31.8.09

Formatura da turma HID 0141 licenciatura em História

PARABÉNS TURMA HID 0141

No dia 29 de agosto de 2009 foi realizada a formatura da turma HID 0141 licenciatura em História pela Uniasselvi.


O evento foi realizado no Clube Sete de Setembro que esta localizado no município de Palhoça.

Este evento encerra esta caminhada para os alunos da HID 0141, e inicia outra no sentido de que a Pós Graduação é o novo objetivo a ser alcançado.

Então o motivo desta pequena nota aqui no blog não é só o de comunicar o fato em si, mas de parabenizar a todos pela conclusão desta etapa, e comunicar que o blog continuara no ar.


Mantendo sempre o princípio de ajudar no que for possível, não só para os alunos da HID 0141 que agora em sua maioria estão cursando a Pós Graduação em Ensino de História também pela Uniasselvi, mas também a todos que precisarem.


Então quero desejar felicidades a todos os amigos adquiridos nesta maravilhosa viagem pelo conhecimento.

Professor César Augusto Jungblut

É com grande orgulho que digo que eu fui (e continuo sendo) aluno do Professor Cesar Augusto Jungblut, e que fiz parte da turma (de grandes amigos) HID0141.


Edson Day


PARABÉNS TURMA HID 0141


Descoberto local de nascimento de imperador romano

O complexo, de 14.000 metros quadrados, fica no centro de uma antiga vila chamada Falacrine


ROMA - Arqueólogos desenterraram uma enorme residência de campo que, acreditam, foi o local de nascimento de Vespasiano, o imperador romano que construiu o Coliseu. As ruínas, de 2.000 anos, foram encontradas 130 quilômetros a nordeste de Roma, disse o arqueólogo Filippo Coarelli.

O complexo, de 14.000 metros quadrados, fica no centro de uma antiga vila chamada Falacrine, cidade natal de Vespasiano.

Embora não haja inscrições garantindo o fato, a localização e o luxo da residência tornam provável a identificação do local como o berço de Vespasiano.

"Esta é a única residência do tipo na área onde ele muito provavelmente nasceu", disse o arqueólogo.

A residência do primeiro século apresenta "um piso enorme e bem preservado, decorado com mármores vindos de toda a área do Mediterrâneo", disse ele.

"É claro que essas coisas só poderiam pertencer a alguém de alta posição social e riqueza. E, neste lugar, eram os Flavianos", a dinastia na que Vespasiano pertencia.

A escavação, que já dura quatro anos, é um empreendimento conjunto de arqueólogos italianos e britânicos. Ela já revelou outras ruínas, incluindo um cemitério.

Vespasiano, cujo nome completo era Tito Flávio Vespasiano, trouxe estabilidade ao império, depois do reinado extravagante de Nero e de uma guerra civil.

Arqueólogos trabalham no que resta do palácio rural que pode ter sido da família do imperador. AP

Nascido no ano 9 d.C., de uma família da nobreza rural, Vespasiano fez carreira no Exército e foi o general encarregado de esmagar uma revolta de judeus na Palestina.

Depois de ser aclamado imperador pelas tropas no ano 69 e de eliminar os rivais, Vespasiano encontrou Roma em profunda crise econômica e ainda se recuperando do grande incêndio da época de Nero.

Com riquezas saqueadas em Jerusalém e a receita de um aumento de impostos, lançou um programa de obras públicas e iniciou a construção do Coliseu.


Fonte: estadao.com.br

Historiadores documentam casos de morte no Muro de Berlim


Livro apresenta fotos e biografias de 136 pessoas que morreram ao tentar fugir da Alemanha Oriental atravessando o Muro de Berlim. Regime comunista sonegava informações e coagia parentes, dizem pesquisadores.

Em fevereiro de 1989, Chris Gueffroy, de 20 anos, foi morto a tiros por um soldado da Alemanha Oriental, que patrulhava a fronteira. Ele foi a última pessoa assassinada quando tentava pular o Muro de Berlim.

A história de Gueffroy é bem conhecida, mas muitas outras pessoas perderam a vida ao tentar fugir da Alemanha Oriental cruzando o Muro de Berlim. Há pelo menos 136 casos, dizem historiadores do Memorial Muro de Berlim e do Centro de Pesquisa em História Contemporânea de Potsdam.

Para esses pesquisadores, mais importante do que o número – em torno do qual existem, há anos, divergências – , são as biografias das vítimas e as circunstâncias em que elas foram mortas. Em um trabalho inédito, essas informações foram reunidas agora em livro.

