; frio na parte mais alta de uma serra.
Iwa: iva - iua - iba - ruim - feio - imprestável - (paraíba).
J
Jabaquara: - rio do senhor do vôo (iabaquara, abequar).
Jacamim: ave ou gênio, pai de muitas estrelas (Yacamim).
Jaçanã: ave que possui as patas sob a forma de nadadeiras, como os patos.
Jacaúna: indivíduo de peito negro.
Jacu: yaku - uma das espécies de aves vegetarianas silvestres, semelhantes às galinhas, perus, faisões, etc.
Jacuí: jacu pequeno.
Jaguar: yawara - cão - lobo - guará.
Jaguaracambé: cão de cabeça branca (ya'wara = cão)+(a'kãg = cabeça)+(peba = branco) - aracambé - cachorro-do-mato-vinagre.
Japira: mel, ira (yapira).
Japuçá: uma das espécies de macacos (iapuçá, jauá, sauá).
Jauá: japuçá (iapuçá, sauá)
Javaé: tribo indígena que habita o interior da ilha do Bananal, aparentada com os carajás, da mesma região.
Javari: competição cerimonial desportiva religiosa.
Jé: grupo etnográfico a que pertence o grosso dos tapuias - jê - gê.
Jeru: ayu'ru - árvore de madeira dura, com frutos de polpa comestível - papagaio - ajeru - ajuru - juru.
Ju: yu - iu - espinho - (jurumbeba).
Juçara: palmeira fina e alta com um miolo branco, do qual se extrai o palmito, típica da mata atLântica - piná - iuçara - juçara - (açaí).
Jumana: tribo do grupo aruaque, habitante da região dos rios Japurá e Solimões (amazônia Ocidental) - ximana - xumana.
Jumbeba: cacto (ou uma espécie de) - jurumbeba - (ju - mbeb).
Jupuçá: iapuçá; japuçá.
Juru: árvore de madeira dura, com frutos de polpa comestível - papagaio - ajeru - jeru - ajuru.
Jurubatiba: lugar cheio de plantas espinhosas (ju - ru - uba -tiba).
Jurubeba: planta (espinhosa) e fruta tida como medicinal (o fruto é, normalmente, verde e perfeitamente redondo, sendo muito amargo - é pouco maior que a ervilha) - jurumbeba.
Jurumbeba: folha chata com espinhos - cacto (ou uma espécie de) - jumbeba - (ju - mbeb).
K
Kaá: caá - mato.
Kaapora: aquilo ou quem vive no mato - caapora - caipora.
Kabu'ré: caburé - cafuzo - caboclo - caipira - indivíduo atarracado, achaparrado.
Kamby: leite - líquido do seio.
Kaluana: lutador de uma lenda da tribo kamaiurá.
Kamaiurá: camaiurá - tribo indígena tupi que vive na região dos formadores do Xingu, entre a lagoa Ipavu e o rio Culuene (MT).
Karioka: carioca - casa do branco.
Ki'sé: faca velha e/ou enferrujada e/ou cheia de dentes e/ou sem cabo - quicé - quicê - quecé - quecê.
Ku'ika: cuica - espécie de rato grande com o rabo muito comprido, semelhante ao canguru - instrumento de percussão
Kurumí: menino (curumim)
L
Laurare (karajá): marimbondo
Lauré (pauetê-nanbiquara): arara vermelha
M
Macaba: fruto da macaúba (comestível - coco de catarro
Macaúba: ma'ká ï'ba - árvore da macaba (fruta do sertão) - macaíba
Macaíba: macaúba
Manau: tribo do ramo aruaque que habitava a região do rio Negro
Manauara: natural de, residente em, ou relativo a Manaus (capital do estado do Amazonas) - manauense
Mairá: uma das espécies de mandioca, típica da região Norte; mandiocaçu; mandioca grande (mandioca, açu)
Maní: deusa da mandioca, amendoim (maniva)
Manioca: mandioca (a deusa Maní, enterrada na própria oca, gerou a raiz alimentícia), (v. mani, oca, mandioca, mairá)
Maniua: maniva
Maniva: tolete ou folha da planta da mandioca; usa-se na alimentação da região Norte, especialmente no Pará. (maniua, mairá)
Mandioca: aipim, macaxeira, raiz que é principal alimento dos índios brasileiros (v. manioca)
Maracá: mbaraká - chocalho usado em solenidades - bapo - maracaxá - xuatê - cascavel
Massau: uma das espécies de macaco, pequeno e de rabo comprido, comum na região amazônica - sa'wi - sagüim - sauim - soim - sonhim - sagüi - tamari - xauim - espécie de mico
Mbaracá: maracá - chocalho usado em solenidades - bapo - maracaxá - xuatê - cascavel
Mbeb: chato - achatado - mbeba (jurubeba)
Membira: filho ou filha (v. raira)
Moponga: mu'põga - Pescaria em que se bate na água, com uma vara ou com a mão, para que os peixes sejam desviados para uma armadilha - mupunga - batição
Motirõ: mutirão - reunião para fins de colheita ou construção (ajuda)
Mu'põga: moponga - mupunga - batição
Mutirão (port/tupi): motirõ
N
Nanbiquara: fala inteligente, de gente esperta - tribo do Mato Grosso (pauetê-nanbiquara - baquara - biquara)
Nhe: nhan - nham - falar - fala - língua
Nheengatu: nhegatu - língua boa - língua fácil de ser entendida (pelos tupis)
Nhenhenhém: nheë nheë ñeñë, falação, falar muito, tagarelice
O
oapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco (RR), nas fronteiras com a Guiana - vapixiana - vapixana - uapixana - wapixana - vapidiana - oapina
oapina: oapixana
Oca: cabana ou palhoça, casa de índio (v. ocara, manioca)
Ocara: praça ou centro de taba, terreiro da aldeia (v. oca, manioca, ocaruçu)
Ocaruçu: praça grande, aumentativo de ocara (v. açu, ocara)
P
Pará (1): rio
Pará (2): prefixo utilizado no nome de diversas plantas
Paracanã: tribo indígena encontrada durante a construçao hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins/PA
Paraíba (1): paraiwa - rio ruim - rio que não se presta à navegação (imprestável) - (para - iba)
Paraíba (2): parabiwa - madeira inconstante (variada)
