A cerâmica mais antiga conhecida até hoje procede do Japão e data do IV milênio a.e.c. No Oriente Médio, cerâmica apareceu três mil anos depois e pode afirmar-se que se tratou de uma invenção independente. Em todo o mundo, a cerâmica associa-se à vida urbana sedentária, dado que o seu volume e a sua fragililade não a tornam adequada ao estilo de vida nômade dos povos caçadores e coletores.
A cerâmica é um dos instrumentos mais úteis com que contam os arqueólogos do Oriente Médio, dado que em toda a região se encontra uma grande quantidade de fragmentos. Os recipientes de cerâmica são de difícil confecção e muito frágeis. As peças quebradas não podiam ser utilizadas novamente e eram jogadas fora. Felizmente, a argila cozida é quase indestrutível. conserva-se sob quase todas as condições. Muitas povoações estão cobertas por uma camada de cacos depois de o vento e a chuva terem erodido a superfície do terreno.
O estudo da cerâmica proporciona muita informação. A procedência da argila pode ser determinada por análises científicas, dado que a composição química das argilas utilizadas pelos recipientes varia. Até sem a ajuda da análise é fácil distinguir entre diversos tipos de cerâmica. A mistura que se acrescenta à argila pode ser de vários tipos: areia, resíduos, cabelos etc. Cada uma deixa a sua marca na fabricação do recipiente. A confecção deste varia segundo as condições nas quais é feito. Especialmente a presença ou a ausência de oxigênio nas câmaras de cozimento modifica a cor da argila, que varia de vermelho (com oxidação) a cinzento ou preto (reduzida). Existe uma grande disparidade em formas e tamanhos, de pratinhos planos a enormes talhas. Algumas eram modeladas à mão e completadas com a junção de peças de argila em forma de bolinhas, de lâminas ou de anéis. Outras eram prensadas em móveis, ou ainda aquelas a que se dava forma em um torno lento (a partir de 4500 a.e.c.) ou em um torno rápido (a partir de 2000 a.e.c.). O tratamento dado à superfície também variava: alisava-se, esmaltando-a com uma fina camada de argila líquida, ou pintava-se com pigmentos de argila; podia-se polir, gravar, cinzelar, estampar ou fazer incrustações e, depois de 1500 a.e.c. vitrificar.
As técnicas de fabricação e de decoração diferem segundo as regiões e as épocas, de modo que a cerâmica presta um grande serviço no momento de datar um período. É muito útil para os tempos pré-históricos ou para outras épocas nas quais as fontes escritas não são abundantes. Além disso, os fragmentos recolhidos na superfície de um povoado podem ser utilizados para datar o momento de ocupação do lugar e para determinar as alterações nas características de uma região através do tempo. A cerâmica é também um indicador da atividade comercial e das influências culturais.
Apesar de os grandes traços do desenvolvimento dos estilos cerâmicos nas diferentes regiões do Oriente Médio serem bem conhecidos, é necessário prosseguir os estudos para aperfeiçoar a cronologia e compreender melhor os pormenores da fabricação e da distribuição da cerâmica na Antigüidade.
Fonte:http://www.historia.templodeapolo.net/textos_ver.asp?Cod_textos=220&value=A%20import%C3%A2ncia%20da%20cer%C3%A2mica%20no%20Estudo%20da%20Antig%C3%BCidade%20&liv=&civ=Civiliza%C3%A7%C3%A3o%20Sum%C3%A9ria#topo
2.9.15
A importância da cerâmica no Estudo da Antigüidade
Batalha do Riachuelo - o que foi, resumo, história
O que foi, data, Guerra do Paraguai, quem venceu, resumo, 1865, história, quando aconteceu
Batalha do Riachuelo (obra de Victor Meireles)
O que foi
A Batalha do Riachuelo foi um dos principais eventos militares ocorridos durante a Guerra do Paraguai. Aconteceu no dia 11 de junho de 1865, nas margens do rio Riachuelo, um afluente do rio Paraguai (situado na província de Corrientes, Argentina).
História
Esta batalha naval colocou de um lado os paraguaios e de outro os brasileiros. O Paraguai, sem conexão com o mar, queria muito controlar os rios da bacia do Prata, pois significava uma saída para o Oceano Atlântico, ou seja, uma via de transporte de pessoas e mercadorias.
Na fase inicial da guerra, o Paraguai já havia feito importantes conquistas militares, ocupando regiões da Argentina, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Se saíssem vencedores da Batalha do Riachuelo, iriam controlar os rios Paraná e Paraguai e dar um importante passo na conquista do Rio Grande do Sul e do Uruguai. Desta forma, poderiam fazer comércio com outros países e até receber armas da Europa.
Vitória brasileira na Batalha do Riachuelo
A estratégia paraguaia era boa. Aproveitariam o nevoeiro intenso da madrugada para atacar os navios de guerra brasileiros. Porém, um dos navios paraguaios apresentou um problema e fez com que todos outros chegassem atrasados (9h da manhã) para o ataque, num momento que o nevoeiro já havia passado. Com boas condições climáticas e visuais, as forças navais brasileiras, lideradas pelo Almirante Barroso venceram o Paraguai nesta importante e estratégica batalha.
Alguns dados da Batalha do Riachuelo:
- A frota brasileira era composta por nove navios de guerra. Já a frota paraguaia possuía 8 navios de guerra.
- Cerca de 2.500 militares brasileiros combateram na Batalha do Rioachuelo.
Dente humano de 560 mil anos é encontrado na França
AFP / Raymond Roig
Descoberta aconteceu em Tautavel, próximo a Perpignan, um dos sítios pré-históricos mais importantes do mundo.
Da AFP
Uma arqueóloga voluntária francesa de 16 anos e um colega de 20 encontraram na semana passada no sudoeste da França o dente de um adulto que viveu há 560.000 anos, uma descoberta importante, segundo os pesquisadores.
"Um dente grande de adulto - de homem ou mulher, não se sabe - foi encontrado durante as escavações em um nível do solo que sabemos que remonta de 580.000 a 550.000 anos, porque utilizamos diversos métodos de datação diferentes", explicou nesta terça-feira à AFP a paleoantropóloga Amélie Viallet, de 39 anos.
"É uma descoberta importante porque temos poucos fósseis humanos deste período na Europa", acrescentou.
"É uma peça do quebra-cabeças que nos faltava para contribuir na resolução da pergunta crucial: o homem de Neandertal, de 120.000 anos, é proveniente de uma única linhagem?", acrescentou a paleoantropóloga.