"Em 22 de agosto de 1961, um dia antes do seu 59º aniversário, Ida Siekmann pulou do terceiro andar de sua residência, na Bernauer Strasse 48, e feriu-se mortalmente. A construção do Muro havia a separado de sua irmã, que morava apenas alguns quarteirões distante, no lado ocidental da cidade", relata o historiador Hans-Hermann Hertle.

O Muro em construção, em agosto de 1961O Muro em construção, em agosto de 1961

Siekmann é uma das 136 vítimas fatais do Muro de Berlim cujas biografias foram reunidas por Hertle e outros historiadores de sua equipe. O grupo de pesquisadores passou anos coletando informações, ouvindo parentes e esmiuçando o arquivo da Stasi, a polícia política da Alemanha Oriental.

Contra a idealização da Alemanha Oriental

Na opinião do ministro alemão da Cultura, Bernd Neumann, o livro é muito mais do que uma simples reunião de fotos e textos. "Trata-se de dar um rosto e um nome aos mortos, recuperando assim a dignidade dos mesmos. E, por meio dessas biografias, apontar quais eram os mecanismos da ditadura e suas consequências. Esse é o valor especial do livro."

Para o professor Martin Sabrow, diretor do Centro de Pesquisa em História Contemporânea de Potsdam, os historiadores trabalham contra a idealização da Alemanha Oriental e contra o esquecimento. Na fronteira, lembra Sabrow, ocorreram atos brutais que não devem ser esquecidos.

Soldado coloca arame farpado sobre o MuroSoldado coloca arame farpado sobre o Muro"Ali foram descarregadas armas em pessoas desarmadas, inconscientes, à beira da morte. Ali pedia-se mais uma Kalashnikov, depois que a própria arma não tinha mais munição suficiente", diz Sabrow.

Histórias únicas

Cada história de fuga era única, contendo sua própria tragédia. A maioria dos refugiados havia entrado em conflito com o regime comunista ou não aguentava mais viver na Alemanha Oriental.

"O jovem casal Christel e Eckhard Wehage não conseguiu encontrar, durante anos, um emprego numa mesma localidade, muito menos uma casa comum. Obrigados a desistir, resolveram, no dia 10 de março de 1970, sequestrar à mão armada um avião no aeroporto de Schönenfeld, em Berlim Oriental, para que ele os levasse a Hannover. Mas os pilotos se fecharam no cockpit e aterrissaram novamente em Schönenfeld. O casal cometeu suicídio ainda dentro do avião", conta Hertle.

Soldado vigia trabalhador que faz reparos no MuroSoldado vigia trabalhador que faz reparos no Muro

O regime comunista e as mortes

Entre os resultados mais impressionantes da pesquisa está a descrição da maneira como o regime comunista lidava com os mortos e seus parentes, diz Hertle. Se um cidadão alemão-oriental fosse morto ao tentar fugir do país, funcionários da Stasi mentiam aos parentes sobre a causa da morte, inventando um "acidente de trânsito", uma "fatalidade" ou até falsificando a certidão de óbito. Ou simplesmente ocultavam a morte.

"Em ao menos 11 casos, a morte não foi confirmada ou foi negada mesmo após haver uma consulta por parte dos parentes. Os nomes das vítimas, ainda que conhecidos pela Stasi, foram mantidos em sigilo. Em geral, não era permitido aos parentes ver o morto pela última vez. Em vez disso, eram forçados a concordar por escrito com a cremação e sepultamento. Em alguns casos, a urna foi enviada aos parentes pelo correio", diz Hertle.

Crianças entre as vítimas

Mas nem todos os 136 mortos perderam a vida durante uma tentativa de fuga. E muitas pesoas foram assassinadas, apesar de nem mesmo terem tido a intenção de fugir. Eles chegaram por engano muito perto da fronteira, por terem, por exemplo, se perdido.

Garoto observa o outro lado durante a construçãoGaroto observa o outro lado durante a construçãoHá também muitas crianças entre as vítimas. Elas brincavam na margem ocidental do rio Spree e acabaram caindo na água, morrendo afogadas a seguir. Como o leito do rio pertencia à Alemanha Oriental, ninguém do lado ocidental podia salvá-las.

As biografias de oito soldados de fronteira, mortos por fugitivos ou por companheiros, também estão documentadas. Para os pesquisadores, essas mortes também devem constar do livro, por estarem relacionadas com a política de fronteiras da Alemanha Oriental.

Os historiadores se dedicaram, contudo, apenas aos mortos relacionados ao Muro de Berlim. Para toda a extensão da fronteira entre as duas Alemanhas, o trabalho ainda está por ser feito, mesmo passados 20 anos da queda do Muro.