Paraibuna: rio escuro e que não serve para navegar
Paraitunga: designação dada aos paracanãs pelos assurinis
Pauá (tupi): pawa - pava - tudo - muito (no sentido de grande extensão)
Pauetê-nanbiquara: - tribo da região do Mato Grosso (nanbiquara, nhambiquara)
Peba: branco - branca - tinga - peva - peua - pewa
Peua: peba
Peva: peba
Pewa: peba
Picum: ape'kü - apecum - mangue - brejo de água salgada
Piná: palmeira fina e alta com um miolo branco, do qual se extrai o palmito, típica da mata atlântica
Pitiguar: - potiguar
Poti: - camarão, piti (potiguar)
Potiguar: - pitiguar, potiguara, pitaguar, indígena da região NE do Brasil
Puã: - redondo (irapuã)
Puca: armadilha (arapuca, puçá)
Puçá: armadilha para peixes (e outros animais aquáticos)
Puçanga: mezinha, remédio caseiro (receitado pelos ajés)
Q
Quecé: faca velha e/ou enferrujada e/ou cheia de dentes e/ou sem cabo - ki'sé - quicê - quicé - quecê
Quibaana: tribo da região Norte
Quicé: faca velha e/ou enferrujada e/ou cheia de dentes e/ou sem cabo - ki'sé - quicê - quecé - quecê
R
Raira: - filho (v. membira)
Ré: - amigo - rê (geralmente usado como sufixo) (abaré, araré, avaré)
Rudá: deus do amor, para o qual as índias cantavam uma oração ao anoitecer
Ru: folha (jurubeba)
S
Sauá: uma das espécies de macacos - iapuçá - japuçá - jupuçá - sawá - saá
Sauim: sagüi
Sawi: sagüi
Surui: tribo do parque do Aripuanã, região do Madeira, Rondônia
T
Tapuia: tapii - tapuio - designação antiga dada pelos tupis aos gentios inimigos - índio bravio - mestiço de índio - índio manso (AM) - qualquer mestiço trigueiro e de cabelos lisos e negros (BA) - caboclo
Tapuio: tapii - tapuia - designação antiga dada pelos tupis aos gentios inimigos - índio bravio - mestiço de índio - caboclo
Tembé: lábios (Iracema, iratembé)
Tiba: tiwa, tiua, tuba, abundância, cheio
Tijuca: tiyug - líquido podre - lama - charco - pântano - atoleiro - tijuca
Tijucupaua: tiyukopawa - lamaçal - tijucupava
Timburé: uma das espécies de peixes de rio, com manchas e/ou faixas pretas (ximburé, timburê)
Timburê: Timburé (ximburé)
Tinga: branco - branca - peba -(ibitinga)
Tiririca: tiririka - arrastando-se (alastrando-se) - erva daninha famosa pela capacidade de invadir velozmente terrenos cultivados - estado nervoso das pessoas, provocado por um motivo que parece incessante
Tiyukopauá: tijucopaua - lamaçal - tijucupava
Tiyug: tijuca - líquido podre - lama - charco - pântano - atoleiro - tijuca
Tiwa: tiba, tiua, tiba, tuba, abundância, cheio
Tupi (1): povo indígena que habita(va) o Norte e o Centro do Brasil, até o rio Amazonas e até o litoral
Tupi (2): um dos principais troncos lingüísticos da América do Sul, pertencente à família tupi-guarani
Tupi-guarani: um das quatro grandes famílias lingüísticas da América do Sul tropical e equatorial; indígenas pertencentes a essa família
U
Uaçá: caranguejo - auçá - guaiá
Uaçaí: açaí - yasaí
Uaná: vagalume (urissanê)
Uapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco (RR), nas fronteiras com a Guiana - vapixiana - vapixana - vapidiana - wapixana - oapixana - oapina
Ubá: canoa (geralmente feita de uma só peça de madeira); árvore usada para fazer canoas (canoa)
Una: preto, preta
Urissanê: vagalume (uaná)
V
Vapidiana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco (RR), nas fronteiras com a Guiana - vapixiana - Vapixana - uapixana - wapixana - oapixana - oapina
W
Wapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco (RR), nas fronteiras com a Guiana - vapixiana - vapixana - uapixana - vapidiana - oapixana - oapina
Wa'riwa: guariba - macaco de coloração escura, barbado. Wasaí: açaí - uaçaí - yasaí
X
Xaperu: tribo da região Norte
Xauim: uma das espécies de macaco, pequeno e de rabo comprido, comum na região amazônica - sa'wi - sagüim - sauim - soim - sonhim - massau - tamari - sagüi - espécie de mico
Xavante: tribo indígena pertencente à família lingüística jê e que, junto com os xerentes, constitui o maior grupo dos acuéns. Ocupa extensa área, limitada pelos rios Culuene e das Mortes (MT)
Ximaana: tribo habitante da região do rio Javari, na fronteira do Brasil com o Peru
Ximana: tribo do grupo aruaque, habitante da região dos rios Japurá e Solimões (Amazônia Ocidental) - xumana - xumane - jumana
Ximburé: uma das espécies de peixes de rio (timburé)
Xoclengue: tribo caingangue do Paraná (rio Ivaí)
Xuatê: mbaraká - maracá - chocalho usado em solenidades - bapo - maracaxá - cascavel
Xumana: ximana - jumana
Xumane: - ximana.
Y
Yacamim: ave ou gênio; pai de muitas estrelas (jaçamim)
Yamí (tucano): noite
Yapira: mel (japira)
Yara: deusa das águas - mãe d'água - senhora - iara - lenda da mulher que mora no fundo dos rios
yasaí: açaí - fruta que chora - fronta de onde sai líquido - coquinho pequeno amarronzado, que dá em cachos no açaizeiro (palmeira com o tronco de pequeno diâmetro e folhas finas, que também produz palmito)
yawara (tupi): jaguar - cão - cachorro - lobo - gato - onça - jaguaracambé.
Fonte:
Fernando AP Silva
http://cledir.hpg.ig.com.br/historia/02f.htm
As influências da Antiguidade
Do pãozinho às guerras: a Antiguidade influencia nosso cotidiano em vários campos.
