Por Fernando Rebouças
Considerada pelos historiadores como a primeira jornalista feminina do Brasil, Nísia Floresta nasceu em 12 de outubro de 1810, na cidade de Papari, no estado do Rio Grande do Sul. Também trabalhou como educadora, poetisa e escritora, ficou conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Seu nome verdadeiro era Dionísia.
Era filha do português Dionísio Gonçalves Pinto e da brasileira Antônia Clara Freire, casou-se duas vezes. Se casou pela primeira vez aos 13 anos de idade, se separando meses depois. De volta para a casa dos pais, mudou-se com a família para Pernambuco.
Em 17 de agosto de 1828, começou a viver com Manuel Augusto de Faria Rocha, acadêmico em Direito. Em 1830, teve a sua filha Lívia Augusta. Em 1831, começou a escrever no jornal Espelho das Brasileiras, impresso de propriedade do francês Adolphe Emille de Bois Garin.
O jornal era feito para as senhoras pernambucanas, e durante 30 edições Nísia abordava sobre as condições de vida das mulheres em diferentes culturas. Em 1832, publicou seu primeiro livro “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”, no mesmo ano muda-se com o marido e a filha para a cidade Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Em 12 de janeiro de 1833, teve o segundo filho, Augusto Américo. Em Porto Alegre lança a segunda edição de seu livro. No mesmo ano, fica viúva com dois filhos para criar. Em 1837, foge do agito da Revolução Farroupilha, e se muda para o Rio de Janeiro.
No Rio, funda o “Colégio Augusto” e lança a terceira edição de seu livro. Em 1842, lança “Conselhos à minha filha”, em homenagem a sua filha Lívia, obra que viria a receber reedições e traduções. Em 1949, viaja para a Europa com os dois filhos, mesmo estando em Paris, o seu romance “Dedicação de uma amiga” é lançado em Niterói.
Em 1952, retorna ao Brasil, e no ano seguinte lança “Opúsculo humanitário”. Em 1955, sua nova obra “Páginas de uma vida obscura” é publicada em oito capítulos no jornal O Brasil Ilustrado. Novos artigos e obras seriam publicadas no mesmo jornal, como “O Pranto Filial” em 31 de março de 1856.
Nesse período fecha o Colégio Augusto e começa a trocar cartas com o filósofo Augusto Comte. O filósofo morreria em 1857, nesse período obras da escritora são traduzidas para a Europa.
A escritora morreu em 24 de abril de 1885, aos 75 anos, na França, depois de sofrer de pneumonia, tendo seus restos mortais transferidos em 1954 para o Rio Grande do Norte, na antiga cidade de Papari, atual cidade Nísia Floresta.
Fontes:
http://www.editoramulheres.com.br/cartasnisia.htm
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1478.html