Autora: Nina Werkhäuser

Fonte:Copyright Deutsche Welle

Britânicos chegaram a América em 1499

Os primeiros britânicos navegaram em direção ao Novo Mundo apenas sete anos após Colombo, uma carta encontrada só agora revela, segundo o jornal "Daily Mirror". Escrita por Henrique VII, há 510 anos, ela sugere que o comerciante de Bristol William Weston partiu em direção à América em 1499. Acreditava-se que a primeira expedição inglesa teria sido a de Robert Thorne e Hugh Eliott em 1502. Colombo desembarcou nas Bahamas em 1492.

Na carta, o rei instrui seu chanceler a suspender um mandado judicial contra Weston porque "ele em breve e com a graça de Deus, passará e navegará para buscar e encontrar, se conseguir, a nova terra".

O doutor pela Universidade de Bristol Evan Jones acredita que essa foi provavelmente a primeira tentativa de encontrar a passagem Norte-Oeste - a rota marítima pela América do Norte para o Pacífico.

- A carta de Henrique é emocionante porque tão pouco se sabe sobre as primeiras expedições inglesas de descoberta. Ninguém tinha ouvido falar de William Weston até a carta revelá-lo como o primeiro inglês a liderar uma expedição à América - disse

A carta apareceu por acaso. Ela foi encontrada em 1981 e encaminhada ao historiador David Beers Quinn. Ele não a publicou, preferindo esperar que a historiadora Alwyn Ruddock divulgasse uma pesquisa sobre o explorador John Cabot.

Em seu testamento, Alwyn pediu que todos os seus escritos fossem destruídos, o que motivou Jones a tentar saber o que ela havia descoberto.

Fonte: Globo Online

Pijama de Vargas volta a ser exposto

O paletó de seda do pijama que Getúlio Vargas (1882-1954) usava quando deu um tiro no coração voltará a ser exibido no Museu da República a partir de segunda-feira, 55 anos após o suicídio do presidente. A peça havia sido retirada em 9 de dezembro do quarto presidencial, no terceiro andar do antigo Palácio do Catete, para sua primeira restauração.

O buraco de bala e a marca de pólvora continuam lá, uma polegada abaixo do monograma GV bordado no bolso esquerdo do pijama da Raul Camiseiros Rio. Um pouco acima, há uma pequena mancha de sangue, já meio amarelada. Como a roupa ficará exposta dentro de uma vitrine, sobre um suporte, agora será possível ver também a parte de trás, onde há outra mancha de sangue, bem maior - antes, o paletó ficava estendido na horizontal, apenas com a parte da frente para cima.

A responsável pela restauração e higienização foi a museóloga Helena Lúcia Antunes Cardoso. Especializada em têxtil e papel, ela venceu uma licitação aberta pelo museu. O trabalho durou três meses e custou R$ 11.592 (foram gastos mais R$ 2.280 na vitrine). Helena recomenda que o pijama volte para a reserva técnica após 3 meses de exibição, no máximo, e lá fique guardado por no mínimo 9 meses, sob condições mais propícias.

PROCISSÃO

O Museu da República não abre para o público às segundas, mas fará uma exceção no dia 24. "Esperamos a data. O pijama voltará exatamente 55 anos após o suicídio de Getúlio", conta a museóloga Magaly Cabral, diretora do museu. Atualmente, há uma foto no lugar do paletó - que voltará para o quarto quando a peça seguir para a reserva.

"O ideal seria ter uma réplica para o rodízio, mas em vez de gastar com isso prefiro restaurar outra peça. É preferível cuidar do que está se deteriorando, como era o caso do pijama. Temos muitas necessidades, e há prioridades", afirma Magaly.

A historiadora Maria Helena Versiani conta que no dia 24 de agosto costuma ocorrer "uma procissão" para o quarto de Getúlio, onde também está exibido o Colt calibre 32 usado por ele. "A importância no imaginário popular é impressionante. É incrível como vem gente", diz ela, lembrando que o ex-presidente, "personagem controverso", suscita "paixão em uns" e "ódio em outros", por conta do período ditatorial.

Para ela, o pijama "não é uma peça de pano solta na história". "O objetivo do museu é reconstituir uma época, resgatar e estimular a memória a partir de representações. Não se trata de um objeto a ser exaltado, mas que ajuda a entender o País", avalia a historiadora.

"Permite articular ideias, provocar a reflexão. Um museu existe não só para conservar e preservar, mas para comunicar. A alma é o público." Maria Helena conta já ter conversado com muitos visitantes que "acreditam que ele (Getúlio) não morreu". "Dizendo que ele foi assassinado tem metade do mundo." Magaly destaca a reviravolta política provocada pela morte de Vargas. "Tudo era contra ele, e passou a ser a favor."