Quando estudamos as civilizações da Antiguidade, muitas vezes não sabemos por que razão temos que compreender muitos dos hábitos e tradições arraigadas entre povos que viveram há tanto tempo atrás. Contudo, existe uma série de coisas que nos pode indicar que nossa era tão “moderna” e “tecnológica” deve muito para as idéias que surgiram há vários séculos. Se examinarmos bem, a Antiguidade está presente até no café da manhã, já que o pão é uma invenção dos egípcios.
No campo militar, os antigos puderam nos oferecer grandes contribuições na hora de dominar os inimigos. Os babilônios, por exemplo, foram os primeiros a aproveitar os seus conquistados para formarem uma rentável força de trabalho com a adoção do escravismo. Por outro lado, os gregos quiseram melhorar os planos quando entravam em choque com os inimigos criando a chamada falange: um grupo de soldados bem munidos que ataca de maneira sincronizada.
Na hora de construir, contar e transportar devemos nos lembrar das contribuições obtidas nas ciências exatas e na engenharia. Antes do fim do século XIX, a pirâmide de Gizé ocupou durante quatro mil anos o posto de construção mais alta de todo o mundo. Já os sumérios, preocupados com o gasto de suas obras, desenvolveram a primeira calculadora do Mundo Antigo. Os fenícios, antes da tal globalização, criaram embarcações ágeis que os permitiam realizar comércio com vários povos estrangeiros.
Hoje em dia, muitos apontam para os benefícios estabelecidos pelo regime democrático em nosso país. Contudo, mesmo tendo influência dos ideais do liberalismo, várias de nossas ações políticas e institucionais foram, em certa medida, experimentadas pelos gregos. Em Atenas, os legisladores Clístenes e Péricles lançaram as bases de uma nova forma de governo que inspirou nossa democracia moderna. Além disso, foram os primeiros povos a criarem concursos para a ocupação de cargos públicos.
Atualmente, a grande disponibilidade de recursos estéticos, cirúrgicos e terapêuticos para cuidar do corpo nos leva a crer que pertencemos à era do “culto ao corpo”. Contudo, não podemos pensar que os antigos não tinham suas preocupações e vaidades. No campo das artes, os greco-romanos desenvolveram técnicas de reprodução corporal que, passados dois mil anos, impressionavam os renascentistas. Na medicina, os egípcios se aventuravam na realização de várias cirurgias, inclusive, cerebrais.
Essas são apenas umas das poucas comparações que nos mostram a riqueza de capacidades e invenções que marcaram a Antiguidade e influenciam o mundo de hoje. Se possível fosse, haveria ainda outras discussões e análises que nos mostrariam que os povos do passado disponibilizaram conhecimento que, de forma alguma, pode ser considerado inferior em relação ao saber produzido na contemporaneidade.
Por Rainer Sousa
Fonte:
25 de janeiro de 1947: O Fim do gângster Al Capone
"Ei! Al Capone vê se te emenda.
Já sabem do teu furo, nego, no imposto de renda
Ei! Al Capone, vê se te orienta.
Assim desta maneira, nego, Chicago não aguenta..."
Raul Seixas
O temido gângster que liderou o grupo criminoso dedicado ao contrabando e à venda de bebidas, entre outras atividades ilegais, durante a Lei Seca norte americana nos anos 20 e 30, Al Capone, morreu de hemorragia cerebral na Flórida, EUA, uma semana após completar 48 anos.
Filho de imigrantes italianos, Alphonse Gabriel Capone nasceu em 17 de janeiro de 1899, no bairro novaiorquino do Brooklin, EUA. Com apenas 11 anos começou a trabalhar no grupo criminoso Five Pointers, onde conheceu o gângster Johnny Torrio. Convocado por seu tio Big Jim Colisimo, Torrio se mudou para Chicago e levou Capone com ele. Após tramar a morte do tio, Torrio assumiu seus negócios. Em 1925, o gângster decidiu se aposentar e deixou seu império de US$ 50 milhões para Al Capone comandar.
Al Capone prosseguiu no mundo da prostituição e do jogo, sendo que o negócio mais lucrativo era a venda ilegal de bebidas durante a Lei Seca. Diante de seu poder, mesmo com a extensa lista de ilegalidades, poucos poderiam imaginá-lo atrás das grades. Até que no dia 24 de outubro de 1931, Al Capone foi sentenciado a 11 anos de prisão e ao pagamento de US$ 80 mil. O mais surpreendente é que a condenação não ocorreu devido aos muitos assassinatos que sempre lhe foram atribuídos, mas por sonegação de impostos. O gângster reclamou: “O governo não pode recolher imposto legal de dinheiro ilegal".
Fonte: Jblog
24 de janeiro de 1965: Morre Winston Churchill
"Quantos nomes restarão entre todos os destas últimas gerações atribuladas, duramente vergastadas por duas guerras mundiais? Um deles - é certo - inscreveu-se, definitivamente, no Livro da História: Winston Chruchill. Sua vida acaba de apagar-se, ao fim de 90 anos. Mas seu vulto permanecerá indelével na memória de sempre. Foi um Homem - e os homens o reverenciarão". Jornal do Brasil
Um dos maiores homens de seu tempo, Winston Churchill, 90 anos, morreu após estar internado em coma, desde que sofreu uma trombose. A notável resistência física do velho estadista cedeu, após uma vida inteira de graves enfermidades.
A morte de Winston Churchill encerrou o destino de um homem que poderia, sozinho, encarnar toda a grandeza, toda a tragédia e toda a esperança de uma época. Não apenas o último e certamente o maior político vitoriano que desaparece. Nem um estadista de envergadura mundial, dotado de um poder de liderança que venceu a prova da mais terrível de todas as guerras. Não é só um escritor de fôlego insuperável, nem um inexcedível orador de gênio, capaz de uma força de comunicação que acendeu no mundo inteiro, em dado momento, a chama da resistência e a certeza da vitória.
O fabuloso nonagenário, que agora mergulhou no reino das sombras, foi mais que um extraordinário homem de ação e um estupendo homem de pensamento. Seu destino arrebentou os limites, por mais extensos e singulares que tenham sido, de um prodigioso grande homem. Nenhum contemporâneo subiu mais alto do que ele às culminâncias do espírito humano, em dimensões universais... Aqui se encerra um ciclo da História. Seu exemplo, porém, é daqueles que não se perdem e renovam, na sua seiva perene, as razões de esperança e de confiança de que o mundo necessita para sobreviver com dignidade e em paz.