Tautavel, um povoado próximo a Perpignan, é um dos sítios pré-históricos mais importantes do mundo.
Neste mesmo lugar, onde milhares de voluntários fazem escavações há 50 anos, já haviam sido encontrados mais de 140 restos de esqueleto do "homem de Tautavel", que viveu há 450.000 anos.
Na tarde de quinta-feira, Camille, de 16 anos, e Valentin, de 20, trabalhavam com um pincel quando encontraram o dente, contou Viallet.
Como era o sexo na Idade Média?
por Marina Motomura
Na era medieval, a vida entre quatro paredes ficou mais recatada por causa da influência da Igreja Católica. No mundo ocidental, tudo que era relacionado ao sexo - exceto a procriação - passou a ser pecado. Até pensar no assunto era proibido! O único que se dava bem era o senhor feudal: além de colocar cinto de castidade em sua esposa, ele tinha o direito de manter relações sexuais com qualquer noiva em seu feudo na primeira noite do casamento dela. A datação tradicional da Idade Média vai de 476, queda do Império Romano do Ocidente, a 1453, queda de Constantinopla. Já no Oriente, em países asiáticos, a liberdade sexual era maior. Os homens orientais podiam, por exemplo, ter quantas mulheres quisessem, desde que conseguissem sustentar todas. "Mas o segundo casamento tem de ter autorização da primeira esposa. Isso foi feito para a mulher não ficar sozinha e desamparada", diz o historiador Claudio Umpierre Carlan, professor da Universidade Federal de Alfenas (MG) e pesquisador da Unicamp.
PROIBIDÃO
Sexo era pecado e deveria ser evitado a todo custo
Paquera
Por volta do século 12, surgiu o chamado amor cortês. Na corte, o cavaleiro levava o lenço da mulher amada. Mas era uma amor platônico e infeliz - como os casamentos eram arranjados por interesses econômicos, o cavaleiro e a dama quase nunca ficavam juntos. Os noivos arranjados muitas vezes só se conheciam por meio de retratos pintados a óleo
Posições
Só uma posição era consentida pela Igreja: a missionária (atual papai-e-mamãe). Ela tem esse nome porque os missionários cristãos queriam difundir seu uso em sociedades onde predominavam outras práticas. Para os cristãos, ela é a única posição apropriada porque, segundo são Paulo, a mulher deve sujeitar-se ao marido. O recato entre quatro paredes era tamanho que, em alguns lares mais tradicionais, o casal transava com um lençol com um furo no meio!
Masturbação
Para desincentivar o prazer sexual solitário, surgiram nessa época os mitos de que os meninos ficavam com espinhas ou calos nas mãos caso se masturbassem. Se uma menina se tocasse, ou estava tendo um encontro com Satã ou havia sido enfeitiçada por bruxas. A paranoia era tão grande que muitos tomavam banho vestidos - até o banho era considerado um ato libidinoso
Casamento
A família da noiva, que podia casar logo após a segunda menstruação, pagava um dote (dinheiro ou bens) ao noivo, que tinha, geralmente, entre 16 e 18 anos. Mas havia proibições, claro: o papa Gregório I proibiu o casório entre primos de terceiro grau, e Gregório III proibiu a união de parentes de até sexto grau!
Ciência
A anatomia não evoluiu muito na era medieval, mas os conhecimentos técnicos para evitar o sexo, sim! Não há consenso entre os historiadores sobre a invenção do cinto de castidade, mas acredita-se que o modelo mais antigo seja o de Bellifortis, de 1405. Feito de metal, ele tinha aberturas farpadas que permitiam urinar, mas não copular. Também foi inventada a infibulação, técnica de costura da vagina para garantir a fidelidade da mulher ao senhor feudal quando ele viajava
Homossexualidade
A relação homossexual era chamada sodomia e era crime com pena de morte, além de ser considerada heresia pela Igreja - os homossexuais poderiam até ser queimados em fogueiras. No Oriente, era aceito - mas na surdina. Por exemplo, em exércitos em guerra, era preferível a relação entre soldados do que recorrer a prostitutas
Prostituição
Como os homens não podiam ter prazer com as esposas, com quem só transavam para procriação, a procura por prostituas era grande. Ao mesmo tempo em que eram malvistas pela sociedade e pela Igreja, as profissionais do sexo tinham que doar metade de seus lucros ao clero - foi o que instituiu o papa Clemente II (1046-1047)
Pecados
Segundo a suma teológica de são Tomás de Aquino, documento escrito de 1265 a 1273, havia dois tipos de pecado pela luxúria:
- Pecado contra a razão
Fornicação e adultério, por exemplo
- Pecado contra a natureza
São os pecados que contrariam a ordem natural do ato sexual. Aí se incluem masturbação, sexo com animais, homossexualidade e a prática antinatural do coito. Leia-se: não podia ser feito sexo em orifícios não naturais (boca e ânus), mesmo que fosse entre marido e mulher!
O que foi o Experimento Filadélfia?
por Bruna Estevanin
1. Em 28 de outubro de 1943, a Marinha dos EUA supostamente teria conseguido deixar o destroier USS Eldridge invisível. E mais: a embarcação teria sido teleportada da Filadélfia para a base naval de Norfolk. O marinheiro Carl Allen estava em Norfolk, a bordo do Liberty USS Andrew Furuseth, e teria visto quando o navio militar surgiu, envolto numa névoa verde
2. Allen alegou ter sido a única testemunha, porque o fenômeno durou poucos instantes e vários tripulantes do Eldridge morreram ao se fundir com o navio no teleporte de retorno. Segundo conspirólogos, os sobreviventes foram enviados a centros psiquiátricos militares, onde sofreram lavagem cerebral para esquecer tudo, e declarados como "perdidos em missão"
3. A façanha seria uma aplicação da Teoria do Campo Unificado, de Albert Einstein. O físico realmente trabalhava para a Marinha. Em uma carta de junho de 1943, dizia ao tenente Stephen Bruneauer: "Tenho uma ideia de um aparato eletromagnético para esse propósito que gostaria de apresentar a vocês". Em outra, afirmava que "o experimento me parece ser o único modo de confirmação"
4. Anos depois, Allen passou a mandar cartas para o astrônomo Morris K. Jessup, autor da ficção científica The Expanding Case for the UFO (1955). Allen enviou anonimamente às autoridades uma cópia desse livro, com anotações sobre a "experiência". Essa versão "comentada" chegou a ser lançada por membros da Marinha e ficou conhecida como "Edição da Varo"
5. Interrogado pela Marinha, Jessup começou a investigar a história. Em 19 de abril de 1959, marcou um encontro com o dr. Manson Valentine para revelar uma importante descoberta. Mas, no dia seguinte, foi encontrado morto em seu carro, num estranhosuicídio com monóxido de carbono. Teria sido uma queima de arquivo?