O Museu da República foi criado após a transferência da capital para Brasília. Recebeu cerca de 50 mil visitantes no ano passado, e 33 mil até julho deste ano. O ingresso custa R$ 6 - às quartas e aos domingos a entrada é gratuita.

Fonte: Estadão

Jack o Estripador



Jack o Estripador

Caricatura de Jack o Estripador publicada na revista Punch, setembro de 1888
Nome completoJack o Estripador
Pseudônimo(s)Jack o Estripador
NascimentoDesconhecido
FalecimentoDesconhecido
Nacionalidade Reino Unido
CrimePelo menos cinco assassinatos
PenaNão foi preso

Jack o Estripador (Jack the Ripper) foi o pseudônimo dado a um assassino em série não-identificado que agiu no miserável distrito de Whitechapel em Londres na segunda metade de 1888. O nome foi tirado de uma carta, enviada à Agência Central de Notícias de Londres por alguém que se dizia o criminoso.

Suas vítimas eram mulheres que ganhavam a vida como prostitutas. Duas delas tiveram agarganta cortada e o corpo mutilado. Teorias sugerem que, para não provocar barulho, as vítimas eram primeiro estranguladas, o que talvez explique a falta de sangue nos locais dos crimes. A remoção de órgãos internos de três vítimas levou oficiais da época a acreditarem que o assassino possuía conhecimentos anatômicos ou cirúrgicos.[1]

Os jornais, cuja circulação crescia consideravelmente durante aquela época,[2] deram ampla cobertura ao caso, devido à natureza selvagem dos crimes e ao fracasso da polícia em efetuar a captura do criminoso — que tornou-se notório justamente por conseguir escapar impune.[3][4]

Devido ao mistério em torno do assassino nunca ter sido desvendado, as lendas envolvendo seus crimes tornaram-se um emaranhado complexo de pesquisas históricas genuínas, teorias conspiratórias e folclores duvidosos. Diversos autores, historiadores e detetives amadores apresentaram hipóteses acerca da identidade do assassino e de suas vítimas.



Plano de fundo

Em meados do século XIX, a Inglaterra experimentou um rápido influxo de imigrantes irlandeses, que incharam a população de desfavorecidos tanto no interior quanto nas principais cidades inglesas. A partir de 1882, refugiados judeus, escapando dos pogroms da Rússia czarista e doleste europeu, aumentaram ainda mais os índices de superpopulação, desemprego e falta de moradia.[3] Londres, particularmente nas regiões do East End e Whitechapel, tornou-se cada vez mais sobrecarregada, resultando no desenvolvimento de uma imensa sub-classe econômica.[5]Esta situação de pobreza endêmica levou várias mulheres à prostituição. Em outubro de 1888, a Polícia Metropolitana de Londres estimou a existência de 1,200 prostitutas de "classe muito baixa" vivendo em Whitechapel e em aproximadamente 62 bordéis.[6] Os problemas econômicos vieram acompanhados por uma elevação contínua das tensões sociais. Entre 1886 e 1889, manifestações de famintos e desempregados eram uma constante nas ruas londrinas.[3]

Os assassinatos geralmente atribuídos a Jack o Estripador ocorreram na metade final de 1888, apesar da série de mortes brutais em Whitechapel persistirem até 1891. Parte dos assassinatos envolveram atos extremamente pavorosos, como mutilação e evisceração, narrados em detalhes pela mídia. Rumores de que os crimes poderiam estar conectados intensificaram-se em setembro e outubro, quando diversos órgãos de imprensa e a Scotland Yard receberam uma série de cartas perturbadoras de um remetente ou vários, assumindo responsabilidade por todos ou alguns dos assassinatos. Uma carta em particular, recebida por George Lusk do Comitê de Vigilância de Withechapel, incluía umrim humano preservado. Principalmente devido à natureza excessivamente brutal dos crimes e a cobertura midiática dos eventos, o público passou a crer cada vez mais em um único assassino em série a aterrorizar os moradores de Whitechapel, apelidado de "Jack o Estripador" após a assinatura de um cartão-postal recebido pela Agência Central de Notícias. Apesar de as investigações não terem sido capazes de conectar as mortes posteriores aos assassinatos de 1888, a lenda de Jack o Estripador já havia se consolidado.