Winston Leonard Spencer Churchill nasceu prematuramente a 30 de novembro de 1874, em Blenheim Palace, Oxfordshire, na Inglaterra. Depois de uma carreira militar de pouco sucesso, incluindo o fracasso da Operação Dardanelos, em 1915, durante a I Guerra Mundial, Veio a se destacar como um dos maiores estadistas da história. Nomeado primeiro-ministro em 1940, seu nome está relacionado às vitórias que a Grã-Bretanha conseguiu na II GUerra, ao comandar a resistência européia contra a Alemanha nazista. Embora o sucesso da vitória seja incontestável, Churchill não teve o apoio necessário dos ingleses, quando tentou a reeleição, e foi derrotado pelos trabalhistas nas eleições de 1945. Retornou ao poder em 1951, ano em que foi premiado com o NObel da Literatura pela publicação de suas memórias. Em 1955, retirou-se da vida política. Morreu em Londres.
Alcântara Machado
Antônio Castilho de Alcântara Machado d'Oliveira nasceu em São Paulo, a 25 de maio de 1901, filho de ilustre e tradicional família paulistana. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco. Apesar de colaborar periodicamente com artigos sobre cultura no Jornal do Comércio, só tomou contato direto com os modernistas de São Paulo a partir de 1925. Sua estréia literária se deu em 1926, com um livro de crônicas intitulado Pathé-Baby, com prefácio de Oswald de Andrade. Em 1928, participou ativamente da primeira "dentição" da Revista de Antropofagia; após 1929, por divergências ideológicas, afastou-se de Oswald, ao mesmo tempo que estreitou laços de amizade com Mário de Andrade. Morreu em 14 de abril de 1935, em São Paulo, aos 34 anos de idade.
Alcântara Machado teve seu nome definitivamente consagrado com a publicação dos livros de contos Brás, Bexiga e Barra Funda (1927) e Laranja da China (1928). A maior característica de sua obra está no retrato, ao mesmo tempo crítico, anedótico, apaixonado, mas sobretudo humano, que faz da cidade de São Paulo e de seu povo, com particular atenção para os imigrantes italianos, quer os moradores de bairros mais pobres, quer os que se vão aburguesando. Todo esse painel é narrado no verdadeiro dialeto paulistano resultante da mistura do linguajar do imigrante italiano com o falar do povo brasileiro, que se convencionou chamar de "português macarrônico", já brilhantemente utilizado por Juó Bananére. Em Brás, Bexiga e Barra Funda, o autor define seus contos como "notícias" e o livro como um "jornal - órgão dos ítalo-brasileiros de São Paulo".
Transcrevemos, a seguir, um trecho do "editorial" desse "jornal".
"Do consórcio da gente imigrante com o ambiente, do consórcio da gente imigrante com a indígena nasceram os novos mamalucos.
Nasceram os intalianinhos.
O Gaetaninho.
A Carmela.
Brasileiros e paulistas. Até bandeirantes.
E o colosso continuou rolando.
No começo a arrogância indígena perguntou meio zangada:
Carcamano pé-de-chumbo
Calcanhar de frigideira
Quem te deu a confiança
De casar com brasileira?
O pé-de-chumbo poderia responder tirando o cachimbo da boca e cuspindo de lado: A brasileira, per Bacco! Mas não disse nada. Adaptou-se. Trabalhou. Integrou-se. Prosperou.
E o negro violeiro cantou assim:
Italiano grita
Brasileiro fala
Viva o Brasil
E a bandeira da Itália!
Brás, Bexiga e Barra Funda, como membro da livre imprensa que é, tenta fixar tão somente alguns aspectos da vida trabalhadeira, íntima e quotidiana desses novos mestiços nacionais e nacionalistas. É um jornal. Mais nada. Notícia. Só. Não tem partido nem ideal. Não comenta. Não discute. Não aprofunda.
Principalmente não aprofunda. Em suas colunas não se encontra uma única linha de doutrina. Tudo são fatos diversos. Acontecimentos de crônica urbana. Episódios de rua. O aspecto étnico-social dessa novíssima raça de gigantes encontrará amanhã o seu historiador. E será então analisado e pesado num livro.
Brás, Bexiga e Barra Funda não é um livro.
Inscrevendo em sua coluna de honra os nomes de alguns ítalo-brasileiros ilustres este jornal rende uma homenagem à força e às virtudes da nova fornada mamaluca. São nomes de literatos, jornalistas, cientistas, políticos, esportistas, artistas e industriais. Todos eles figuram entre os que impulsionam e nobilitam neste momento a vida espiritual e material de São Paulo.
Brás, Bexiga e Barra Funda não é uma sátira."
Rock Brasil - Anos 80
O começo dos anos 80 não foi nada propício para o rock.
O que dominava era a MPB de FM, e apesar da relativa abertura política, a sombra da repressão e a censura desanimavam que tentava ser mais ousados.
O "som jovem" que rolava era o pop-rock de gente como Guilherme Arantes, Marina, Ney Matogrosso, 14 Bis, Eduardo Dusek, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, A Cor do Som e Rádio Táxi.
Mas ainda assim a rapaziada queria que temas como amor, diversão, trabalho e família fossem tratados de forma mais clara.
Com o rock básico e os cabelos curtos e espetados da new wave, o Rock Brasil começa a se renovar no início da década.
Ligado nas novidades, o jornalista e discotecário Júlio Barroso fundou a Gang 90 & As Absurdetes, no Rio de Janeiro.
O estouro aconteceu no Festival Shell de MPB de 1981, quando tocaram "Perdidos na Selva", um reggae que fala de um acidente de avião com final feliz.
Era só uma mostra do que estaria por vir nos próximos anos. Seguindo os mesmo passos da Gang 90, o integrante do grupo de teatro carioca Asbrúbal Trouxe a Irreverência, Evandro Mesquita, junto com o baterista Lobão, tiveram a idéia de montar uma banda de rock teatral.
O nome da banda foi dado por Lobão: Blitz, já que eles sempre eram parados pelas batidas policiais.
A banda trouxe junto ao humor praieiro do grupo Asdrúbal um rock básico e uma dupla de belas vocalistas, Márcia Bulcão e Fernanda Abreu.