6. Em 1969, Allen finalmente veio a público. Apareceu no Escritório de Pesquisa de Fenômenos Aéreos, no Arizona, e confessou que a história tinha sido inventada. Dez anos depois, porém, voltou atrás e colaborou com os autores Moore & Berlitz em The Philadelphia Experiment: Project Invisibility, o livro que cristalizou essa teoria da conspiração na cultura pop
7. Em 1984, a história inspirou o filme Projeto Filadélfia, com Nancy Allen (estrela da trilogia RoboCop). A película fez surgir uma nova testemunha. Alfred Bielek, suposto responsável pelo setor eletrônico do USS Eldridge, alegou que havia sofrido lavagem cerebral e só relembrou tudo o que havia acontecido ao assistir ao longa-metragem
8. Segundo Bielek, a experiência teria acontecido em 12 de agosto, e não em outubro. E havia sido muito mais que um teletransporte: ele havia viajado pelo tempo, de 1943 a 1983 (assim como havia sido descrito no filme). Além disso, a fenda temporal criada pelo campo magnético atraiu óvnis para a Terra e um deles tinha sido capturado pela Marinha dos EUA
Curiosidade
Allen realmente existiu: segundo registros da Previdência Social, morreu em 1994, no Colorado
Por outro lado...
Diversos registros não indicam nada de incomum na trajetória do USS Eldridge
- O diário de bordo do Eldridge não relata nenhuma atividade anormal ao longo de 1943 e a Marinha nega ter realizado qualquer projeto
- O Eldridge continuou navegando normalmente até 1951, quando foi entregue à Grécia. Suas viagens estão disponíveis para consulta no site da Marinha dos EUA
- Os registros do USS Andrew Feruseth indicam que ele já não estava em Norfolk na data da suposta experiência
- Einstein era consultor em outro projeto, que nada tinha a ver com invisibilidade ou teleporte. Ele desenvolvia um mecanismo magnético para repelir as minas submarinas alemãs, que só em 1942 afundaram mais de mil embarcações dos Aliados
- Hoje existem várias pesquisas de sucesso envolvendo invisibilidade, mas todas funcionariam apenas para certos comprimentos de onda. Por exemplo, aviões podem ficar "invisíveis" para radares, mas não para a luz
- Tudo o que se conhece sobre invisibilidade atualmente não tem relação com a Teoria do Campo Unificado de Einstein
- A filha de Jessup acredita que o suicídio foi verídico, já que, segundo ela, o pai estava deprimido após passar por um divórcio recente e ter recebido críticas hostis a seu livro
LEIA MAIS
Como se cria uma teoria da conspiração?
8 teorias da conspiração malucas demais para serem verdade
FONTES US Navy, Naval History and Heritage Command, filme ProjetoFiladélfia(1984), documentário The Philadelphia Project Experience, do History Channel, e sites UFO, Universia, The Philadelphia Experiment from A-Z, E-Telescope e USS Venture
1945: Capitulação do Japão na Segunda Guerra Mundial
Em 2 de setembro de 1945, o Japão assinou a declaração de capitulação da Segunda Guerra Mundial. Pouco antes, a Força Aérea dos Estados Unidos havia arrasado as cidades de Hiroshima e Nagasaki com bombas nucleares.
Delegação japonesa a bordo do USS Missouri
"(...) O inimigo começou a empregar uma nova e especialmente cruel bomba, capaz de matar muitas pessoas inocentes e cujo poder de destruição é incalculável. Se continuássemos a lutar, isto significaria não apenas o colapso e a destruição da nação japonesa, como também levaria ao extermínio completo da civilização humana (...)"
Estas foram as palavras do imperador Hirohito, pronunciadas alguns dias após o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. No dia 2 de setembro de 1945, o império japonês capitulou.
"Nós ganhamos o jogo", afirmou Harry S. Truman, então presidente americano, logo após a assinatura da rendição japonesa, efetuada no navio de guerra USS Missouri.
Até então, o império japonês se impunha com uma estratégia agressiva: em 1937, tomou a China. Num ataque-surpresa, em 7 de dezembro de 1941, destruiu a esquadra americana ancorada na base naval de Pearl Harbor, no Havaí.
Meio ano depois, o Japão ocupou o Sudeste da Ásia e a maior parte do Pacífico Ocidental, um enorme território que chegava até a fronteira da Índia e à Austrália. Tais façanhas foram possíveis graças ao acordo de 1939, que criou o "Eixo" Alemanha-Itália-Japão, e ao pacto de não-agressão com a União Soviética.
Fanatismo, apesar da derrota
A virada militar em favor dos Aliados ocorreu quando os americanos venceram as batalhas navais de Midway e do Mar de Coral, em 1942. O resultado foi a perda da supremacia aérea e marítima do Japão na região. Apesar da evidente derrota, os mais fanáticos continuavam resistindo, à medida que os aliados se aproximavam da ilha.
Foto de Hiroshima, de abril de 1946, mostra a dimensão dos estragos provocados pela bomba atômica lançada sobre a cidade em 6 de agosto de 1945
O lançamento das bombas nucleares sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, e a declaração de guerra da União Soviética contra o Japão levaram o imperador Hirohito a exigir de seu governo o fim incondicional da guerra, apesar da resistência de outros dirigentes políticos e militares.
Até hoje se questiona a real necessidade de empregar bombas atômicas já no final da guerra. Muitos americanos acreditam que seu lançamento obrigou a rendição japonesa e evitou a morte de milhares de soldados de seu país.
Entretanto, o historiador e ex-funcionário do Departamento de Estado Americano Gar Alperovitz discorda: "Acho que o presidente conhecia outras possibilidades de acabar com a guerra até mais rapidamente. Na verdade, é preciso dizer: quando lançou a bomba, o presidente muito provavelmente sacrificou também a vida de americanos". Apesar da rendição, ainda levou um bom tempo até os japoneses se distanciarem de sua política expansionista.