Vítimas conhecidas

Anúncio em jornal da época sobre a procura do assassino

Os arquivos da Polícia Metropolitana mostram que a investigação teve início em 1888, eventualmente abrangendo onze asassinatos ocorridos entre 3 de abril de 1888 e 13 de fevereiro de 1891.[7] Além destes, escritores e historiadores conectaram pelo menos sete outros assassinatos e ataques violentos a Jack o Estripador. Entre as onze mortes investigadas ativamente pela polícia, chegou-se a um consenso de que cinco foram praticadas por um único criminoso, vítimas que são conjuntamente chamadas de "cinco canônicas":

  • Mary Ann Nichols (nome de solteira: Mary Ann Walker; apelido: Polly), nascida em 26 de agostode 1845 e morta em 31 de agosto de 1888, uma sexta-feira. O corpo de Nichols foi descoberto aproximadamente às 3:40 da madrugada no terreno em frente à entrada de um estábulo em Buck's Row (hoje Durward Street). Sua garganta sofreu dois cortes profundos, e a parte posterior doabdômen foi parcialmente arrancada por um golpe intenso e irregular. Haviam também diversas incisões pelo abdômen, e três ou quatro cortes similares no lado direito causadas pela mesma faca. Nichols foi descrita como tendo uma aparência bem mais jovem do que seus 43 anos sugeriam.
  • Annie Chapman (nome de solteira: Eliza Ann Smith; apelido: Dark Annie), nascida em setembrode 1841 e morta em 8 de setembro de 1888, um sábado. O corpo de Chapman foi descoberto aproximadamente às 6:00 da manhã no quintal de uma casa em Hanbury Street, Spitafields. Assim como Mary Ann, sua garganta foi aberta por dois cortes, um mais profundo que o outro. O abdômen foi completamente aberto, e o útero, removido.
  • Elizabeth Stride (nome de solteira: Elisabeth Gustafsdotter; apelido: Long Liz), nascida na Suécia em 27 de novembro de 1843 e morta em 30 de setembro de 1888, um domingo. O corpo de Stride foi descoberto próximo à 1:00 da madrugada, no chão da Dutfield's Yard, na Berner Street (hoje Henriques Street), em Whitechapel. Havia uma incisão direta no pescoço; a causa da morte foi perda excessiva de sangue, a partir da artéria principal no lado esquerdo. O corte nos tecidos do lado direito foi mais superficial, estreitando-se próximo àmandíbula direita. A ausência de mutilações no abdômen lançaram incerteza sobre a identidade do assassino, além de sugerir que ele pudesse estar transtornado durante o ataque.
Fotografia da polícia da cena do crime de Mary Jane Kelly.
  • Catherine Eddowes (usava os nomes “Kate Conway” e “Mary Ann Kelly”, com os sobrenomes tirados de seus dois ex-maridos, Thomas Conway e John Kelly), nascida em 14 de abril de 1842 e morta em 30 de setembro de 1888, no mesmo dia da vítima anterior, Elizabeth Stride. Seu corpo foi encontrado na Mitre Square, na Cidade de Londres. A garganta, assim como nos dois primeiros casos, foi aberta por dois cortes, e o abdômen aberto por um corte longo, profundo e irregular. O rim esquerdo e grande parte do útero foram removidos. A mídia e moradores de Londres se referiram ao episódio como "evento duplo" (The Double Event).
  • Mary Jane Kelly (passou a usar o nome “Marie Jeanette Kelly” depois de uma viagem a Paris; apelido: Ginger), supostamente nascida na Irlanda em 1863 e morta em 9 de novembro de 1888, uma sexta-feira. O corpo terrivelmente mutilado de Kelly foi descoberto pouco depois das 10:45 da manhã, deitado na cama do quarto onde ela vivia na Dorset Street, em Spitalfields. A garganta foi cortada até a coluna vertebral, e o abdômen quase esvaziado de seus órgãos. O coração também foi retirado.

A autenticidade desta lista baseia-se não apenas na opinião dos pesquisadores, mas também em anotações feitas em particular por Sir Melville Macnaghten enquanto chefe do Departamento de Investigação Criminial no Serviço Metropolitano de Polícia, em papéis que só viriam à tona em 1959. As notas de Macnaghten refletiam apenas opiniões policiais da época, embora ele só tenha se juntado ao esquadrão um ano após os assassinatos, e suas anotações continham diversos erros factuais sobre os possíveis suspeitos.[3] Os escritores Stewart P. Evans e Donald Rumbelow alegam que as "cinco canônicas" seria um "mito do Estripador", e que o provável número de vítimas pode variar de três (Nichols, Chapman e Eddowes) a seis (as três citadas mais Stride, Kelly e Martha Tabram). Os palpites de Macnaghten sobre quais crimes teriam sido cometidos pelo mesmo assassino não era compartilhada por outros oficiais investigadores, como o inspetor Frederick Abberline.[8]

Com exceção de Stride, cujo ataque pode ter sido interrompido, as mutilações nas cinco vítimas foram tornando-se cada vez mais sérias a medida que os crimes progrediam. Nichols e Stride não tiveram nenhum órgão removido, mas o útero de Chapman foi retirado, e Eddowes teve seu útero e rim levados, além de ser deixada com mutilações faciais. Apesar de somente o coração de Kelly ter sido removido da cena do crime, o restante de seus órgãos internos foram retirados e deixados em seu quarto.