No verão de 1982 abriu na praia do Arpoador um espaço para shows: o Circo Voador, aonde a banda se apresentou inúmeras vezes.
Em junho do mesmo ano, a Blitz gravou um compacto com a música "Você Não Soube Me Amar", que vendeu 100 mil cópias em 3 meses.
Em setembro foi lançado o disco "As Aventuras da Blitz", o que transformou a banda em fenômeno nacional, mas um pouco depois do lançamento do disco, Lobão deixa a banda para lançar seu primeiro disco solo, "Cena de Cinema", aonde começa uma das mais importantes carreiras do rock brasileiro, de um artista sempre inconformista.
Ainda em 1982 apareceriam outros artistas de relevância do Rock Brasil, com o Eduardo Dusek com seu disco "Cantando no Banheiro", que contava com a participação de uma banda carioca que fazia um rock estilo anos 50 com muito bom humor: João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, que tinha entre seus integrantes um excelente compositor, Léo Jaime, que escreveu o sucesso do disco, "Rock da Cachorra". João Penca seguiria depois sem Dusek e sem Léo Jaime, que fez uma carreira solo de sucesso. No mesmo ano ainda surgiria Lulu Santos, Barão Vermelho (que não foi tão bem acolhido na época) e a Rádio Fluminense, grande divulgadora das fitas e dos discos dos artistas do rock nacional. Paralelamente, em São Paulo, ocorria o festival "O Começo do Fim do Mundo", com bandas punk como Inocentes, Ratos de Porão, Cólera e Olho Seco. Em 1983, o rock já havia ganho seu espaço na Música Popular Brasileira (MPB), fazendo com que as gravadoras perdessem o medo de contratar bandas deste gênero. Foi lançado o disco "Rock Voador" (parceria do Circo Voador com a rádio Fluminense), que revelou o Kid Abelha e Seus Abóboras Selvagens.
Uma das bandas que tinha sua fita divulgada na rádio, Os Paralamas do Sucesso, gravaram um compacto que, com seu relativo sucesso, levou a gravar no fim do ano seu primeiro disco, "Cinema Mudo". Mas quem arrebentaria um sucesso naquele ano foi um inglês, chamado Ritchie, com a música "Menina Veneno", cujo compactoo vendeu mais de 800 mil cópias, levando o cantor a gravar um disco, Vôo de Coração, que vendeu mais de 1 milhão de cópias, batendo naquele ano até o grande recordista de vendas da gravadora, Roberto Carlos. O Rock Brasil ganhava respeito comercial. Fenômeno predominando o Rio de Janeiro, o rock começa a ferver também em São Paulo em 83. A cidade já estava sendo sacudida pelos punks e também pela música de vanguarda (Arrigo Barnabé, Premeditando o Breque, Língua de Trapo), revelou uma das grandes bandas do rock brasileiro: os Titãs, um octeto que misturava new-wave e tropicalismo com o rock e ficava cada vez mais popular.
Ainda tinha bandas do rock paulistano como Magazine (tendo Kid Vinil como um dos integrantes), o pós-punk Ira! e a irreverência do Ultraje a Rigor. 1984 foi o ano de grandes lançamentos em disco. "Titãs" (seu primeiro disco), "Seu Espião" (estréia do Kid Abelha), "O Passo do Lui" (segundo disco dos Paralamas), "Tudo Azul" (Lulu Santos), "Ronaldo Foi Pra Guerra" (Lobão), "Maior Abandonado" (último disco do Barão com o vocalista Cazuza) e "Phodas 'C'" (Léo Jaime).
As bandas cada vez mais apareciam em programas de auditório na TV e até no cinema, com o filme "Bete Balanço", com música-tema do Barão Vermelho. Se até então o Rock Brasil tinha uma cara romântica e idealista, iria mudar apartir de janeiro de 1985, graças a um evento: o Rock In Rio 10 dias de muito som num terreno na Barra da Tijuca, no maior concerto de rock de todos os tempos, com um público aproximado de 1 milhão e meio de pessoas. Ao lado de grandes nomes da música mundial da época, como Queen, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Scorpions, Yes, AC/DC, entre outros, estavam artistas consgrados da MPB e a nova rapaziada: Blitz, Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Lulu Santos e Kid Abelha. No maior palco de suas carreiras iniciantes, as bandas não tremeram na base. O resultado foi que o rock entrou de vez na música brasileira, as bandas internacionais incluíram o Brasil em suas turnês e os nossos roqueiros aprenderam muito com verdadeiros profissionais da música. O jovem público viu as bandas nacionais fazerem bonito junto aos ídolos estrangeiros e ainda presenciaram a eleição de Tancredo Neves como o primeiro presidente civil do país desde o golpe militar de 1964. O Rock Brasil emergiu desde então, com um jeito ousado, contestador e geograficamente disperso. De São Paulo apareceu dois dos maiores êxitos comerciais do ano. Um deles, "Nós Vamos Invadir Sua Praia", álbum de estréia do Ultraje a Rigor, que tinha a música "Inútil", que foi tocada pelos Paralamas no Rock In Rio e comentada pelo senhor Diretas Já Ulysses Guimarães, causou um certo comentário sobre sua letra. Quase todas as músicas foram sucesso no rádio.
O outro êxito foi o RPM, com a música "Louras Geladas" estourada nas rádios, lançou o disco "Revoluções Por Minuto", que teve várias outras faixas de sucesso. O empresário Manoel Poladian foi responsável por uma super produção para a banda: o show "Rádio Pirata". Nunca se havia visto nada igual no Brasil: efeitos de raio laser, gelo seco e sofisticado equipamento de som. O show percorreu o Brasil, aumentando cada vez mais a popularidade do grupo, que foi forçado pela gravadora a gravar um álbum ao vivo, com a versão de "London, London" (de Caetano Veloso) que já começava a tocar nas rádios. Lançado em 1986, "Rádio Pirata Ao Vivo", tornou-se o recordista de venda de todos os gêneros no Brasil: 2,2 milhões de cópias. Em pouco tempo, com toda a pressão de sua popularidade e o uso abusivo de drogas, o grupo gravou mais 1 álbum e acabou sem muito alarde em 1989. Em 1º de Janeiro de 1985, uma banda de Brasília lançava seu disco de estréia - um disco que marcaria a história do nosso rock. Legião Urbana mostrava ao país a poesia de Renato Russo, em letras que mostrava os anseios, medos e reivindicações de uma geração.
