Pertence ao folclore vivo, pois ainda se dança ao natural nos ambientes populares de algumas províncias. A respeito disse La Nusta que é possível encontrar em Catamarca, Salta, Tucumán, Santiago Del Estero, sul de Jujuy, La Rioja, Cuyo e parte de Córdoba.
Enquanto as versões musicais antigas da a Chacarera, podemos mencionar, entre outras, as de Andrés Chazarreta (1911,1916,1920,etc), as de Manuel Gómez Carrillo (1920 e 1923), etc.
Características Gerais
Espécie folclórica da República Argentina, com exceção do litoral argentino, sua prática é conhecida por ser praticada em quase todo país. Pertence as danças de caráter vivo, de parceiros soltos e independentes. Sua origem é difícil de determinar, está emparelhada com as outras espécies como o Gato, o Escondido, o Marote, o Palito, o Ecuador e o Remedio, entre outras.
Modos Utilizados
As Chacareras são em sua maioria “bimodais”, utilizando a escala com terceiras paralelas. Também existe Chacareras exclusivamente em modo menor e em menor proporção.
Variações
- Chacarera double: originada de Santiago Del Estero, se diferencia da Chacarera porque ao se dançar há um giro depois da mudança e antes de dar a volta redonda, parte do rombo que se agrega ao começar. Ainda em alguns casos se emprega o avanço e retrocesso reto;
- Chacerera truca: agrega-se há um tempo médio ao final que lhe dá uma característica de sincronia difícil de acompanhar com instrumentos ao dançar.
- Chacarera larga: com alguns lances mais largos que a double, em especial o agregado de um contragiro.
Existem 4 tipos de Chacareras perfeitamente diferentes no território nacional:
- La Santigueña
- La Tucumana
- La Chaqueña
- La Cordobesa
Origens
Poucos testemunhos escritos nos documentam suas origens, mas se acredita que começou depois de 1850, nas províncias do norte, centro e oeste da Argentina.
Segundo a tradição oral, nasceu em Santiago Del Estero, além disso o eixo de sua existência está nas províncias chacareras, que melhor definem essa teoria.
A primeira versão musical é a de Andrés Chazarreta, em 1911.
Pertence a um grupo de danças malandras, de ritmo ágil e caráter muito alegre e festivo, gozo da aceitação do ambiente rural e também dos salões cultos do interior até finos do século passado, espalhando por todo país, exceto no litoral e na Patagônia. É uma das poucas vigentes, ao dizer que ainda se dança em Santiago Del Estero – onde se arranjou com firmeza – e em Tucumán, Salta, Jujuy, La Rioja, Catamarca e Córdoba.
Há poucos documentos que nos contam sua história, mencionam que é a mais antiga e se dançava em Tucumán em 1850. musicalmente consta de 4 frases nas quais se cantam as coplas e um interlúdio que é somente instrumental, intercalado depois da primeira e segunda copla e também serve de introdução. Este interlúdio é uma característica coreográfica, já que pode durar de 6 a 8 compassos, e varia da mesma forma a duração desta – ou acompanhamento musical que se utiliza genericamente de uma guitarra, violino, acordeom e pressuposto, o bombo, que se traja com seus típicos repiques. Na coreografia se introduz uma figura que é o avanço e o retrocesso, que consta de 4 compassos o igual que em quase todas as nossas danças consta como partes. A segunda se dança igual a primeira, mais invertendo como é característica, a posição inicial.
Indumentária feminina: sapatos de couro com salto médio. Vestido de zaraza em duas pesças: saia rodada e adornada com amplas rendas aplicadas. Bata abotoada na frente com rendas posto com sobresaia e outro na borda das mangas e au redor do pescoço. Penteado com uma ou duas traças soltas.
Indumentária masculina: botas adornadas com ou sem esporas. Bombacha e jaqueta típica, cortona de bordas retas e adornado de “alforcitas” o ninho de abelha chamadas “encarrujadas”. Camisa qualquer, branca o de cor, faixa, puxador com rastro, ou cinta larga com bolsos. Lenço de seda no pescoço com as pontas meio para as costas. Sombreiro de abas largas, nas cores cinza, marrom e preto. Faca na cintura. Pode-se dançar de dois pares “em quarto” ou compartilhadas, em cujo caso os bailarinos se localizam nos vértices do quadro imaginário, tendo cada cavaleiro ao frente a seu colega e à esquerda à dama contrária. As figuras que se compartilham são a volta inteira e meia volta.
Uma Chacarera que fez história
A história musical do folclore argentino se remonta as primeiras criações crioulas, muitas delas baseadas na literatura do Ciclo do ouro espanhol, e a fusão lenta e constante que sofreu com as influencias de natureza indígena.
Este folclore, puro e descontaminado, começou a registrar-se musicalmente, mas sem verso, no final do século XVIII e começo de XIX. Já em meados de 1800 começa um processo de “acriolamento” e de divulgação da musica e dança.
Nos últimos anos do século XIX e começo de XX, da mão de Mecenas do Folclore e Dr. Ernesto Padilla e recopiadores da valia de Andrés Chazarreta, ou Juan Alfonso Carrizo, o folclore resgata-se e divulga-se por todo centro e norte do país. Já na década de 1920 se começa a “projetar” as guitarras cuyanas por uma lado e a companhia de arte nativo de D. Chazarreta por outro fazem chegar o folclore a Buenos Aires: ali se registra o primeiro grande cambio na estética musical.
Um novo cambio se produz com o surgimento da poesia salteña da mão de Dávalos, Portal, Perdiguero, etc, e na dança que leva a cabo Santiago Ayala, o chúcaro.
Mas é uma Chacarera, criada em Tucumán, por poetas e músicos salteños: os irmãos Nuñez (Pepe e Geraldo) que introduz uma nova estética, estilizada e muitas vezes resistida...esta é a Chacarera de 55. A continuação transcreve uma nota na qual se reproduzem os ambientes e personagens que rodearam esta criação musical que impõem um antes e depois na música folclórica Argentina.
Fonte: GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/chacarera.html
5.3.14
Chacarera
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GOL G5 PRETO RODA 17 + GOPRO
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