Autoria Michael Marek (ms)
Escravidão, ilustração e abolicionismo
passar séculos em estranho silêncio sobre a permanência da servidão e da escravidão, a intelectualidade ocidental, destacando-se os integrantes do Iluminismo anglo-francês, passaram a denunciar o horror e a desumanidade da instituição servil. O século XVIII, justamente quando o tráfico negreiro foi mais intenso e lucrativo para os mercadores, conheceu ao revés uma crescente indignação moral contra a utilização da mão de obra cativa na vida produtiva das sociedades. A conseqüência direta disso foi o surgimento de sociedades filantrópicas e abolicionistas, tanto em Londres como em Paris, que fizeram intensa agitação em favor da abolição do tráfico e do fim dos grilhões que prendiam seres humanos, criando desde então um cenário favorável para que, especialmente após a Revolução francesa de 1789, a instituição servil se visse condenada para sempre.
Charles de Secondat, barão de Montesquieu ironizou os escravagistasFoto: Reprodução
Origem do tráfico
"Um dia os homens brancos chegaram em barcos com asas, que brilhavam no sol como se fossem facas. Eles travaram duras batalhas com os Nogla e cuspiram fogo sobre eles."
Tradição oral Pende.
Ainda que a escravidão não fosse desconhecida na África, sendo que a compra venda de aprisionados era praticada há muito tempo entre os traficantes árabes e os sobas, régulos e outros chefes tribais africanos, foi com a descoberta da América no final do século XV que o tráfico negreiro atingiu dimensões de um grande negócio, vindo a se tornar um dos maiores do mundo de então, em sua primeira fase da globalização.
Nos decênios seguintes à viagem de Colombo, centenas de feitorias portuguesas, holandesas e inglesas, foram instaladas nas saliências da África Ocidental – na Costa dos Escravos e no Golfo de Benin - para dedicarem-se exclusivamente ao translado da mão de obra africana apresada, transportando-a a ferros para as grandes plantações de açúcar, de tabaco, e para minas situadas no Novo Mundo.
Os atraentes produtos coloniais, somados às incontáveis riquezas encontradas a toda hora no subsolo da América, produziram uma fome insaciável por braços africanos, absorvidos no Novo Mundo como se fora carvão humano para energizar a revolução econômica do mercantilismo europeu.
Grande parte do intercambio mercantil entre a Europa, África e Américas (especialmente entre 1650 e 1850), o tristemente famoso “Comércio Triangular”, foi tomado pelas naus dos negreiros que nada mais eram senão que masmorras flutuantes cruzando o oceano empurradas por grandes velas, em cujos porões agrilhoados iam os africanos aterrorizados pelo estalar das chibatas e pelos gritos dos capatazes.
Os padecimentos do tráfico
No período que vai de 1450 a 1850, calcula-se que de 12 a 15 milhões de negros teriam sido conduzidos ferreteados em navios pelos modos mais desumanos possíveis até serem descarregados nos portos do Brasil, da América do Norte e das Índias Ocidentais (estima-se que 20% deles morreram nas viagens devido às péssimas condições existentes a bordo).
Como testemunhou Alexander Falcolnbridge ( An Account of the Slave Trade on the Coast of África, 1788 ), antes de embarcarem num negreiro e serem marcados com ferro-em-brasa, eles eram submetidos a um detalhado exame feito pelos compradores europeus que, por primeiro, avaliavam a idade do escravo, verificando em seguida o seu estado de saúde.
Alertavam-se em perceber se ele estava afligido por qualquer enfermidade, deformado ou com os olhos ruins e os dentes estragados, mancando, mal dos joelhos, ou com as costas muito encurvadas. Se o pobre se apresentava sem condições para trabalhar, era rejeitado. Nada diferente, pois, do que o ritual que envolvia a compra de gado ou de cavalos. Eram, pois, as regras da zoologia as que imperavam no tráfico.
Mercadejando escravosFoto: Reprodução
A bordo, a situação deles era ainda pior. Espremidos em porões superlotados, insalubres e fétidos, sem as mínimas condições de higiene, eles viajam acorrentados uns aos outros pelas mãos e pelos pés até o seu destino final. A maioria das mortes durante a longa travessia atlântica era provocada pela varíola e a disenteria, outros conseguiam de algum modo praticar o suicídio negando-se a comer fosse o que fosse e alguns simplesmente, acometidos pela nostalgia, se deixavam apagar de tristeza, era o chamado banzo.
Ainda assim, mesmo com um número significativo de perdas, os lucros eram extremamente atraentes: uma peça adquirida na costa da África por mais ou menos US$ 25 era revendida na América, um tanto depois, por US$ 150, e às vezes bem mais. Por conseguinte, um magote de 500 ou 700 cativos levado por um veloz “negreiro” rendia algo como US$ 7,5 mil a US$ 10,5 mil de uma só vez, o que fez com que o tráfico de escravos fosse um dos mais atrativos empreendimentos aos olhos dos homens de negócio europeus.
Não só deles, como de reis, bispos e outros grandes senhores também, que, apesar de seus rogos de fidelidade aos céus de Jesus e às santas igrejas, não refugaram em meter-se naquele “negócio do diabo”, sujo mas muito bem recompensado. (*)
(*) Antes de alcançarem os pontos de embarque, eles eram trazidos pelos caçadores de escravos dos confins da África em longas caravanas a pé sob o olhar vigilante do chicoteador e a mira dos arcabuzes. Segundo um dos tantos testemunhos disso: “Os escravos estão comumente presos pelo mesmo par de correntes, a perna direita de um na perna esquerda do outro. Devido a elas eles só podem caminhar muito devagar. Cada grupo de quatro escravos encontra-se preso pelo pescoço[um aparelho denominado libambo]. Eles são libertados das suas correntes a cada manhã na sombra de uma árvore quando eles são encorajados a cantarem algumas canções para levantarem o ânimo: ainda que alguns deles sustentem sua situação com estupenda coragem, a maioria encontra-se abatida e passa o dia numa espécie de sombria melancolia com os olhos presos ao chão.” (observação do aventureiro escocês Mungo Park – Travels to the interiors of África, 1799)
Tráfico transatlântico (1650-1900) (exportações de escravos por região)REGIÕES DA ÁFRICA Nº DE ESCRAVOS PERCENTUAL
Senegâmbia 479.900 4,7
Guine superior 411.200 4,0
Guiné 183.200 1,8
Costa do Ouro 1.035.600 10,1
Golfo de Benin 2.016.200 19,7
Golfo de Biafra 1.463.700 14,3
Angola 4.179.500 40,8
Moçambique 470.900 4,6
Total 10.240.200 100,0
Fonte: Paul E. Lovejoy – Transformation in Slavery, Cambridge University Press,2000.