Conhecida pela música Química (que os amigos Paralamas gravaram em seu primeiro álbum), a Legião ganhou o público com aquele disco cheio de energia rock´n´roll e sentimentos à flor da pele. Era a primeira das bandas de Brasília influenciada pelo punk-rock, que tomariam conta da mídia. As outras foram Capital Inicial e a Plebe Rude. Também de origem punk e fora do eixo Rio-São Paulo, os baianos do Camisa de Vênus, liderada por Marcelo Nova, apareceriam em 1985. Depois de um álbum sem repercussão, ganharam seu lugar com o som "Eu Não Matei Joana D´arc". Depois disto o país chegou a conhecer outras músicas como "Bete Morreu" e o "Adventistas", de seu álbum anterior. Em São Paulo, os ecos do punk seriam responsáveis por uma outra banda de talento a aparecer, com seu álbum de estréia, Mudança de Comportamento: o Ira!, do guitarrista Edgard Scandurra (um dos melhores do Brasil até hoje) e o vocalista Nasi.
Enquato isso o underground paulistano fervia, com bandas inspiradas no pop-rock inglês.
Luiz Calanca lançou neste mesmo ano o selo Baratos Afins, que lançou os discos de todo esse underground paulistano, antecipando em pelo menos 10 anos a realidade dos pequenos selos que ajudaram a fazer o rock alternativo um fenômeno. No Rio de Janeiro, houve uma separação no Barão Vermelho, saindo Cazuza para sua bem sucedida carreira solo, e o guitarrista Roberto Frejat assumindo os vocais.
Tivemos ainda no Rio o lançamento de excelentes disco. "Sessão da Tarde", de Léo Jaime, que voltava ao rock dos anos 50 e à Jovem Guarda; "Educação Sentimental", segundo disco do Kid Abelha e no fim do ano o disco-solo de Cazuza. 1986 foi o ano da consolidação artística e da fartura de lançamentos. Graças ao Plano Cruzado e a explosão de consumo que ele causou, as gravadoras contratavam qualquer banda que cheirasse a rock. A coletânea "Rock Grande do Sul", só com bandas de Porto Alegre revelou os Engenheiros do Hawaii, que no mesmo ano lançou seu disco de estréia com o irônico título "Longe Demais das Capitais". E com a música "Surfista Calhorda", Os Replicantes com influência punk-hardcore, lançaram seu disco: "O Futuro é Vortex". Também estrearam naquele ano os cariocas do Biquíni Cavadão ("Cidades em Torrente"), a Plebe Rude ("O Concreto Já Rachou"), Capital Inicial ("Capital Inicial") e os Inocentes ("Pânico em SP", primeiro disco do punk brasileiro a sair por uma grande gravadora).
Três álbuns marcaram naquele ano o Rock Brasil até hoje. Com "Selvagem?", os Paralamas fizeram uma ousada conexão Brasil-Jamaica-Inglaterra-África via música negra. "Dois", disco da Legião revelou-se mais lírico e acústico, com faixas que até hoje fazem a história da banda. Finalmente, "Cabeça Dinossauro", dos Titãs (que recentemente foi considerado o melhor disco do Rock Brasil), que deram uma guinada punk em sua música, que mais pareceria um risco, mas que deu bons resultados artisticos e comerciais para a banda. A boa fase do rock nacional continuaria em 1987, com a explosão de Lobão (com o LP "Vida Bandida") e outros álbuns. "A Revolta dos Dândis" (Engenheiros), "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" (Titãs), "Que País é Este" (Legião) e "Sexo!" (Ultraje a Rigor). Houve a surpresa com o aparecimento do carioca Fausto Fawcett e seus Robos Efêmeros, com "Kátia Flavia". Outra surpresa foi o selo Plug, da RCA, que apostou em discos de novíssimos nomes do rock brasileiro que não faziam nada parecido com as outras bandas.
Estrearam os cariocas Picassos Falsos e Hojerizah, o paulistano Violeta de Outono, os gaúchos do De Falla, TNT e o Nenhum de Nós, entre outros. Das raras exceções que deram certo, está o Nenhum de Nós, que estourou com a música "Camila, Camila", e depois em 1989, com "O Astronauta de Mármore", versão de "Starman" de David Bowie. De 1988 em diante, o Rock Brasil passa por um período de baixa, com as bandas com dificuldades para recuperar as baixas vendagens e execução. Mas mesmo assim, existe discos clássicos desta época. "Ideologia", de Cazuza, que já luta contra a Aids, e aos 16 anos de idade, Ed Motta chega com pinta de veterano, injetando soul no rock nacional, com seu disco de estréia com a Conexão Japeri. A Legião experimentou um sucesso estrondoso com "Faroeste Caboclo" naquele ano, mas viu o inverso da moeda num show em 18 de junho, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Confusão total, com Renato Russo sendo atacado por um fã no palco e a polícia descendo o pau na platéia, que saiu revoltado do show(que foi interrompido).
O incidente bateu forte na Legião que ainda teve a perda do baixista Negrete, que deixou a banda, mas mesmo assim, em 1989, finalizou seu quarto disco, "As Quatro Estações", com a maior vendagem em disco da banda e a maior nos últimos anos do Rock Brasil. Em 7 julho de 1989, o clima era de luto: Cazuza havia morrido e em 21 de agosto do mesmo ano, morreria Raul Seixas. Era o fim de uma era do Rock Brasil.
Blitz
Um dos maiores fenômenos de venda de discos do início da década de 1980, foi o primeiro grande estouro da década de 1980 que, com apenas quatro anos de existência (1982-1986) e três discos, mudou o cenário da música popular brasileira, abrindo os caminhos que em seguida seriam percorridos por toda uma geração de bandas brasileiras, todas elas fortemente ligados ao gênero rock.
Suas músicas leves e dançantes contavam verdadeiras crônicas da juventude dourada da Zona Sul do Rio de Janeiro, que eram apresentadas nos seus shows, sempre superlotados, com a característica teatralidade do grupo, do qual faziam parte alguns dos maiores nomes do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que dominou a cena teatral carioca na década de 1970. Entre os seus integrantes, figuravam Evandro Mesquita(sua música Você não soube me amar, de 1982, é sucesso nacional.), Fernanda Abreu e Lobão, que posteriormente iniciaram bem-sucedidas carreiras solo.
