24.9.13
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23.9.13
1973 - Camarada Pablo Neruda, presente, agora e sempre
por: Ana Paula Amorim
Neruda morreu aos 69 anos de idade, vítima de câncer na próstata e flebite. O estado de saúde de Neruda começou a piorar a partir da greve dos médicos, quando ele ficou sem tomar as aplicações diárias de cobalto. Depois do movimento militar de 11 de setembro, Pablo Neruda entrou em grande depressão. Achava-se deprimido com a deposição e a morte de Salvador Allende, seu amigo pessoal e cujo governo representou até 1972 em Paris. Por questões de saúde, renunciou ao cargo de embaixador e voltou a seu retiro em Isla Negra.
O toque de recolher vigorava em todo o Chile desde a queda de Salvador Allende e seu sepultamento foi a primeira manifestação pública depois do movimento militar de 11 de setembro.
O JB enviou o repórter Paulo César de Araújo e o fotógrafo Evandro Teixeira para cobrir a morte de Neruda.
O corpo do poeta foi acompanhando até o cemitério por cerca de 500 pessoas que repetiam seus versos, cantavam a Internacional e gritavam: “Camarada Pablo Neruda, presente, agora e sempre”. Das casas saíam olhares curiosos de respeito. O cortejo seguia e a declamação dos versos também: “- Não estas morto, não estás morto, estás somente dormindo, como dormem as rosas em seus talhos de espinho.”
Nascido em 12 de julho de 1904, filho de um ferroviário – ‘marinero en tierra – Ricardo Eliecer decidiu mudar o nome, para escapar das perseguições do pai, que lhe queimava livros e cadernos, insistindo nas profissões liberais como médico, engenheiro ou advogado. Ao folhear uma revista, encontrou um conto assinado por Jan Neruda, poeta tcheco do século passado, que foi sua inspiração para seu pseudônimo e oficializado pelo governo chileno em 1945.
Foi cônsul do Chile na Espanha e no México, eleito senador em 1945, foi embaixador na França (1970).
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O Prêmio Nobel de 1971 reconhece sua trajetória de um pensamento humanista iniciado com Crepusculario, seu primeiro livro de 1925. Como tantos intelectuais de sua geração, seu pensamento ficou torneado pela luta antifacista e pelos poetas de Madri como Lorca, Guillén, Miguel Hernández e tantos outros. Com eles, assistiu ao início da guerra, contemplou horrorizado a consolidação de Hitler. Descobriu que o homem não era só Natureza mas também História. Já na maturidade, seus versos centravam-se em torno da natureza e do mito.
Matilde Urrutia, de quem se enamorara desde 1949, passou a ser o catalisador de uma grande fatia de seus poemas.
“Tu eres total y breve, de todas eres una
y asi contigo voy recorriendo y amando...”
O poeta rompeu com Delia Del Carril e casou-se com Matilde. Construiu uma casa em Isla Negra repleta de coleções e amigos.
Neruda mantinha um permanente diálogo com o mar. Em sua plena maturidade, o mar sugere um tom de serena comunhão. O poeta quer ser “mais espuma sagrada, mais vento da onda”.
Foi diante deste mar, em sua casa nas encostas do Pacífico, que o poeta se refugiou para morrer e aonde seu corpo se encontra hoje.
Clique aqui para ler a notícia original, publicada no JB.
23 de setembro de 1966: O Massacre da Praia Vermelha
por: Lucyanne Mano
A Faculdade de Medicina da Praia Vermelha transformou-se num autêntico campo de batalha. O grande portão de ferro da faculdade foi arrebentado às 3h45, pela polícia. As forças policiais do regime militar espancaram cruelmente os jovens estudantes que haviam se abrigado no prédio da Faculdade Nacional de Medicina, e depredaram suas instalações.
As portas da Universidade Federal estiveram fechada durante todo o dia anterior para a concentração de estudantes que pretendiam fazer várias reivindicações ao Reitor, e para comemorar, por determinação da recém-extinta UNE, o Dia Nacional de Protesto contra a Ditadura.
As manifestações se sucederam em vários outras Universidades do Brasil. O Chefe do Serviço de Relações Públicas da PM, Capitão Jorge Francisco de Paula, informou ao JB que todos os meios foram utilizados para conter a agitação estudantil, inclusive com a penetração de alguns oficiais à paisana no meio dos estudantes, aconselhando-os a irem para casa, como se falassem de colega para colega.
A Secretaria de Segurança da Guanabara informou em nota oficial que a intervenção policial na Faculdade de Medicina da UFRJ foi moderada, e que apenas 32 pessoas, entre as quais dez soldados, foram atendidas nos hospitais.
A invasão da Faculdade foi o ponto máximo do conflito, provocando a destruição parcial das instalações do Departamento de Bioquímica e do setor de Técnica Operatória.