Os cinco assassinatos citados foram geralmente cometidos na escuridão, nas últimas horas da madrugada e sempre perto ou do final do mêsou de uma semana. Ainda assim cada caso diferia deste padrão de alguma maneira. Além das diferenças já citadas, Eddowes foi a única a ser assassinada na cidade de Londres, embora próxima dos limites de Whitechapel. Nichols foi a única vítima encontrada em rua aberta, apesar de ser uma via escura e deserta. Muitas fontes indicam que Chapman foi morta depois do nascer do sol, embora esta não tenha sido a opinião da polícia e dos legistas que examinaram o corpo.[9] A morte de Kelly pôs fim a seis semanas de inatividade do assassino (uma semana havia se passado entre as mortes de Nichols e Chapman, e três entre Chapman e o "evento duplo").

A principal dificuldade em definir quem foi ou não uma vítima do Estripador foi o fato de ocorrer um número espantoso de ataques contra mulheres naquela mesma época. A maioria dos especialistas apontam o corte profundo na garganta, a mutilação do abdômen e dos genitais da vítima, a remoção de órgãos internos e as progressivas mutilações faciais como o modus operandi do assassino.


Investigação

George Lusk, presidente do Comitê de Vigilância de Whitechapel.

Os arquivos policiais sobre os assassinatos em Whitechapel fornecem uma visão detalhada dos procedimentos investigativos da era vitoriana. Uma ampla equipe de policiais conduziu investigações casa-a-casa, listas de suspeitos foram formuladas, e muitos deles interrogados, e material forense coletado e examinado. Uma leitura detalhada da investigação demonstra o processo básico de identificar suspeitos, rastreá-los e decidir a necessidade de examinar seus passos ou riscá-los da lista. Este continua sendo o padrão da maioria das investigações atualmente.[10]

A investigação foi inicialmente conduzida pela Whitechapel (H) Division C.I.D., chefiada pelo Inspetor-Detetive Edmund Reid. Depois do assassinato de Nichols, os Inspetores-Detetives Frederick Abberline, Henry Moore e Walter Andrews foram designados pelo Escritório Central da Scotland Yard para acompanharem as investigações. Após o assassinato de Eddowes, que ocorreu nos limites da Cidade de Londres, a Polícia Metropolitana sob a chefia do Inspetor-Detetive James McWilliam também foi engajada no caso.

Apesar disso, a direção geral dos interrogatórios foi atrasada e confundida pelo fato de o novo chefe do Departamento de Investigação Criminal, Sir Robert Anderson, encontrar-se em viagem à Suíça entre 7 de setembro de 15 de outubro, período no qual Chapman, Stride e Eddowes foram assassinadas. Isto levou o Comissário Chefe, Sir Charles Warren, a indicar o Superintendente Donald Swanson para a coordenção dos interrogatórios feitos pela Scotland Yard. As notas de Swanson sobre o caso sobreviveram, tornando-se uma fonte valiosa de detalhes sobre a investigação.[3]

Devido em parte à insatisfação quanto aos esforços policiais, um grupo de cidadãos londrinos do East End passou a patrulhar voluntariamente as ruas de Londres em busca de indivíduos suspeitos. Chamados de Comitê de Vigilância de Whitechapel, eles exigiram que o governo oferecesse uma recompensa por informações sobre o asssassino, e contrataram detetives particulares para interrogar testemunhas em paralelo ao trabalho da polícia. O comitê foi liderado por George Lusk, e posteriormente por Albert Bachert.


As cartas

Durante o curso dos assassinatos, a polícia e os jornais receberam centenas de cartas sobre o caso. Algumas eram de pessoas bem-intencionadas oferecendo informações para a captura do criminoso; a maioria delas, entretanto, foram consideradas inúteis, e posteriormente ignoradas.