Tráfico transatlântico (1450-1900) (importação por região)REGIÃO Nº DE ESCRAVOS PERCENTUAL
Brasil 4.000.000 35,4
Império Espanhol 2.500.000 22,1
Índias Ocidentais britânicas 2.000.000 17,7
Índias Ocidentais francesas 1.600.000 14,1
América do Norte britânica 500.000 4,4
Índias Ocidentais Holandesas 500.000 4,4
Índias Ocidentais Dinamarca 28.000 0,2
Europa (e ilhas) 200.000 1,8
Total 11.328.000 100,0
Fonte: Hugh Thomas – The Slave Trade. Nova York: Simon & Schuster,1997.
Iluminismo e Escravidão
O ponto de partida intelectual deflagrador do Movimento Abolicionista na época das Luzes deu-se por meio de um capítulo de Charles Louis de Secondat, barão de Montesquieu (1689-1755), intitulado da Escravidão dos Negros ( L´Esprit de Lois, Livre XV, cap.6, 1748 ), no qual o renomado pensador ironiza, “com o pincel de Molière”, como disse dele Voltaire, o fato do cristianismo dizer-se uma religião igualitária ao tempo em a sociedade de um modo geral convivia com o vergonhoso fato de que católicos e protestantes tivessem escravos ou auferissem lucros comandando o tráfico transatlântico.
Havia uma enorme contradição, por igual, em muitos europeus estarem deslumbrados por viverem no século do Iluminismo, marcado por notáveis avanços tecnológicos (a máquina-a-vapor, o para-raio, o tear mecânico, etc) ao tempo em que, a maioria deles, aceitava pacifica e acriticamente a exploração brutal dos negros nas colônias do ultramar.
Os Iluministas ao vislumbrarem a possibilidade da instalação do Reino da Felicidade aqui na terra e não mais no Céu, como a teologia cristã exaltava, entenderam a escravidão como uma excrescência inadmissível nos tempos do progresso e do avanço cientifico, além de ser uma instituição totalmente desumana.
Não poderia haver aperfeiçoamento ético dos homens e das mulheres, - uma das bandeiras da Ilustração – com eles presos por correntes e flagelados pelo açoite. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), no seu Discours sur l´origine et les fondements de l´inegalité parmi lês hommes (Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de 1754), considerou a sua simples existência como prova evidente da decadência da sociedade civilizada.
Louis de Jaucourt (1704-1779), homem sábio, de múltiplos conhecimentos, encarregado do verbete “Tráfico de Negros” daEncyclopedie , edição de 1776, condenou-a com veemência, denunciando-a como uma aberta violação “da religião, das leis naturais, e de todos os direitos da natureza humana”.
Voltaire (1696-1778), por sua vez, no verbete “Escravidão” do Dictionnaire Philosophique , de 1764, afirmou ironicamente que bastava perguntar-se mesmo ao mais miserável dos reduzidos ao cativeiro, ao mais carcomido deles, se preferiam a liberdade ou não, para ter-se uma posição definitiva sobre o problema. A Razão, portanto, repudiou a continuidade da Escravidão, sendo que coube a ele aclarar para o mundo, como se fora um potente farolete, as condições bárbaras que imperavam nos porões dos negreiros e nas senzalas das lavouras americanas.
Nas vésperas da Revolução, Jacques Brissot, futuro deputado girondino, funda a “Société des amis des Noirs”, a Sociedade dos Amigos dos Negros, em 1788 (que contava entre os seus quadros personalidades como Mirabeau, Condorcet, La Fayette, Étienne-Charles de Loménie de Brienne, o abade Henri Grégoire, o duque Dominique de La Rochefoucauld, Louis Monneron, Léger-Félicité Sonthonax e Jérôme Pétion de Villeneuve). A abolição da escravidão, todavia, apesar do emprenho parlamentar do abade Gregoire e do empenho do filósofo Condorcet, somente foi aprovada em 4 de fevereiro de 1794, na época da Convenção, e não quando se deu a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em agosto de 1789. (*)
(*) O principal porto atlântico francês com “vocação negreira” foi o de Nantes, no país do Loire: de 1703 a 1831, armou 756 “negreiros”, e entre 1703 a 1793 foram 1.336 que transportaram 450 mil escravos embarcados da costa da África (7.5% de um total de 6 milhões traficados no século XVIII). Napoleão, quando cônsul-geral, atendendo ao pedido dos colonos franceses das Antilhas, especialmente os da Martinica e de São Domingo (Haiti), centros produtores de açúcar, resolveu reinstituí-la pela lei de 20 de maio de 1802, o que provocou uma grande rebelião de ex-escravos, liderada por Toussaint-Loverture.
Bibliografia
Condorcet - Réflexions sur l’esclavage des nègres. Neufchatel : Société Typographique, 1781.
Davis, David Brion, - Slavery and Human Progress. Nova York: Oxford University Press,1986.
“ - The Problem of Slavery in Western Culture. Nova York: Oxford University Press, 1966.
Dorigny, Marcel – Gainot, Bernard - Société des Amis des Noirs (1788-1799) Paris: Edition UNESCO-EDICEF, 1998.
Himmelfarb, Gertude – La idea de la compasión : la ilustración británica vs. la francesa. Liberalismo.org
Montesquieu – O Espírito das Leis. São Paulo: Martins Fontes, 2005
Rousseau, Jean-Jacques – Discurso sobre a origem e os fundamentos da Desigualdade. São Paulo. Martins Fontes: 2005.
Smith, Adam – La riqueza de las naciones. México-Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1958.
Smith. Adam – Teoria dos sentimentos morais. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Voltaire – Dictionnaire Philosophique. Paris: Folio France, 1994.
Wood, Marcus - The Poetry of Slavery: An Anglo-American Anthology, 1764-1865. Oxford University Press, 2004.
Ditadura no Chile: Augusto Pinochet no poder
Por Juliana Miranda
O Chile foi comandado pelo ditador Augusto José Ramón Pinochet Ugarte. Pinochet foi um general do exército e se tornou presidente depois do golpe militar de 11 de setembro de 1973. Isso aconteceu depois da deposição e do suicídio do então presidente Salvador Allende. Pinochet governou o Chile entre 1973 e 1990. Esse pode ser considerado o período mais autoritário e próspero a história chilena. Mas como foi a vida do ditador chileno?