Titãs
Apareceu no cenário pop com oito integrantes: Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Antônio Carlos Liberati Belotto, Paulo Roberto de Souza Miklos, José Fernando Gomes dos Reis , Ciro Pessoa, Sérgio de Britto Álvares Affonso, Joaquim Cláudio Correia de Mello Júnior e André Jungman, formada em São Paulo, o nome de Titãs do Iê-iê-iê e uma estética muito influenciada pela chamada new wave, com muita mise-en-scène, roupas coloridas e letras leves como a de Sonífera ilha. Ciro Pessoa sai da banda em 1984 e forma o grupo Cabine C. No ano seguinte o baterista André Jung transfere-se para a banda Ira!, dando lugar a Charles Gavin. Arnaldo Antunes desliga-se em 1992 para seguir carreira solo.
Em 1984 lançam o primeiro disco pela Warner, já com o nome definitivo Titãs. Ao longo de sua trajetória a sonoridade do grupo alternou entre o rock básico, o som mais pesado da década de 80 e o flerte com o pop na década de 90.
O segundo disco da banda, Televisão, foi apenas um prenúncio da contundente postura que seus integrantes iriam adotar a partir do vigoroso Cabeça dinossauro, no qual começaram a utilizar guitarras distorcidas, beats tribais e eletrônicos e letras de uma contundência poucas vezes vista na história da MPB, nas quais fazem ácidas críticas a todas as instituições da sociedade burguesa. O disco seguinte, de 1986, acrescenta peso às composições e aos arranjos. Vieram, em seguida, Jesus não tem dentes no país dos banguelas, Go back, Õ blésq blom, Tudo ao mesmo tempo agora e Titanomaquia, nos quais foram radicalizando cada vez mais tal postura, chegando a um ponto de cansar o seu até então fiel público. Em 1994, resolveram rever o trabalho que vinham fazendo até então, lançando Um dois. O sucesso maior foi em 1997, com o lançamento do Acústico MTV, um álbum com releituras dos maiores êxitos em quinze anos de carreira (com algumas inéditas), que atingiu quase dois milhões de cópias vendidas. Volume II, lançado no ano seguinte, repete a fórmula do Acústico, incluindo sucessos que não entraram no disco anterior, mas não alcança o mesmo resultado. As Dez Mais (1999) é o último álbum lançado pela Warner, com repertório composto por versões para músicas de outros autores. Voltam a se reunir em junho de 2001 para a gravação de um novo disco, mas dias antes um acidente vitima fatalmente o guitarrista Marcelo Fromer. Outro fato marcante foi a saída de Nando Reis no final de 2002.
Barão Vermelho
Cazuza é considerado o principal letrista da geração anos 80 do rock brasileiro. Integra o grupo Barão Vermelho, responsável por sucessos como Bete balanço, Maior abandonado e Codinome beija-flor. Seu principal parceiro é Roberto Frejat, guitarrista que permanece à frente do Barão Vermelho. Descobre ter Aids em 1987, mas não se deixa abater pela doença, prosseguindo suas atividades artísticas. A maneira como resiste, até morrer, contribui em muito para derrubar os preconceitos que envolvem portadores de HIV. O Tempo não pára, seu último sucesso, foi gravado ao vivo em 1988.
O Barão Vermelho interrompeu o trabalho de composição e fez o disco Álbum, no qual visitou velhos sucessos de Rita Lee, Luís Melodia e Ângela Ro Ro, entre outros grandes nomes de um passado recente da MPB.
Paralamas do Sucesso
Paralamas do Sucesso, grupo de rock brasileiro formado pelo guitarrista e vocalista Herbert Vianna, pelo baixista Bi Ribeiro e pelo baterista João Barone. Surgiu em 1982 com a despretensiosa Vital e sua moto, executada com freqüência na hoje extinta Rádio Fluminense FM do Rio de Janeiro, um dos principais berços da geração de bandas de rock. Chamaram a atenção da gravadora EMI, pela qual lançaram Cinema mudo (1983) e Passo do Lui (1984). A consagração só veio com Selvagem, em 1986, a partir do qual começou a tomar forma a eclética sonoridade do grupo, que mescla os ricos ritmos brasileiros como o ska, o reggae e o rock. O sucesso desse trabalho levou a banda para o festival de Montreux, onde gravou ao vivo o álbum D, que, no entanto, não foi lançado comercialmente.
Em 1989, foi realizado Big-bang, considerado pela crítica o melhor trabalho da banda. Nele, gravaram obras-primas como Lanterna dos afogados ("Uma noite longa pra uma vida curta"). A partir de 1991, começaram a trabalhar o público latino-americano e o sucesso foi tão grande que justificou a versão para o espanhol de dez sucessos da banda em um CD que chegou a vender mais de 1 milhão de cópias em dez países.
Legião Urbana
Em meados de 1980, Renato Russo formou uma banda chamada Aborto Elétrico, começou no baixo e logo passou para a guitarra. Com o fim do Aborto Elétrico, Renato intitulou-se O Trovador Solitário e, com um violão, tocava abrindo shows de outros grupos locais e apresentando novas composições, como "Faroeste Caboclo". Mas Renato não queria seguir sozinho. Ele achava que era importante ter uma banda no mundo do rock. Nesse mesmo ano Renato formou a Legião Urbana.
As primeiras formações do Legião contam ainda com Paulo Paulista (teclados), Eduardo Paraná (guitarra), substituído por Ico Ouro-Preto, e Marcelo Bonfá, na bateria. Em 1983, o guitarrista Dado Villa-Lobos entra no lugar de Ouro-Preto e cristaliza com um trio (Dado, Bonfá e Russo) a formação clássica da banda. O baixista Renato Rocha "Negrete" participa de shows e da gravação dos três primeiros discos. Já em 1983 o grupo se apresenta fora de Brasília, com grande sucesso graças ao compacto Será (1984). Ao longo da década consolida-se como uma das mais importantes bandas no cenário do rock brasileiro, e acumula sucessos como Eduardo e Mônica, Que País É Este, Pais e Filhos, Meninos e Meninas, Faroeste Caboclo e Quando o Sol Bater na Janela do Seu Quarto. A banda termina em 1996, com a morte do vocalista e principal compositor, Renato Russo, em decorrência de Aids. Marcelo Bonfá segue carreira solo e Dado Villa-Lobos é dono de uma gravadora, a RockIt.