Talvez o mais interessante foram as diversas mensagens que conclamavam terem sido escritas pelo assassino (o apelido “Jack o Estripador” foi cunhado a partir de uma dessas mensagens); a grande maioria não passava de falsificações. Muitos especialistas afirmam que nenhumadelas era verdadeira, mas entre as citadas como provavelmente genuínas, tanto por autoridades da época quanto atuais, três em particular se destacam:

"Dear Boss"

* A carta ao “Caro Chefe”, datada de 25 de setembro. Carimbada pelo correio e recebida em 27 de setembro de 1888 pela Agência Central de Notícias, foi encaminhada à Scotland Yard em 29 de setembro. Inicialmente foi considerada uma farsa, mas quando o corpo de Eddowes foi encontrado com um ferimento na orelha, a promessa da carta de “arrancar as orelhas das senhoritas” ganhou notoriedade. A polícia publicou-a em 1 de outubro esperando que alguém reconhecesse a grafia, não obtendo resultados. O nome “Jack o Estripador” foi usado pela primeira vez nesta mensagem, tornando-se conhecido mundialmente depois de sua publicação. A maioria das cartas seguintes copiavam o tom desta. Após o fim dos assassinatos, os oficiais de polícia afirmaram que a carta era uma falsificação feita por um jornalista local.

"Saucy Jack"

* O cartão-postal do “Insolente Jack” , carimbado e recebido em 1 de outubro de 1888 pela Agência Central de Notícias, tinha um estilo similiar à carta “Caro Chefe”. Ele menciona que duas das vítimas – Stride e Eddowes – foram assassinadas num intervalo de poucas horas: “evento duplo desta vez”. Foi discutido que a carta teria sido mandada antes da divulgação dos assassinatos, fazendo pouco provável a hipótese de que um farsante teria tais conhecimentos do crime (embora ela tenha sido carimbada pelo correio mais de 24 horas depois do ocorrido, bem depois de os detalhes já serem conhecidos pelos jornalistas e moradores da área). Os oficiais de polícia afirmaram depois ter identificado o jornalista que foi o autor tanto desta quanto da carta anterior.

"From Hell"

* A carta “Do Inferno”, carimbada em 15 de outubro e recebida por George Lusk, do Comitê de Vigilância de Whitechapel, em 16 de outubro de 1888. Lusk abriu uma pequena caixa e encontrou a metade de um rim humano, mais tarde confirmado por um médico como tendo sido conservado nos “espíritos do vinho” (álcool etílico). Um dos rins de Eddowes fora retirado pelo assassino, e um médico afirmou que o órgão mandado para Lusk era “bastante similar àquele removido de Catherine Eddowes”, embora suas descobertas tenham sido inconclusivas. O autor da carta afirmava ter “fritado e comido” a metade ausente do rim.

Algumas fontes citam outra carta, datada de 17 de setembro de 1888 como a primeira mensagem a usar o nome de Jack o Estripador. Especialistas acreditam que esta é uma falsificação atual inserida nos arquivos da polícia muito tempo depois dos assassinatos ocorrerem. Eles notaram que a carta não traz nem o selo oficial da polícia, que confirmaria a data em que ela foi recebida, nem as iniciais do investigador que a teria examinado se aquela fosse mesmo uma evidência em potencial; ela também não é mencionada em nenhum documento oficial da época, e algumas das pessoas que tiveram a carta em mãos afirmam que ela foi escrita com uma caneta esferográfica, que só seria inventanda pelo menos cinquenta anos depois dos crimes do Estripador.


A pichação na Rua Goulston

Depois do “evento duplo” na madrugada de 30 de setembro, a polícia vasculhou a área em torno da cena do crime na tentativa de localizar suspeitos, testemunhas ou alguma evidência. Aproximadamente às 3:00 da madrugada, o agente Alfred Long descobriu uma peça de roupa ensanguentada perto de um sobrado na Gouldon Street. A peça seria posteriormente confirmada como sendo um avental pertencente à Eddowes.

Havia uma pichação feita a giz na parede em frente ao local onde o avental fora encontrado. Não se sabe ao certo o que estava escrito porque alguns oficiais de polícia relatam que a inscrição era “The Juwes are the men That Will not be Blamed for nothing” (Os Juwes são os homens que não levarão a culpa sem motivo), enquanto outros relembraram a mensagem de forma diferente: “The Juwes are not The men That Will be Blamed for nothing” (Os Juwes não são os homens que levarão a culpa sem motivo). A dúvida nunca foi sanada porque a inscrição foi apagada sem ao menos ser fotografada.

O Superintendente de Polícia Thomas Arnold viu a pichação ao visitar o local e ordenou que fosse removida. Não se sabe se Arnold acreditava que "Juwes" fosse o mesmo que "Jews" (judeus) grafado de forma errada pelo assassino, ou se ele próprio não percebeu que se tratava de uma palavra diferente. Ele temia que com o nascer do sol e o começo do expediente comercial a mensagem seria vista e o sentimento anti-semita, já então amplamente aflorado, aumentasse ainda mais entre a população. Desde o assassinato de Nichols, rumores começaram a circular no East End sobre os crimes serem de autoria de um judeu chamado Avental-de-Couro. A tensão religiosa já se encontrava em níveis insuportáveis, tendo ocorrido inclusive alguns confrontos.