Pinochet era filho de um militar francês. Aos 18 anos de idade entrou para a Academia Militar de Santiago do Chile, onde terminou seus estudos em 1937. Em 1940 se casou com Lucía Hiriat Rodríguez, com quem teve 5 filhos.
Desde então, Augsto Pinochet seguiu carreira militar, sendo que em 1968 foi promovido a comandante-general e em 1971 a general de divisão e nomeado comandante-general do Exército de Santiago.
Depois do golpe militar e em seus 17 anos de comando, o ditador reprimiu a união dos partidos de esquerda e todos que eram oposição ao seu governo. Estima-se, que, em apenas 4 meses depois do golpe militar, 20 mil pessoas já tinham sido assassinadas e 30 mil presos políticos torturados a mando do general. Seu governo foi condenado pela comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas, justamente pela forma cruel com que tratava seus opositores. Entre 1978 e 1980, Pinochet organizou plebiscitos a fim de dar aparência de legalidade à ditadura. Porém, a partir de 1982 o Chile começou a entrar em declínio econômico.
Em 1986, Augusto Pinochet sofreu um atentado promovido pela Frente Patriótica Manuel Rodrigues. Cinco guarda-costas morreram e o próprio ditador quase foi eliminado com seu neto. Desde então, a oposição ao estilo de regime do ditador foi crescendo. Em 1989, ele foi pressionado pela comunidade internacional a realizar um plebiscito e isso abriu espaço para protestos populares contra seu regime. Depois das primeiras eleições nesse período, o Gerenal Augusto Pinochet entregou o poder em 1970 ao democrata-cristão Patricio Aylwin.
Pinochet conseguiu se manter como o responsável pelas Forças Armadas chilenas até 1998, quando então passou a ocupar o cargo de senador vitalício do país (cargo criado por ele).
Fora do poder, o ex-presidente-ditador respondeu a diversos processos na justiça por seus crimes durante a ditadura. Porém, os juízes tinham de obter o levantamento do tamanho da imunidade que gozava o ditador, que acumulava cargos de ex-presidente e senador vitalício e por isso necessitava fórum especial. Além das torturas, pesava contra Pinochet o desvio de verba pública e contas em paraísos fiscais. Mais de US$ 20 milhões teriam sidos roubados pelo comandante. Somente em barras de ouro, estima-se que o ditador possuía 190 milhões de dólares em um banco de Hong Kong.
Augusto Pinochet faleceu em 3 de dezembro de 2006, vítima de um ataque cardíaco, aos 91 anos de idade. Provavelmente sua família ainda disfruta das barras de ouro e do dinheiro desviado pelo ditador e torturador chileno.
Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/ditadura-no-chile-augusto-pinochet-no-poder.html
Maçonaria
A Rosa-Cruz originou (ou foi encampada) da franco-maçonaria.
Esta agremiação serviu de acobertamento para a conspiração contra o imperador francês, mas paralelamente encontramos a maçonaria inglesa, que também se proclama herdeira dos conhecimentos templários.
Com isso, isso está armado.
Duas ordens maçonicas, cada qual brigando pela descendência espiritual verdadeira da ordem dos templários.
Antes de falar pouco mais a respeito, lembremos que isso vai contra tudo o que a maçonaria prega, como a fraternidade, a irmandade e a humildade.
Sabemos que o encampamento dos rosa-crucianos pela franco-maçonaria deu a estes o "crédito" de ter promovido a revolução francesa e o guilhotinamento de Luis XVI. Nestas alturas, os franco-maçons já diziam que, para declarar antiguidade, a Ordem Franco-Maçônica teria nascido no Egito e que Moisés comunicou a doutrina secreta aos israelitas que foi transmitida aos Cavaleiros do Templo através do Templo de Salomão.
De acordo com a Loja Cavaleiros da Cruz (inglesa), Jacques de Molay teria deixado os "mistérios da ordem do templo", que se constituiam de estudos metafísicos e conclusões templárias acerca de vários assuntos ligados ao esoterismo da Ordem.
Esse material teria passado à Pedro de Bologna, chefe do clero templário e companheiro de prisão de Molay.
Pedro de Bologna, já com fuga preparada, em posse desses documentos, foi se refugiar na Escócia, na época, uma espécie de redutos dos templários da Europa.
Lá chegando passou os documentos aos irmãos Hairlss Marschaly e Aumont para que pudessem reestruturar a ordem.
A doutrian templária e seus mistérios foi discutida e incorporada aos rituais maçônicos que afloravam na Escócia. Desta mistura de princípios, de doutrinas, uma das principais contradições da Ordem Inglesa, foi a exigência dos novos iniciados de declararem "católicos romanos", que surgiam de forma estranha para quem tinha sido destruído pela igreja, e também, filosoficamente, pregava uma unidade universal, achando que a igrja católica era apenas mais uma facção religiosa.
O quadro da época, filosoficamente, era um tanto complicado: a franco- maçonaria francesa era tida como um pretexto para banquetes e reuniões galantes, onde fidalgos, homens de letras e filósofos se reuniam sob o pretexto e a insígnia Rosa-Cruz. Tudo era divertimento até que a Inglaterra, Alemanha, Suiça, Suécia, Dinamarca e Rússia passaram a "invadir" sutilmente os meios maçons franceses, com palavras que iam da filantropia à ciência, passando por felicidade e virtude.
É o surgimento de pequenos grupos em todas as cidades, que se reuniam sob o pretexto de ciência, beneficência e divertimento, mas que na verdade, alegando liberdade de expressão, começou a mudar o sentir e o pensar da Europa, criando até, de certo modo, uma forma de ditadura discreta, impondo decisões e sem tolerância de resistências. Perante a igraja nada estava acontecendo.
A extinta Ordem Templária tinha se tornado a Ordem de Cristo(jesuítas) e estava sob controle total da igreja. Para os templários portugueses - sem esquecer que a primeira estância de fuga dos templários foi Portugal, justamente por terem expulsado os mouros da Península Ibérica, se mantiveram alheios à este Neotemplarismo surgido, como se nada tivesse a ver com a Ordem de Jacques de Molay.
Em termos mais modernos, a decisão foi feita de forma que a franco-maçonaria francesa virou nacionalista e racista, enquanto a inglesa tornou-se humanitária e internacionalista, pregando a doutrina universal. Na referência a doutrina adotada pela franco-maçonaira francesa encontramos até mesmo a alemã, na organização do Partido Nazista.