Segundo o então Reitor Prof. Dr. Pedro Calmon, o conflito estudantil causou estragos em sete laboratórios. Informou ainda que a Faculdade ficaria fechada por 10 dias, prazo considerado necessário para a reparação dos danos havidos, e que todas as aulas estariam suspensas nesse período.
Fonte: Jblog
A invenção das lentes de contato
Rainer Gonçalves Sousa
Leonardo Da Vinci foi um dos primeiros a pensar em um modelo de lente de contato.
Entre os séculos XIV e XVI, as mudanças políticas e econômicas que se alastraram pela Europa foram acompanhadas por um novo movimento de natureza cultural e científica. O Renascimento, ou movimento renascentista, irrompeu a predominância dos valores eclesiásticos para estabelecer a preocupação expressa com os assuntos considerados terrenos. Dessa forma, vários pensadores, estudiosos e artistas voltaram a sua atenção para questões de cunho humano.
Leonardo Da Vinci foi aclamado como um dos maiores expoentes dessa nova tendência. Dono de uma curiosidade voraz, esse italiano atuou em variados campos do conhecimento e da arte. Em alguns de seus manuscritos remanescentes temos a presença de propostas e invenções que falam sobre música, filosofia, botânica, escultura, pintura, urbanismo e engenharia. Atirando para todo o lado, ele acabou sendo um dos primeiros a teorizar uma solução para os problemas de visão.
Por volta de 1508, ele imaginou a construção de uma lente que, posta na superfície do globo ocular, poderia corrigir os problemas de visão. No século XVII, o filósofo, físico e matemático francês René Descartes foi autor de uma ideia semelhante. No entanto, apesar dos importantes precursores, as populares lentes de contato só foram primordialmente desenvolvidas nos fins do século XIX, pelo fabricante de peças óticas F. E. Muller e o médico suíço Adolf Eugen Fick.
Os protótipos iniciais não tiveram muito sucesso por conta da limitação tecnológica dessa época. As primeiras lentes de contato foram desenvolvidas por meio do uso do vidro e, por conta da rigidez do material, acabava ferindo os olhos de seus usuários. No ano de 1929, o oftalmologista nova-iorquino William Feinbloom desenvolveu uma nova lente por meio de um material criado através da mistura do vidro e do plástico.
Apesar do avanço no tipo de material empregado, essas lentes ainda eram bastante rígidas e tinham uma dimensão que causava bastante incômodo aos seus usuários. A partir de então, o aprimoramento do material e do tamanho das lentes permitiu a popularização dos primeiros modelos comerciais. Uma das lentes mais conhecidas dessa época foi criada pelo ótico Kevin Tuhoy, em 1948.
A película gelatinosa só foi inventada no início da década de 1970, quando a empresa Bausch & Lomb concebeu lentes de contato mais confortáveis e maleáveis. Como o processo de manutenção e higienização das lentes de contato era outra chateação para os usuários, vários cientistas começaram a desenvolver um modelo que fosse descartável. Dessa forma, o usuário poderia empregar as lentes de contato somente quando fosse participar de alguma solenidade importante ou tirar uma foto.
Mesmo concedendo algumas praticidades, as lentes de contato não conseguiram tomar o lugar dos óculos, principalmente para as pessoas que sofrem com a miopia e o astigmatismo. No Brasil, apenas um por cento das pessoas portadoras de problemas oculares fazem uso de lentes de contato.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com/curiosidades/a-invencao-das-lentes-contato.htm
Fonte da Carioca
Fonte da Carioca
No início da sua colonização, Laguna tinha três fontes de água que abastecia a cidade.
A fonte da Figueirinha (onde supostamente Anita e Guiseppe Garibaldi se conheceram), Campo de Fora e da Carioca, a única preservada ainda hoje.
Antigamente, apenas uma pequena bica jorrava água. No ano de 1863, uma estrutura foi construída por escravos, muito comum na época, pois eles realizavam o trabalho braçal.
A água da fonte foi por muito tempo, canalizada para prédios públicos e também para uma fonte ao lado do antigo Mercado.
Conforme o historiador Antônio Carlos Marega, o local tornou um dos pontos turísticos da cidade, levando a fama de Fonte dos Namorados.
O motivo eram as idas e vindas das famílias até à fonte, uma atração para os visitantes.
Durante o passeio, os jovens solteiros trocavam olhares, muitos namoros começaram no trajeto até à fonte. A água da Carioca era levada pelas famílias que visitavam os lagunenses.
Foram nessas idas que casamentos iniciaram originando a fama do lugar.
Segundo um dito popular da cidade, “quem bebe dessa água sempre retorna a Laguna e seus amores”.
Foto: Fonte da Carioca em laguna - SC
Foto: Fonte da Carioca em laguna - SC
Reservatório de água da Fonte da Carioca em mármore Carrara
Pedido por Alfredo Day Filho
Fontes: http://www.laguna.sc.gov.br/noticias.php?cod_noticia=3875
http://www.lagunainterativa.com.br
http://www.clicrbs.com.br