Enquanto o grafite foi encontrado no território da Polícia Metropolitana, o avental era de uma vítima assassinada na cidade de Londres, que possuía uma força policial em separado.

Alguns oficiais não concordaram com a ordem de Arnold, especialmente os que representavam a Polícia da Cidade de Londres, que considerava a pichação como parte da cena do crime - que deveria ter sido pelo menos fotografada antes de ser apagada, mas a ordem de Arnold foi cumprida assim mesmo pelo Comissário da Polícia Metropolina Sir Charles Warren. A inscrição foi retirada aproximadamente às 5:30 da manhã.

A decisão de Arnold foi equivocada porque qualquer judeu que conseguisse escrever corretamente o resto da frase, saberia com certeza também escrever corretamente o nome de seu povo. Estudiosos do caso hoje em dia levantam a hipótese de que "Juwes" na verdade seriam os maçons.


Mídia

Capa da edição de 21 de setembro de 1888 da revista Puck, apresentando a versão do cartunista Tom Merry de Jack o Estripador.

Alguns acreditam que o apelido do assassino foi inventado por jornaleiros, na esperança de que uma história mais interessante aumentasse suas vendas. A prática tornar-se-ia um costume ao redor do mundo, com inúmeros criminosos apelidados e tornados famosos pela imprensa.

Mas os assassinatos do Estripador marcaram uma etapa importante na vida modernabritânica. Embora não tenha sido o primeiro assassino em série, Jack o Estripador foi o primeiro a criar um frenesi mundial da mídia em torno de seus crimes. O surgimento em massa de jornais baratos na Inglaterra a partir de 1855 fez do Estripador o beneficiário de umapublicidade até então sem precedentes. Isto, combinado ao fato de ninguém ter sido acusado formalmente pelos assassinatos, criou uma mitologia investigativa que eclipsaria completamente outros criminosos do tipo que surgiram mais tarde.

Os miseráveis do East End eram há muito ignorados pela influente sociedade, mas a natureza dos crimes e de suas vítimas forçosamente chamou atenção para as condições em que viviam. Esta atenção significou que os reformistas sociais da época finalmente puderam ser ouvidos pelas classes altas, convencendo-as de que algo deveria ser feito para ajudar os pobres. Uma carta de George Bernard Shaw para o Star trazia comentários sarcásticos sobre o interesse repentino da imprensa pelo assunto:

Enquanto nós Democratas Sociais perdemos nosso tempo com educação, agitação e organização, algum gênio independente tomou a questão em suas próprias mãos, e simplesmente por matar e esquartejar quatro mulheres, converteu a imprensa capitalista numa espécime inepta de comunista.


suspeitos

Ao longo da história muitos foram apontados como suspeitos tanto pela polícia como por historiadores investigadores, porém até hoje nada foi comprovado oficialmente. Muitas das teorias foram baseadas nas cartas enviadas ao escritório da Agência Central de Notícias, e sugerem que o assassino seria um homem, jovem e de classe baixa, com um nível de educação rudimentar.

[editar]Jack o Estripador na cultura popular

Jack o Estripador já foi apresentado em diversas obras de ficção e cultura popular, ou como personagem principal ou em papéis secundários.

Na época dos assassinatos, uma versão teatral do livro Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. hyde de Robert Louis Stevenson estava sendo apresentada. O tema central, sobre horríveis assassinatos nas ruas de Londres, chamou bastante atenção, fazendo inclusive com que o astro da peça fosse acusado por algumas pessoas de ser o próprio Estripador, embora esta teoria nunca tenha sido levada a sério pela polícia.

Em 2006, Jack o Estripador foi escolhido pela revista BBC History Magazine e seus leitores como o pior bretão da história.

A lenda do Estripador continua sendo divulgada no East End de Londres, com várias visitas guiadas nos locais dos crimes. O The Ten Bells, um pub Vitoriano na Comercial Street que era frequentado pelas vítimas de Jack o Estripador, foi o foco de tais visitas por muitos anos. A fim de lucrar em cima disso, os proprietários mudaram seu nome para "Jack the Ripper" na década de 60, mas depois de protestos por feministase outros grupos, o pub voltou ao seu nome original. No filme Bater ou Correr em Londres,ele tenta matar a irmã de John Wayne(interpretado pelo Jackie Chan),mas leva um golpe dela.Na série inglesa O Mundo Perdido,ele aparece como sendo dois assassinos.


Fonte:Wikimedia Foundation