No livro de Hermann, "Hitler m'a dit" (Hitler me disse), publicado em 1939, em Paris, o autor apresenta um depoimento de Hitler nas seguintes palavras:"O que de perigoso há nestas pessoas é o segredo da sua seita, e foi justamente isto que elas me ensinaram. Formam uma espécie de aristocracia eclesiástica. Reconhecem-se entre si por meio de sinais especiais.
Desenvolveram uma doutrina esotérica que não é formulada em termos lógicos, mas em símbolos que gradualmente se revelam aos iniciados.
O que aconteceu com a maçonaria foram acusações mútuas, sobre irregularidades.
É importante frisar que a maçonaria propriamente dita é uma forma de associação calcada na ação da necessidade e da inteligência.
Encontramos como forma de maçonaria a Ordem Rosa-Cruz, os Iluminados, os Martinistas, os Carbonários, a Máfia(que tem propósitos políticos) e outras Ordens e organizações das mais variadas correntes e países.
Com o desaparecimento a luz do dia da Ordem do Templo, vieram outras formas de maçonaria, com novos rituais místicos e filosóficos.
Todas, a bem da verdade, agiam sob a bandeira da "liberdade", do laço "fraternal", proporcionando a todos os povos a "igualdade".
O sentido universal fez com que aparecessem outras "lojas maçônicas", justamente pelo temor de uma ordem universal tomasse conta do mundo. Por isso, cito a abertura da loja que imitava o Templo de Salomão em Paris, e que teve a benção de Napoleão para enfraquecer a igreja católica. O monopólio doutrinário, filosófico, que, de certa forma atingia o mundo, incomodava as autoridades.
O sentido da igualdade como mola mestra da liberdade e da fraternidade, queira ou não coloca sob suspeita, para quem conhece mais a fundo a antiguidade, a gnose e os rituais: é realidade - havia uma organização onde todas as figuras proeminentes tomavam parte.
Se havia necessidade de pessoas que manipulassem secretamente a sociedade, é porque havia esta necessidade popular.
Acima de qualquer ordem iniciática ou forma de organização, a franco-maçonaria era mais perfeita que todas as organizações.
Fonte:
http://www.pegue.com/religiao/maconaria.htm
Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/maconaria.html
República de Weimar
A República de Weimar, que vigorou na Alemanha entre os anos de 1919 e 1933, configurou-se como o período de transição entre a Primeira Guerra Mundial e o Nazismo.
por: Cláudio Fernandes
O marechal von Hindenburg foi o segundo presidente da República de Weimar
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha, que havia sofrido uma derrota humilhante, teve de aceitar os termos do Tratado de Versalhes, assinado em 1919, cujas resoluções impingiam ao país uma série de medidas que provocavam ainda mais privações e humilhações. Entre tais medidas, estava o pagamento de vultosas indenizações aos países vencedores da guerra e a perda de territórios para esses mesmos países.
Foi no ano de 1919 que também se constituiu na Alemanha a chamada República de Weimar, um sistema de governo bem diferente do Império Alemão pré-guerra e que pretendia resolver, dentro do possível, os graves problemas que o país enfrentava na fase do pós-guerra. O objetivo mais urgente era reorganizar as estruturas política e econômica da Alemanha, e a opção pelo modelo republicano pareceu, àqueles que se envolveram no processo, a melhor.
A cidade de Weimar recebeu uma assembleia constituinte aos seis dias do mês de fevereiro de 1919 para a elaboração de uma nova Carta Constitucional para o país. Venceu o projeto constitucional republicano parlamentarista, isto é, a Alemanha passou a ter duas casas legislativas no comando central: o Reichstag (o Parlamento) e o Reichsrat (a Assembleia). O Chanceler seria o cargo do administrador principal, o chefe executivo. Entretanto, o cargo de Chanceler seria preterido em prol do cargo de Presidente e comissário do povo. O responsável por essa alteração foi o primeiro Chanceler eleito, Friedrich Ebert.
Ao mesmo tempo em que a República de Weimar estruturava-se, havia outras tendências políticas, em especial as de teor radical, formando-se na Alemanha. No radicalismo de esquerda, encontrava-se o espartaquismo, ou “Movimento Espartaquista” – nome que alude à figura de Espartacus, o escravo gladiador que organizou uma revolta durante o Império Romano –, tendo como um de seus líderes a marxista Rosa Luxemburgo. Esse movimento, que se orientava pelas estratégias comunistas de tomada do poder, chegou a organizar uma “Revolução Alemã”, entre 1918 e 1919, sendo prontamente sufocada pelas forças republicanas. Outro movimento que passaria ao radicalismo e teria grande penetração popular seria o nazismo, organizado em torno do Partido Nacional Socialistados Trabalhadores Alemães e liderado por Adolf Hitler – que viria a recuperar o cargo de chanceler na época do governo de Hindenburg.
Até 1924, a Alemanha oscilou entre enormes bolhas inflacionárias na economia, ondas de desempregos, insatisfação popular e falta de credibilidade nos líderes e comandantes políticos. Em 1925, foi eleito para o cargo de Presidente um ex-herói de guerra, o marechal Paul von Hindenberg,que conseguiu, sem muita expressividade, recuperar um pouco a economia do país. Entretanto, aCrise de 1929, após a Quebra da Bolsa de Nova York, provocou uma nova onda de recessão e uma nova crise social, que foi muito bem aproveitada pelo radicalismo nazista.
Os nazistas passaram a conseguir mais simpatia popular e cada vez mais assentos na Assembleia e no Parlamento. Pressionado pela força política que os nazistas ganhavam, Hindenburg nomeou Hitler chanceler. Em 1933, com a morte do marechal, o líder nazista concentrou em si todos os poderes da república e fundou o III Reich, que só terminaria em 1945.
A descolonização da África
Publicado por: Rainer Gonçalves Sousa
Um processo histórico cercado de problemas ainda não resolvidos.
Ainda hoje é comum que muitas pessoas naturalizem os problemas sociais, econômicos e políticos que se desenvolvem no continente africano. Não raro, observamos comentários que determinam erroneamente os problemas africanos como o resultado das ações de um povo habituado ao uso da violência e à desorganização de suas instituições. Contudo, devemos apontar que tantos problemas têm uma influência direta da experiência colonial vivida até a metade do século XX.