A Doutrina Nazista
Grupo Escolar - Rafael Queiroz
Foi na prisão militar de Landsberg que Adolf Hitler escreveu a primeira parte do livro "Mein Kamph (Minha Luta)" que se tornou o livro sagrado do nazismo.
Nesse livro Hitler expôe as bases de sua doutrina: Um conjuto de idéias fanáticas e pseudocientíficas.
Entre as pricipais teses hitleristas destam-se:
1º A Superioridade da Raça Ariana: Hitler afirma que o povo alemão descendia de uma raça superior (Os Arianos) e, por isso, tinha o direito de dominar as raças inferiores (Judeus, Eslavos...etc).
2º O anti-senitismo: Hitler declarava que os judeus (semitas) faziam parte de uma raça inferior, sendo capazes de corromper e destruir a pureza alemã. Os casamentos entre judeus e alemães deveriam ser proibidos; e os judeus aniquilados.
3º O total fortalecimento do Estado: Hitler defendia a total submissão do indivíduo á autoridade soberana do Estado personificada na figura de Führer (chefe).
4º O expansionismo: Hitler afirmava que o povo alemão tinha direito de conquistar seu espaço vital, expandido militarmente seu território.
Falando do sistema educacional, Hitler escreveu as seguintes palavras no Mein Kamph:
“O povo alemão, hoje destruído, morrendo, entregue, sem defesa, aos pontapés do resto do mundo, tem absoluta necessidade de força que a confiança em si proporciona. Todo o sistema educacional deve ter como objetivo dar as crianças de nosso povo à certeza de que são absolutamente superiores aos outros povos.”
O que é o TNP - Tratado de Não Proliferação Nuclear?
Juliana, Grupo Escolar
O TNP - Tratado de Não Proliferação Nuclear é um acordo que impõe restrições às grandes potências mundiais com relação ao desenvolvimento de armas nucleares.
O tratado foi firmado em 1967 e legitimou a posse de armas nucleares pelos Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, França e China e tentou evitar que outras nações desenvolvessem esse tipo de tecnologia.
O TNP foi o resultado de uma barganha diplomática, ou seja, um acordo foi firmado para garantir que países abririam mão do acesso a armas nucleares em troca do desarmamento progressivo das grandes potências. Além disso, as nações que aceitavam desistir da produção de armas nucleares ganhavam o direito de receber a transferência de energia nuclear para fins pacíficos.
O TNP acabou dividindo o mundo em dois grupos: os "que têm" e "os que não têm" armas nucleares.
As restrições do TNP têm sido aceitas voluntariamente por muitos países. O Brasil assinou o tratado em 1992, ao perceber que a posse de armas nucleares não traria vantagens ao país.
Segundo o tratado, os países que insistirem em desenvolver armas nucleares estarão sujeitos a restrições às importações de certos materiais e equipamentos e medidas retaliatórias de maior ou menor intensidade, como aconteceu com Iraque, Líbia, Irã e Coréia do Norte.
Fonte da Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:NPT_Participation.svg
O declínio do Segundo Reinado no Brasil
Juliana do Grupo Escolar
A queda do Segundo Reinado no Brasil começou a dar sinais de que iria ocorrer durante a crise do Império em meados do século XIX.
Era um período de muitas transformações econômicas e sociais no Brasil, com o advento da cafeicultura.
Os cafeicultores e a camada média da população estavam insatisfeitos com a monarquia e passaram a apoiar os republicanos na derrubada do Império.
Nesse período também houve intensa movimentação a favor da abolição e, após a guerra do Paraguai, em 1870, vários segmentos sociais começaram a se posicionar em defesa da libertação dos escravos.
Por esses motivos o reinado de Dom Pedro II, que começou em 23 de julho de 1840, só se estendeu até 1889. Isso porque a própria população pedia mudanças.
A partir daí a República começou a ganhar forças, graças também ao apoio dos grandes proprietários de terras nordestinos, a quem a monarquia já não favorecia.
Com novas pretensões políticas e sociais, a República foi implantada no Brasil, no dia 15 de novembro de 1889, quando o marechal Deodoro da Fonseca assumiu o governo transitório.
Fonte:http://www.grupoescolar.com/pesquisa/o-declinio-do-segundo-reinado-no-brasil.html
Arte Brasileira
á havia manifestações quando os europeus o descobriram, em 1500. Os indígenas brasileiros praticavam a pintura ritual do próprio corpo, eram exímios artesãos, trabalhando em madeira, pluma ou fibras vegetais, possuíam uma arquitetura simples, adaptada às condições climáticas das regiões que habitavam e produziam esplêndidos objetos de cerâmica, tanto para fins utilitários, como para fins cerimoniais .
Nos séculos dezesseis e dezessete as primeiras manifestações de pintura do Brasil-colônia foram surgindo em igrejas e conventos, não só sob a forma de painéis com temas religiosos, mas também de imitações pictóricas de talha.
A Segunda Guerra Mundial provoca uma interrupção por contatos dos artistas brasileiros com a arte internacional, embora já vivesse no Brasil uma série de artistas estrangeiros. Terminado o conflito, os tempos melhorariam em consequência sobre tudo da alta do preço do café no exterior e do impulso da industrialização no Eixo São Paulo-Rio.
Nesse processo cultural a tônica foi dada pela cultura européia, o que se reflete também na produção de bens utilitários na colônia. Porém a influência das culturas negra e indígena aparece principalmente nos objetos de cunho mais popular: cerâmica e cultária. Do escasso mobiliário indígena, uma das poucas coisas que restaram foi a rede de dormir a peça mais comum nos alpendres e varanda das moradias contemporânea, de norte a sul do país.
Fonte:
Imagem: http://static.blogstorage.hi-pi.com/photos/jackdesenhos.arteblog.com.br/images/gd/1227990405/INDIO-AEROGRAFIA-EM-PAPEL-40-KG-PINTURA.jpg
http://br500.tripod.com/Cultura_Arte.htm