Durante a colonização da África, notamos que as grandes nações europeias impuseram formas de organização política que modificaram radicalmente o modo de vida desse povo. As antigas tradições e experiências históricas construídas ao longo do tempo eram arbitrariamente ignoradas e substituídas por modelos civilizatórios comprometidos com a exploração das riquezas desse povo. Em muitos casos, fronteiras étnicas e culturais eram desconsideradas na organização desses espaços.
Reproduzindo seu ideal de superioridade ao longo do processo colonial, muitas potências europeias não se limitaram a estabelecer a completa dominação das etnias africanas. Em muitos casos, o controle da administração colonial era partilhado com o auxílio de alguns povos considerados superiores naquela região. Dessa forma, a ação colonial determinava o desenvolvimento de novas rivalidades entre os povos africanos que habitavam uma mesma região colonizada.
No pós-Segunda Guerra Mundial, o processo de descolonização foi influenciado pelo fato de importantes nações colonialistas terem lutado em defesa das nações subjugadas ao totalitarismo. Desse modo, o fim da colonização acabou se transformando em um tipo de postura política coerente aos ideais de defesa da liberdade e soberania dos povos. Ainda assim, podemos ver que em algumas regiões, principalmente de colonização francesa, a descolonização ficou marcada pelo conflito.
Em diversas situações, vemos que o oferecimento da liberdade e da autonomia não foi suficiente para os antigos territórios colonizados. A dominação desenvolvida ao longo dos séculos gerou o acirramento de rivalidades étnicas, políticas e religiosas. Ao mesmo tempo, a longa e extenuante exploração econômica limitou radicalmente a constituição de alternativas capazes de superar o atraso e a dependência. Sendo assim, as marcas da colonização não seriam resolvidas em pouco tempo.
Observando tais características e dilemas que marcam o processo de (des)colonização da África, temos a certeza de que a responsabilidade das grandes potências é bem mais ampla que o oferecimento benévolo da independência. Mais do que o simples pagamento de uma dívida, o auxílio das grandes potências se faz necessário para que esse continente severamente estigmatizado tenha oportunidade de oferecer para si um futuro cercado por algum tipo de esperança.
Diferença entre árabes e muçulmanos
A diferença entre árabes e muçulmanos acontece porque um termo se refere a um tronco etnolinguístico, ao passo que o outro faz referência a uma religião.
por: Rodolfo F. Alves Pena
Nem todo árabe é muçulmano e nem todo muçulmano é árabe
Muitas pessoas, ao ouvirem as expressões “árabe”, “muçulmano” ou “islâmico”, pensam que se trata de uma mesma coisa. Isso faz parte de um problema que atinge não apenas os povos ligados a esses termos, mas também várias culturas, o que está ligado ao hábito que grande parte das pessoas tem de construir preconceitos a partir daquilo que pouco conhecem.
Qual é a diferença entre árabes e muçulmanos?
A diferença entre árabes e muçulmanos está no fato de um termo referir-se a uma composição étnica e o outro ser o nome dado aos praticantes de uma religião. Embora uma mesma pessoa possa ser árabe e muçulmana ao mesmo tempo, é importante verificar que os dois termos são totalmente distintos entre si.
O árabe é um idioma e também uma composição étnica que possui, em torno de si, uma grande variedade de troncos etnolinguísticos interligados. Já muçulmano é o nome dado a quem pratica o Islamismo, a religião fundamentada nos princípios estabelecidos pelo profeta Maomé. Existem povos, portanto, que são árabes e não são muçulmanos e existem muitos muçulmanos que não são árabes.
Estima-se que existam, no norte da África e no Oriente Médio, cerca de 15 milhões de árabes cristãos, embora esse número venha diminuindo pela constante batalha religiosa entre os povos e também pelas emigrações que os cristãos muitas vezes fazem dessas regiões.
Por outro lado, é interessante observar que, embora a maioria dos árabes seja muçulmana, o maior país islâmico existente, em número de adeptos, não é árabe. A Índia, por ser o segundo país mais populoso do mundo, consegue ter um número de 174 milhões de muçulmanos, o equivalente a cerca de 16% de sua população, que é majoritariamente hindu. O segundo colocado, o Paquistão, possui cerca de 165 milhões de islâmicos e também não adota o árabe como idioma oficial.
The 27 Club – 15 Famous Rockers Who Died at Age 27
The 27 Club is one of the most famous (and creepy) things about rock music, with so many great talents having met their end at age 27.
1. Jim Morrison
Lead singer and songwriter of The Doors. After struggling with drugs and alcohol for some time, Morrison died of a presumed heart failure on July 3rd, 1971.
2. Dave Alexander
Bassist for legendary punk band the Stooges. Died of pulmonary edema (associated with alcohol) on February 10, 1975.
3. Janis Joplin
Singer/Songwriter and ’60s icon. One of the first true female superstars. Died of a heroin overdose on October 4, 1970.
4. Ron “Pigpen” McKernan
Founding member and original keyboardist of the Grateful Dead. Died of a gastrointestinal hemorrhage (again associated with alcohol) on March 8th, 1973.
5. Richey Edwards
Founding member and lyricist for the Manic Street Preachers. Disappeared and presumed dead from suicide on February 1, 1995.
6. Jimi Hendrix
Legendary guitarist and songwriter for the Jimi Hendrix Experience & Band of Gypsys. Dead from asphyxiation as a result of wine and sleeping pills on September 18, 1970.
7. Robert Johnson
Pioneering blue musician and guitarist. Most likely died from poisoning on August 16, 1938. Widely considered the first member of the ‘27 Club.’
8. Pete Ham
Keyboardist and guitarist of the British band Badfinger. Died from suicide by hanging on April 24, 1975
9. Alan Wilson
Lead singer and songwriter of Canned Heat. Died of an overdose on September 3, 1970.
10. Brian Jones
Founding member and guitarist of the Rolling Stones. Died from drowning in a pool one month after being kicked out of the band on July 3, 1969.
11. Chris Bell
Founder and songwriter of the extremely influential band Big Star. Died of a car crash on December 27, 1978.
12. Jean-Michel Basquiat
NYC based artist, friend of Andy Warhol, and founder of the band Gray. Died from a heroin overdose on August 12, 1988.
13. D. Boon
Guitarist and lead singer of the band Minutemen and extremely influential punk musician. Died as a result of injuries from a car crash on December 22, 1985.
14. Kristen Pfaff
Bassist for Hole. Died of an overdose on June 16, 1994.
15. Kurt Cobain
Singer and songwriter for Nirvana and grunge icon. Death by suicide on April 5, 1994.